Canção do Infinito escrita por Benihime


Capítulo 11
Voando/ Reflexo/ Asas




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Voando

Elas se desenrolam e se estendem como pergaminhos

Numa explosão de cor

Embora gigantes, são mais leves do que o ar

 

Sorrio, fecho os olhos e sinto como elas batem

Respondendo à minha vontade

Com um sopro de vento que me chama, minhas asas se abrem

 

Meus olhos se abrem para nuvens e um céu cinzento

O primeiro raio cai

Vem tempestade, mas já não tenho medo

 

Voo velozmente entre os relâmpagos

Navegando nas correntes de ar

Minhas asas de borboleta me levam adiante, mais fortes do que qualquer coisa na Terra

 

Reflexo

A água calma reflete o céu

Imenso, belo espelho de cores pastéis

Mas, afinal, a água realmente reflete o céu?

Ou o céu reflete a água?

Creio que jamais saberemos com certeza

Só sei de um fato: em nenhuma outra comunhão se encontra tanta beleza

 

Asas

Minhas mãos doem, e mechas de meu cabelo voam no vento

Eu persevero, escalo sem descanso

Enfim atinjo o topo

 

Uma rajada forte, do tipo que traz a chuva, me tira o fôlego

Estou no topo do mundo

Apenas eu e o vento

 

Meus braços se erguem e posso sentir

Logo abaixo de meus ombros

O peso das asas que sempre soube possuir

 

Esse peso aquece todo o meu corpo, atinge meu coração congelado

 

Uma lágrima corre por meu rosto

Pela realização do que sonho desde a mais tenra idade

 

Agora somos eu e minhas asas

Finalmente voando, girando e ascendendo

Desafiando a gravidade


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