Destiny escrita por Vic Teani


Capítulo 3
Capitulo Três: As Deusas




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  Dean esperava impacientemente em frente a uma livraria. Aquele era o ponto de encontro combinado.
  Castiel e Sam apareceram ao seu lado. Se ele não estivesse tão irritado, teria reclamado do susto.
  - Conseguiram alguma coisa? – ele perguntou.
  - Nada, nem uma pista – disse Sam – E você?
  Dean apontou para um cartaz na frente da livraria.
  Havia um titulo enorme, e em baixo, alguma coisa escrita em letras menores.
  - Destiny – leu Sam, em voz alta – Em breve, novo livro da série Sobrenatural.
  - Ele continua publicando – falou Dean, de mal humor.
  - Isso é bom, por um lado – disse Sam – Podemos ligar para ele, ele deve saber como derrotar as nornas.

  - Como assim não sabe o que vai acontecer? – gritou Dean, no celular.
  - A mais ou menos um mês e meio minhas visões sumiram – disse Chuck – Não consigo prever mais nada. Só consegui prever até vocês chegarem na cidade.
  - Um mês e meio? – perguntou Dean – Castiel, a quanto tempo as nornas estão na cidade? – falou ele para o anjo.
  - Mais ou menos um mês e meio – ele disse – Já suspeitava disso. Skuld prevê o futuro, e quando ela quer, pode anular até o poder dos profetas. Digamos que ela não gosta muito de concorrência.
  - Hum – Dean murmurou – Certo, Chuck, te ligamos se precisarmos de alguma coisa.
  Ele desligou o telefone.
  - Ótimo, então, não temos nem idéia de onde começar a procurar – falou Dean, sentando na cama.
  - Talvez tenhamos sim – disse Sam, virando o laptop para eles – Lago Windfront.
  Os dois olharam para a imagem de um lago não muito grande. O que chamou a atenção deles foi um enorme freixo que crescia ao lado do lago.
  - Por que você acha que elas vão estar ai? – perguntou Dean.
  - Yggdrasil – murmurou Castiel.
  Sam balançou a cabeça positivamente.
  - Certo, se precisarmos falar com essas deusas – falou Dean – Eu fico calado. Não vou acertar a pronuncia de nenhum desses nomes.
  - Yggdrasil – disse Sam – É a arvore que sustenta o mundo, de acordo com a mitologia nórdica. As nornas vivem na base da árvore, que fica ao lado de um lago.
  - Então, por que estamos perdendo tempo? – perguntou Dean – Vamos até lá.

  O sol já estava se pondo. A brisa fresca soprava nos rostos dos três parados ali, em baixo da enorme árvore.
  - Nada de nornas – disse Dean – Estou dizendo, essas deusas são a coisa mais chata que já enfrentamos.
  - Elas deviam estar aqui – disse Sam.
  - É, mais não estão – disse Dean – Elas são três, certo? Por que não nos dividimos e as procuramos?
  Os outros dois pensaram por um instante.
  - Parece a coisa mais lógica a ser feita – disse Castiel.
  - Mas e se as três estiverem juntas? – perguntou Sam.
  - Nesse caso – disse o anjo, sério – Quem as encontrar deve chamar os outros imediatamente.
  - Certo – disse Sam – Quem vai ficar com que parte da cidade?
  - Eu vou para o norte – disse Castiel – Sam vai para o oeste e Dean para o leste.
  - Mas vamos deixar o sul – disse Dean.
  - Nós estamos no sul da cidade – falou Sam.
  - Ah, eu já sabia – murmurou o irmão.
  - Boa sorte – disse Castiel, e no segundo seguinte, desapareceu.
  - Bom, não vamos perder tempo, não é? – disse Dean, virando de costas para Sam e andando para longe.
  - Dean, o leste é pra lá – disse o mais novo, apontando para o lado contrario para o qual Dean estava indo.
  - Eu sei – disse o mais velho, parando e se virando – Eu só queria te testar.
 
  Sam entrou no restaurante. Estava quase lotado, mas ele achou uma mesa vazia em um dos cantos.
  Ele não sabia por que, mas algo dizia que aquela garçonete estava metida naquilo. Se não fosse uma das nornas, ela deveria saber de algo.
  O Winchester esperou por horas, mas nada da garçonete aparecer.
  Várias delas passaram por sua mesa, mas nenhuma era ela. O restaurante ia ficando vazio, até que só restaram ele e um casal.
  O casal se levantou, deixando-o sozinho ali.
  - Senhor, o restaurante já vai fechar – disse uma das garçonetes.
  - Ah, certo – ele falou, se levantando.
  Mais uma vez, nada. Essas nornas estavam realmente acabando com a sua paciência.
  Ele andou em direção a porta, olhando mais um vez em volta para ver se achava a tal garçonete.
  Com um suspiro, tocou na maçaneta e a girou. Mas a porta não se abriu. Girou a maçaneta dourada novamente, em vão.
  Os sons de cadeiras sendo arrumadas, de pratos sendo recolhidos, todos cessaram.
  Ele olhou para trás. Todas as garçonetes estavam paradas. Não, estavam completamente imóveis, no meio de seus atos, como se o tempo tivesse parado.
  Então, um movimento. No meio das garçonetes estáticas, uma delas se movimentava. E andava em direção ao Winchester.
  A garçonete que ele procurava. Ela lhe sorria.
  - Bem vindo – ela disse, estendendo as mãos para frente. Dois enormes leques negros apareceram em cada uma – Meu nome é Skuld.

  Dean andava pelas ruas pouco movimentadas. Quase todas as lojas já estavam fechadas. A única coisa que ainda estava aberta era o cinema.
  Ele pensou que seria um bom lugar para se esconder, com as luzes apagadas, mas desistiu da idéia. Uma deusa nórdica que controla o tempo não precisaria se esconder em uma sala escura.
  Então uma coisa chamou sua atenção. As luzes de um teatro próximo estavam acessas, apesar de uma enorme placa na frente dizer claramente “Fechado para reformas.”. Mas nenhum barulho de obras vinha lá de dentro.
  Ele foi até a porta, que estava destrancada, e entrou.
  Chegou até uma enorme porta de madeira escura. A abriu, e se deparou com uma sala enorme.
   Lá dentro, não havia o menor sinal de reformas.
  Milhares de cadeiras enfileiradas, as paredes pintadas de um marrom escuro, e metros a frente, um palco com enormes cortinas vermelhas.
  As luzes se apagaram. Uma luz se acendeu sobre o palco. Uma mulher em um elegante vestido de valsa entrou no palco, o barulho do salto alto no chão de madeira parecia assustadoramente alto no meio do silencio.
  Ela tinha um cabelo meio castanho meio ruivo, que ia até um pouco abaixo dos ombros.
  Carregava um elegante violino Stradivarius.
  Ela parou no meio do palco, onde a luz era mais forte, e o silencio voltou.
  - É uma grande honra para mim me apresentar aqui esta noite – ela disse, sua voz era leve, encantadora. Ela fez uma reverencia para a platéia imaginária. O que aconteceu no segundo seguinte foi o mais estranho, talvez até assustador. Aplausos soaram das cadeiras vazias.
   - Obrigado – disse ela – Mas essa apresentação não seria nada sem algumas pessoas – ela falou e uma luz se acendeu em cima do Winchester.
  - E claro – disse ela – Minhas queridas ajudantes.
  Quatro luzes se acenderam, duas no canto esquerdo da sala, e duas no canto direito.
  Ali, quatro mulheres usando vestidos de valsa estavam paradas.
  Uma loira, uma morena, uma ruiva, e uma de cabelo castanho. Dean ficou pálido quando as reconheceu. Lisa, Bela, Jo e Anna olhavam para ele.

  Castiel apareceu numa rua escura. Era um dos bairros pouco valorizados da cidade. Construções humildes estavam aos dois lados da rua, quase todas eram estabelecimentos de comércio. Um dos poucos que estava aberto era um bar ali perto. Era também um dos mais bem cuidados.
  Bom, ele já havia passado tempo suficiente com os Winchesters para saber que por algum motivo inexplicável, sempre havia algum tipo de pista em bares.
  Entrou no bar e havia meia dúzia de clientes, e o balconista.
  Ele se aproximou do balcão, e pediu uma cerveja.
  Olhou para trás, para ver se havia alguém suspeito, mais não havia ninguém que parecesse ser uma norna. Na verdade, não havia ninguém. Os poucos clientes que ali estavam, sumiram. Ele olhou para frente e o balconista não estava mais ali.
  Algo estava errado. Ele se levantou e correu até a porta.
  - Aonde pensa que vai? – disse uma voz feminina atrás dele.
  Ele se virou e viu uma mulher loira, com cabelos ondulados até a cintura. Ela estava em cima de uma das mesas e usava uma camisa preta curta, uma calça jeans e uma gargantilha também preta. Usava uma maquiagem igualmente escura nos olhos, porem não muito exagerada.
  Seus olhos eram de um verde bem claro, porem vivo.
  Usava dois brincos dourados de argolas e um piercing na orelha esquerda.
  Na sua mão, havia um chicote preto de couro.
  - Fique pelo menos para um brinde – disse ela, estalando o chicote.




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