— Já está pronto? Por que diabos você trancou a porta?... Vamos lá, Nico! Não queremos nos atrasar.

Nico ouvia Will falar do outro lado da porta do quarto, ele testou mais uma vez a maçaneta e chamou seu nome. Nico encarava o espelho emburrado.

— Isso é ridículo demais. Eu não vou sair de casa assim.

— Você concordou, lembra? Não pode desistir agora – A voz de Will soava maliciosamente divertida.

Nico bufou. Maldita hora em que tinha aceitado aquela maldita aposta. Quem ganhasse, poderia escolher as fantasias que usariam na droga da festa de Halloween de Percy e Annabeth. Na hora, ele não tinha pensando seriamente no que estava se metendo.

Agora, do outro lado da porta, vinha o som monossilábico e agitado da fala de um bebê.

— É isso mesmo, Mae! – Will se dirigiu ao bebê, depois acrescentou: - Maeve está ansiosa para sua primeira festa de Halloween e disse que vai soprar até essa porta cair se você não sair logo.

Com um profundo suspiro de cansaço resignado, Nico colocou na cabeça a vergonhosa touca verde, com três olhos no alto e antenas nos lados. Levou a mão ao rosto ao encarar o resultado disso, o que só tornou sua imagem mais ridícula por causa das luvas simulando três dedos verdes.

— Fantasias de Halloween têm que ser assustadoras! – Ele falou irritado, finalmente abrindo a porta e saindo para o corredor.

Encontrou o sorriso do seu marido e da sua filha, no colo dele, segurando um brinquedo de morder. Os três usavam a mesma fantasia de extraterrestres do Toy Story, porque claro que essa foi a melhor ideia que passou pela cabeça de Will para se fantasiarem em família...

— Ah, nós estamos assustadoramente fofos! Não estamos, Mae?  – Will a sacudiu levemente, fazendo-a rir.

Nico não queria que ele o visse sorrir assim tão fácil, então virou-se e disse:

— Vamos logo para esse negócio.

Quando Will o alcançou, disse, com uma piscadela:

— Ano que vem, você escolhe as fantasias. Sem apostas.

— Hmph...