Sétima Temporada escrita por Zangado13


Capítulo 4
Esconde - Esconde


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!!!



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>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> CATHARINE NARRANDO
— Vamos, vamos. Rápido, eu já falei para cortarem do lado da panela
Pela terceira vez levantei panelas enormes com agua para perto dos rapazes, meus braços estavam moídos. Mas ter dormido na noite anterior foi um milagre, porque se eu nao tivesse tido a noite de descanso, eu já teria caído no chão e ficado aqui mesmo. Senti meu bolso vibrar, era mais uma mensagem da Elena me lembrando de ir na casa dela a noite. De manha ela passou na minha casa me chamando para uma noite de pizza, e cada meia hora ela manda outra mensagem me lembrando. Eu ri e guardei o celular
— Chefe, tem um casal querendo conhecer a senhora
Eu respirei fundo e tirei o avental sujo
— Pode me chamar de você Isabel
Eu nao me importava em receber elogios ou críticas, mas eu perdia tempo nessas conversas. Só que eu nao podia negar, mesmo que eu nao tivesse tempo de sobra, eu precisava dar atenção ao público. Passei pela porta e a Isabel me acompanhou até a mesa, onde estava sentado um casal. Os dois loiros, pareciam irmãos, muito bem apessoados e bonitos. Me aproximei e sorri
— Boa tarde, meu nome é Catherine e sou a chefe da casa
O rapaz me olhou surpreso, mas sorriu. A moça me encarava sem parar. Ele estendeu a mão
— Catherine, bonito nome. Eu sou Niklaus Mikaelson
Ele permaneceu me encarando, como se olhasse dentro da minha alma. O que eles tinham de beleza, tinham de estranheza. Para acabar com o clima pesado, me virei para a moça
— E sua esposa?
Eu sorri e ela retribuiu, mas era um sorriso mais ameaçador do que simpático. Ela estendeu a mão, mas quem falou foi o Niklaus
— Não minha querida, essa é minha irmã, Rebekah Mikaelson
Ela me encarou
— Muito prazer!
Ela apenas assentiu, eu me afastei e voltei a sorrir.
— Os pratos estão do seu agrado?
A tal Rebekah começou a falar
— Eu acho que o frango esta meio cru e...
O irmão dela a interrompeu apertando sua mão e me encarando
— Esta tudo uma maravilha
Ele sorriu para mim, e em vez de me sentir bem, eu fiquei com medo. Pigarrei e olhei para eles
— Elogios e críticas são bem vindas, trarei outro prato para senhorita
Eu balancei a cabeça e me virei, assim que entrei na cozinha soltei todo o ar preso do meu peito
— Clientes difíceis?
— Clientes estranhos
O Josh riu e voltou a mexer o molho. Eu fui em direção ao avental e gritei
— Preciso de um frango bem passado, pra ontem
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> STEFAN NARRANDO
Passei a manha inteira esperando uma resposta do Klaus, mas nao recebi nada. Eu estava ainda mais nervoso. Mas hoje eu iria almoçar com a Cath, precisava estar bem, tranquilo. Não pense nada idiota, eu realmente quero uma amiga, depois que Lexie se foi, eu nunca mais tive a chance de ter uma amizade onde nenhuma das partes se envolvia sentimentalmente. E Cath era a pessoa certa para isso, ela nao queria se apaixonar e muito menos eu. Estava feito. Como ela trabalha em um restaurante, seu horário de almoço era três e meia da tarde. Eu já estava com fome, mas fui para o Grill apenas com um café e uma bolsa de sangue. Já esta na hora, eu achei que chegaria atrasado, depois de um tempo, pensei que ela nao ia vir, que tinha desistido, ou que já tinha vindo antes. E quando olhei no relógio só tinham passado vinte minutos, ri de mim mesmo e pedi uma agua. Como o vento a Cath apareceu na porta, já se desculpando
— Ai desculpa, desculpa. Eu fiquei atarefada demais, e na verdade eu deixei o pessoal na mao lá...
Ela quase caiu tentando tirar o casaco e eu levantei para ajuda-la
— Cath
— Oi?
Ela me olhou assustada e parou de se remexer
— Respira
Ela sorriu e tirou o casaco tranquilamente. Sentamos e ela respirou fundo
— Esta um pesadelo aquele lugar, parece promoção de fim de ano. Lota a cada 10 minutos e faz fila no bar
— Isso não é bom?
— Claro, principalmente porque disseram que ficou assim depois que eu cheguei
Nós rimos e ela pegou o cardápio
— Vamos pedir? Estou desde manha vendo comida, fazendo comida e nao comi nada até agora. Estou morrendo de fome
Ela riu daquele jeito animado dela, parecia que nada tirava ela do bom humor. Nós chamamos o garçom e fizemos nossos pedidos, nossas bebidas chegaram antes. Eu pedi um refrigerante e ela um suco, que logo que chegou ela tomou metade do copo.
— Acho que você estava com sede
Ela sorriu e afastou o copo
— Passo o dia gritando e falando, fico com a garganta seca
— Você deve gostar mesmo de cozinhar, pra aguentar tanto estresse
— Minha paixão desde infância, meu sonho é ter um restaurante meu
— Ser chefe não é isso?
Ela riu me fazendo sentir um bobo por dizer aquilo, mas nao achei ruim
— Ser chefe de cozinha, ainda é preciso obedecer o dono do estabelecimento. Quando eu montar o meu próprio restaurante, será só meu
Eu assenti e tomei um gole do meu refri
— Meu pai me ensinou a cozinha, assim como minha mãe ensinou a minha irmã a pintar. Eram para ser hobbies nossos, e até deu certo com a minha irmã. Ela faz quadros maravilhosos, apenas para ela. Enquanto eu, segui carreira
— Você tambem tem outro toque artístico fora da cozinha?
Ela negou com a cabeça e riu, parecia estar lembrando de coisas do passado
— Não. Eu sei cozinhar, e apenas isso. Assim como a minha irmã que nao cozinha nem um ovo, eu nao sei mexer em pincel, nem microfone, nada que necessite de "jeito"... Não sou a pessoa mais delicada para coisas assim
— Como assim?
Sorri
— Sou bem atrapalhada, não sei se você reparou na minha casa, mas eu nao tenho nenhum porta retrato e nem decorações de vidro. Porque eu teria quebrado tudo, nao tem jeito
— Agora fiquei com medo de te convidar para conhecer a minha casa
Nós rimos e a comida chegou
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> CATHARINE NARRANDO
Nós nos entretemos um pouco com a comida, mas continuávamos conversando. O papo estava gostoso, nao esperava que o "'rabugento" soubesse conversar tão bem
— Qual foi o melhor elogio de comida que você recebeu até hoje?
Eu terminei de mastigar e limpei a boca, eu tentava nao aparentar metida, mas minha mãe sempre me forçou a ter bons modos e fazer curso de etiqueta
— Parece besteira, mas quando eu tinha 7 anos. Eu fiz um bolo de aniversario para o meu pai, literalmente sozinha, já que minha mãe nao sabe cozinhar e eu queria fazer surpresa para o meu pai...
Eu levantei os olhos para ver se ele estava prestando atenção e continuei
— O bolo queimou, eu fiquei desolada. Chorei até meu pai chegar, pois nao dava tempo de fazer outro. Quando ele viu o bolo, abriu o maior sorriso e correu pegar um pedaço, assim que ele comeu sua cara de felicidade, saiu do estagio de alegria e foi para satisfação. Eu, do meu jeito manhoso de ser fui no seu colo e pedi desculpa por ter queimado o bolo. Ele me olhou nos olhos, limpou minha bochechas e disse exatamente essas palavras: "Esse é o bolo mais gostoso que eu comi na minha vida. E nao importa se ele passou um pouco do tempo ou se ele foi feito com os melhores ingredientes do mundo. Ele é o melhor, pois quem fez, fez com amor. E isso basta."
Eu sorriu e ele pareceu encantado, sorriu como se sentisse falta de algo do seu passado, como se as minhas lembranças o levassem a memórias antigas
— Seu pai deve ser um grande homem
Eu assenti
— Ele é o melhor, é meu orgulho e exemplo. Por isso foi o melhor elogio para mim, é de alguém que eu amo demais e que eu espero orgulhar todos os dias da minha vida...
Eu voltei a comer e ele tambem, ainda pensando na história
— E a pior crítica?
Eu riu e limpou a boca novamente, ele realmente parecia interessado nas minhas histórias
— Isso nao existe, todo mundo diz que críticas são "boas", mas ninguém gosta de receber. Todas são ruins
Ele insistiu mesmo que nao houvesse motivos, eu tento nao guardar coisas ruins dentro de mim. Não que todas as críticas sejam ruins, mas as que nao são construtivas servem apenas para te abalar
— Mas nao tem nenhuma que te marcou?
Eu pensei um pouco forçando a memória e depois de encarar seus olhos, falei
— Acho que na faculdade de culinária, uma das professoras mais carrancudas que tinha, pediu para que fizéssemos uma sopa. Quando ela experimentou, disse que parecia agua suja, na frente da sala inteira. Eu fiquei em chateada, mas no fim da aula vi ela no seu escritório terminando de tomar a sopa que eu tinha feito. Então nao me importei
Eu riu
— E tem algo que você se importa?
— Só com coisas boas
— Isso é incrível
Eu sorri e seus olhos focaram nos meus, então dei um pulo lembrando de algo
— Ah, hoje eu recebi uma crítica
Ele deu uma mordida no sanduíche e tentou falar sem cuspir a comida, achei graça daquilo
— Como foi?
— Normal. Me chamaram na cozinha, quando fui atender achei que era um casal, mas eram irmãos. Uma loira bem bonita e metida, e um loiro bem charmoso com cara de psicopata.
Nós rimos e eu continuei
— Ela disse que o frango estava ruim, mas no fim das contas o rapaz disse que estava tudo muito bom. Na realidade, eu nem entendi o que eles queriam
— Talvez apenas te conhecer
Eu assenti
— Pode ser
— Precisa tomar cuidado com seguidores agora
Eu ri daquela possibilidade
— Meio difícil nao vê-los, nao eram do tipo que passam despercebidos
— Porque?
Eu dei de ombros
— Acho que nao são daqui, seus nomes eram bem diferentes
Ele me olhou esperando que eu continuasse
— Se nao me engano era Niklaus e Rebekah
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> STEFAN NARRANDO
Eu engoli seco quando ouvi aqueles nomes, ela até se assustou e perguntou algumas vezes se eu realmente estava bem. Niklaus esta na cidade, mas o que estava fazendo no restaurante da Cath? Ela olhou no relógio do pulso e cerrou o cenho
— Eu já estou atrasada, você realmente esta bem? Ficou branco que nem papel
Eu sorri, tentando aparentar mais calmo do que realmente estava
— Pode ir, sem problemas. Eu vou tomar mais um café e ir embora
Ela hesitou um pouco e se levantou, pensou em colocar algumas notas embaixo do prato mas eu nao deixei
— Eu convidei, é por minha conta
Ela sorriu, mas nao perdeu a feição de preocupada. Ela apertou meu braço e disse
— Me liga mais tarde
Se despediu e foi embora. Eu a vi sair e passar pelo vidro ao lado, até atravessar a rua e eu a perde-la de vista. Porque Klaus foi exatamente onde Cath trabalha? Será que ele sabe que nos conhecemos? Se ele chegou, porque ainda nao me ligou? Eu virei o rosto, olhei para frente e entendi o porque de tudo isso. Algumas mesas a frente da minha estava Niklaus, sentado com um copo na mão, com aquele sorriso psicótico no rosto, os olhos vidrados em mim e Rebekah ao seu lado me encarando como se fosse uma caça. Eu tinha certeza que eles nos ouviram o tempo todo, encarei os dois e falei baixo
— Bem vindos a Mystic Falls


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Notas finais do capítulo

Espero que Gostem!!



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