Canção do Infinito escrita por Benihime
Desistência
Dói
Dói demais
Ser presa a essa limitação
Me sentir tão incapaz
O corpo se deteriora e a mente acompanha
E o que faz alguém
Cujo único atributo esteve na mente, desde a infância?
Até disso começo a duvidar
Se não passou de pura arrogância
Onde nada há, como é possível julgar?
Olhando pelas frestas
Na esperança vã de tentar entender
Tentando e falhando até desistir
Perfeitamente imperfeito
Medo de me apaixonar
Incapaz de confiar
Evitando chegar perto demais das chamas
Por medo de me queimar
Covarde
Maldita covardia que escraviza
Incertezas e feridas
Que a mão do tempo não cicatriza
Parada na beira desse abismo
Cercada pelo desconhecido
Tentando desesperadamente ver o que há lá embaixo
Antes de arriscar esse salto
Medo demais de saltar
E encontrar apenas o vazio
Medo demais de estar errada
De atingir o fundo sem mais nada
Já estou rachada, é verdade
Sou produto com defeito
Mas, afinal, quem disse que nossas rachaduras
Não são exatamente o que nos fazem perfeitos?
Palavras
As palavras me provocam
Atormentam e assombram
Surgem como espectros, me deixam ponderando
Por que elas me escolhem?
Palavras
Minha maldição, meu guia
Caminho e refúgio
A força mais poderosa do mundo
Elas me encontram e mostram o caminho de volta
Sempre que me perco
Quando a vida se torna insuportável
E penso que não vou aguentar nem mais um dia
Elas me encontram, me fortalecem
Me mostram a luz quando as respostas certas desaparecem
Me embalam e consolam em sua poesia
Com as palavras sou forte
E fraca ao mesmo tempo
Guia, arma, escudo
Meu porto seguro
As palavras são a única coisa que faz valer a pena
O caos desse mundo.
Espelho partido
Sorriso de vidro
Pintado, falso e frágil
Um mera atuação
Refletida para sempre nesse espelho partido.
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