Quando Nico acordou, Will estava sentado ao seu lado, curvado sobre algo. Nico passou alguns segundos observando-o de costas, ainda meio adormecido, até finalmente erguer-se e envolver Will num abraço.

— Ah, bom dia! – disse Will, segurando os braços que o envolviam, o tom animado que Nico sempre considerava meio que um insulto a essa hora da manhã.

Ele só grunhiu em resposta, com o rosto escondido nas costas de Will, os olhos fechados.

— O que você está fazendo? – perguntou, grogue.

— Revisando umas anotações de neuroanatomia...

Nico voltou a grunhir e apertou mais o abraço, apoiando-se mais confortável contra as costas de Will, como se o filho de Apolo fosse um travesseiro e ele estivesse se preparando para voltar a dormir ali mesmo, o que um grande bocejo seu ajudou a confirmar.

Will acariciou o braço de Nico sobre seu abdome e disse:

— Eu sei do que você precisa.

— Hmm... Você sempre sabe – respondeu Nico, com um traço de sorriso.

— Eu volto em dois minutos – disse Will, e foi até a cozinha depois que Nico concordou em soltá-lo para esperar.

Will voltou com uma das xícaras ridículas que gostava de comprar, com dizeres do tipo “Bom dia, raio de sol”, e entregou a Nico um café fumegante extra forte com um pouco de creme e pó de chocolate.

Nico se recostou em Will para tomar a bebida que estava do jeito exato que ele gostava numa manhã particularmente sonolenta.

— E então, melhor?  - Will perguntou. - Pronto para levantar da cama?

— É... Exceto pela parte de levantar da cama.