Solangelo Moments escrita por Junebug


Capítulo 43
Black Rose


Notas iniciais do capítulo

Universo Alternativo. Will está com uma queda pelo garoto da floricultura que adora preto.

Basicamente uma coisa que escrevi às pressas porque o Valentine's Day não pode passar em branco! rs... Espero que gostem ^^



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Ao lado do café onde Will trabalhava meio período todos os dias depois da aula, havia uma floricultura chamada O Jardim de Perséfone. Um dia, quando Will levava a placa de giz para a calçada, viu um garoto depositando um vaso de peônias junto ao colorido das outras flores que ficavam ali na frente. Ele não era bem a imagem que se tem de um atendente de floricultura com sua roupa preta por baixo de um avental preto e o cabelo escuro bagunçado que lhe cobria os olhos quando se abaixava.

Will o cumprimentou com um sorriso quando o garoto o percebeu observando-o. Eles voltaram a se cumprimentar mais algumas vezes. Certa vez os dois correram juntos até a estação de metrô fugindo de uma chuva e Will chegou a perguntar seu nome.

Naquele dia quatorze de fevereiro, enquanto servia vários casaizinhos animados no café, Will ia tendo mais e mais certeza de que era o dia ideal para admitir de vez a enorme queda que tinha por Nico di Angelo e arriscar.

Ele sabia que a reação do outro a um garoto chamando-o para sair podia ser ruim, mas jamais se perdoaria se não arriscasse saber se a vozinha sonhadora no fundo da sua cabeça não estava certa, e Nico também sentia algo por ele.

Assim, quando Will viu a garota que sabia ser atendente da floricultura junto com Nico sair, ele correu para pedir permissão para sair também.

— Oi – disse ele chegando à floricultura.

— Oi... Você... Está querendo comprar flores?

Will deu uma olhada em volta pensando por onde começar. Foi quando viu um certo vaso de flores perto do balcão. Eram rosas, rosas negras. Will teve uma ideia.

— Eh... Q-quanto custam essas?

— Sete dólares cada.

“Uma única rosa custa sete dólares?!” Foi o que Will pensou, mas sem dizer nada, pegou uma das rosas e foi até Nico.

Ele lhe passou o dinheiro e recebeu uma nota.

— Hm... Você vai querer fazer algum tipo de embrulho? A moça que cuida disso saiu só por um instante, mas ela logo...

Will estendeu a rosa para ele.

— Feliz dia de São Valentim – disse com o sorriso mais corajoso que conseguiu produzir.

Nico olhou da rosa para ele umas três vezes antes de gaguejar:

— Q-quê?

As bochechas dele foram sendo tomadas por uma coloração rosada. Will sabia que não devia estar muito melhor, mas foi em frente depois de um pigarro:

— Eu... eh... quer dizer, você não gostaria de ir comigo mais tarde até o parque de diversões?... Eu tenho um cupom promocional para o algodão doce gigante – Will se sentiu bem idiota logo depois de acrescentar isso.

Nico ainda tentava entender o que estava acontecendo. Franziu o cenho e perguntou:

— Isso é algum tipo de brincadeira?

— N-não! – Will se apressou em esclarecer. – Claro que não! Eu jamais faria isso!! Estou falando super sério!... Você... ahn, pode recusar, é claro, mas eu... eu precisava perguntar. Venho juntando coragem para isso há um tempo, então, é... É.

Will manteve bravamente o contato visual com os olhos escuros do garoto cujo rosto foi ficando ainda mais corado ouvindo aquilo.

Passaram-se alguns segundos que pareceram uma eternidade para Will, e nenhuma resposta. Will então chegou à conclusão de que aquela podia ter sido uma péssima ideia, que tinha sido uma fantasia louca imaginar que Nico podia estar interessado nele. Talvez o garoto simplesmente não soubesse como lhe dar um fora. Aquele pensamento o fez sentir como se estivesse murchando. Ele engoliu em seco e começou a recolher a mão que ainda mantinha estendida na direção de Nico com a rosa e a pedir desculpas quando, num gesto rápido, Nico alcançou a flor negra e disse:

— Eu saio às oito.

Era como se o peso do mundo tivesse saído de cima de Will. Um sorriso tomou conta de seu rosto de um lado a outro.

— Certo! Estarei aqui antes disso para irmos!... Vai... vai ser ótimo!

Will podia jurar que sua empolgação fez um traço de sorriso se formar no rosto de Nico.

Nesse momento, uma tosse o fez perceber que outro cliente requeria a atenção do garoto no balcão. Sabe-se lá há quanto tempo aquele homem estava ali.

— Desculpem. É que eu estou com um pouco de pressa. Preciso de um buquê de rosas vermelhas – disse ele, estendendo um cartão de crédito para Nico.

Nico assentiu. Parecia constrangido com a possibilidade do homem ter presenciado a cena anterior, mas voltou-se para Will por mais um momento:

— Vejo você mais tarde, então.

Will fez que sim enquanto ia até a porta sem virar de costas. Aquilo no canto da boca de Nico era definitivamente um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Feliz Valentine's Day ♥



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