Casa dos Parker

 Melissa entra em casa e joga sua mochila no sofá. Ela se joga nele

— Ahh, finalmente cheguei. Estou morta de cansaço. — Alguns minutos se passam  e Melissa continuava esparramada no sofá. Ela olhava para o teto e seus pensamentos eram direcionados a uma só pessoa: Nathan. Melissa sentia que havia pegado pesado demais com ele mais cedo. E ela não conseguia guardar raiva do garoto, até porque, ele era seu melhor amigo, e no fundo o seu grande amor. Ela pega o seu celular e digita uma mensagem: Nathan, precisamos conversar. — Só que um certo receio surgiu naquele momento. Ela não sabia se enviava. — Será que eu mando, ou não? — Ela pensava.

Sede dos Vingadores

Nathan estava encostado em uma parede, de braços cruzados e olho fechado.

   — Preocupado com alguma coisa? —  Alguém que se aproximava. E esse alguém era James Baker, o Capitão América. O mesmo que havia o salvado mais cedo.

   — Você? O que está fazendo aqui?

— Bem, após te deixar na enfermaria, eu tive que ir fazer um pequeno relatório daquele cara que a gente viu mais cedo. O que acabou com você.  — A sinceridade de James era impressionante. Ele não falava aquilo para atacar Nathan, não mesmo. Era somente um fato, já que aquilo realmente aconteceu.

  — Ah, entendo. —  Nathan abaixa a cabeça, ele estava muito pensativo. Querendo ajudar, James tenta animá-lo

— Escuta garoto. Na minha opinião, você deve estar assim devido aos últimos acontecimentos. O fato de você ter apanhado feio e levado uma bronca Stark, devem ter sido o principal motivo para desestabilizá-lo.

   Com um leve tom de deboche, Nathan ironiza — Sério? Poxa, eu nem sabia disso...

    James o olha e responde — Se sabe, por que não faz nada a respeito? Vai ficar aí choramingando pelos cantos? Você me surpreendeu. Indo lá enfrentar aquele robô, ou homem com armadura, sem ter nenhuma experiência em combate. Mas agora, está parecendo uma criança mimada. Não importa se as coisas não saíram do jeito que você esperava, vai lá e tente de novo. E não precisa levar a sério tudo o que as pessoas te dizem. Enfim, acho que já me alonguei demais.

      Nathan se sentiu um pouco melhor após ouvir tudo que James lhe disse, aquelas coisas o fizeram refletir bastante. Afinal, ele era somente um adolescente confuso e que enfrentava algo que a maioria jamais irá ter de lidar

— Muito obrigado por tudo que você acabou de me dizer. Sabe, eu estou muito pressionado e o engraçado é que é por mim mesmo. E só uma pergunta, como você conseguiu se tornar um vingador e suceder o Steve Rogers?

     James se vira, coça a cabeça, dá um leve suspiro, mas no final decide responder Nathan

— A minha história é meio longa, mas resumindo, na minha infância eu era órfão e morador de rua. O Steve me encontrou e decidiu cuidar de mim. Mas foi duro até ele me adotar, tive que lutar muito dia após dia para sobreviver. Ele me ensinou tudo que sabia, e hoje, consegui o suceder.

    — Entendo, mas e ele? O que aconteceu?

    James fica pensativo e resolve encerrar o assunto — Bem, digamos que ele apenas se aposentou, e agora vive em um lugar calmo. Agora eu vou indo, tenho uns assuntos pendentes, até e boa sorte garoto.

     Nathan ficou bastante curioso, afinal, o que havia acontecido com Steve Rogers? Qual tinha sido o seu destino.

Em algum lugar da cidade

            Hiro e Klaus, o Dilacerador, relatavam o insucesso da missão para o chefe de ambos, um homem até então misterioso — Entendo...então vocês falharam.

— Sim. Na verdade eu não tinha muito o que fazer, vários agentes me cercaram e se eu demorasse mais um pouco alí, eu não iria dar conta. Afinal, eu estava na sede dos vingadores. Já o Klaus, não foi a ameaça que esperávamos. — Provocava Hiro.

— Humpf...Digo o mesmo de você. Pra um ninja, você parece ser muito fraquinho, já que foi descoberto tão facilmente. — Respondia Klaus.

    Hiro fecha os olhos e exibe um pequeno sorriso sarcástico. Não fazia muito a dele cair em provocações.

      — Já chega vocês dois. Eu não esperava grandes resultados mesmo, era uma missão bem complicada. O nosso objetivo era no mínimo encontrar alguma pista da fórmula que Stark e os vingadores estão usando em seus projetos especiais para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de Super-Humanos.

   Hiro não perde tempo e rebate — O senhor tem certeza de que existe essa tal fórmula?

   — Você acha que eu sou alguma criança? O nosso espião que foi pego por eles nos relatou que os vingadores tem a aprovação do governo americano, apesar de ter sido a única coisa que ele conseguiu descobrir, já foi o suficiente.

  — Mas é claro! Para eles terem a aprovação do governo, quer dizer que existe uma forma infalível de produzir Super-Humanos sem qualquer tipo de efeito colateral. Afinal, se existissem riscos, esse projeto nunca seria aprovado. —  Analisa Hiro.

   — Exato. Pelo menos por enquanto, irei continuar com os meus experimentos. Eu vou pensar em um jeito de diminuir os efeitos colaterais.

— Senhor, vocês já devem ter visto que surgiu um novo Capitão América. Também teve a aparição de  um sujeito com uma roupa caseira de Homem-Aranha, porém, ele só aparentava ter Super força. — Comentava Hiro.

   — E esse é um dos motivos que me faz acreditar ainda mais que essa fórmula existe. Eu não vi nenhuma falha nesses dois sujeitos que deram as caras essa tarde...Mas isso por enquanto não interessa, irei continuar os meus projetos. Além disso, precisamos esperar aquela pessoa com a nossa tão esperada encomenda.

—  O propulsor de energia ficou pronto senhor?

— Sim, mas ainda realizarei mais alguns testes. O que eu estou mesmo focado, é naquele sujeito alí.

     O sujeito de quem o homem misterioso falava, era um de seus experimentos. Ele gritava de dor e possuía grandes músculos que cresciam a medida que uma espécie de soro era injetada nele. Klaus ficou quieto a conversa toda, porém, algo chamou a sua atenção. O propulsor de energia, idêntico ao de Phill Stark, era a única coisa que ele desejava naquele momento.

        — Senhor, qual vai ser o nosso próximo passo? — Perguntava Hiro.

 — Bom, por enquanto nada. Mas fiquem atentos até a minha próxima ordem.

— Claro, senhor Morgan! — Diz Hiro.

Casa dos Parker

         — Cheguei! — Avisava Nathan que acabava de chegar em casa.

—  Irmãozinho!! — Gritava Kate, sua irmã que pulava em seus braços.

   Kristine, sua mãe, vem da cozinha e o questiona — Quero saber aonde você foi hoje. Faltou a escola, furou com a Melissa...o que está acontecendo com você meu filho?

     Nathan olha para os lados e tenta arrumar uma resposta —  Eu tive que sair hoje, desculpa.

—  Olha, esse assunto ainda não acabou mas eu tenho que te contar logo. Vamos nos mudar. — Avisava Kristine.

    Nathan não entendia muito bem a situação. Sua irmã o olhava e ficava aparente a sua expressão de surpresa — Eu já imaginava.

 Nathan vai embora correndo para o seu quarto. Ele deita na cama e liga o rádio. Ele estava bastante irritado. Até que pega o seu celular e vê uma mensagem. Era de Melissa! “Nathan, a gente precisa conversar.” Só que a sua atenção é totalmente desviada. Isso porque estavam noticiando algo no rádio

— Atenção, perseguição de carros na 96th Street. Tomem cuidado!  Nathan olha pra sua mochila e vê seu uniforme. 

                                          [...]

Na sede dos vingadores, o agente Chris da SHIELD conversava com Phill

— Então você deixou o garoto ir?

— Sim, não se preocupe, ele é inofensivo. É só um garoto. Se nos causar problemas, nós resolveremos.