Digimon: O Limiar de um novo mundo! escrita por Takeru Takahashi Usami WZD, Augusto Snicket


Capítulo 38
Capítulo 36 - A Última Chave


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora pessoas, mas graças a Deus, consegui postar dois capítulos em uma semana! Nesse capítulo não terá os bastidores! Eu decidi dar uma folga pro pessoal. Sem mais delongas, vamos ao capítulo. Boa leitura, nos vemos lá em baixo!



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                A situação não estava favorável para Lucy. A digiescolhida além de lutar contra Pinocchiomon, ainda teria de enfrentar sua melhor amiga Miwa. A garota de cabelos roxos estava sob o controle do Digimon marionete, e o mesmo tinha posse da última chave... O que será que vai acontecer a menina de cabelos azuis?

                - Miwa... Eu não quero te machucar...

                - Mas ela quer machucar você! – riu o Digimon mexendo os dedos – Que se inicie meu show de marionetes!

                - Lucy, corra! – Miwa gritou – Martelo Bumerangue! – o enorme martelo digizóide foi invocado e lançado contra a azulada.

                - Escudo de Netuno! – uma corrente de água começou a girar pela digiescolhida desviando o martelo – Miwa! Lute contra isso! Por favor!

                “Você não pode falar nada sobre lutar contra...”— sussurrou a voz – “Eu lhe avisei que você se arrependeria!”.

                — Já mandei parar de falar em minha mente! – berrou Lucy enquanto corria de uma Rajada Uivante – O que você quer?

                “Seu arrependimento!” – a voz gritou.

                - Caramba! – Lucy reclamou – Que inferno!

                - Lucy, saia daí! – Miwa alertou – Onda Congelante! – um raio de gelo foi na direção da azulada que invoca seu escudo d’agua, que infelizmente não aguenta o ataque e se desfaz, arremessando Lucy contra um muro.

                - A brincadeira está tão boa! – riu a marionete – Mas estou ficando cansado... Quer saber, hora do golpe final!

                - Você realmente está... Achando... Que euzinha matarei minha amiga? – Miwa lutava contra o pode de Pinocchiomon – Se toca, toco de pau!

                - Ah é? Show de Marionetes! Ultima Cena! A Morte! – a marionete riu – Esse será seu último fôlego!

                - Como assim? – assombrou-se a garota.

                - É o seguinte... Essa é minha técnica mais poderosa, O Show de Marionetes faz com que qualquer um faça o que eu queira, mas... A Última Cena faz com que qualquer um realize uma morte e morra depois disso, deixando sua alma presa nos meus fios! – Pinocchiomon riu – E então? Ainda acha que não vai matar sua amiga?

                - PARE COM ISSO! – Lucy berrou – Deixe minha amiga em paz! Deixe-nos em paz! Você já possui a chave, o que mais quer?

                - A alma de vocês! – o Digimon sorriu macabramente – Mestre Slash deixou bem claro para todos seus servos: Não quero nenhum digiescolhido vivo! Então farei o que ele pediu, não deixarei vocês vivas!

                - É isso mesmo vara pau? – debochou a de roxo, mesmo com vários fios enrolados pelo seu corpo, mas ainda iria confrontar seu oponente – Roubou a Chave, e agora tentará matar duas garotas só por que Slash mandou? Vai ser pau mandando assim no inferno!

                - Isso aí miga! Dá na cara dele! – recebeu apoio de Lucy – Não importa o que aconteça Miwa, estaremos sempre juntas!

                “Você está no caminho certo, Lucy Jesus, continue assim!” – a voz sussurrou mais calma – “Estarei aqui para ajudar...”.

                — Agora você quer ajudar? Descomungado inquilino na minha mente! – Lucy chutou a terra e bateu o pé – Saia de retro!

                - Garota? – Pinocchiomon e Miwa assustaram-se em uníssono – Ei! Não fale junto comigo, vareta! – a de roxo reclamou.

                - Chega! Última Cena! – a marionete mexeu os dedos – A Morte!

                Tudo escureceu, os fios que prendiam Miwa, antes quase transparentes, entraram na pele da garota e se tornaram tão negros quanto piche, o ar ficou denso e uma nevoa envolveu o local. Pinocchiomon se divertia com a situação enquanto mexia seus dedos. Os olhos da menina se alternavam em pura escuridão e seu tom normal, ela lutava para manter a sua consciência, mas o poder do Digimon era forte demais.

                - Lu... Cy... – a de roxo sussurrou – Olho... Eu não... Das... FUJA MIGA... Trevas... – Miwa tentava se controlar, mas simplesmente não dava. O enorme olho negro, o mesmo que matou o Minotauromon, surgiu – Amiga...

                - Vamos lá garota! – Pinocchiomon puxou os fios.

                - Miwa... Eu confio em você... – Lucy sussurrou abrindo os braços.

                “Assim mesmo Lucy...”.

                — Me desculpe... Aniquilação! – o raio vermelho saiu do olho e foi em direção da digiescolhida.

                Tudo ficou escuro na visão da digiescolhida. Ela ouvia os sons ao seu redor, mas nada aparecia em sua visão. Do nada um barulho de água corrente invadiu o devaneio da garota e ela se viu numa enorme sala, repleta de água, com paredes feitas de gelo, poltronas azuis e objetos flutuando em meio a tanta água. Lucy teve o instinto de prender a respiração para não se afogar, mas passado um tempo a soltou sem aguentar mais, e viu que podia respirar naquele local.

                - Onde eu estou? O céu é assim?

                - Creio que não. Não reconhece esse lugar Lucy? — uma figura apareceu no meio da sala e sentou no meio de uma mesa flutuante em meio às sombras do lugar – Você realmente não está bem...

                - Pera... Tanta agua assim... Aqui é a minha mente! Justo na minha morte, o ultimo lugar que eu gostaria de vir seria a minha mente! E você... – ela rosnou – Era voz na minha cabeça, desgraçado?!

                - Não, não! Longe de mim! Aquela voz era um visitante, ele pediu para eu falar contigo e tentar lhe guiar! Sério mesmo que não me reconhece?

                — Se você pudesse vir para a luz eu agradeceria do fundo do coração! – irritou-se.

                - Claro, me desculpe! — a pessoa nadou até uma área iluminada mostrando-se. Ele tinha cabelos azuis-escuros, óculos de armação redonda, usava um uniforme escolar azul, ninguém mais ninguém menos que...

                - Joe Kido... – a digiescolhida surpreendeu-se com a presença do Digiescolhido Primordial da Confiança.

                - Me desculpe por surgir assim em sua mente, mas você precisa de um pouco de ajuda! Aliás, naquele seu primeiro treinamento como digiescolhida, você tocou a minha estatua, então eu vim aqui!

                - Pergunta básica, por qual razão minha mente está cheia d’agua? Eu sei que esse é o meu poder, mas mesmo assim... E eu morri ou não?

                - Calma... Toda essa água é a sua Confiança. Você confiou de forma exacerbada na Miwa... Eu represento esse Digiespírito, mas de uma forma regulada. Tem que aprender a confiar nas pessoas e valorizar a confiança que outras pessoas têm em você, mas de forma equilibrada! É por isso que sua mente se encheu de água! E sobre você ter morrido... Não, você não morreu, está inconsciente. Pode ser até bom esse momento, para se esclarecer! Por que você confia tanto naquela garota?

                — Porque ela é a Miwa! A minha amiga! Eu confio nela sim! – choramingou.

                - Entendo... Lucy, você ainda tem um longo caminho pela frente... Respire fundo... Mesmo sendo sua amiga, mas ela está sobre controle de um ser de trevas! Você confiaria num ser de trevas?

                - Não...

                - Então! – ajeitou os óculos – Você irá voltar a sua consciência, resolva as coisas lá fora, você não tocou em mim em vão! Eu confio, moderadamente, em você! E saiba que, você não necessita carregar toda essa água sozinha!

                — Obrigado Joe! Vou tirar essa água daqui e salvarei minha amiga! – a azulada sorriu desafiadora enquanto desaparecia lentamente.

                - Boas lonjuras, Lucy Jesus! – e o digiescolhido também desapareceu.

                Lucy voltou a si, tudo estava destruído ao seu redor, a Aniquilação da Miwa foi realmente poderosa. A de cabelos roxos abraçava-a, chorando, os fios de Pinocchiomon ainda a envolviam, só que mais frouxos agora.

                - Finalmente ela morreu! – riu a marionete – Já era hora! Pois bem... Agora é a sua vez, Miwa!

                - Não... Lucy... Eu não quis... Matar você... Desculpe-me...

                - Agora é tarde! – Pinocchiomon mexeu os fios, só que agora fazendo o Olho das Trevas virar-se contra as duas – Adeus! Última Cena, Morte! – o raio vermelho saiu do olho.

                - Não! – Miwa gritou apertando o corpo da amiga, que apenas abriu os olhos e mexeu a mão.

                - Grande Muro D’Água! – Lucy gritou.

                Uma enorme parede de água e lama saiu do chão impedindo o raio de atingir a azulada, a barreira era tão alta que se podia dizer que cortava as nuvens no céu, e tão rápida quando se levantou, caiu por cima do enorme olho, o destruindo, e por cima do Digimon marionete que tenta se defender girando sua marreta, e que perde sua conexão com a arroxeada.

                - Eu confio em você Miwa! Eu sei que você não queria me machucar! – a azulada, ilesa, sorriu – Mas agora... – Lucy concentrou-se em toda a água que ocupava a sua mente – Essa confiança será nossa! Você confia em mim, Miwa?

                - Confio sim, Lucy! – a menina sorriu abraçando a amiga – Vamos dar um jeito nesse pau mandado, já que estou livre do poder dele?

                - Sim... – Lucy sorriu ameaçadoramente – Mas antes, quero que você invoque outra coisa!

                - O quê?

                - Olhe a minha mente... Teletransporte seu poder para a minha mente... E traga toda água de lá para fora!

                - Okay... – Miwa se concentrou, vendo logo em seguida o enorme oceano que estava na mente da sua amiga, ela teria que reunir muita energia para invocar tudo aquilo.

                - Digiescolhidas... Crianças malditas... – o Digimon se levantou dos escombros causados pela barreira de Lucy, coberto de lama e enrolado em seus próprios fios – Como ousam vocês não passam de crianças! – pegou sua marreta que começa a brilhar – Darei um fim em vocês com minhas próprias mãos!

                - Pode vir boneco de ventríloquo! – a azulada desafiou vendo Pinocchiomon correndo na direção delas com a marreta levantada – Agora Miwa!

                - Sim! – a garota abriu um enorme portal, e uma enxurrada gigantesca levou o Digimon – Você não vai carregar isso sozinha Lucy, eu estou aqui e confio em você igualmente!

                - Mas que tanta água é essa? – o Digimon surpreendeu-se tentando se equilibrar em cima de sua arma para não ser levado.

                - É a Confiança da Lucy... Junto a minha! – Miwa respondeu olhando a amiga – Esse peso é nosso, minha amiga!

                - Ownt, que fofo! – debochou a marionete – Morram! Marreta!

                - Nosso último golpe Miwa... – Lucy sussurrou – Juntas!

                - Juntas!

                - Grande Punho da Confiança! – as duas gritaram. Toda a água espiralou-se formando um enorme redemoinho, solidificando-se em um enorme punho de gelo, que podia ser visto de fora do labirinto de tão grande e brilhante que era.

                - Não! Eu não quero mais brincar! – foi a última coisa que se ouviu de Pinocchiomon antes do ataque cair sobre ele, o esmagando e desfazendo seus dados, a única coisa que lhe sobrou, foi a Chave que tinha roubado.

                - Conseguimos... – Lucy deitou-se no chão molhado – Obrigado Miwa... “Obrigado Joe, e voz misteriosa!”

                “De nada!” — a voz e Joe responderam.

                - Por nada amiga... – Miwa caiu por cima da azulada – Vamos voltar? Podemos assistir yaoi tranquilamente por enquanto...

                - Ou talvez yuri! – sugeriu vendo o espanto e o sorriso na cara da amiga – Levanta e pega a Chave!

                - Hai! – Miwa levantou-se e foi até onde a Chave estava caída pegando-a – Arda no inferno... Vara pau! – e voltou correndo para a amiga – Lucy, eu vou usar o Teletransporte! Partiu União! – e sumiram.

 

 

                Na União... Na enfermaria, pra ser mais exato...

 

 

                - Misericórdia! – reclamou Pink – As meninas ainda não chegaram... Será que estão bem?

                - Espero que sim! – resmungou Bucky em sua maca – Não quero ter que substituir duas escravas tão boas!

                - Pensa em outra coisa, moleque! – Kitsu deu uma tapa por cima do curativo na testa do garoto – Ou eu mesma vou abrir esse ferimento de novo! – riu.

                - Pelamor, faz isso não! – Bucky tremeu, mas sabia que isso era apenas fingimento da ruiva – Eu sou o futuro soberano do mundo, não posso apanhar da minha escrava! E quando é que os outros escravos vão voltar?

                - Bom Grell veio aqui e convocou Hacko e Stephen para uma conversa... – disse Hayaki – Espero que esteja tudo bem e...

                - Gente! – Hacko invadiu a sala cortando a fala do naturista – As meninas voltaram! E com a Chave! Nós reunimos as Quatro Chaves, pessoal! – o platinado saiu eufórico da enfermaria sendo seguido dos outros, até do Bucky que pediu pra Kitsu empurrar a maca.

                - Digiescolhidos! Calma! – exclamou Leticia na entrada vendo os meninos fazendo tanta baderna. A mesma estava acompanhada de Stephen e das duas garotas que estavam desmaiadas nos braços de Grell.

                - O que houve com minhas escravas?! – Bucky perguntou no seu jeito meigo de ser – Estão mortas?

                - Não, boy! – respondeu Grell – Elas chegaram aqui, convocaram a mim e a Leti e logo depois de darem a Chave, desmaiaram!

                - Elas estão exaustas... – Stephen se pronunciou – Tiveram uma luta intensa... Mas estão vivas!

                - Agora saiam da frente! – Leticia ordenou pegando Lucy e pondo-a nas costas – Eu e o Sutcliff vamos leva-las à enfermaria, de onde você, Srº Bucky, não deveria ter saído! Você está em recuperação! – e deu um empurrão na maca do garoto a fazendo voltar de ré para a enfermaria.

                - Sua cabrunca, escrava demoníaca! – Bucky berrou ao som de objetos sendo quebrados.

                - Pois bem, digiescolhidos, chaves reunidas, descansem mais por agora, vocês precisarão estar fortes para a reunião que terá amanhã! – o shinigami espreguiçou-se, pegou Miwa no colo e foi pelo mesmo caminho de Leticia, sendo seguido pelos digiescolhidos.

 

 

                No mundo das trevas...

 

 

                - Grandioso Slash, me perdoe! – Lilithmon chorava aos pés de seu mestre – Eu falhei! Perdi a Chave e ainda quase fui derrotada! Eu sou uma vergonha!

                - Não se preocupe minha querida... Eu possuo um plano B... – a voz do vilão se fez ouvir com um tom de excitação – Eu lhe garanto... – uma tela de sombras se formou em sua frente mostrando o cofre da União – Ainda hoje, essas Chaves serão minhas!

                Na tela, Grell Sutcliff entrava no cofre depositando a última Chave às outras, e logo em seguida saindo, trancando o cofre. Minutos depois, o cofre foi aberto de novo, mas dessa vez não era o shinigami... Seja lá quem fosse, pegou a Chaves e saiu.

                - Traga para mim... Hhahahahahaha! – Slash riu acompanhado de sua serva.

 

                Continua...


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Notas finais do capítulo

Misericórdia... O que acharam do capítulo? Diz aí! E quem será que roubou as Chaves? Só no próximo capítulo! E é agora, que a aventura se digitransforma!



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