MELLORY — entre Deuses e Reis escrita por Lunally, Artanis


Capítulo 51
Guerra Final!


Notas iniciais do capítulo

Finalmente esse tempo de tempestade acabou? Quais são os sacrifícios feitos e as vitorias recebidas?



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Não foi rápido, mas também não demorou tanto. E os programas com meta de evoluir Findoram foram iniciados. Os alfas não precisavam mais estar lá, deixariam responsáveis que cuidariam de manter o progresso do país, mas pelo simples fato da população estar bem receptiva estava sendo fácil. O povo de Findoram era conhecido por ser preguiçoso e amantes de festas, mas talvez isso em maioria fosses um estereótipo formado por más línguas. Descobriram que aquele povo era muito bom para fabricar bebidas, e os colocaram no comercio, que ela algo promissor, bebidas alcoólicas sempre foram muito bem vendidas. E o que mais surpreendeu foi à habilidade artística que eles tinham, eram bons músicos, eles próprios fizeram muitos instrumentos e canções, eram bons pintores e atores. Esse ramo era pouco trabalhado, mas decidiram investir também. Era uma habilidade única de Findoram.

Findoram até teve algumas partes reformada e estava limpa e agradável. A população em sua maioria cooperava, mas tinha rebeldes que eram preguiçosos mesmos, mas graças aos dragões eram poucos.

No castelo, os líderes se arrumavam.

— Está tudo pronto. — Serena anunciou. — Podemos ir embora. Os bárbaros já foram e os selvagens estão indo agora, só falta à gente. — Serena ficou satisfeita com os progressos isso animou ela, pois que conseguiram “reeducar” Findoram, fazer o mesmo em Premim não seria impossível. Queria moldar seu povo também, tirar essa coisa ditatorial e implantar o mínimo de direitos humanos.

— Quando chegar a casa nós temos que fazer a festa da Primavera. — comentou Miguel, vendo que a primavera dominava o ambiente. Flores para todo o lado.

Hatori estava meio tenso, arrumou seu cavalo, todas as coisas certas. — Não vou voltar agora para Draken.

— Não é necessário ficar aqui em Findoram! — reclamou Miguel, estava preocupado com Hatori, ele era meticuloso, provavelmente queria fiscalizar tudo para que nada desse errado.

— Não vou ficar aqui também. — Hatori explicou para o alfa menor.

Serena sorriu. Como homens são burros! — pensou ao ver a cara de confusão de Miguel. — Diga a Lunally que ela deveria ter me enviado cartas e que estou saudades, não volte de lá sem ela!

Miguel fez uma cara de compreensão — Oh... — parecia que tinha descoberto um enigma.  — Então vai para Golty?!

—Eu sei que é uma irresponsabilidade, mas... — Hatori tentou justificar sua ação.

— Pelo amor de Helias! Eu entendo, vá logo! Eu cuidarei de tudo em Draken. — Miguel falou todo convencido, como se tivesse trocado de lugar com o irmão. Desta vez ele ficaria para comandar tudo, era praticamente a primeira vez, pois sempre era Hélio que cuidava dos deveres de regente.

Hatori ficou um pouco receoso, acreditava em Miguel, mas tinha dúvidas sobre certos atos dele. Mas Serena era mais sensata e não o deixaria extrapolar os limites. Ele necessitava acalmar seu coração e ver como Lunally estava. Ao menos ver ela o deixaria tranquilo.

CHEGADA EM DRAKEN

Com a vitoriosa invasão à Findoram, Miguel e Serena decidiram voltar com uma singela caravana para Draken. Estavam longe há um bom tempo e isso deixava o Alfa menor um pouco aflito. Afinal, o líder militar de seu reino não estava de prontidão na capital para solucionar possíveis impasses emergenciais. Além de que Hatori decidira partir para Golty por um tempo. E nesse cenário, o caçula, simplesmente, não poderia deixar o solo drakiniano sem uma tutela maior. Não que Hélio não fosse confiável, mas ele era um beta com outras cruciais responsabilidades.

Serena dormia no estofado da carruagem. A mulher parecia exausta e desgastada. A experiência que tivera na presença de Kalisse parecia ter-lhe envaidecido as forças dela. O rapaz sorriu enquanto a observava. Ela suspirava de tempos em tempos e movimentava- de um pouco, não parecia muito confortável. O Alfa decidiu deitá-la sobre suas pernas e acariciou os cabelos delas, admirando sua beleza. Serena percebeu o movimento estranho e abriu os olhos, sempre alerta. Prestes a protestar, Miguel abaixou a cabeça e roubou-lhe um beijo. A Alfa o encarou confusa.

— Vá por mim, querida! Sou o melhor dos travesseiros. - Gabou-se o homem. Estava feliz por tudo ter ocorrido bem nos últimos dias. A morena sorriu e escondeu sua face, recostando-a no abdômen do Alfa. Conseguia sentir a fragrância tropical que emanava de Miguel e ela permitiu-se descansar de encontro a ele. Sua respiração tornando-se pesada com o passar dos minutos. O homem também dormiu. Satisfeito por sua vitória.

Um solavanco repentino despertou ambos. Os Alfa's acordaram um tanto inquietos e Miguel segurou firme a mão de sua esposa. - O que está acontecendo, soldado? - Perguntou ao militar que coordenava os cavalos.

A voz à frente respondeu, prontamente. - Algo... ou alguém nos parou, mi lorde.

Serena fitou curiosa a expressão indagatória de seu marido. - Acho que devemos descer e conferir, Miguel.

— Penso o mesmo. - Concordou ele abrindo a porta do carro. Ambos saíram do automóvel e espiaram um pouco os arredores. Serena percebeu rapidamente a presença de uma das águias de Amom. Olhou a criatura intrigada. A ave voou para o braço estendido e convidativo da Alfa e começou a se comunicar telepaticamente com ela. - Venho do Norte, minha jovem dama. Trago notícias de seu protetor, o feroz leão. - A mulher ouvia atenta a besta. Suas asas douradas provocando cócegas na pele morena de Serena.

— Prossiga, por favor. - A Alfa pediu educada.                        

— Seu pai - Mathias, o Tirano- andou compactuando com um espírito do Leste. Mas, parece que o alvo da negociação foi a senhorita. - Explicou o animal com uma voz distante, quase intocável.

— Seja mais clara. - A Alfa pediu, um pouco exacerbada. Não estava gostando do rumo daquela prosa.

— Aqueles que provém a vida, muitas vezes, sentem-se no direito de retirá-la. Cuidado com as falácias divinas, Dama do Sol. Ou seu amor não colherá frutos. - A águia avisou alçando voo e deixando Serena pensativa sobre as palavras da mensageira.

— O que ela disse, querida? - Miguel perguntou preocupado com a reação de Serena.

 - Algo grande irá acontecer, Miguel, devemos ser mais do que espertos. - Serena explicou, dando a entender que não retomaria o assunto por um tempo. Decisão que Miguel respeitou. Subiram novamente na carruagem e seguiram viagem até estarem novamente às portas do chalé.

*

— Vossa Majestade! - Kalifas recebeu Serena com um abraço caloroso e apenas, um aperto de mãos para Miguel. Abriu a porta da residência dos alfas e logo esses puderam sentir o cheiro de comida caseira que emanava do interior. - Ah! Dalila está preparando um jantar de boas-vindas para recebê-los! Tomem um banho e desçam antes que os pratos esfriem. - Pediu educadamente o cigano.

— Obrigada, Kalifas. - Serena agradeceu e segurando a mão de Miguel, subiram ambos para o andar de cima. A ausência de um certo alguém contagiara a Alfa.

—  O que acha, meu senhor? - A mulher perguntou opinião a seu marido sobre seu vestido floral.

— Uma autêntica flor, meu amor. - Ele sorriu ao vê-la tão bela e tranquila. Beijou-lhe a face uma vez e segurou a cintura dela, com delicadeza. Começou a balançá-la conforme o ritmo das cigarras e percebeu que ela gostava de estar em seus braços. - Minha rainha é tão linda. - Enlaçou os braços dela no em torno de seu pescoço e a analisou profundamente. - Ainda bem que te encontrei, querida. Graças aos deuses eu fui me meter em Mellory justo no dia do seu casamento com o leão.

— Amom? - Ela riu. - Ele é como um segundo pai para mim. Alguém que está ali para proteger-me, sempre. - Ela explicou, encostando a lateral do rosto sobre o coração do rapaz.

— Você consegue ouvir, não é? Somos tão jovens e tão apaixonados. As batidas descompassadas em meu peito refletem esse sentimento. - Miguel fechou os olhos e aproveitou aquele momento. Era bom apenas estar ali, junto a ela.

— Eu te amo tanto. - A Alfa sussurrou bem baixinho.

Miguel a abraçou. Rindo, disse:

— Poderíamos ficar assim para sempre, mas temos um jantar a nos esperar.

Serena reclamou um pouco, contudo cedeu. - Ok. Ok. A fome me chama. - Sorriu e deu um selinho no Alfa. Esse adorou o carinho. Nunca se cansaria dos beijos dela. Cada um trazia uma carga de emoções diferentes.                        

— Sente- se, querida! - Dalila deu um beijo na face de Serena e a guiou até sua cadeira. - Para você preparei as melhores ostras de toda Wakanda! - Sorriu e serviu a mulher com o prato atrativo.

— Não precisava de tudo isso, Dalila! - A Alfa protestou. A senhora abriu um largo sorriso novamente. - Claro que precisa! Sou uma cigana, esqueceu-se? Cada retorno de uma longa viagem é motivo de comemoração. - Explicou a curandeira. Serena pode ver Kalifas concordando com a fala da velha peregrina.

— Já para Miguel, preparei um filé mignon delicioso. Espero que goste, querido. - A senhora sorriu para o Alfa. Não costumava ser tão gentil com ele. Talvez fosse a saudade. - Eu e Kalifas já nos alimentamos e por isso, vamos nos retirar. Aproveitem o jantar. - Dalila concluiu conduzindo o príncipe cigano para seu respectivo quarto.

— Está bom? - Serena perguntou ao seu marido. - Digo, a carne?

— Excelente, minha senhora. Sinto que deseja experimentar. - Pegou uma pequena garfada do filé e levou o talher até próximo dos lábios da mulher. Essa decidiu contemplar o sabor. - Está realmente bom.  - Concluiu após terminar de mastigar.

— Ah! Dalila! - Migue conseguiu ainda chamá-la. Via apenas a sua sombra, quando a cigana retornou a copa. - Teve notícias de Zara? - Perguntou em tom um pouco mais baixo. Serena parou de comer e o fitou séria. Ele deu de ombros, porque realmente precisava saber onde a garota estava, afinal, ela era uma refugiada. Potencial perigo, de qualquer forma.

— Ela saiu há algumas horas, disse que queria conversar com alguém e que voltaria logo. - A velha fez uma careta. Detestava a menina platinada.

— Entendo. - O Alfa consentiu e percebendo a reação furiosa de Serena, ergueu as mãos para cima e rendeu-se. - Assunto encerrado, querida.

A Alfa sorriu. - Acho bom mesmo. - Completou brava e tornou a comer.

*

Serena dormia abraçada ao corpo de seu marido, quando ouviu um baque vindo do exterior da casa. Desvencilhou-se lentamente do calor do Alfa e deixou o dossel colocando seu robe de seda imperial por cima de sua camisola. Ao sair do quarto, desceu um pouco mais apressada as escadas. Talvez fosse um intruso ou quem sabe, um ladrão. Mas, como uma boa militar, ela dormia armada. A faca afiada presa por um fio de couro na panturrilha da mulher. Avistou uma sombra próxima a ampla janela da sala de estar e prosseguiu, reduzindo o passo e sem fazer barulho, até o vidro. Abriu-o com agressividade.

A sombra virou-se e ela pode ver longas madeixas grisalhas penderem por debaixo de uma capa preta. Zara. - Murmurou para si mesma. - Onde você estava, pirralha? - Aumentou o tom de voz para ser ouvida pela garota. Essa simplesmente respondeu. - Aonde vou ou deixo de ir não lhe diz respeito.

A morena negou com a cabeça. - Pelo contrário, enquanto você estiver sob custódia de meu marido, tudo o que faz nos diz respeito.

— Fui visitar meus irmãos. Está bem?! - Mentiu a findoriana.

— Sério? Não sabia que seus irmãos moravam em uma árvore. - Retirou um galho seco que estava grudado na capa da moça. Zara riu, ansiosa.

— Anda! Entra logo, garota. Não posso fazer nada a você no momento. - Mandou Serena. Estava exausta e um escândalo em plena madrugada não lhe parecia atrativo. Zara entrou no chalé e a Alfa fechou a porta rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Agora vem festa no próximo capítulo.



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