Crescente escrita por MariGuedes


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Mais um capítulo pra vocês, espero que gostem!



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As aulas passam como um borrão. Só consigo pensar na vida que cresce dentro de mim. Eu seria mãe e nunca quis isso, até agora. Parecia que tudo havia mudado. Eu já não era a mesma Bella, agora eu era uma futura mãe. A ideia era assustadora.

—Nós vamos ao shopping hoje! – Alice disse ao meu lado na hora do almoço.

—Sim, vamos a Port Angeles – digo tentando parecer verdadeira.

—E Bella vai de boa vontade? – Edward indagou, sem estar convencido.

—Ela vai por que me ama – ela dá a língua para ele de birra e sorrio.

Ainda acho surreal como vampiros mentem bem. Se não soubesse que era mentira, eu teria acreditado. Os olhos serenos de Alice são absurdamente verídicos quando tagarela incessantemente sobre as novas coleções que foram lançadas por suas marcas preferidas. Agradeci mentalmente por isso por que não estava no clima para conversar.

—Vamos fazer o seguinte: deixo você na fronteira e vou para Port Angeles. Preciso de muitas sacolas quando chegar em casa. Depois eu passo aqui ao anoitecer pra te buscar – eu estava no carro de Alice a caminho do meu encontro fugitivo com Jacob.

—Ótimo. Por isso que eu te amo, Alice.

—Eu sei, também te amo.

Eu a abraço e salto do carro, andando pelo acostamento até visualizar as casas da reserva. Um lugar que me ajudou nos meus piores momentos e imagino meu filho ou filha correndo por essas praias, rindo com a leveza que só as crianças tem.

—Bells! – Jake parece surpreso e me abraça.

—Nem parece que estava me evitando todo esse tempo – resmungo quando ele me solta.

—Você sabe que é complicado, Bells.

—Você faz ficar complicado, Jake. As coisas poderiam ser bem mais simples se você e o Edward cooperassem.

—Você faz parecer que o seu sanguessuga é um anjinho. Ele me odeia, Bells, e a recíproca é verdadeira. Inclusive ele sabe que você está aqui?

—Não. Eu fugi e Alice me acobertou.

—Tenho que me lembrar de agradecer a sanguessuga anã quando a vir.

—Eu vim por que eu preciso conversar sério com você, Jacob.

—Xiii... Chamou de Jacob é por que é sério – ele ri.

—Não é brincadeira, Jacob. É muito, muito sério.

Estávamos caminhando contornando a praia, o vento com cheiro de mar balançava meus cabelos e as crianças e turistas estavam nas pedras. Sentamos num grande galho seco e eu respiro fundo mais de uma vez tomando coragem para contar.

—Jake, naquele dia que eu pulei do penhasco, bem você sabe do que eu estou falando...

—Sei... Onde você quer chegar?

—Eu estou  grávida.

Jacob sorri de ponta a ponta e me abraça, me girando. Não há qualquer preocupação, só alegria.

—Isso é incrível, Bells. Vamos ter um filho e seremos...

—Jacob, nós não seremos uma família... Não como você está imaginando. Não vou deixar Edward. Se ele ainda me quiser, claro.

—Bells...

—Você vai ser muito presente na vida dele ou dela. Essa criança vai crescer correndo por essas praias.

—Tem certeza disso? – ele me pergunta.

—Absoluta.

O telefone toca e é Alice. Peço licença e me distancio para atendê-la.

—Oi, Alice? Algo errado.

—Não, está tudo ótimo. Melhor que ótimo, na verdade. Acabei de ver uma coisa maravilhosa – consigo perceber sua alegria pelo telefone.

—Diga! – digo ansiosa.

—É um menino. Vi você com o bebê no colo e diz que é um menino! – ela mal contém a animação.

—Isso é incrível, Alice! Mal posso acreditar- me animo também. Já consigo visualizar um menininho como Jake correndo pela reserva.

—Estranho conseguir ver já que tudo que inclui lobisomens – ela diz intrigada.

—Até ele se transformar ele vai ser só uma criança humana, normal. Isso se vier a se transformar.

—Ok. Estou pagando as compras pra voltar. Ok? – ouço ela conversar com a vendedora.

—Ok.

Mal contenho a felicidade. Como pode ontem eu estar atordoada com a gravidez e hoje estou sorrindo e chorando, feliz de saber que é um menino.

—O que a sanguessuga queria? Avisar que está chegando? E por que você está chorando? – Jake vem até mim e estranha meu choro/riso.

—Alice ainda vai demorar um pouco e ela teve uma visão. Uma ótima visão aliás – continuo a chorar/rir

—E o que ela viu?

—É um menino.

Jacob gargalha feliz e me abraça, rodopiando mais uma vez. Dessa vez eu rio junto com ele. Já mais real em minha mente o bebê. Meu filho. Consigo imaginá-lo correndo pela praia, os cabelos de Jacob, nem tão moreno quanto Jake nem tão pálido quanto eu. Chamando-me de mãe.

—Acho melhor dar uma passada na sua casa, ver Billy. Daqui a pouco Alice chega e eu quero vê-lo. Quem sabe alguns dos garotos.

Jacob sorri, com o melhor dos sorrisos. Por alguns segundos esqueço que tenho que contar a Edward e me permito ser tomada pela alegria. Agora sou só uma jovem mãe que descobriu que vai ter um menino.

—Não conte ao Billy. Ele vai contar ao Charlie e eu preciso dizer eu mesma.

—Tudo bem. Mas a alcateia vai acabar sando. Não é como se pudéssemos guardar segredo uns dos outros -  Jake mal se segura de felicidade. Por ele sairia correndo pela reserva gritando que teria um filho.

—Tudo bem.

—Eles vão pirar. Vou ser o primeiro a ser pai. Todo mundo achava que ia ser o Sam já que ele está de casamento marcado.

Eu sorrio, imaginando a cena e logo me pergunto se o bebê também será lobisomem.

—Jake? – ele me olha – O bebê vai ser lobisomem também?

—Difícil saber, Bells. Você não é meu imprinting e com a pessoa com quem você tem um imprinting é que tem maiores chances de ter um filho lobisomem, pelo menos é hipótese mais aceita. Mas como sou o alpha por direito as chances são grandes.

—Você é o alpha? Achei que fosse o Sam.

—Eu cedi meu posto a ele. Não queria a responsabilidade e ainda não quero.

Chegamos a casa de Jacob. Sorrio ao ver Billy. Conversamos brevemente depois vamos à casa de Emily. Fiquei receosa de que eles nutrissem algum ressentimento pelo meu relacionamento com Edward.

—Bella! – Emily vem até mim e me abraça. Kim também.

—Que bom que veio, bela – um dos meninos vem até mim e me abraça.

—Ninguém aguentava mais o Jacob com saudades – Quil brinca e me abraça.

—“Não acredito que a Bella perdoou o sanguessuga” “O que ela viu nele?” – Embry imita a voz de Jacob e eu sorrio, corando.

—Seth, você também – me surpreendo com sua presença entre os lobisomens.

—Pois é, Bella! Agora faço parte da turma.

Eu o abraço. Sua irmã, Leah, não parece feliz com a minha presença. Mantem o rosto impassível e não fala comigo.  Passamos um tempo conversando e rindo. Sam fica mais calado, mas de qualquer forma, é divertido.

—É melhor falar logo, né? – eu olho para Jacob que concorda – Bom, gente, eu estou grávida. Jacob é o pai.

Eles explodem em comemorações. Emily me parabeniza e diz que tem planos para em breve ter os seus. Kim também me abraça, alegre. Jacob brinca com os garotos, dizendo que é o primeiro a ser pai.

O telefone toca e é Alice.

—Oi, Alice – atendo.

—Estou chegando em Forks. É melhor você ir para a fronteira.

—Ok, vou pedir pro Jacob me levar.

—Ok – e desliga.

—Jake, Alice está vindo. Pode me levar na fronteira? – pergunto e ele assente.

—Agradeceríamos se não contassem aos anciãos por enquanto.

—Não queremos que saibam enquanto não contar a Charlie – suspiro – Vai ser um longo dia. Ainda tenho que contar ao Edward.

Percebo em seus rostos a confusão. Pelo visto acharam que eu e Jacob estávamos juntos. Despeço-me sem graça e Jacob me leva de carro até a fronteira. Vejo o carro de Alice e beijo o rosto de Jacob e abro a porta para sair.

—Quando for ao médico, me avisa? – ele pede.

—Claro, Jake. – eu salto do carro e me dirijo ao de Alice.

—Cruzes, Bella, você está fedendo – ela abre as janelas.

—Bom te ver de novo Alice – sorrio – Muito obrigada por me ajudar.

—Disponha. Era necessário. – ela sorri, ajeitando o cabelo olhando no retrovisor, mas sem deixar que o carro saia um milímetro sequer fora de seu percurso original. Inveja dos reflexos de vampiro.

—Nem acredito que é menino! – eu digo.

—Eu sei! – ela se alegra – Preciso começar a encomendar as coisas para o quarto. Estava pensando em verde, com tema de floresta. Uns moveis marrons rústicos. Obviamente vai precisar ter um quarto lá me casa.

—Alice, nem sabemos se o Edward vai querer continuar comigo... – desanimo pensando no que faria.

—Claro que vai, Bella. Não seja tola. Edward te ama mais do que pode imaginar.

—Ele já foi embora antes, não foi? – rebato.

—Foram circunstancias diferentes. Agora suba e tome banho. Edward me mata se ele chegar e te encontrar fedida assim – ela para o carro em frente a minha casa – Ah, e comprei umas coisinhas pra você! Para Edward não desconfiar é claro – obviamente Alice não iria perder a chance de brincar de boneca. Ela uma dúzia de sacola e me entrega – De nada!

—Pode deixar, Alice.

Subo as escadas correndo. Meus pés trôpegos. Tomo um longo banho, lavando os cabelos. Cansada demais, adormeço antes que Edward chegue.


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Notas finais do capítulo

Deixem comentários, quero saber o que acharam. Até o próximo, gente linda ;*
OBS: gente, se alguém quiser fazer a capa eu agradeço eternamente. Eu não consigo fazer nada além de mexer no Paint.



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