FIRST DAY

— Droga. — Praguejou Lily mentalmente, já que em seu primeiro dia se excursão por Peru e já estava atrasada.

Seria um roteiro extenso, o que a deixará muito feliz, pois passou suas férias de verão trabalhando na loja de filmes e discos que quase nenhum adolescente frequentava, por isso existia o youtube e download de música, porém Dumbledore achava que a arte deveria ser preservada e guardada, e como o senhor era um antigo amigo de sua família (e por antigo, realmente um senhor muito velho, Lily não tinha noção como o senhor chegou ao seu centenário com tanta disposição), aceitou o emprego com felicidade e dedicação. Apesar de não trabalhar muito, o salário era extremamente agradável e até injusto para a falta de atividade da garota.

Seu primeiro dia, o qual a mesma já estava atrasada, seria um tour arqueológico, que apesar para muitas pessoas não significar algo, Lily sentia-se agraciada pela chance de estar em um lugar tão mágico e poder ter a chance de descobrir tantas coisas interessantes pelo lugar em que sonhava ir desde que sua mãe comentou que já passará umas férias lá.

Lily sempre foi acostumada a acordar cedo, tinha seu horário escolar e nunca reclamou disso, por isso aos 15 anos pensou vir de outro mundo, pois todas suas amigas adoravam acordar extremamente tarde, e a ruiva, por mais que quisesse, não conseguia passar das 11 horas da manhã, por isso não entendia o desespero dos outros adolescentes.

Saiu em disparada para a mesa de café da manhã, onde mais da metade de seus companheiros de excursão já tinham terminado sua alimentação, menos uma senhora que comia alguns cupcakes com excesso de chantilly. A importância da comida, apesar de amá-la, foi quase nula, pois tudo que queria era explorar o local.

A primeira parte da manhã seria livre, o que significaria que Lily poderia quebrar um pouco sua cara e aproveitar para conhecer “ilimitadamente” alguns lugares.

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— Sabe, Lily, eu a vi correndo no café, deveria saber que essa é a refeição mais importante do dia. — A modo em que as palavras saiam de forma divertida dos lábios de Lysander, faziam as pontas dos dedos da ruiva formigarem e passarem a mão por todo seu cabelo enquanto aproveitava um pouco de seus lábios que eram tão naturalmente vermelhos. Credo, Lily Luna!

— E você me seguiu até aqui por que está extremamente preocupado com a minha alimentação, certo? — Lily mordia o lábio nervosamente, o que tentava ainda mais os pensamentos do loiro sobre sua companheira de voo e agora, de excursão.

A questão era simples, porém fez com que o menino sentisse suas orelhas ganharem uma temperatura quente e suas bochechas corarem, o que raramente acontecia. Porém ignorou e continuou com um assunto aleatório com a menina, que conseguia o distrair facilmente e rapidamente, o que era uma das coisas que intrigava ele, já que o mesmo nunca foi de dar muita atenção às garotas e elas nunca pareceram tão interessantes quanto Lily parecia para ele.

Lily se distrairá tanto com as risadas altas e os assuntos aleatórios que não realizou que chegou a tão adorada hora em que sentariam seus maravilhosos traseiros em uma cadeira confortável e poderiam deliciar uma comida diferente e gostosa, já que achava comida de restaurantes caseiros e típicos bem mais gostosa do que qualquer coisa industrializada, não que não fosse apaixonada por um fast-food, porém o Ají de Galinha que o garçom passara carregando, parecia até mais atrativo que Lysander.

O dia passará de um modo que os pensamentos mais voassem para longe do loiro, que Lily acabara de conhecer e fazia com que a mesma já se sentisse extremamente aconchegada e confortável com o mesmo. Com certeza uma das partes complicadas das despedidas seria deixar que esse súbito apego desaparecesse.

Lima definitivamente entreteu todos seus visitantes. O tour de Lima foi extremamente fascinante, para Lily a parte colonial ainda mais mágico do que a moderna, porém nenhuma deixou de ter seu encanto e marca, o que deixava a garota ainda mais vidrada nas informações que obtinha de uma guia turística, que apesar da aparência de burra, conseguia muito bem articular sobre os assuntos tratados.

Após irem á Catacumbas do Convento de San Francisco, era o momento em que voltariam para o hotel, e que Lily não acreditava que o dia tinha passado em um tempo recorde, desejando que pudesse congelar o mesmo, porém continuar conhecendo os pontos que o lugar poderia proporcionar.

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Lily sentia-se linda com a blusa branca que valoriza seus seios e sua calça jeans rasgada que a deixava sua perna ainda mais atrativa para a mesma e para qualquer um que pudesse ter a visão dela. Não que seu ego fosse um negócio tão inflado que uma hora não iria caber mais ninguém em um cômodo além dela e o mesmo, porém ela sentia-se realmente linda ao ver o resultado completo de seu esforço, mesmo sendo uma roupa simples, fazia sentir-se atraente e completamente confiante de si mesma e de seu poder feminino.

Concentrada em terminar sua maquiagem, demorou um pouco para racionar que seu telefone estava tocando, resultando em uma demora um pouco maior para atender o mesmo, e tendo o fator que tinha o perdido no meio da bagunça de sua recém-desarrumada mala.

— Oi, mamãe. — Lily respondeu movendo-se novamente em frente ao grande espelho que se encontrava na porta do luxuoso guarda-roupa.

— Você não sabe como é bom saber que está bem. — O tom aliviado e preocupado de sua mãe fez com que a menina revirasse os olhos, achando um drama desnecessário já que havia trocado mensagens o dia todo e vezes Lily mandava alguns áudios para a mesma.

— Ginny Potter, não banque a dramática que você nem ligou para James e Albus quando eles foram para Vegas.

— Como está sendo até o momento? — A resposta foi completamente ignorada pela mãe, o que deixou a menina feliz, não gostaria de arranjar nenhuma discussão.

— Até o momento está tudo mágico, mãe.

Lily passou alguns bons minutos em seus devaneios e falando sobre a mágica que está sentindo e enfatizava em múltiplos momentos que se o primeiro dia já fora incrível, esperava ansiosamente para os próximos e as coisas que lhe trariam. Após perguntas da parte de Lily como estava sua família e a casa, desligou com muita lamentação por parte de Ginny.

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Aura era de fato uma das boates mais legais que Lily já visitara, e por conta de James que sempre foi mais de sair do que o irmão mais novo, a ruiva visitou algumas ótimas festas, porém o fato de estar lá “sem hora” para chegar, sozinha e sem supervisão deixava as coisas ainda mais divertidas, como se fosse uma pré-adolescente em sua primeira comemoração de halloween sozinha.

O lugar era um dos pontos extras recomendados para diversão. E realmente a agência em que viajou era muito estudiosa em questão de conhecer os locais que poderiam ser frequentados e proporcionar diversão sem restrições.

A música alta fazia com seu corpo sentisse toda a batida, seu tímpano chegava a tremer por conta da intensidade do som, porém não iria ligar, pois a sensação de liberdade e satisfação por estar no lugar era tamanha que cobria qualquer coisa, até mesmo a ressaca que teria na manhã seguinte.

Apoiada despreocupadamente, Lily podia observar todos na pista de dança, até os mais tímidos com movimentos constrangedores aos mais soltos que tentavam transparecer confiança e sensualidade, e com certeza o segundo grupo era o que mais arrancava risadas distraídas da garota, que dedicará um pouco do tempo para ver como o ambiente e as pessoas que frequentavam eram.

Lysander nunca se sentiu tão feliz por frequentar uma balada, pois logo após entrar no local, seu olhar foi diretamente para a ruiva que continha um sorriso de divertimento em seus lábios. O garoto não estava apaixonado, acabara de conhecer a menina e passariam apenas alguns dias próximos, mas não negaria que sentia-se bastante atraído pela ruiva humorista e com piadas sobre assuntos inusitados. Aliás, que mal faria um lance em uma viagem? Ambos sairiam satisfeitos e sem nenhuma cicatriz, já que não existiam sentimentos de afeto, apenas atração.

Parado no mesmo local por alguns minutos, finalmente se decide chamar a garota que ainda não saia do bar e bebia seu drink de uma forma sensual, se isso fosse possível e se não fosse, Lily faria tal ato tornar-se.

Absorta com a imagem das pessoas dançando e trazendo uma intencional diversão, assustou ao ouvir o tom sussurrado em sua orelha, fazendo com que desse um salto mínimo por conta da surpresa e o arrepio causado em sua espinha.

— Você definitivamente anda me seguindo. — Permitiu-se rir antes de abraçar o garoto com força, fazendo com que seu tronco prensasse com o peitoral definido de Lysander. E que peitoral!

— Não infle seu ego, garota de Londres.

— Não fui eu quem beijou a Wendy sendo que ela namorou seu amigo, certo? Certíssimo.

Lysander proferiu um grunhido e deixou uma feição de falsa mágoa transparecer, o que fez com que a garota arqueasse suas sobrancelhas um pouco antes de rir.

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O som fazia com que o corpo de Lily movimentasse como se fosse a própria batida da música, a garota ganhava ainda mais vida ao deixar seu corpo leve e fazer com que a música embalasse qualquer pensamento seu. Lysander não era exímio dançarino, porém o ritmo em que Lily dançava e suas mãos na cintura da garota fazia com que o garoto sentisse certa leveza.

Os corpos tão próximos que o suor, por conta do ambiente fechado e lotado, se misturasse sem nenhum nojo ou reclamação. Quando o loiro em momentos estratégicos soltava sua respiração no pescoço de Lily e a puxava contra seu corpo, fazia com que a corrente elétrica e a atração sexual entre os dois, quase palpável, ficasse notável para qualquer um, até mesmo quem não os conhecia diria que seria uma combinação explosiva, imãs de polaridades diferentes.

Lily virou-se rapidamente para Lysander, que transbordava sua vontade de colar seu corpo ainda mais na garota, se isso fosse possível.

— Vou tomar um drink, ok?

Com a respiração ofegante pela proximidade, o garoto apenas acenou levemente com sua cabeça e respirou fundo com a deixa da garota, que parecia intacta, talvez ainda mais desejável. Com toda a certeza ainda mais desejável!

Nenhum dos dois eram crianças, tinham certeza disso, se acontecesse algo naquela noite ambos saberiam se portar como adultos e manteriam a repentina amizade. Lysander não ligava o fato de uma garota transar em seu primeiro encontro, achava que as mulheres mais decididas faziam isso e que não era questão que não se valorizavam, mas também tinham suas vontades, mulheres muito santas nunca foram seu tipo, já que o mesmo um fora nenhum padre.

Caminhou até um dos lugares afastados da boate onde poucas se encontravam, apenas alguns casais que insistiam em quase transar no ambiente, sentiu-se inconfortável, pois sabia da situação, porém a pouca iluminação impedia que tivesse alguma visão de algo íntimo demais entre os casais.

Aconchegou-se em uma cadeira com estofamento confortável, onde tinha uma visão turva de Lily, que continha um sorriso gentil ao pedir algo para o barman.

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Atrapalhados no meio da rua, Lily segurava-se um pouco em Lysander, que ria um pouco menos histericamente que a menina completamente descontraída e relaxada pelo efeito da bebida. Chegaram ao hotel rapidamente após errarem o ponto em que o taxi iria deixa-los então tiveram que andar um pouco, ambos alegres e rindo de qualquer frase sem nexo que deixavam escapar.

Após rapidamente cumprimentarem com uma alegria exagerado o recepcionista da noite, encaminharam-se para o elevador. Lysander, como um cavalheiro, levou Lily até a porta de seu quarto, já que a mesma encontrava-se fora de seu estado normal.

— Obrigada, Lysander. — Disse com uma voz manhosa, agora sofrendo com os efeitos do sono que a bebia trazia. — Você está muito gostoso hoje, mesmo com sua camisa amassada e todo suado.

Lysander apenas aproximou-se lentamente da garota, depositando um lento beijo em sua testa, o que fez com que a garota sorrisse de um modo exagerado, porém lindo em sua visão. Após certificar-se que a mesma foi para sua cama e caiu no sono no mesmo momento, sentiu-se despreocupado para ir para seu quarto e finalmente descansar.