Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 29
Puzzle (with 42)


Notas iniciais do capítulo

[Quebra-cabeça (com 42)]

Olá humanos. Estou de volta para a alegria de todos. Estão prontos para o capítulo? Espero que sim. Bem primeiro de tudo tenho que informar uma mudança na fic que foi pedida no Whatsapp por Ágatha, Roberta e Carine, elas pediram para eu adicionar mais um personagem principal, esse personagem é o Austin. Enfim ele vai integrar na fic totalmente e pirar a cabeça de todo mundo. Como eu disse que era uma fic aberta, vcs que estão conduzindo-a, ou seja tomaram as rédeas, agora segura na mão de Deus e vai kkkk casal Seddie continua forte e firme relaxem, até pq acho que o coração do Austin foi arrebatado por uma certa garota que vai chegar com tudo. Como a leitora Jéssica falou no twitter "Recomendo uns calmantes para os próximos capítulos", já que ela me perguntou oq estava por vir kkkk Bem, teve muita gente lotando meu Whatsapp atrás de 42, então uma parte do primeiro capítulo vai estar postada no final deste capítulo aqui de Fix you. Espero que assim vcs se acalmem um pouco mais kkkk Bem, é só isso, vão ler e se preparem, beijinhos...



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Povs Sam:

 

— Isso é realmente estranho. - eu me sento no sofá com a ajuda de Carly.

— Talvez tenhamos algo em comum. - Freddie se senta no chão próximo ao sofá e pega as minhas mãos, ele acaricia o anel reluzente cheio de felicidade.

Carly finge se espreguiçar, passa o anel dela no meu rosto e solta um riso. Dou um riso fraco por culpa da dor de garganta. Embryl também ri. Ele gostou muito de saber que Carly e eu ficamos noivas quase ao mesmo tempo.

Eu pego meu celular novamente para tentar entender porque a Lana nos seguiu.

— Eu entendo perfeitamente o fato dela seguir nós três- faço um sinal com a mão para mim, Carly e Gibby- Mas seguir o Freddie e o Embryl não faz sentido.

— Vamos pelo o que o Freddie disse. - Embryl apoia os cotovelos no joelho- Talvez tenhamos algo em comum.

Penso a respeito. Mas não temos nada em comum a não ser pelo fato de nos conhecermos. É como montar um quebra-cabeça sem a figura original, pode ser qualquer coisa e levará tempo para entender.

Olho para o rosto dos meus amigos, procurando alguma coisa em comum entre nós. Paro o meu olhar no Freddie e uma ideia sem qualquer nexo se passa em minha mente.

— O que foi amor? - Freddie pergunta fazendo aquela cara fofa quando fica confuso.

Desvio o olhar dele e fito o Embryl.

— Ligue para o Gale. - eu peço ao meu irmão e ele só fica me olhando como se não processasse a informação. Eu pego uma almofada no sofá e jogo nele - Liga logo.

Ele pega a almofada e joga no Gibby por ele estar rindo.

— Vou ligar. - Embryl murmura desbloqueando o celular, ele mexe o polegar rapidamente e me olha esperando uma explicação.

— Ele tem Twitter? - eu pergunto.

— Sim, mas... - ele não vê sentindo- Por que ela o seguiria?

— É o que vamos descobrir. - eu digo e começo a puxar o Freddie para o sofá, a distância entre nós é perturbadora.

Freddie se senta ao meu lado e me envolve com o braço.

— Desculpa ter te deixado doente. - ele sussurra no meu ouvido.

Dou carinho no seu rosto.

— Tudo bem, mas você também vai ficar doente. - eu o advirto por ele estar perto de mim.

— Na saúde e na doença, lembra? - ele fala alto e escuto um "awnn" de todo mundo.

— Ainda não nos casamos. - lembro a ele.

— Já estou praticando. - Freddie me aperta com carinho e beija meu rosto.

— Vocês são fofos, mas, por favor, não a beije enquanto ela estiver doente. - Carly implora rindo.

— Estou ligando. - Embryl avisa e coloca o celular no viva-voz.

Esperamos um pouco e uma voz atende do outro lado.

Embryl, está cedo para você me ligar. — Gale tem a voz sonolenta.

— Preciso que verifique uma coisa em seu celular. - Embryl é direto com o namorado.

Aconteceu alguma coisa? — ele se preocupa.

— Somente veja a última pessoa que te seguiu no Twitter. - Embryl batuca os dedos nas pernas.

Hum... Ok.— Gale murmura e durante alguns segundos apenas escutamos sua respiração- Me seguiu uma tal de Flicker 62.

Decepciono-me na hora. Minha teoria não deve estar certa então.

Vendo o meu desapontamento Embryl estreita os olhos e suspira.

— Alguém te seguiu antes? - ele pergunta ao Gale.

Não...— Gale lhe responde- Oh!— ele se surpreende- Uma garota chamada Lana Gilbert me seguiu agora.

— O que? Por quê? - Freddie e eu perguntamos ao mesmo tempo, ele surpreso e eu contente.

Já posso voltar a dormir?— Gale reclama do outro lado da linha.

— Pode sim. Obrigado pela ajuda, depois te explico o que está acontecendo. - Embryl não tira os olhos de mim- Amo você.

Eu também.— o namorado responde e encerra a ligação.

— Sam? - Embryl coloca o celular no bolso novamente.

— Freddie, ligue para a Rosalie. - eu digo colocando as mãos no seu bolso a procura do celular- Ela tem cara que gosta de redes sociais.

— Sam pode nos contar o que está acontecendo? - Carly me pede observando o noivo dormir no outro sofá.

— Não posso. Deixa-me estar certa, primeiro. - dou um tapa na coxa do Freddie por não encontrar o celular dele, Freddie ergue as sobrancelhas.

— Acho que está mais para cima. - ele sorri de lado e eu coro na hora com as segundas intenções dele.

Até que vejo o volume no seu bolso direito e tiro seu celular de lá.

— Eu mesma vou ligar. - desbloqueio seu celular com a senha e vou aos contatos procurar o número da tia dele.

— Letra "R". - ele me informa.

— Eu sei ler. - reviro os olhos, mas isso me causa dor de cabeça. Por fim acho o contato dela e clico em "send". Aguardo pacientemente.

— Ela vai te xingar. Ela detesta acordar cedo... - Freddie começa a falar e eu coloco o indicador da mão esquerda sobre seus lábios.

Porra Freddie! É doido de me ligar a essa hora?! Que merda garoto!— a tia dele rosna no telefone.

— Sou eu a Sam. - corto seus xingamentos.

Mas por quê? Eu estava sonhando que finalmente a minha irmã tinha parado de ferver os talheres.— Rosalie prossegue reclamando.

— Ai que lamentável. Só vê no seu celular quem foi seu último seguidor no Twitter. - vou direto ao ponto.

Ela solta outro palavrão.

É algum tipo de brincadeira?

— Rosalie, é importante e não conte a senhora Benson. - todos me olham confusos com exceção do Gibby que prossegue dormindo.

Argh! Só porque eu gosto de você.— ela murmura outras coisas incoerentes e eu aguardo ela me dizer o que eu já esperava— Foi uma garota.

— Lana Gilbert?! - me levanto do sofá em choque e quase caio em cima da mesinha, Freddie segura minha mão evitando que eu caia.

Sim.— Rosalie suspira- O que tem ela? E por que não posso contar a minha irmã?

— Porque não quero causar um infarto na minha sogra, aliás, o Freddie me pediu em casamento, isso você devia contar. - aproveito o assunto.

— Não Sam!- Freddie tenta tirar o telefone da minha mão, mas eu aperto sua veia do pescoço e ele começa a voltar para o sofá.

ELE FEZ O QUÊ?!— Rosalie berra no meu ouvido- ELE NÃO ME CONTOU NADA! ME CONTA TUDO AGORA SAM!

— Estaremos de volta em breve, não se preocupe, iremos te contar tudo. - eu a acalmo.

SAM! NÃO DESLIGA! OLHA AQUI! — Rosalie prossegue gritando.

— Te vejo em breve, obrigada pela ajuda. - aperto "end" e devolvo o celular ao Freddie.

— Não devia ter contado, iria ser uma surpresa. - Freddie fica triste.

— Se eu não contasse isso, ela iria falar para sua mãe sobre a ligação, então considere isso como uma saída de mestre. - me sento no sofá de novo e Embryl está esperando uma explicação- O que temos todos em comum?

— Somos bonitos? - Carly pergunta olhando para as unhas.

— Também. - aperto seu joelho- Mas temos outra coisa em comum.

— Ai meu Deus!- Gibby grita se acordando no sofá e nos assustamos com ele.

— O que foi?! - Carly fica toda preocupação de noiva.

— Nada, eu só queria assustar vocês mesmo. - ele começa a rir sozinho e Carly leva as duas mãos ao rosto.

Aliso suas costas como se estivesse a confortando.

— Tá. - ela se mexe- Tá bom. Já chega. - ela tira as minhas mãos rindo - Agora conta o que temos em comum.

Suspiro e me preparo para responder.

— Todos nós... - meu celular toca ruidosamente atrapalhando e Freddie pega ele para atender.

— Celular de Samantha Puckett, quem fala? - Freddie me dá um sorriso, mas de repente ele se desfaz ao ouvir a voz do outro lado- Ela está aqui sim- seu olhar escurece e ele me estende o celular, pego da sua mão e ele se levanta do sofá- Sempre atrapalhando. - Freddie caminha para a cozinha e vejo os músculos das suas costas ficarem tensos.

— Quem é? - pergunto colocando o celular na orelha.

Eu preciso te perguntar uma coisa.— a voz do Austin me faz tossir de imediato- Você está doente?— parece cansado enquanto fala, como se estivesse correndo.

— Isso não é da sua conta. - trinco os dentes para responder.

Ok. Esqueça, é um hábito.— ele mantém a voz pesada- Quem atendeu o celular?

— Fala o que você quer Austin!- explodo com raiva e nem sei ao certo por que.

— Não acredito que ele te ligou. - Carly fica indignada ao meu lado.

Ergo a mão para que ela fique quieta.

Eu...— ele inicia, mas eu o corto.

— Seja lá o que você quer eu não estou disponível para isso agora, xau. - desligo na cara dele e Carly bate palmas.

— É isso ae garota. - ela me parabeniza.

— Vou falar com o Freddie. - levanto com dificuldade do sofá.

Noto Gibby mexer disfarçadamente no celular, mas ignoro. Faço cosplay de zumbi enquanto ando para a cozinha, Embryl se levanta e vai se sentar ao lado da Carly. Eu entro na cozinha e vejo o Freddie encostado na geladeira, ele me olha com dor quando me aproximo.

— Eu pensei que já tinham resolvido tudo. - ele me diz com a voz dura.

— Eu também pensei. - estico a mão para tocar seu rosto, mas ele não deixa e a abaixa na mesma hora- Freddie eu não sei por que ele me ligou. Eu sinto muito.

Ele fecha os olhos e abaixa a cabeça.

— Parece que nunca pode ser somente você e eu. - Freddie abre os olhos e me olha- Parece que sempre tem alguém no meio para atrapalhar e eu não entendo por que isso acontece. É como se não pudéssemos ficar juntos.

Meu coração falha por um segundo ao escutar isso.

— Freddie eu te amo. Não dificulte as coisas. - me aproximo sem hesitar e pego seu rosto nas mãos- Você é tudo o que eu quero e tudo o que eu preciso, ele está no passado. O nosso futuro é o que importa. Você mesmo disse que não existe o presente, mas está preocupado com ele agora. Nada vai nos separar Freddie.

Ele me olha com carinho e coloca as mãos na minha cintura.

— Eu também te amo. - ele diz somente isso e me abraça- Quer alguma coisa?

— Um Advil para dor de cabeça. - aponto para o jarrinho em cima da geladeira.

— Tudo bem. - ele não hesita em me dar um beijo nos lábios.

Ele me solta e vai até a geladeira pegar o meu remédio. Sento-me em cima da bancada fazendo certo esforço. Por um breve momento lembro-me de já ter ficado doente dessa maneira. Mas não lembro o que causou a minha gripe e não entendo porque fiquei doente por um simples banho de chuva.

Observo o Freddie se mover pela cozinha. Sorrio por gostar de vê-lo. Eu o amo tanto que até ficar olhando para ele me deixa feliz. Ele me nota o observando e se vira sorrindo.

— Olá. - digo normalmente.

— Por que está sorrindo? - ele me pergunta enchendo um copo de água da torneira.

— Porque eu te amo.

— Hum... - ele caminha até mim - Abra a boca. - faço o que ele pede e abro, ele coloca o comprimido na minha língua e inclina o copo contra os meus lábios com cuidado. Eu inclino a cabeça para trás enquanto tomo água. O comprimido desce pela a minha garganta e bebo toda a água do copo. Freddie coloca o copo sobre o mármore e me dá outro selinho.

— Obrigado. - aliso seus ombros.

— Como se sente? - ele se coloca entre as minhas pernas.

— Um pouco melhor. - passo a mão no seu topete totalmente desgrenhado e o puxo para outro beijo rápido- Já está doente agora?

— Não. - ele ri contra a minha boca e me tira da bancada- Vamos voltar para a sala.

— Ok amor. - pego a sua mão.

Freddie e eu retornamos para a sala devagar. Carly e Embryl estão conversando teorias sobre o porquê dá Lana estar possivelmente atrás de nós. Pretendo explicar a eles a coisa mais lógica que se encaixa nisso tudo, quando alguém bate na porta.

— Eu atendo. - Gibby diz rapidamente como se já esperasse alguém, ele se levanta do sofá e anda até a porta para abri-la.

Caminho para o sofá com o Freddie, mas paro na hora quando vejo quem acabou de entrar no apartamento usando uma camisa preta, calça jeans e jaqueta de couro preta.

— O que a Lana quer comigo? Achei que tínhamos resolvido tudo, você andou falando com ela? Achou que eu mudaria de ideia sobre você se eu a tivesse de novo na minha vida? Caramba, eu já prometi não fazer nada em relação a você, mas ai eu pego meu celular e descubro que tenho a Lana no meu pé novamente. - Austin fala sem parar e se aproxima de mim.

Pisco atônita para ele e sinto Freddie enrijecer ao meu lado. Sua postura fica dura. Ele sabe que é o Austin e sua respiração fica silenciosa.

— Oi? - consigo pronunciar.

— É... - Austin olha para todo mundo- Desculpa ir entrando assim. Primeiramente bom dia a vocês, Carly- ele só acena para ela que está tão em choque quanto eu- Gibby - ele só mexe a cabeça quase sem olhar para trás- Você eu não conheço, mas e ai? - ele aperta a mão do Embryl que me olha surpreso- E... - é agora meu Deus- Oi Freddie.

Freddie não responde, ele só permanece quieto e por fim o Austin olha para mim e o vejo segurar um sorriso, porém eu falho em segurar o meu.

— Oi? - repito novamente sorrindo.

— Bom dia para você também. - ele age normal.

— Freddie este é o Austin. - eu dou um tapa leve em seu braço, Freddie engole em seco e estende a mão.

Austin aperta meio a contra gosto e faz um gesto com a mão dispensando as apresentações.

— Você falou com a Lana? - Austin coloca as mãos no bolso da jaqueta.

— Não. Mas ela começou a seguir a todos nós no Twitter. - explico a ele.

É estranho ter o Austin e o Freddie no mesmo ambiente. Parece que a qualquer momento um vai voar no pescoço do outro.

— Por quê? - ele pergunta me tirando dos meus pensamentos.

— Não sei. - dou de ombros- Você tem falado com ela?

— Ela me ligou, mas já faz um tempo. - Austin suspira e da um passo rápido para frente, uma expressão de sofrimento cruza o seu rosto- Ela parecia preocupada.

— Como assim preocupada? - Carly entra no assunto.

— Lana disse que precisava de ajuda, mas que era para eu esperar e que sentia muito. - seus olhos ficam úmidos.

Junto forças para perguntar a ele uma coisa, sei que vai surpreender a todos.

— Por que vocês terminaram? - solto sem respirar.

— Ela descobriu sobre a nossa ligação. - ele responde e olha dentro dos meus olhos.

— Espera... - Carly murmura.

— Lou não era a sua tia. - Freddie intervém.

— Não. - ele nega e olha para a Carly.

— O que? Eu pensei que você estivesse morando com a Lou, sua tia. - Carly argumenta.

— Não. A Lana estava morando comigo. - ele fala e me olha para ver minha reação, me mexo desconfortável por saber que eles ficaram assim tão próximos.

— Então a Lou, era a Lana. - Freddie diz e cruza os braços- Ela não era sua tia, era sua namorada.

— Sim. - Austin ainda está surpreso pelo Freddie dirigir palavras a ele.

— Sabe dizer para onde ela foi? - eu interfiro no meio dos dois.

— Não. Ela simplesmente foi embora. - ele mostra se importar muito com ela.

Austin olha para a minha blusa e tira um fiozinho que se soltou, foi um movimento rápido, mas vejo Freddie trincar os dentes com raiva.

— Então... - Carly faz menção de falar.

— Pelo amor de Deus, eu estou na sua frente, acha mesmo que eu vou fazer alguma coisa com ela? Para de olhar pra mim assim. - Austin reclama com o Freddie e eu toco seu peito com a mão.

— Fique quieto. - dou um empurrão de leve e ignoro o leve tremor que seu corpo teve quando eu o toquei- Temos que achar a Lana, ela deve estar com problemas.

— Se ficar mais longe eu agradeço. - Freddie dá um passo para frente.

— Quieto Freddie. - acabo tossindo e me sinto enjoada.

— Você está doente, não é? - Austin fica preocupado.

— Vou ficar bem. - tusso de novo e o Austin leva a mão a minha testa.

— Droga! Sam você está com aquilo de novo. - ele tira a mão da minha testa e segura meu rosto, ele observa meu olhos- É, estão vermelhos.

— Aquilo de novo o que? - Freddie pergunta e se aproxima de nós, ele parece menos tenso vendo o Austin me ajudar.

— Uma gripe forte que ela pega toda vez que entra em contato com uma árvore nativa daqui de Londres. Ela ficou doente na última vez que mergulhou no lago do parque Wimbledoom com a Carly. Tem uma árvore nativa bem próxima, que derruba as folhas no lago. Você foi lá de novo? - ele desce a mão pelo meu pescoço e vê que continua quente.

— Sim. O Freddie me levou ao parque, tomamos banho de chuva. - respondo e retiro suas mãos de mim, não quero parecer afetada ou algo assim na frente do Freddie.

— E por perto deveria ter uma árvore daquela... – ele suspira se achando dono da razão - A água da chuva deve ter escorrido por ela e você acabou ingerindo na sua brincadeira. - ele olha para o Freddie- Ela não vai melhorar enquanto não tomar um chá que minha mãe costumava fazer para ela, é como um antídoto, em questão de horas ela vai estar bem novamente.

— E você sabe fazer? - Freddie pergunta olhando para mim, mas a pergunta é dirigida ao Austin.

— Sim. - ele acena com a cabeça- Mas tenho que ir em casa para preparar o chá.

— Eu vou com você. - Freddie se oferece.

— Mas o quê? - eu pergunto em choque.

— Eu volto logo. - ele me puxa para um beijo rápido e o Austin suspira revirando os olhos, Freddie aponta para a porta e Austin se vira lançando um último olhar para mim- Amo você. - Freddie sussurra e caminha logo atrás dele.

— Você entendeu o que aconteceu aqui? - pergunto para a Carly quando os dois deixam o apartamento.

— Entendi tanto quanto você. - ela me olha com dúvida.

Um frisson percorre a minha barriga. Seja lá o que o Freddie quer com o Austin, não deve ser bom.

 

 

 

 

 

 

 

Povs Freddie:

— Por que se ofereceu para vir junto? - Austin caminha com as mãos no bolso ao meu lado, eu mantenho uma postura enrijecida.

— Para conversar. - respondo friamente, mas eu sei o que tenho que fazer- E agradecer.

— Agradecer? Só pode estar brincando. - ele tem um tom de desprezo.

— Por se preocupar com ela.

Ele para de andar e se vira para mim.

— Isso se chama amor, é o que eu sinto por ela.

— Eu já percebi. - continuo andando pela calçada e ele prossegue chateado.

— É um belo anel. - ele murmura, revelando que reparou no anel de noivado da Sam.

— Fica bem nela, não? - deixo meu orgulho falar mais alto.

— Fica. - ele resmunga- Eu também tenho que lhe agradecer por tomar conta dela, por ama-la tanto. Eu fiz a pior besteira da minha vida quando terminei com ela. Não peço que me entenda, só sei lá. - Austin tenta dizer alguma coisa- Você deve me odiar, eu acho.

— Te odeio por ter deixado ela, te odeio por ainda ama-la. Mas não posso culpa-lo por nenhum desses motivos. - admito infelizmente.

— As coisas não precisam ser assim. Eu não vejo porque não podemos ser amigos Freddie. - ele comenta e eu não respondo nada- Tudo bem, eu a amo, você também, mas acho que podemos fazer um acordo.

Dou uma risada sarcástica.

— Igual aquele acordo que você fez com a Sam?

— Freddie. – Austin fica sério - Me ajude a encontrar a Lana. - ele pede sem rodeios.

Essa tal de Lana de novo. O que essa garota significa para ele?

— E por que eu faria isso? - o questiono e aceleramos os passos.

— Depois que a Sam e eu terminamos, levei um tempo para me levantar novamente. Lana estava lá quando eu precisei. - Austin murmura e a voz fica dramática.

— Pula o drama, por favor. – corto as palavras dele.

— Eu perdi minha família Freddie. Acho que sabe disso. - ele me lembra e eu recuo, sei o quanto estou sendo insensível, melhor eu retroceder um pouco.

— Eu sinto muito. - me desculpo- A Sam ainda se culpa, sabia? - tenho que acrescentar.

— Eu passei muito tempo da minha vida após nosso rompimento a culpando, quando na verdade a culpa foi minha. - ele diz e eu paro na rua.

O tempo começa a se fechar novamente. Alguns pingos caem lentamente do céu e as pessoas apressam os passos.

— Como assim a culpa foi sua? - pergunto segurando seu braço para que ele não se mexa.

Austin respira fundo e coça a cabeça.

— Quando meus pais saíram naquele dia, no carro. - ele inicia- Acho que a Sam deve ter lhe contado. - Austin faz mais uma pausa, ele parece querer ganhar tempo, ele olha em volta, a rua fica praticamente vazia por conta da chuva que cai aos poucos, mas não me importo de ficar molhado - Não foi por culpa da neve que eles sofreram um acidente. Fui eu que me esqueci de avisar que a direção do carro estava fora do eixo. Eles não conseguiram fazer a curva. Foi o que gerou o acidente. Eu tentei consertar uns dias antes. Mas... - eu o interrompo, quando meu punho acerta em cheio a sua cara e ele desaba na calçada.

Ele fica desnorteado, mas não consegue se levantar.

— Você... - não consigo pensar direito- Você sabe quantas malditas vezes ela se culpou desde então?! Por que não contou a verdade?! Ela quis morrer seu idiota! Meu Deus! - eu levo as mãos à cabeça- Por que Austin?! Ela... Não aguentou que a culpa foi sua e jogou a culpa nela?! Você que os matou! Não foi culpa dela! Nunca foi!- eu grito com raiva.

Austin se levanta com dificuldade e eu o empurro para a parede de um apartamento qualquer. Ele cai sentado e balança a cabeça totalmente atordoado.

— Eu... - ele tenta explicar, mas deve estar sentindo dor- Eu só descobri a verdade um ano depois da morte deles. Quando eu já estava com a Lana.

— Não justifica! - eu prossigo berrando- Ligava para ela, contava a verdade! Quando foi para tentar tirá-la de mim você estava lá, não foi?

— A Lana fez a minha cabeça. Ela me manipulou para que eu não contasse a verdade. Ela não queria correr o risco de me perder. - Austin começa a se levantar.

— Carly disse que você pode ser manipulador quando quer. - relembro o que Carly me disse.

— Freddie você tem que acreditar em mim. Eu a amo. Jamais faria...

— Chega de dizer que a ama!- eu aponto o dedo para ele- Para com essa merda! Você pisou na bola tantas vezes que não é atoa que só se ferra na vida.

— Eu juro que queria contar a verdade, mas... - ele tenta argumentar e eu dou um passo na direção dele.

— Me dê um bom motivo para não socar a sua cara de novo. - as palavras saem entre os meus dentes trincados.

— Porque você vai me ajudar a achar a Lana.

— Uma ova que eu vou! - passo a mão no cabelo que respinga por causa da chuva.

— Se você me ajudar Freddie, você nunca mais vai me ver e nunca mais estarei entre você e a Sam novamente. - ele me fala calmamente.

— Você ainda ama a Lana mesmo depois do que ela fez com você? Te manipulou e depois te abandonou? - pergunto incrédulo.

— Da mesma forma que a Sam ainda continua me amando. - ele diz e eu dou um passo para frente querendo bater nele de novo- Por favor, Freddie.

Fecho os olhos e conto até 10 mentalmente. Quando por fim estou calmo o bastante, abro os olhos e considero a ideia.

— Por que precisa de mim para encontra-la?

— Porque você tem a Carly, o Gibby e a Sam. E aquele cara que eu não sei quem é... - Austin explica e sua voz me dá dor de cabeça.

Porém, algo que ele diz me chama a atenção. O fato de ele precisar de mim por que eu os tenho. Assim como a Lana seguiu a todos eles, até mesmo Rosalie por que eles me têm. Essa era a teoria da Sam. A coisa em comum que nós temos é simples: Ela seguiu a todos que me conhecem. Lana deve estar atrás de mim... Mas por quê? Talvez...

— Eu vou te ajudar. Dou minha palavra. Mas me permita falar com a Lana se nós a encontrarmos. - eu peço sem dar sinais suspeitos, Austin me olha surpreso, mas confuso - Somente para garantir que vocês ficarão longe de nós.

— Como quiser. - Austin estende a mão direita, eu a aperto com força- Obrigado.

— Não há de que. - solto sua mão.

— Por favor, não conte a Sam a verdade. - ele me pede referente à história do acidente- Deixe que eu conte. Provavelmente ela não vai querer nem olhar para mim depois disso, será melhor assim. Ela saber por mim.

— Seja rápido quando contar. Provavelmente ela vai te matar quando souber, evite que isso aconteça. Nós temos planos e não me envolve visita-la na cadeia. - eu murmuro e começo a andar, meus sapatos chiam ao tocarem o chão empoçado.

Sinto-me desconfortável com as roupas molhadas.

— Quer apostar uma corrida até lá? - Austin pergunta tomando fôlego.

— Não abuse da minha calma. - eu mantenho um tom de voz baixo.

— Quanto mais demoramos, pior a Sam vai ficar. Vai por mim, eu já vi aquela alergia atacar ela antes. - ele me lembra do objetivo principal.

Suspiro derrotado diante do seu ponto de vista.

— Ok, mas lembre-se, não somos amigos. Estamos apenas correndo pelas pessoas que amamos.

— Tem mais outra pessoa nessa história? - Austin pergunta não entendendo a minha frase do plural. Tenho que pensar em algo rápido.

— Corra! - eu digo e me lanço para frente.

Austin leva um tempo e depois escuto os seus passos baterem nas poças atrás de mim. Queria dizer a verdade a ele. Mas nosso santo não bate. Eu ainda estou furioso pelas coisas que ele me disse. Mas não posso contar nada. Na verdade, não irei contar nem mesmo a Sam. Uma imagem vem em minha mente. O balanço voltando e acertando a cabecinha pequena da minha irmã. A Sam jamais teve culpa de nada em relação ao acidente da família do Austin. Eu queria poder dizer o mesmo de mim. Mas não tenho como escapar. A culpa foi minha. Sim. Realmente naquele dia, a culpa foi toda a minha.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em breve: 42: A Colina Violeta.

Capítulo 1: Eu sigo você.

A loba branca desfila pelo baile de máscaras. Em seu olhar ela carrega um mistério e em segredo carrega um pouco de morte. Seus olhos azuis vagueiam pelo enorme salão a procura de seu amigo. Ela arruma sua máscara de loba um pouco para baixo, ergue uma parte de seu vestido para rodopiar ao ritmo da música, enquanto seus pés são eficientes e habilidosos. Seu corpo automaticamente para de se mover e treme em uma postura de ataque. Ela sente o cheiro extremamente doce impregnar em suas narinas. O cheiro mais doce e puro no mundo. Tão doce que seu nariz queima ao inala-lo. O cheiro de um mármore. O cheiro que pode trazer a morte. O cheiro de um vampiro.

Ela sente ele roçar as mãos em sua cintura. Seu coração bate como as hélices de um helicóptero. Ela não pode parar. Seus pensamentos levaram apenas alguns segundos. Ela retoma a postura antes mesmo que alguém tenha percebido o tremor começando em seu corpo. A loba branca acelera os passos e se choca nas costas de seu amigo. Seu amigo não sabe a verdade. Ele não sabe que o mundo em que ele vive é totalmente diferente e inimaginável do padrão normal e comum em que ele acredita.


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Notas finais do capítulo

E ai? Oq acharam? Gente, kd os meus leitores que comentavam a fic? Vcs estão vivos? Falem comigo! Só meu twitter e meu Whatsaap que está bombando, fora isso os comentários da fic sumiram, só tem as fofinhas que são a Thais e a Julie. Saiam do meu Whats e do meu twitter e venham pra cá tbm seus lindos!

Enton... Oq acharam dessa mínima parte de 42 - A Colina Violeta? Sim, esse é o nome oficial da fic. Ideia da Gabrielly Silveira uma garota que está sempre no twitter me dando apoio na DM, já te considero muito hein. Comentem gente, sérião... AH e faço aniversário esse mês, legal né? Kkkk, por hoje é só gente, vou soltar as opções aqui e nos vemos em breve pq eu não vou parar mais. Até breve!

OPÇÃO 1: Austin e Freddie retornam para o apartamento onde explicam brevemente o que aconteceu para Sam e iniciam as buscas por Lana. Barney é convocado para os ajudarem. A senhora Benson desconfia que algo está para acontecer. Rosalie faz uma descoberta impressionante.

OPÇÃO 2: Continuamos a ver o que Freddie e Austin conversaram durante o trajeto de ida e volta. Sam e Carly desconfiam que o Gibby sabia da vinda do Austin. Uma parte do capitulo mostra um pouco da vida de Lana. Sam e Austin conversam sobre seus sentimentos e chegam a uma conclusão.



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