Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 44
Baby Blue (part one)


Notas iniciais do capítulo

[Garota azul (parte um)]

Oizinho jovens cidadãos do planeta terra.

Eu demorei para postar pq fiquei enrolando por ser um dos últimos capítulos da fic e no sábado quando eu ia postar acabei passando mal e quase fui parar no hospital, mas já estou bem para a alegria de vcs...

Essa é a parte 1 do penúltimo capítulo da fic, eu já estou chorando... Queria dizer muitas coisas, mas não é a melhor hora, melhor guardar tudo pro último capítulo (lua preta). Essa primeira parte foi um dos capítulos mais lights da fic (se é que a fic teve algo light né, eu vivo matando vcs do coração huehue) mas ele é simples e calmo, bem romântico e bonito em algumas partes, foi mais tipo um "pause" nos acontecimentos, fiz ele com a intenção de dar o ar da graça, assim vcs respiram um pouco... Então mais de 500 leitores leiam e aproveitem!



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Povs Sam:

— Nosso primeiro Natal juntos, tomara que seja realmente especial. - Freddie me diz enquanto arruma a camisa social azul.

Vou para trás dele que se olha no espelho e envolvo com cuidado sua cintura.

— Vai ser sim, principalmente porque vai ser um acontecimento épico. - beijo seu pescoço- Nossas famílias reunidas... Finalmente vou conhecer meus meios-irmãos e meu pai vai estar lá... É o primeiro natal com ele.

— Só faltava a Carly e o Gibby para a família ficar completa. - ele se vira para me abraçar.

— Quem sabe no próximo. - omito minha tristeza.

Eu sei que agora a Carly está casada. Vai viver a vida dela. Nossa amizade vai ser a mesma, mas agora ela tem um marido e em breve um filho, sinto um pouco de saudade de como as coisas eram, mas ela está feliz e é isso o que importa agora.

— Vai usar jeans na ceia de natal? - ele meio que faz uma careta enquanto me olha de cima a baixo.

— Não quero usar vestido e está frio.

— Então pelo menos coloque a jaqueta preta que eu te dei de presente, você ficou linda com ela.

— Eu já pretendia coloca-la... - me distancio dele escondendo minha cara de quem vai aprontar, já tenho um presente especial para ele.

Freddie escuta passos vindos do corredor e olha para a porta, alguém dá leve batidas.

— Eles já devem ter chegado. - noto a cara de desgosto.

Freddie queria pular à ceia para passar um tempo comigo, eu disse a ele que não iríamos dormir juntos, e ele está achando que irei para casa depois, quando na verdade nós iremos dar uma volta pela cidade e não vamos retornar para casa nem tão cedo, pretendo dormir com ele em alguma praia da enseada com vista para o Puget Sound, mas nada que ele tenha que fazer esforço.

Eu caminho para abrir a porta e quase caio para trás ao ver o Embryl com seu cabelo castanho quase loiro em um topete, o rosto liso sem nenhuma barba, uma camisa de lã preta, uma calça jeans azul claro e um tênis branco de alguma marca que eu não reconheço. No máximo eu daria vinte anos para ele.

— Você está... - não encontro uma palavra certa.

— Perfeito? - Embryl passa a mão no cabelo sorrindo - Usei um produto que tirou toda a química, meu cabelo está natural.

— Uma cor bonita. - soco de leve seu peito.

— Deve ser o espírito natalino, por que eu acho que a Sam está elogiando alguém. - Freddie ri atrás de mim.

— Com certeza é isso, já vi muitos milagres pra uma semana só. - meu irmão me estende o braço- Se importa se eu descer as escadas com você? Tenho uma família para te apresentar.

Sugo o ar entre os dentes e olho para o Freddie, depois para o Embryl, minha mente se torna uma incógnita.

— O Freddie gostaria de descer comigo... - tento explicar.

— Descemos nós dois com você então. - Freddie engata o braço esquerdo com o meu direito, aproveito para bater na minha própria cara teatralmente.

Isso não vai acabar bem.

— Eu fico ao lado esquerdo. - Embryl entrelaça nossos braços e nos conduz pelo corredor.

— Me sinto sendo guiada, por que eu não posso descer sozinha?- reviro os olhos e o Freddie ri, eu adoro escutar sua risada de menino.

— Não esquenta, vai ser rápido. - ele beija meu rosto e eu evito corar com o Embryl ao meu lado.

— Sobre a Bárbara... - Embryl limpa a garganta- Minha mãe... Ela é um pouco complicada e cabeça dura, mas meus irmãos são mais receptivos e mentes abertas, eles são bastante aptos a mudanças e acolhedores quando querem.

— Embryl, cospe esse dicionário que você engoliu. - já inicio minha comédia básica, mas tenho que levar o assunto a sério- Eu prometo causar boa impressão.

— Ah claro, já começou bem, primeiramente descendo as escadas com dois homens e o cara que namora a minha irmã é seu ex noivo, garota, você é ótima na hora da boa impressão. - Freddie faz mais piada que o normal.

— Se dizer mais alguma coisa, eu desço as escadas apenas com o Embryl. - puxo seu braço com força, mas ele aproveita e me dá um selinho.

— Para com isso gente, eu vou vomitar. - Embryl me puxa mais para um lado, Freddie me puxa para o outro.

— CHEGA! Vou quebrar o braço dos dois se continuarem a me puxar e vou chamar meu pai pra descer as escadas comigo. - paro bruscamente antes de chegar aos degraus.

— Vamos nos comportar. - meu irmão troca um olhar com o Freddie.

— Conto com isso. - respiro fundo e começo a descer as escadas.

O primeiro vislumbre que eu tenho é de meu pai com dois jovens ao seu lado e uma mulher morena com o cabelo preso em um rabo de cavalo, ela usa um vestido branco com tirinhas douradas, o comprimento passa dos joelhos. Deve ser a Bárbara.

Apresso os passos e Freddie tenta acompanhar meu ritmo junto com o Embryl.

Meu pai estende a mão para mim quando me aproximo, eu me solto dos garotos e coloco minha mão sobre a sua. Ele me conduz até seu peito e beija o alto da minha cabeça.

— Você está linda filha.

Coro com seu elogio na frente da família dele.

— Você também não está mal. - o abraço rapidamente e me viro para olhar as pessoas.

— Bárbara, Debra, Seth quero que conheçam a Samantha Puckett. - meu pai me apresenta- Sam, quero que conheça minha esposa Bárbara- ele aponta para a mulher- E meus filhos Debra e Seth.

Agora é minha vez.

— É um prazer finalmente conhece-los. - minha voz sai pior do que eu pensava.

— Falsa. - Embryl sussurra de repente no meu ouvido e me controlo para não rir- Creio eu mãe, que a Sam é inofensiva, ela só está um pouco nervosa.

— Percebi. - a mulher não força um sorriso, mas pelo menos não finge estar à vontade, só que dá para ver que está se esforçando.

— É verdade aquela coisa que os gêmeos são o oposto um do outro? - Debra dá um pequeno passo para frente.

— No meu caso e da Melanie acho que é sim. - dou um sorriso verdadeiro e varro o local a procura da Melanie, a encontro conversando com a Rosalie, logo me alegro pela tia do Freddie estar aqui.

— Acho que realmente vou gostar mais de você. - estreito os olhos para a Debra, mas noto sua sinceridade.

— Quem sabe...

— Não se iluda com a Debra, eu sou o rosto bonito da família. - Seth se intromete. Me contenho para não torcer o nariz em desgosto. Um tira que abusa do poder. - Você parece ser alguém correta e de ficha limpa Sam, vamos nos dar bem.

Falho em segurar uma risadinha.

— Sinto desaponta-lo, mas acho que a minha ficha criminal é maior que eu o seu braço. - disparo e Embryl intervêm.

— Já se conheceram né? Que bom, agora a Sam tem outras pessoas para cumprimentar. - ele segura meu braço, mas Freddie surge e me puxa para seu peito com carinho.

— Eu assumo daqui. - Freddie acena com a cabeça para todos e me guia até Rosalie, quase corro para abraça-la.

— Adoro o fato de nos darmos tão bem. - ela me abraça e beija meu rosto- Como está a minha diva?

— Com fome. - rio um pouco.

— Eu também, não sei por que temos que esperar até meia-noite, deveríamos comer agora e comer de meia-noite de novo.

— Freddie, a sua tia é realmente o máximo. - passo o braço em volta dele.

Ele desliza o braço pelas minhas costas e aperta minha cintura me fazendo corar, esqueci que quem tem limites é município.

— Mãe. - Freddie sorri para a sua mãe e cheira meu cabelo.

— Tem certeza que já está bem para ficar em pé? Você deveria estar sentado. - a senhora Benson é toda preocupação de mãe.

Freddie revira os olhos como eu.

— Eu estou bem sim.

— E você está bem Sam?

— Muito bem. - ajo com educação- A senhora devia se sentar ou...

Barney abraça a Marissa com força como se fossem velhos amigos, ela até cora um pouco e eu tenho que pegar meu queixo no chão, ele beija sua bochecha.

— Parece que nossos filhos se dão muito bem. - ele a solta entre algumas risadas.

— Mais do que bem para ser exato. - Freddie brinca com meu pai.

Estou disparando em euforia.

— Ela puxou mais a mim do que a você. - minha mãe surge e dá um tapa no braço do meu pai, não acredito que vivi pra ver essa cena.

— Mas eu sou a filha melhor. - Melanie segura minha mão, estou sorrindo tanto que Freddie ri ao meu lado.

Entramos rapidamente em uma conversa animada, Freddie apenas observa tudo em silêncio, mas logo depois o quebra com um sussurro no meu ouvido:

— Eu nunca te vi tão feliz...

— Nunca mesmo?

— Hum... Talvez na nossa primeira manhã na Ilha, mas desse jeito agora... Você está livre de qualquer preocupação, está vivendo a vida da melhor maneira possível. Você está tão contente Sam, que me surpreendo que não esteja com a boca doendo de tanto sorrir.

Não me contenho e me viro para beija-lo, a reação de todos já eram esperada: múrmuros de surpresa e Rosalie junto com Lana dá um gritinho... Lana! Rompo o beijo com o Freddie e desvio da minha família para abraçar a Lana e o Austin.

— A Carly não está aqui hoje, mas eu vou te alegrar por ela. - Lana tenta me erguer do chão durante o abraço, até que ela consegue um pouco.

— Obrigada por ter vindo garota. - retomo a respiração.

— Achou que a gente perderia uma boca livre? - Austin pergunta irônico, seu cabelo cai em seus olhos um pouco.

— Com certeza não, deve ser por isso que amo vocês.

Noto a alegria de ambos ao escutarem que amo eles.

— Vai ser uma excelente noite. - Lana esfrega uma mão na outra como se planejasse algo.

— Acho que deveríamos verificar a mesa, ver se... Tem comida suficiente... - deixo escapar um riso maligno.

Lana ergue as sobrancelhas.

— Concordo plenamente.

— Vamos. - quando me viro de costas Rosalie dá um berro.

— UM BEBÊ! QUE LINDA! - ela corre para Spencer e Jenner, que empurram Aurora em um carrinho.

— Criança é tipo pombo, não gosto não. - franzo os lábios vendo Aurora ser paparicada, é tarde demais quando Kile passa o pequeno O'neil pros meus braços para falar com Rosalie. Olho para o bebê que aperta minhas bochechas- Para com isso.

— Sam. - ele diz me fazendo derreter - Sam!

— Caramba, eu levei mais de duas semanas para fazê-lo chamar meu nome. - Lana o tira dos meus braços.

— Eu levei algumas horas e eu nem estava tentando.

— Congratulações. - ela cheira o O'neil e o pega dos meus braços- Temos uma família linda.

Olho para todos reunido conversando no mesmo lugar, até mesmo Freddie está em algum assunto animado com o Spencer.

Minha mãe conversa com meu pai, eles parecem amigos do lado um do outro, mas eu não consigo ver nada além disso.

Fredward rapidamente como um alerta encontra o meu olhar, ele faz um sinal com a mão para que eu me aproxime. Pego a mão do Austin e o trago comigo, Lana nos segue balbuciando coisas para o bebê.

— Hey menina. - Spencer me cumprimenta com um abraço.

— Oi Spencer. Oi Jenner. – cumprimento os dois.

— Oizinho. - ela dá carinho no meu braço- Sei o quanto você queria que a Carly estivesse aqui.

— Parece que todo mundo sabe. - saio de perto de todos.

Freddie pede desculpas educadamente, cumprimenta o Austin e me segue para a cozinha.

— O que foi isso Sam? - ele ergue o tom comigo.

Cruzo os braços com força.

— Não finja que não sabe. Só estão tentando me consolar por que a Carly não está aqui, estão me tratando como se eu fosse uma coitada, puxa Freddie, eu não sou mais criança.

— Então pare de agir como uma. - ele se aproxima- Todo mundo está vendo que você sente falta dela, sabemos o quanto vocês eram próximas...

— Eram? Não é com esse tipo de comentário que você vai me ajudar.

— Sammy... - ele me prende contra a bancada da cozinha, sua boca se aproxima da minha e eu não resisto.

Junto nossas bocas e subo a mão para seu rosto, mantenho seus lábios colados nos meus. Freddie desce a mão para as minhas coxas e me ergue um pouquinho do chão deixando o joelho entre minhas pernas. Ele abre a boca e sua respiração invade a minha. Nossas línguas se tocam e uma dança sensual começa. Em segundos estamos ofegantes, estou perdendo a linha do pensamento quando Lana invade a cozinha.

— Eita se nossa mãe ver isso, ela te amarra em uma cadeira pelo resto da noite. - sua risada é doce.

— Lana, dê o fora daqui. - Freddie parece preocupado com alguma coisa.

— Você pode protegê-la de tudo e de todos menos de mim, a presença dela é requerida na sala de estar. - ela fica emburrada.

— Diga a eles que estou conversando com ela. - Freddie me beija de novo.

— Mas você não está.

Freddie rompe o beijo e suspira.

— Depois a gente vai!

— Vou mandar alguém vir buscar vocês. – Lana ameaça.

— Não faça isso, já estamos indo. - ele fica desesperado- Saia primeiro.

— Como quiser. - ela acena e nos deixa a sós.

— Merda!- ele vocifera ainda me prendendo.

— Você já sabia que nosso beijo não ia durar muito. - roubo um selinho.

— Não é isso... - ele tem um sorriso safado no rosto- Temos um problema.

Olhamos para baixo ao mesmo tempo e eu mordo o lábio ao ver o volume nas suas calças.

— Droga Fredward. Como você vai voltar para a sala assim?

— É o que vamos descobrir. - ele me solta devagar.

— Você não sabe se controlar?

— Não é algo que dá para controlar, você me deixa louco.

— Mas foi você que aprofundou o beijo.

— Não importa agora. - Freddie se apoia na bancada pensando no que fazer.

— Vamos voltar, é só tentar relaxar. - dou carinho nas suas costas.

— Está bem. - ele inspira e expira- Vamos.

Freddie e eu retornamos para a sala como se nada tivesse acontecido, por sorte ele pegou um dos presentes debaixo da árvore que era grande o suficiente para bloquear a visão do cós da sua calça.

— Já é hora de abrir os presentes? - Thrude bate palmas empolgada.

— Esse ai é meu? – os olhos do Luke brilham.

— Não e não, Freddie apenas está curioso para saber o que tem dentro deste aqui. - aponto para o presente que Freddie segura.

— Ahhh. - Luke se desanima e vai fuçar debaixo da enorme árvore na sala, ela é tão grande que ele poderia se perder no meio dos galhos mais baixos, me pergunto como a colocaram aqui.

Austin surge distribuindo champanhe em uma bandeja, pego uma taça para mim e olho para o Freddie, ele não pode beber.

— Larga esse presente.

— Tá. - ele discretamente coloca o presente debaixo da árvore de novo.

— Falando em presente... - Spencer vem até mim- Meu pai está trazendo um, se não se importa.

— Claro que não, ele é bem vindo aqui.

Spencer parece querer me contar alguma coisa.

— Não sei se você sabe Sam, mas... Meu pai...

— Seu pai... - estreito os olhos confusa.

— Levou a sua mãe para jantar após o casamento da Carly.

Engasgo-me com o champanhe e Spencer tem que dar tapinhas nas minhas costas.

— Eles estão juntos? - consigo perguntar.

— Não sei. Mas já saíram algumas vezes essa semana, e na anterior.

Dios mio. - escapa um espanhol aleatório- Preciso de um minuto. - espero três segundos- Tudo bem eu aceito isso.

— Rápido assim? Uau. - Spencer pega uma taça da bandeja que o Austin segura, levo um susto ao ver ele rindo de algo com o Freddie atrás de mim- Então um brinde? - Spencer chama minha atenção.

— Claro... Um brinde a esse quase novo casal. - a ideia ainda soa estranha.

— Um brinde. - ele bate a taça com a minha e bebemos juntos- Acho que meu pai faria sua mãe feliz.

— Queria poder dizer o mesmo. - olho para a minha mãe.

— Acha que meu pai não a faria feliz?

— Eu acho que a minha mãe não faria o seu pai feliz.

— Mas se eles nunca tentarem nunca irão saber. - ele sorri de lado.

Sinto um arrepio desconfortável.

— É muito cedo para dizer. - tomo todo meu champanhe e devolvo a taça para a bandeja.

— Seja lá como for terminar essa história, você sempre foi parte da minha família. - ele fala com tanto amor que eu levo um tempinho para responder.

— Obrigado Spencer, só não coloque fogo em nada esta noite. - o envolvo em um abraço carinhoso, algo que não faz o meu tipo, mas é véspera de natal e me permito ter um lado mais sentimental por hoje.

— Espero que por aqui tenha extintores. - ele ri alegremente.

Soltamo-nos ainda rindo e Freddie já está no meu encalço novamente.

— Nunca tinha reparado o quanto vocês são grudentos. - Spencer finge estar incomodado- Casal Seddie.

E não sei por que sermos chamados de “casal Seddie” faz Freddie e eu ficarmos vermelhos na hora.

— Gente, a atenção de vocês! - alguém pede, nos viramos em direção a voz e Freddie engole em seco ao ver sua irmã em cima da mesa gigante onde será servida a ceia, batendo com um garfo em uma taça- Queria dizer o quanto eu estou feliz de ter o meu irmão Freddie de volta e muito bem recuperado... - ela pisca para nós- Quero dizer também que essa vai ser a melhor ceia de natal das nossas vidas, temos uma grande família, agradecemos a Deus por isso.

Ergo a mão para fazer uma pergunta.

— É para brindar?

— Acho uma boa ideia. - ela estrala os dedos e o Austin retorna com mais taças de champanhe, todos pegam e erguemos a nossas taças- Um brinde a nossa família!

Todos nós brindamos rindo com a alegria dela. Eu tomo mais uma taça e em seguida tomo a do Freddie também, antes que a mãe dele o veja com a taça na mão. Começo a ficar mais animada. Lana liga o som da sala, e começa uma batida estrondosa, Debra corre para dançar com ela, Embryl se balança devagar com o Gale, os adultos preferem ficar nos cantos e eu pela primeira vez me sinto deslocada.

O Coronel Shay entra na sala e eu vou cumprimenta-lo.

— Olá senhor Shay. - bato continência como de costume.

— Sam. - ele devolve a continência- Tem um presente para você no estacionamento, perdoe não poder trazê-lo aqui em cima, ele é um tanto relutante.

— Relutante? – penso um pouco - Devo ir buscar?

— Acho que sim. - ele dá um sorriso sem revelar nada.

— Ok...

Saio sorrateiramente da sala e corro para o elevador. Penso no que poderia ser. Ele não me daria um carro né? Por que o presente estaria no estacionamento? Ele parecia contente demais.

Quando o elevador finalmente chega ao estacionamento, eu saio dele meio hesitante.

É quando vejo o presente. Ou melhor: os dois.

 

 

 

 

 

Povs Carly Gibson:

— Deveríamos voltar... - sussurro contra seu peito.

— Humm... - Gibby murmura sonolento- Está afirmando?

— Sim... Podemos retornar para cá após o ano novo e ficar até o fim do mês de janeiro, o que você acha? - beijo seu peito.

— Acho bom.

— Entendo se não quiser voltar, sinto muito por ter atrapalhado nossa lua de mel.

Gibby sobe em cima de mim rapidamente e sorri.

— Você é minha lua de mel, Carly, não importa para onde vamos, ela sempre vai continuar.

— Own Gibby. - o beijo com paixão- Eu te amo marido.

— E eu também te amo esposa. - sua boca se junta a minha de novo- Levanta, vamos fazer as malas.

Faço biquinho quando ele sai de cima de mim.

— Agora?

— Se você quer chegar ainda hoje, terá que ser agora, e não conte a Sam, sei que ela vai ficar mais feliz ainda se for uma surpresa. - ele se inclina para me beijar de novo.

— Sabe... - me sento na cama sem me importar em esconder meu corpo com os lençóis- Ano que vem podemos passar o ano novo aqui em Paris, eles vão entender se não estivermos lá desta vez.

— É... Devemos voltar então? – ele pergunta já em pé.

— Sim... Devemos. - começo a sorrir sabendo o quanto nossos amigos ficarão feliz com a nossa volta, mas... Será que não iremos interromper as coisas?

— Algum problema amor? – Gibby anda nu até a porta do banheiro, mas sem tirar os olhos de mim.

— Nada. – finjo descaso e ligo a TV. Está passando um programa de culinária e minha barriga ronca – Malditos franceses... – uso a famosa expressão.

Gibby retorna para perto de mim, ele sobe na cama e desliga a TV com o controle.

— O que há de errado? Sei que você pensou em alguma coisa.

— Me pergunto se não seremos um incômodo, chegar assim de surpresa... – olho para os meus dedos.

— Só iremos saber se voltarmos... É um tiro no escuro. – ele ergue meu queixo com a mão e me beija sutilmente – Iremos fazer isso juntos...

— Mas eu só quero voltar, se você também quiser voltar, porque o seu caminho será o meu.

— Eu quero tudo o que você deseja Carly, então se você quer voltar, eu também quero... Eles são mais do que apenas nossos amigos, são nossa família, se voltarmos talvez estaremos completando isso. – suas mãos seguram o meu rosto – Vamos ficar bem, temos um ao outro.

Dou um beijo nele para me acalmar.

— Enquanto eu tiver você ficarei bem.

— Eu sei. – ele sorri, depois se levanta – Vem tomar banho comigo. – Gibby me coloca em seus braços e me carrega para o banheiro.

Olho para a luxuosa banheira e tenho uma ideia.

— Mais uma vez antes de partimos? – dou um sorriso lascivo para ele.

— Claro... Não se esqueça da cama no meu avião... – ele me coloca no chão e roça os lábios nos meu pescoço.

— Impossível esquecer, fico feliz de termos feito aquilo naquele dia.

— Precisou você surtar para percebemos que fomos feitos um para o outro ou talvez tenha sido um deslize nosso no avião...

— Não. – empurro seu peito para fitar seu rosto – Eu realmente quis aquilo, eu só não esperava me sentir arrasada depois que você disse que não sentia nada por mim, foi quando eu percebi que era porque eu gostava de você e me assustei quando pensei que você não sentia o mesmo.

— Você sabe que eu menti, eu não quis admitir, eu gostava de você já fazia alguns anos, mas não achei que iria dar em algo recíproco, eu pensava tipo “Ela não quis o Freddie, então por que iria querer alguém como eu?”. Não fazia sentido algum para mim. – Gibby cora um pouco revelando isso.

— Acho que se fosse tivesse admitido antes, as coisas seriam bem diferentes... Mas não importa, o resultado seria o mesmo. – subo a mão pelo seu rosto.

— Seria qual? – ele pergunta aproximando o rosto.

— Seria você... Eu ganharia você. Eu ganhei você e agora me sinto a mulher mais feliz do mundo. E em breve terei mais uma parte, de você...

— Meu filho. – seus olhos se enchem de lágrimas.

— Sim... Seu. – encosto minha testa na sua.

— Se isso for um sonho, não deixem que me acorde. – sua voz fica embargada.

— Não é um sonho, é a nossa vida juntos, e ela será assim até que nossos corações parem de bater, até lá, seremos felizes, felizes de todas as formas possíveis.

— Carly... – ele sussurra e uma lágrima escorre pela sua bochecha – Eu amo você.

— Eu também amo você... – seco sua lágrima com um beijo – Obrigado por ser o marido perfeito.

— Obrigado por ser a esposa perfeita. – ele tenta respirar.

Eu o abraço com força. Não quero solta-lo, eu também temo ser um sonho perfeito demais que vai se desfazer quando acabar, mas, é realmente real. Estou vivendo o melhor momento da minha vida aqui e agora, junto com o homem que eu amo. Meu marido... O pai do meu filho.

 

 

 

 

 

 

 

Povs Sam:

— VOCÊS VOLTARAM?! - eu corro para abraçar Carly e Gibby.

— Não, estamos lá ainda, somos apenas hologramas. - Gibby diz me abraçando.

Solto ele e já abraço a Carly com força.

— Carly fala pro teu marido que eu vou bater nele.

— Marido, a Sam disse que vai te bater. - ela dá risadinhas.

— Então, como estava Paris? - dirijo a pergunta aos dois.

— Iluminada. - Carly responde.

— Fria. - Gibby faz uma careta.

— Se divertiram? - jogo um duplo sentido na pergunta.

Oui.— eles respondem em francês ao mesmo tempo e riem, a gravidade os fazem se aproximar um do outro.

— Vamos subir, temos uma ceia para participar. - não consigo controlar o sorriso, mas a troca de olhar entre o Gibby e a Carly me preocupa- O que foi?

— Tem certeza que... - Gibby inicia.

— Não seríamos um incômodo? - Carly finaliza.

— Capaz... Vocês são parte da família, até mesmo Spencer e Jenner estão lá. - falo para o alívio dos dois- E agora Carly, somos praticamente irmãs já que seu pai está saindo com a minha mãe.

— É O QUE?! Eles estão saindo juntos? - a cara dela é cômica- Desde quando?

— Desde o seu casamento.

— Mas tudo bem com isso né? Eu acho... - ela fica preocupada.

— Está tudo bem. - dou de ombros.

— Caramba, parece que perdi muita coisa, o que mais aconteceu? - ela pergunta e eu fico paralisada.

— Muita coisa, amanhã se ainda estiver por aqui, eu te conto tudo, prometo. - forço um sorriso a sair, uma tentativa de homicídio não é um assunto para a véspera de natal.

— Tá. - ela pega a mão do Gibby e me segue para o elevador- Feliz natal a propósito.

— Igualmente para vocês. - digito a senha para a cobertura.

— Obrigado Sam. - Gibby agradece e eu sorrio para ele.

Carly começa a tagarelar sobre Paris, e eu tenho que manda-la falar um pouco mais devagar para eu conseguir entender.

O elevador para no hall principal e saímos dele rindo. Quando chegamos à sala eu noto o Freddie mancar um pouco para se aproximar de mim, faço um gesto para ele andar mais sutilmente, não quero dificultar as coisas com a Carly.

Freddie de maneira graciosa se aproxima de nós. Se você não souber o que aconteceu não dá para notar o passo meio desajeitado.

— Direto de Paris, senhor e senhora Gibson. - ele dá um sorriso enorme, abraça a Carly e troca um leve aperto de mão com o Gibby.

— Sentimos saudades.

— Nós também. - Gibby admite.

— Acho que assim a Sam fica feliz. - Freddie deixa escapar e me seguro para não bater nele.

— Você estava triste por que eu não estava aqui? - Carly acha fofo.

— Ela só faltou rolar no chão chorando. - Embryl como sempre interrompe a conversa dos outros.

— Ia sobrar pra eu consolar ela. - Lana me abraça por trás e noto os ciúmes da Carly.

— Vamos deixar os rapazes a sós e dançar um pouco. - Lana pega a mão da Carly e quase nos desequilibra.

— Gostei. - Carly anda comigo e Lana para perto do som.

Aproveito para apresentar Debra para Carly. Rapidamente começamos a conversar enquanto dançamos pop, entre movimentos e risadas encontramos nosso lugar no mundo.

 A família está completa agora.


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Notas finais do capítulo

Bom? Ruim? Sejam sinceros! Whats e twitter abertos, ainda estou recebendo os últimos pedidos... Beijos e a parte 2 sai no sábado ou na terça-feira, se querem mais informações cola aqui nas mensagens do Nyah, no Whats ou no Twitter é só chamar.!
See you soon guys!



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