Mean Consultives escrita por Raura


Capítulo 1
Detective vs Criminal


Notas iniciais do capítulo

Ah, o hitaus! Ele é uma vadia cruel e sem coração que faz cada coisa com a mente de um fã...

Não sei por qual razão, mas reassistindo Meninas Malvadas imaginei como seria se fosse no universo Sherlock, então... tã-dã o resultado está ai abaixo, se encontrarem algum erro me avisem para eu corrigir, espero que apreciem,

boa leitura!



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Assim que abriu a porta do telhado do Barts, o avistou sentado na borda do prédio ouvindo Staying Alive no celular, se aproximou com as mãos atrás das costas, parou a uma distancia e esperou.

— Staying alive is sooo boring!* – Moriarty disse.

— Breathing too.* – Sherlock comentou.

— E voltamos ao nosso problema, nada mudou muito, lembra-se de como foi quando nos conhecemos? – Moriarty desligou a música.

Sherlock ameaçou um sorriso, infelizmente não conseguiu deletar esse dia do armazenamento de seu Palácio Mental.

. . . anos atrás . . .

Quando ouviu o despertador tocar, Sherlock praguejou em todas as línguas que conhecia -  maldito seja Mycroft e essa sua ideia de me enfiar nesse maldito colégio - ou que merda seja essa. Só porque insistia dizendo que não precisaria de um diploma para ser um detetive consultor – e, após três expulsões seguidas em menos de um ano – seu irmão achou-se no direito de obrigá-lo a ir para o tal colégio que tinha a função de “treinar pessoas com habilidades acima da média”.

Arrastou-se para fora da cama, se trocou, pegou a primeira coisa que viu na geladeira e foi comendo durante o caminho. Iria a pé, não tinha pressa em chegar, se atrevia até a apostar com o irmão quanto tempo ele levaria a ser expulso.

Até que, visualmente, o prédio daquele local não era desagradável. Passou na secretaria para pegar seus horários e foi para a primeira aula. Achou tudo muito maçante e apesar de não ser uma pessoa que dormia muito, quando estava quase dormindo durante o falatório da professora foi abordado pelo rapaz ao seu lado.

— Olá! Você deve ser Sherlock Holmes, não é? Sou John Watson. Bem vindo a Conan High School. Essa aqui é minha amiga Molly Hooper. Se quiser, podemos lhe mostrar tudo por aqui.

Sherlock olhou de John para Molly deduzindo o que podia sobre eles, bufou, então tinha arrumado um candidato para melhor amigo e uma pretendente a namorada. Achou melhor ficar de boca fechada para evitar criar inimizades cedo.

— E então? – Molly perguntou, sorrindo.

— É, pode ser. – concordou.

Durante o intervalo foi escoltado por Molly e John até a parte de trás do colégio. Antes, passaram na cantina para pegar algo pra comer – alguns se comportavam como se estivesse em uma selva – sentaram-se, então, em uma das mesinhas, alguns poucos alunos também estavam naquele lado.

— É bem incomum seu nome, gostei S-h-e-r-l-o-k-i-?! Como escrevo? Como o do deus nórdico da trapaça? – Molly perguntou enquanto desenhava um mapa do colégio.

— Não. – Sherlock inspirou fundo. — É S-h-e-r-l-o-c-k. – observava alguns alunos caminhando pela grama.

— Onde você estudava antes de vir para a Conan? – John perguntou.

— Quem são eles? – Sherlock apontou na direção de três alunos que caminhavam pela grama ignorando a pergunta de John, eles usavam sobretudo combinando por cima do uniforme.

— Ah... Eles são os ‘Magníficos’ – Molly respondeu. — São a realeza da Conan. Está vendo aquela loira? O nome dela é Mary Morstan, não se engane por seu rostinho bonito, a família dela é formada por atiradores de elite, incluindo Mary, e tenho certeza que se alguém mexer com ela, Mary não exitaria em apontar uma 9mm na sua direção.

— Aquele de óculos é Cam, ele sabe de tudo sobre todos. Chales Augustus Magnussem consegue o que quer usando o ponto de pressão das pessoas para chantageá-las. Está vendo aqueles olhos? Se já estudou tubarões em um aquário deve poder imaginar que tipo de pessoa Magnussen é. Se preferir, pode compará-lo a uma cobra. – John relatou.

— Argh. – Sherlock fez um som de desprezo. — E aquele ali? – apontou para o outro rapaz que vinha caminhando com se andasse sobre um tapete vermelho.

— Aquele?! É James Moriarty, ele é o mal em pessoa! – Molly disse como se confidenciasse um segredo. — Mesmo nessa idade, ele já constrói uma rede com a pretenção de ser o primeiro e único consultor criminal do mundo!

— Ouvi dizer que, uma vez, pelo celular, ele invadiu o cofre do Banco da Inglaterra e o sistema de segurança da Prisão de Pentonville, ao mesmo tempo! – John relatou.

— Não se esqueça do roubo das joias! – Molly disse enquanto dividia o mapa por grupinhos.

— Ah claro, ele também roubou as joias da Coroa. Moriarty foi encontrado sentado no trono dentro da redoma onde as joias ficam, usando manto, a coroa e cetro nas mãos.

Sherlock ouviu os relatos guardando as informações. Se no futuro iria ser o primeiro e único detetive consultor do mundo, aquelas informações poderiam ser úteis.

. . . . . . .

Um dia enquanto caminhava pela cantina foi abordado por uma garota.

— Novato Holmes! Sabe, eu adoraria ter você em uma dessas mesas até fazê-lo implorar por misericórdia.

— Como é? – Sherlock encarou sem entender a pergunta.

— Irene nem pense em por as garras no novato! – a voz do tal Moriarty falou com a garota, Irene. — Você tem interesse em transar com ela? – perguntou a Sherlock.

— Não.

— Você ouviu, arrume outro para dominar.

— Você é um estraga prazeres Jim! – Irene saiu pisando duro.

— Holmes! – Moriarty chamou quando Sherlock começou a se afastar. — Sente-se um pouco aqui.

Sherlock ponderou um pouco, se cada um deles seguisse o caminho que pretendiam, no futuro seriam inimigos. No entanto, tinha aquele ditado que dizia para manter os amigos perto e inimigos mais perto: puxou a cadeira e sentou-se de frente para Moriarty.

— Vejo que tem talento. – Magnussen comentou indiferente.

— As pessoas não deviam misturar nomes de cantoras com deuses nórdicos, Cher e Loki, a combinação sempre fica estranha. – Mary disse enquanto colocava uma batata frita na boca.

— Mary, não é de bom tom dizer às pessoas que seu nome é estranho. – Moriarty repreendeu.

— Que seja. – deu de ombros.

— Como disse Charles, você realmente tem talento. Pesquisei sobre você e sei de suas pretensões, acho todas imensamente entendiantes, na verdade. Se o que descobri sobre você for verdade, imagino que será ótimo tê-lo ao meu lado. Com seu potencial, as coisas seriam mais interessantes.

— Nesse caso, Moriarty... – Sherlock sorriu, enviesado, se levantando. — Você deve conhecer minha resposta.

De repente sua visão começou a oscilar e embaçar, Sherlock fechou os olhos com força. Quando os abriu, a imagem de Mycroft o encarava com um sorriso debochado no rosto.

— Sonhando acordado, irmãozinho?

Encarou o irmão com a melhor cara de ‘vá para o inferno’ que conseguiu. Seu avião, que o levaria para uma missão com passagem só de ida, mal decolou e teve de dar meia volta, afinal, ele era o único capaz para lidar com a situação se Moriarty estava de volta.

O carro em que estavam parou em frente ao 221B da Baker Street. Algumas imagens do sonho sem sentido que tivera ainda rondavam sua mente - outra hora tentaria entender os motivos que levaram seu cérebro a criar aquela situação toda absurda – porque, agora, tinha trabalho a fazer e um inimigo a vencer, the game is on.


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Notas finais do capítulo

Essa humilde escritora que vos fala adoraria saber o que a acharam da minha pequena pseudo paródia.

~x~x~x~

— Estar vivo é tão entediante*
— Respirar também*



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