Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 39
Wait M83


Notas iniciais do capítulo

[Espera - M83]

Hello monamours, chegay seus lindos. Começando com uma mensagem que me mandaram no Whatsapp:

"Eu não to pagando pra você escrevê quase nada, nós até desanima na hora de le, faz um capítulo com sete mil palavra, caralho tu ta escrevendo pouco" - obrigada pela sinceridade Maria Lucivane, leitora vidrada da fic, que mesmo não me pagando coisa alguma eu continuo escrevendo, não fiz um capítulo de sete mil, mas deu mais de seis mil palavras, espero que isso te deixei mais calma (rindo horrores)

E vocês como estão? Bem? Depois desse capítulo não vão ficar... (MASOKE?!) Brincadeira, eu até peguei levei... Escolheram a opção 1, enton eu trouxe o que vcs tanto pediram de volta, isso mesmo, Seddie retornou, mas deixarei mais coisas acontecerem somente no próximo capítulo, beijão e aproveitem:



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Povs Sam:

— Sam... - escuto Freddie me chamar- Acorda. - ele me balança.

Abro os olhos e começo a me sentar. Dormi no pequeno sofá dentro do quarto de hospital em que minha mãe se encontra.

— Ela acordou? - olho para a cama para me certificar.

— Não. - ele me ajuda a se levantar do sofá- Mas você precisa ir para casa.

Levo uns segundos para entender o que ele está dizendo.

— Eu não vou para casa, vou ficar aqui.

— Isso não é um pedido, é uma ordem. Você está aqui desde ontem, não tomou banho e nem comeu nada. Você vai para casa, vai trocar de roupa, comer alguma e depois pode voltar, eu não vou te deixar ficar assim desse jeito. - ele segura minha mão com carinho- Estamos entendidos?

Pisco para suas palavras. Ele continua me olhando esperando que eu diga alguma coisa.

— Você vai me levar? - eu pergunto.

Ele se aproxima um pouco mais.

— Não. A Carly vai te levar. - sua respiração volta no meu rosto.

— Onde está a Melanie? - lembro-me da minha irmã.

— Lá fora com os outros, Barney teve que sair.

— Ela não teve nenhuma melhora? - olho para minha mãe sobre o ombro dele.

— Não. Está na mesma situação que ontem... Ou pior. - ele admite para mim.

Eu passo as mãos no rosto.

— Por que isso está acontecendo?

— Eu não sei... Mas prometo que vou descobrir quem fez isso. - Freddie diz para minha total surpresa.

— Sério?

— Sim. - ele fica ainda mais próximo do meu rosto, eu coloco as mãos em cada lado da sua camisa- Eu vou dar uma passada na casa da sua mãe, para ver se descubro alguma coisa- ele continua falando- Não confio na polícia, eles estão considerando uma tentativa de assalto qualquer.

— Obrigado. - agradeço.

A porta se abre e o Austin aparece, eu apenas fico parada sem saber o que fazer. Freddie me solta e se vira sem se preocupar com a presença do Austin.

— A Carly vai levar vocês para casa. - Freddie fala olhando para mim- Se algo acontecer eu te informo, não se preocupe.

— Ok... - aceno com a cabeça e ando até a cama da minha mãe- Eu volto logo... - sussurro para ela e beijo sua testa- Sinto sua falta.

Dou uma última olhada e deixo a sala.

Ao chegar ao lado de fora, me deparo com Carly, Gibby, Melanie e Lana de mãos dadas. Todos estão de olhos fechados fazendo uma oração. Espero eles terminarem enquanto o Austin beija o alto da minha cabeça.

— Sinto muito pela sua mãe... - ele fala baixinho.

— Já ouvi isso. - reviro os olhos, ele nem para dizer uma palavra de consolo. Carly encerra a oração e olha para mim- Vocês são os melhores amigos que alguém podia ter.

Eles coram levemente.

Carly vem correndo me abraçar.

— Sam... - ela me aperta- Vamos superar isso juntas, não importa o que aconteça... Ela vai acordar. Eu sei que vai.

— Ela tem que acordar. - eu digo e solto a Carly- Eu preciso ir para casa, tenho que voltar depois.

— Eu te levo. - ela me abraça novamente depois me solta e se vira para o noivo- Vem Gibby. - ele se levanta.

— Lana, quer uma carona? - eu pergunto a ela.

— Não. Eu vou esperar o meu irmão. - ela responde sem me olhar no rosto.

— Tá... Melanie eu volto logo. - vou até a minha irmã e a abraço devagar.

— Não tenha pressa. - ela me dá um sorriso leve.

 

Caminho pelos corredores com a Carly. Austin mantém a mão direita nas minhas costas de forma possessiva. Lembro-me do que a Carly falou que aconteceria se nos casássemos. Eu sei que não foi algo da boca para fora, mas, como posso dizer a ela que não importa mais? Austin me ama, está comigo, não me deixou quando eu... A realidade me sacode pelos ombros. O Freddie me deixou quando tudo estava perfeito entre nós. Austin me deixou quando seus pais morreram... Mesmo assim, quem o dera não faça a mesma coisa de novo? Balanço a cabeça espantando essas teorias para longe, tenho que me preocupar com a minha mãe agora, depois que isso tudo acabar, eu me preocupo sobre o meu futuro.

Entro na parte de trás do Audi A5 do Gibby. Carly se senta na frente com ele. Ela não falou comigo durante a ida até minha casa, somente trocava olhares com o Gibby, como algum tipo de conversa. Uma hora ou outra ela balançava a cabeça como se entendesse as perguntas que ele fazia em silêncio. Às vezes a peguei fazendo uma cara de tédio para mim, mas sei que não pretende tocar no assunto sobre eu ter aceitado se casar com o Austin até que a situação da minha mãe esteja resolvida.

Gibby estaciona o carro ao lado da calçada e troca um último olhar com a Carly.

— É só me ligar que eu venho te buscar. - Carly me avisa.

— Tá. - eu abro a porta para sair de um lado, e o Austin sai pelo outro.

— Sam? - Carly me chama quando já estou na grama do meu quintal.

— Sim? - me viro para ela.

— Se quiser conversar... - ela não sabe como me dizer- Você sabe.

— Entendi... - suspiro - Depois a gente se fala. - dou um aceno rápido e volto a fazer meu caminho para dentro da minha casa.

Tiro meus tênis e os deixo ao lado da porta, eu caminho para o andar de cima totalmente derrotada. Abro a porta do meu quarto e rapidamente me encaminho para o banheiro.

Eu tiro as minhas roupas e vou para debaixo do chuveiro. Eu deixo a água lavar toda a dor de ontem.

Quando por fim me sinto cansada, me enrolo em uma toalha e saio do banheiro. Visto uma calça jeans e uma camisa de manga cumprida preta, ela é quente e me mantém aquecida.

Jogo-me na cama me sentindo morta. A porta do quarto abre, eu não me mexo para ver quem é. Fecho os olhos e me encolho nas cobertas da cama. Alguém me empurra. Fico de costas e sinto uma escova pentear os meus cabelos. O toque é leve, quase parando.

A pessoa prossegue tirando os nós, quando por fim termina, sinto ela entrar nas cobertas comigo e me puxar para seu abraço. Não preciso abrir os olhos para saber quem é. Nem mesmo perguntar.

— Eu não vou deixar você sozinha... Por que é dessa forma que você está com ele. - Carly diz dando carinho na minha cabeça- Você não vai perder sua mãe. Eu posso não me lembrar da minha, mas ela faz muita falta... Você teve a sua querendo ou não, vai ser pior ainda se a perder agora.

— Obrigada Carls... - eu sussurro.

— Tente dormir um pouco, tenha um sonho bom.

— O único sonho que eu quero ter, é que minha mãe se acorde.

— Então durma e sonhe com isso. - Carly tem um tom baixo, quase como um sussurro, isso está me deixando sonolenta.

— Tenho medo de acordar e não ser real... - uma lágrima escorre do meu rosto pingando no braço dela.

Carly não me responde, ela apenas cantarola uma canção para eu dormir.

Envie seus sonhos... Onde ninguém se esconde— ela continua me dando carinho enquanto canta- Dê suas lágrimas, para a maré— começo a adormecer- Sem tempo... Sem tempo.— escuto sua voz ficar mais distante - Não existe fim. Não há despedida...— não escuto o resto da canção, eu apenas afundo em um sono calmo e lento, nos braços da minha melhor amiga.

 

 

 

Eu me acordo me sentindo melhor. Viro-me para o lado e Carly está comendo um sanduíche enquanto lê uma revista, ela percebe que eu acordei e entrega um prato com três sanduíches para mim.

— Obrigada por ter ficado. - murmuro com voz de sono.

— Eu sempre vou ficar quando você precisar de mim. - ela sorri e minhas inseguranças caem por terra por alguns segundos- Pretende voltar ainda hoje?

— Acho que sim... - mordo o sanduíche- Freddie disse que foi investigar para descobrir o que realmente aconteceu.

— Prestativo. - Carly ergue as sobrancelhas e volta a se concentrar na revista.

— Carly. - chamo de maneira séria.

— Não precisamos falar disso agora, Sam. - ela fecha a revista- Realmente não precisamos.

— Acha mesmo que é um erro? - continuo comendo meu pão.

— Tenho certeza que é. - Carly cruza as pernas- Só me diz uma coisa, por que você aceitou?

— Achei que o Freddie estava saindo com outra garota, pensei que ele estivesse tentando viver à vida dele... Eu não queria mais sofrer. - respondo recordando o que ele me disse dentro do carro- Mas pelo visto eu estava enganada, ele disse que não estava saindo com ninguém.

— Quem te disse que ele estava saindo com alguém?

— A Lana.

— Ela te disse isso? - Carly coça a cabeça.

— Sim... É... Não exatamente. - repasso as palavras da Lana- Ela falou sobre alguém ter me traído e omitido tudo.

— Bom... O Freddie não é tecnicamente seu para ter te traído se fosse o caso... - ela para de falar quando percebe o sentido na frase, nós duas nos entreolhamos sabendo que tivemos a mesma conclusão.

Eu saio da cama em um pulo e vou para a porta.

— Não saia desse quarto, por favor, eu preciso falar com ele sozinha.

Carly balança a cabeça dizendo que entendeu.

Eu saio do quarto quase correndo, eu desço ao andar debaixo onde Austin e Gibby estão conversando em voz baixa.

— Gibby poderia subir um pouquinho? Eu preciso falar com o Austin. - eu peço ao meu melhor amigo.

— Claro. - Gibby se levanta do sofá e passa por mim. Ele sobe as escadas. Eu o observo e espero escutar a porta do meu quarto bater.

Vou para o sofá e me sento ao lado do Austin. Ele passa o braço por cima do meu ombro. Austin beija meu rosto e depois meu pescoço.

— Preciso falar com você. - digo empurrando seu peito.

— Não está terminando comigo, está? - ele me pergunta se distanciando um pouco.

— Não. - dou um falso sorriso- Eu só quero te perguntar uma coisa.

— Pergunte. - ele fica mais a vontade.

Formulo a frase rapidamente.

— Lana disse que alguém me traiu e omitiu o que aconteceu... Eu sei que não foi o Freddie. - olho para ele esperando que diga alguma coisa.

— O que? Está achando que eu te traí? - ele força os olhos por um mínimo segundo, e ninguém engana uma mentirosa como eu.

— Com quem foi? - sinto a raiva me envolver.

— Eu não te traí. - ele sopra o ar entre os dentes.

Eu me coloco de pé já sentindo uma pontada de dor no peito, não acredito que depois de tudo, ele realmente fez isso comigo.

— Para de mentir, antes que eu quebre seu braço.

— Sam, eu juro. - ele se levanta também.

— Última chance. - estralo os meus dedos- Com quem... - dou um passo em sua direção.

— Tá bom. - ele ergue as mãos para se defender- Foi com a Lana.

PORRA! Meu subconsciente desmaia sobre o bar, ele ficou lá nesses últimos dias.

— Como pôde me trair com a irmã do cara... - paro de falar.

— Termine. - ele ainda acha que está certo- Com a irmã do cara que você ama. Sim. Eu te traí com ela.

— Como pôde fazer isso comigo?! - nunca senti tanta raiva na vida.

— Você me traiu primeiro. - ele rebate.

— Quando?! - não o entendo.

— Naquele dia no SkyCity. Eu sei que você beijou o Freddie. - ele me explica.

Meus olhos se arregalam, mas lembro de que ainda saio ganhando.

— Não. Eu não o beijei. – eu nego vitoriosa - Ele me beijou e depois eu o empurrei, por que eu estava com você. Por que eu te amo para todos os efeitos, eu jamais trairia você... Eu jamais trairia ninguém.

Austin suspira não acreditando, é quando percebe a burrice que fez.

— Merda. - ele chuta o sofá- Sam me perdoa.

— Não. Eu não te perdoo. - eu falo firme- Quando aconteceu?

— Quando fui busca-la no mercado naquele dia, eu a levei para casa e... - ele abaixa a cabeça- Eu transei com ela.

E eu pensando que tinha sido só um beijo. Tomei no... A vontade de bater nele chega a doer.

— Como a persuadiu a fazer isso?

— Oi? - ele debocha na minha cara.

— Eu conheço a Lana... Ela não me trairia dessa maneira.

— Ela te traiu de dois jeitos então. - Austin fica com a voz fria- Ela voltou a beber, e eu descobri... Então fizemos um acordo.

— Não precisa terminar, eu já entendi. - minha voz sai baixa.

Não sabia o quanto a dor de uma traição era horrível. Ele ter me deixado naquele hospital não foi nada comparado a me trair. Uma facada nas costas doeria menos. E eu ia me casar com esse cretino.

— Eu...

— O Freddie sabia. - percebo na hora- Você sumiu naquele dia na igreja e voltou depois de uns minutos, disse que tinha se envolvido em uma briga de bar. Era mentira... Foi o Freddie que te bateu. - um gosto amargo vem na minha boca.

— Sim. Ele me bateu quando soube que eu fodi a irmãzinha dele. - ele cospe as palavras- Por que só a Lana se sai de vítima aqui?

— Vai pro inferno.

Ele sabe que acabou, mas não vai desistir.

— Me perdoa, por favor. Sam eu amo você. - ele se aproxima.

— Quem ama não trai. - trinco os dentes.

— Você já disse "Sim". Não pode largar tudo e simplesmente me deixar. - ele usa aquele tom de razão que me irrita.

— Posso e eu vou. - fico mais perto dele- Vai se foder Austin. - eu dou um tapa com tanta força no seu rosto, que minha mão estrala, a sinto sair do lugar, mas a dor emocional que estou sentindo, não chega nem perto da minha dor física.

Austin cambaleia para trás, meus dedos ficam marcados no seu rosto com perfeição. Minha mão direita pende como se estivesse meio solta. Ela lateja, mas minha raiva é o que está me movendo agora.

— O que vai fazer? - ele pergunta segurando o rosto, pena que não quebrou o pescoço esse desgraçado.

— Eu vou para casa. - eu respondo sincera- Acabou. Toda essa merda finalmente acabou. Morra. - dou as costas para ele e corro para as escadas.

 

Eu chego ao andar de cima e empurro a porta do meu quarto com o ombro, tenho que morder a língua para não gritar de dor.

Carly está sentada na cama segurando a mão no Gibby, ela me olha confusa.

— Me ajuda a fazer as malas. - coloco minha mão direita contra meu peito, Carly pisca sem entender- Anda Carls, me ajuda a fazer as malas!

— Você está indo embora? - Gibby me olha intrigado.

— Sim. Eu estou. - solto um gemido de dor, minha mão treme de forma involuntária.

Esqueço a dor e vou puxar as mala de cima do guarda-roupa. Carly vem me ajudar. Ela abre a porta do guarda-roupa e começa a colocar minhas calças dentro da mala. Gibby também vem me ajudar e noto que não consegue esconder um sorriso.

Minha mão dói horrivelmente. Foco na raiva, para me fazer continuar. Retiro todas as minhas roupas dos cabides e soco na mala, pego as roupas íntimas e faço a mesma coisa. Encho três malas com a ajuda da Carly e do Gibby.

— Tem roupa suja? - Carly me pergunta pegando uma mala.

— Tenho, mas pode deixar que eu levo. - olho em volta procurando outros itens pessoais- Levem essas malas para o carro.

— Tudo bem. - diz Gibby pegando duas malas do chão e indo para a porta, Carly o segue com a outra mala.

— Espera. - eu me dirijo a Carly, ela se vira e manda o Gibby ir, eu vou até o criado-mudo e tiro o abajur roxo da tomada- Leva isso para o carro.

— O abajur também vai? - ela sorri achando divertido.

— Não o trouxe de Londres à toa. Sim ele vai comigo. - lhe respondo.

Carly pega o abajur e sai do quarto. Eu suspiro e minha mão lateja novamente.

Vou para o banheiro e abro o armário da pia, pego o kit de primeiro socorros. Procuro uma gaze e um pedaço de papelão. Consigo imobilizar minha mão com sucesso. Continua doendo, mas agora um pouco menos do que antes. Abro o cesto de roupa-sujas. Pego apenas as minhas roupas e levo comigo para o quarto. Retiro uma mochila que estava em baixo da cama e coloco dentro dela as roupas. Abro a gaveta do criado-mudo e pego todos os meus documentos. Retorno ao banheiro e faço uma limpa nos meus itens. Enfio tudo no outro bolso da mochila e paro para pensar se não me esqueci de qualquer outra coisa. Provavelmente não.

 

 

 

Desço as escadas lentamente, esperando uma parte de mim me dizer para eu não ir embora, mas meu coração está na frente e ele já sabe o que quer para a vida. O que ele sempre quis. Ele quer seu primeiro amor de volta. E eu vou conceder isso a ele, por que é o que eu mais quero também.

Vou para a sala com a mochila nas costas, Austin está esperando de braços cruzados.

— Pode ficar com a casa. - digo sem rodeios.

— Eu não posso aceitar. - ele nega.

— Não importa, faça o que quiser com essa merda, taca fogo e dança em volta, estou pouco me fodendo. - vou para a porta, mas ele entra na minha frente.

— Diga que vai me perdoar. - ele me pede de novo.

— Eu nunca vou te perdoar. Morra com isso. - o empurro para abrir a porta- A Carly tinha razão, você é bem manipulador quando quer.

— Fica... - ele implora.

— Eu juro que se você não me deixar sair agora, eu vou matar você. - e eu realmente sou capaz de fazer isso da maneira que estou agora.

Ele não diz nada. Então eu abro a porta para sair.

— Espera... Tem mais uma coisa.

— O que?

— É sobre o Freddie. - ele me fala e isso me chama a atenção.

Eu me viro para ouvir.

 

 

 

 

 

Eu corro para o carro do Gibby segurando as lágrimas de desespero, eu abro a porta com força, jogo minha mochila no banco e entro.

— Para onde? - Carly me pergunta.

— Casa. - falo baixinho.

Eu não posso contar para a Carly. Ela não merece saber disso. Ela não vai conseguir aguentar, saber que vai perder o melhor amigo... Eu não direi nada.

Freddie seu idiota! Por que morrer no meu lugar? Por quê?! Não posso deixa-lo morrer por sentir culpa por te me deixado. Ele é tão... Ah! Ele não pode fazer isso. Não posso deixa-lo escolher as coisas assim. E aquela música que ele cantou comigo?! Ele estava tentando me dizer a verdade! Puta merda!

Seguro minhas emoções, e olho para a Carly no banco da frente.

— Já sei para onde você quer ir... - ela murmura colocando o cinto, ela sussurra algo com o Gibby e ele liga o carro.

Meu pensamento vai da minha mãe para o Freddie o tempo todo. A vida está rindo de mim. Eu posso acabar perdendo as duas pessoas mais importantes da minha vida e não existe nada justo nisso.

Disco o número da Melanie no celular e aguardo ela atender.

Fala Sam.— Melanie diz, ela está encarando essa situação melhor do que eu.

— Eu não vou poder voltar agora. - minha voz sai tremendo, tenho que apoiar o queixo para não bater os dentes- Aconteceu uma coisa...

Uma coisa? Você está bem?

— A Carly vai te explicar tudo depois... Diga ao papai que eu o amo, tenho que desligar. - não posso continuar falando, eu estou soando em bicas mesmo em um frio de 6° graus.

Tudo bem... Te amo Sam.

— Eu também te amo Mel. - desligo o celular.

Evito encontrar o olhar da Carly no retrovisor, tenho medo que ela leia a verdade na minha testa.

 

 

Espero o Gibby entrar na garagem do Freddie. Não reconheço o segurança protegendo a entrada, mas suspeito que tenha algo haver com o que o Austin me contou. Mesmo assim, não faz sentido. Ele não está se protegendo, está protegendo outra pessoa.

Saio do carro e o Embryl aparece para me ajudar.

— Sam? O que faz aqui? - ele observa minha mão confuso- Pensei que estaria com sua mãe no hospital.

— Eu também pensei. - vou para o porta-malas onde o Gibby descarrega minhas malas, Embryl vai o ajudar sem entender nada.

— Você está se mudando para cá? - ele me pergunta pegando duas malas e chamando o outro segurança para ajudá-lo.

— Digamos que sim. - sinto aquele aperto no peito de novo.

— Ah... - Embryl me olha perdido- Sam pode me explicar o que está acontecendo?

— Não posso. - balanço a cabeça negando.

O segurança que não sei o nome troca um olhar com o Embryl, os dois vão para o elevador com minhas malas.  

— Eu já volto. - diz Embryl antes da porta do elevador se fechar.

Caminho até a janela do carro onde Carly estreita os olhos para mim desconfiando do meu comportamento.

— Sam, o que há de errado?

— Isso tudo Carls. - consigo ser evasiva- É coisa demais para minha cabeça. E eu nem sei quando tudo vai acabar.

Carly me olha com pena.

— Fique com o Freddie então... Ele vai saber como te acalmar. - ela diz desviando o olhar, não acredito que usou duplo sentido numa situação como esta, mas não posso culpa-la, Carly não sabe o que o Freddie pretende fazer para salvar a minha vida, eu poderia viver cem vidas e jamais mereceria ele.

— Ele sabe como tomar conta de mim. - me apoio na porta e beijo seu rosto- Pode fazer um favor para mim?

— Você sabe que sim. - ela sorri.

— Fique com a Melanie no hospital.

— A gente vai tomar conta dela Sam e sua mãe vai acordar em breve. - Gibby se pronuncia- Esfria a cabeça um pouco, ficaremos lá por você.

— Valeu. - agradeço e me distancio do carro.

Gibby conduz o Audi para fora da garagem, eu espero ele se distanciar para dar as costas e verificar onde o Freddie colocou meu Mustang.

Tem um carro coberto por uma lona preta no fim da garagem, eu vou até lá e puxo a lona de cima do carro.

Caio de joelhos na mesma hora. Um taco de beisebol em cima do que um dia foi o capô me assusta. O carro está quase irreconhecível. Parece que foi totalmente depredado por alguém e a arma usada foi o taco. Mais um dos fatos em que eu não posso acreditar.

Permaneço parada fitando o carro destruído. Embryl tem que me chamar quatro vezes para eu voltar à realidade.

— Ele nunca superou sua perda. - meu irmão fala me ajudando a se levantar.

— E eu certamente não vou superar. - deixo escapar, porém Embryl não pergunta nada.

Ele me leva para o elevador com calma, ele delicadamente pega minha mão direita e observa intrigado.

— Quando você quebrou a mão?

— Não quebrei, só bati na cara do Austin com força e ela saiu do lugar.

— A cara dele?

— Não. - respondo séria- Minha mão.

— Ah...

— Mas teria sido melhor se fosse a cara dele. - cuspo entre os dentes.

— O que ele fez? - Embryl pergunta quando a porta do elevador se abre.

— Me traiu com a irmã do Freddie. - eu saio do elevador pisando com força.

— Eita merda. - Embryl xinga atrás de mim e segura meu ombro- Acho melhor você esperar aqui.

— O quê? Cadê o Freddie?

— Ele não está. - meu irmão desvia o olhar rapidamente.

— Cadê ele, Embryl? - saio de perto dele e vou para a sala.

— Eu já falei, ele não está aqui. - Embryl tenta me segurar, mas é tarde demais quando vejo Lana sentada no sofá assistindo algo na TV.

— O que ela está fazendo aqui?! - eu pergunto alto e Lana se vira ao me ver.

— Freddie a mandou ficar aqui até segunda ordem, algo sobre a segurança dela... Mas pelo visto eu deixei o perigo entrar. - ele me responde.

— Embryl, saia da sala. - jogo a mochila no chão com raiva.

— Não posso sair. - ele se nega.

— Eu só quero conversar com ela. - e por fim das dúvidas eu realmente só quero conversar.

— Lana, qualquer coisa grite. - ele avisa e sai da sala.

Lana se levanta devagar do sofá, parece preparada para correr.

— Eu tentei te contar... Mas você se precipitou. - ela não parece querer se fazer se vítima.

— O que ele usou contra você? - ainda tento encontrar inocência nela.

— Eu voltei a beber... O Austin descobriu. - ela fica envergonhada- Eu não queria que ele contasse para ninguém, depois de tudo o que você fez por mim, descobrir que voltei a beber seria jogar todo seu esforço no lixo. Eu me odeio tanto. - Lana não consegue me olhar- Não vou pedir o seu perdão, por que eu sei que não o mereço.

Paro para digerir tudo o que ela disse.

— Eu estou tão... - não encontro palavras- Lana eu não sei qual das suas mancadas foi a pior, você conseguiu trair minha confiança duas vezes. Eu nem consigo ficar com raiva, acho que perplexa é a palavra certa. Eu te daria um soco na cara, mas seu irmão teria motivos de sobra para ficar bravo comigo depois. E também, lá no fundo, eu sei que jamais conseguiria erguer a mão para você, mas saiba que perdão é uma coisa que vai demorar muito da minha parte para acontecer.

Ela acena com a cabeça entendendo.

— Você vai contar para minha família? - ela pergunta quase chorando.

— Não. - eu me aproximo dela e retiro o anel do meu dedo com um pouco de esforço- Fica com essa droga para você e desapareça pelo resto do dia da minha frente, por que eu juro por Deus que se eu te ver por aqui...

— Você não vai me ver... - Lana olha para o anel- Ele é um cara bom Sam, só se desviou do trajeto em algum momento.

— Digo o mesmo de você. - eu admito.

Saio da sala e deixo a Lana sozinha. Subo as escadas para o andar de cima. Ando pelo corredor sentindo um frio na espinha. Realmente tudo desabou rapidamente. Como se alguém puxa-se a linha de um carretel.

Entro no quarto do Freddie, me jogo na sua cama e inalo o cheiro do travesseiro. Espero ele voltar para casa... São e salvo.

 

 

 

 

 

Povs Freddie:

Estaciono o carro na frente da casa da mãe da Sam. Eu desligo o Subaru e saio dele olhando em volta. Encaminho-me até uma senhora que está varrendo a calçada retirando as folhas.

— Oi. - me aproximo hesitante- Boa tarde.

— Boa tarde, posso ajudar? - ela pergunta parando de varrer.

— É... Ontem teve uma tentativa de assalto no quintal ao lado...

— Ah sim, eu vi, pobre mulher... Você a conhecia? - a senhora me olha curiosa.

— Sim. É minha sogra. - minto para não levantar suspeitas- A minha noiva está arrasada e pediu para que eu viesse dar uma olhada na casa.

— Oh sim, você é um bom rapaz.

— Disseram que ela foi atacada. A senhora viu o que realmente aconteceu? - coloco as mãos no bolso da minha jaqueta de couro marrom.

— Ela saiu de dentro da casa, não sei para onde estava indo... Depois um homem tentou puxar a bolsa dela, ela entregou, mesmo assim ele a jogou no chão... Foi horrível, ele bateu na cabeça dela com força... - a senhora suspira assustada.

— Mais alguma coisa? Descrição do cara, ou coisa parecida? - pergunto atrás de mais informações.

— Ele usava um moletom preto, jeans surrado, era alto, parecia um garoto, um marginal qualquer. - ela dá de ombros e volta a varrer.

— Não se lembra de mais nenhum detalhe?

A senhora estreita os olhos confusa.

— Lembro que ela se abaixou para dar carinho em um cachorro.

— Cachorro? - arregalo os olhos.

— Sim... Um pequeno, cinza talvez... Parecia um... Qual é o nome dessa raça que não cresce? Parece bicho de pelúcia.

— Pug. - respondo tremendo.

— Isso... Antes do ataque ela estava com um Pug.

— Muito obrigado. - eu agradeço e volto para o carro correndo.

Eu entro no Subaru e apoio minha cabeça contra a direção. Aquela mulher com o cachorro que me viu falando com o Austin, devia ser alguma cúmplice do meu pai. Merda! Agora ele sabe que eu contei para alguém, provavelmente pagou alguém para ferir a mãe da Sam, para deixar um recado. Eu não posso proteger a todos, é melhor ele acabar comigo o quanto antes.

Escuto alguém bater contra o vidro, levanto a cabeça e engulo em seco ao ver uma arma na mão dele.

— Abre. - ele rosna apontando para a porta do passageiro.

Eu destravo a porta e espero ele contornar o carro e entrar.

Ele entra no meu carro e deixa a arma virada para mim.

— Dirija. - ele ordena.

Eu giro a chave na ignição, o motor ganha vida e eu acelero o carro.

— Para onde? - pergunto tremendo.

— Pro seu apartamento. - ele continua segurando a arma.

Pro meu apartamento não! A Lana está lá! Porcaria!

— Por que não me mata logo, pai? - tomo coragem e pergunto com desprezo.

— Fiquei sabendo do casamento da sua melhor amiga... - ele coça a cabeça com o cano da arma- Tem certeza de que não quer ir?

— Eu quero. - foco os olhos na rua.

— Então você vai... - saber que ele está decidindo o fim minha vida me enoja.

Procuro um argumento válido.

— Eu sou seu filho.

— E daí? - ele tosse - Eu não pedi para ser seu pai. - opto por ficar em silêncio, não vai adiantar de nada tenta-lo fazer mudar de ideia. - Me diz... - ele me cutuca com a arma- Como é amar aquela garota?

Ele se refere a Sam.

— Não sei te explicar. - meu coração bate mais rápido apenas por pensar nela.

— Por que você deu a sua vida pela dela?

Penso em uma resposta qualificada.

— Porque eu quero dar o mundo a ela... E eu não preciso estar nele.

Ele ri sombriamente.

— Quanta besteira, aposto que quando eu colocar a arma na sua cabeça, você vai implorar para que eu atire nela.

Aperto a direção com força e trinco os dentes, vejo vermelho por um momento.

Continuo dirigindo o carro de volta para o Axuss. Estou torcendo para que ele não peça para entrar e tomar um café. Não quero deixa-lo perto da Lana, não quero nem cogitar essa possibilidade.

Após mais alguns minutos, enfim chego ao meu apartamento, paro o carro na parte da frente sem entrar na garagem.

— Pronto.

— Não me engana, a entrada não é aqui, dê a volta.

Suspiro e contorno o prédio com Subaru. Adentro no estacionamento e depois na garagem, que está aberta.

Desligo o carro esperando instruções.

— O que você quer? - minhas mãos soam e sinto a bile subir na minha garganta.

— Se certificar que você não vai sair do prédio e meter o nariz aonde não é chamado. - ele abre a porta para sair do carro- Saia. - Eu abro a porta e saio do veículo. - Entra naquele elevador e fique no apartamento, não saia de novo, não tente me procurar... Nos vemos no dia 10. - ele se desencosta do carro e caminha para fora da garagem- Ah... - ele se vira antes de ir embora- Diga a Lana que eu mandei um "Oi". - ele ri e desaparece pelo estacionamento.

E mais uma vez, ele prova que está sempre a dois passos na minha frente.

 

 

 

Entro no apartamento correndo desesperado.

— LANA!- eu berro, mas não tem nem sinal dela- LANA!- grito mais alto.

Eu corro pelas escadas e dou no corredor do andar de cima. Corro para dentro do meu quarto e levo um susto. Sam está sentada na cama comendo um saco de rosquinhas.

Ela me olha com medo, depois com tristeza, depois com saudade e vem correndo para mim. Ela se choca contra meu peito quase derrubando nós dois.

— Sam? – fico surpreso e totalmente emocionado.

— Onde esteve? - ela murmura baixinho contra meu ouvido.

Eu relaxo um pouco e inalo seu cheiro de lavanda.

— Por ai... - eu sussurro para ela- Você voltou para casa? Voltou para mim?

— Voltei. - seu corpo fica mais quente sobre meu toque.

Uma coisa que eu não sentia há muito tempo, retorna ao meu coração... Um pedacinho de esperança e uma coisa chamada felicidade.

 

Povs Sam:

— Onde está a Lana? - Freddie me pergunta ainda me abraçando.

— Em algum lugar do apartamento, a mandei sumir da minha vista por um tempo... O Austin e ela... - respiro contra seu pescoço.

— Me perdoa por não ter te contado. - suas mãos descem das minhas costas para minha cintura.

— Tudo bem. - me distancio para olhar no seu rosto- Só quero saber, por que você acha que a minha vida vale mais do que a sua.

Freddie fica paralisado quando eu termino de falar.

— Como você sabe? - ele respira mais rápido.

— Não importa, não vou permitir que faça isso. - seguro seus ombros com força- Querer morrer por que sente culpa por ter me abandonado e depois viu a forma que eu fiquei... Freddie você...

— Não estou morrendo no seu lugar por sentir culpa. – ele nega meio bravo - Estou morrendo no seu lugar por que eu te amo, eu não sobreviveria sabendo que você não ia mais existir no mesmo mundo que eu. Eu prefiro ver você com outra pessoa para sempre, do que nunca mais fitar seus olhos azuis de novo. - ele segura meu rosto- Quando vai entender que a única coisa com que eu me importo neste mundo, é você?

Eu olho para ele sem palavras, Freddie apenas me olha com carinho, mas também parece cansado. Ele desliza o polegar no canto do meu olho enxugando uma lágrima, ele se inclina e me dá um selinho.

— Por que você tem que ser o cavaleiro de armadura brilhante? Por que tem que ser o herói? - eu sussurro após o beijo.

— Porque eu nunca parei de lutar por você. - ele beija minha testa- Está decidido Sam... Vai ser após o casamento da Carly, não faça nada imprudente, acredite meu pai é um louco... Ele é uma pessoa tão ruim que às vezes eu penso que foi o diabo que vendeu a alma para ele.

Uma risada leve me escapa.

— Como acha que vou aprender a viver sem você?

— Não sei... Mas eu prometo te fazer feliz nesses últimos dias que nos restam juntos, começando agora. - Freddie me beija novamente, dessa vez com paixão e fervor da minha parte.

— Você precisa descansar. - rompo o beijo.

— Preciso tomar um banho primeiro. - ele murmura baixinho.

— Vem. - me solto dele, puxo a sua mão e nos guio para o banheiro.

Ele retira a jaqueta marrom, depois a camisa branca. Ele tira seu jeans enquanto eu encho a banheira.

Freddie entra na banheira e eu me sento na borda, coro com a visão do seu corpo, mas reparo que ele perdeu uns cinco quilos ou mais.

— Não vai entrar? - Freddie pega a minha não.

— Não. - balanço a cabeça. Minha mãe volta aos meus pensamentos, fico preocupada novamente. - Tenho que ligar para a Melanie, saber se tenho alguma notícia boa...

— Foi meu pai. - Freddie me interrompe - Ele mandou alguém fazer isso com a sua mãe. - olho para ele chocada- Por isso que eu quero acabar logo com tudo... E se ele ferir mais alguém? Não posso deixar que ele faça isso... Simplesmente não posso Sam.

Eu fecho os olhos com medo. Permaneço com eles fechado por alguns segundos, depois abro e pego o shampoo na prateleira da parede. Eu despejo o líquido na cabeça do Freddie e faço espuma no seu cabelo, ele fecha os olhos e eu aproveito para deixar algumas lágrimas rolarem. Eu vou realmente perdê-lo. Eu devia imaginar que não ficaríamos juntos no final.

Pego um frasco vazio e encho de água, uso para enxaguar o shampoo da cabeça do Freddie, mas minhas lágrimas embaçam a minha vista.

— Droga! - falo com raiva e Freddie abre os olhos.

— Não Sam!- ele toca meu rosto- Para de chorar.

— Não posso. - choro com ódio- Por que ele vai fazer isso com você? Não...

— Sammy... - ele sussurra e me abraça.

Ele acaba molhando toda a minha roupa, então decide sair da banheira.

Freddie se enrola com uma toalha e me mantém contra seu peito enquanto me leva de volta para o quarto. Eu desabo numa choradeira imensa. Minha mãe em coma, o fato de que em breve vou perder o Freddie, a traição do Austin, meu pai de volta, os erros da Lana, são coisas demais para mim. Eu não consigo mais controlar. Grito com toda a força que eu posso contra o travesseiro.

Nem percebi quando o Freddie me colocou deitada e retirou minhas roupas molhadas. Estou apenas de roupa íntima, então sinto seu peito encostar-se às minhas costas quando ele me envolve com os braços.

— Me perdoa Sam... Me perdoa pelo fato de eu não poder prometer que jamais irei te deixar de novo. - ele sussurra contra o meu cabelo.

Eu continuo chorando. Prossigo assim, até minha cabeça ficar pesada e eu pegar no sono.

 

 

 

Acordo-me com a luz forte do sol no meu rosto. Sinto falta do Freddie na cama, eu o vejo do lado fora na sacada. Ele está apenas de calça jeans, me pergunto se não sente frio estando sem camisa.

Levanto da cama, pego sua camiseta branca do chão e me visto com ela. Vou até a sacada em silêncio. Passo os braços a sua volta. Ele gira o pescoço se assustando com minha presença. Eu beijo suas costas com carinho, depois beijo seu rosto.

— Você não vai me fazer mudar de ideia. - ele pega minhas mãos na sua barriga e se vira para mim.

— Eu vou sim. - subo as mãos pelo seu peito.

Freddie me empurra e coloca seus lábios nos meus. Meu corpo explode no exato momento.

Eu beijo sua boca com urgência, arranhando seu peito com as minhas unhas. Durante o beijo ele vai me empurrando para dentro do quarto. Suas mãos sobem para o meu cabelo onde ele puxa de leve para que eu erga mais a cabeça, ele tira os lábios da minha boca e morde meu rosto. Ele arrasta beijos até meu pescoço, onde suga e morde com força como se quisesse deixar marcado.

— Sam?! - Lana grita na porta do quarto e Freddie tira as mãos do meu corpo soltando um baita palavrão.

— O que foi Lana?- me viro sem jeito pela forma que estou vestida.

— É a sua mãe. - ela diz de uma vez.

— Ela... - não consigo acreditar que talvez aconteça o pior.

— Ela acordou. - Lana responde e metade do peso que está nas minhas costas cai no chão - E perguntou de você...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Amaram? Fala a verdade ai nos comentários!

A fic está praticamente no final, pretendo encerra-la no capítulo 45, ou estender até o 50, isso fica a critério de vocês... Pergunta, vão querer um hot Seddie no próximo capítulo?

Escolham aqui e nos vemos em breve;

OPÇÃO 1: O capítulo retrata a recuperação da mãe da Sam, a volta total do casal Seddie impressionando a todos, uma mensagem secreta do pai da Carly, e o significado do sonho que a Sam teve com Aurora meses atrás. E a despedida de solteiro de Carly e Gibby.

OPÇÃO 2: Após ver como está a situação de sua mãe recém saída do coma, Sam decide tentar chamar a atenção do pai do Freddie e empatar o que está por vir, Lana e Austin tem uma conversa séria sobre suas decisões erradas. Carly passa por um momento difícil após ter enjoos recentes, e descobre que tem algo de errado acontecendo com si mesma.



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