De Janeiro a Janeiro escrita por Arii Vitória


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Heeey, tudo bem com vocês?!
Sim, eu voltei com mais uma fanfic de Chiquititas, mas essa eu tenho escondida nos meus documentos á muuuito tempo, porém, por algum motivo, dei umas melhoradas e só estou a postando agora. Espero realmente que gostem!
Esse prólogo é narrado na terceira pessoa, mas a fanfic vai ser na primeira mesmo, porém divida em pov´s. Os personagens tem de 16 á 17 anos de idade, estão no segundo ano do ensino médio e são legais (alguns, pelo menos). Se quiserem, imaginem a Bia como Alice Wegmann.
Nos vemos lá nas notas finais...



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06h58min. Beatriz despertou com o barulho irritante do despertador, que apitava pela terceira vez. Sentou-se na cama, abrindo os braços e bocejando. Ela ouviu o barulho de chuva batendo no telhado e perguntou-se porque havia acordado tão cedo naquela segunda-feira fria, e então se lembrou da escola que era obrigada á ir e desanimou-se no mesmo momento.

Ela odiava ir ao THS. E não era só pelo fato de que nas segundas ela tinha duas aulas de matemática seguidas, e nem por culpa dos comentários ofensivos dos coleguinhas de sala, com aquilo já estava acostumada.

O que ela não gostava mesmo era das garotas que estavam mais preocupadas com arrumar um par para ir ao baile da escola do que qualquer outra coisa e dos esportistas que viviam em torno de uma única coisa: Futebol!

THS é um pequeno inferno onde tudo gira em torno do dinheiro dos esportes, uma terra onde o futebol é o Deus, e onde tem futebol, as líderes de torcida não podem ficar para trás.

Mas nem todas as líderes de torcida eram megeras, um exemplo disso era sua melhor amiga, Viviane, seu oposto. Apesar de Vivi ser chefe de torcida e ser cobiçada por boa parte da escola, Bia não a considerava fútil ou chata, pois Vivi só se importava mesmo em viver aquilo com a maior intensidade possível para poder lembrar dos detalhes da adolescência quando fosse mais velha. Isso, de certo modo, encantava Bia e era o motivo de serem amigas.

—BIA! -sua mãe berrou e Bia voltou a jogar-se na cama, enfeitiçada pela preguiça.

06h40min.

Talvez ela não precisasse ir a escola hoje, estava chovendo, era segunda-feira, e ela não iria perder muita coisa...

—BEATRIZ! –minha mãe gritou mais uma vez.

—EU NÃO VOU A AULA HOJE. –gritou a menina do quarto.

—Vamos lá. É SEGUNDA-FEIRA! –a mãe berrou novamente. Bia perguntou se ela estava brincando.

—DÁ PARA PARAR DE GRITAR E VIR ATÉ AQUI?

Beatriz ouviu seus passos e buscou continuar com os olhos abertos apesar do sono. De ontem à noite ela só se lembrava de tocar guitarra até tarde tentando fazer o máximo barulho possível, até parar por alguns instantes e adormecer sem querer.

 -Chuveiro, agora. –sua mãe ordenou parada na porta. 

—Bom dia! –Bia foi sarcástica, fingindo um sorrisinho.

Ela saiu da porta, e a menina se levantou e direcionou-se ao banheiro. Precisava encarar mais aquele dia...

—Ei. –sua mãe chamou antes que Bia fechasse a porta do banheiro. –Seu pai ficaria muito orgulhoso de soubesse que está indo bem na escola.

 -É. Mas isso não é mais possível, então... –ela disse e em seguida fechou a porta e foi para o chuveiro tentando não pensar em nada, mas era impossível.

Quando tinha seis anos seu pai morreu, e desde então sua mãe dorme com muitos rapazes, trabalha, arruma alguns instantes para ficar com a única filha, e vive infeliz; enquanto Bia toca guitarra até tarde, estuda e briga com seus colegas de classe. Mas todas as vezes que sua mãe desejava algo dela, ela citava seu pai, porque sabia que era o maior, ou único, ponto fraco de Bia. 

06h58min, ela saiu do chuveiro, colocou uma das suas inúmeras camisetas e andou até o carro, onde sabia que sua mãe já a esperava para ir a escola.

(...)

Bia estava adorando ver a cara das pessoas por onde passava. Ela tinha colorido mechas do seu cabelo de azul, e aquilo estava fazendo com que as garotas do colégio a olhassem com certo nojo, afinal, aquelas meninas odiavam tudo que fosse novo ou mais bonito do que o delas.

—Não podia ter feito algo menos chamativo no cabelo, não é Bia?! –Vivi disse. Percebendo os olhares que dessa vez não eram para ela.

—Você sabe que eu não fiz para chamar atenção, além do mais, ficou ótimo! –Bia disse e soltou um sorrisinho de lado, satisfeita consigo mesma.

Vivi concordou sorrindo, enquanto as duas andavam até seus armários.

—Como foi à noite de ontem, Cinderela? –perguntou Beatriz a amiga. A apelidava de “Cinderela” porque a conheceu quando Vivi tinha esquecido suas sapatilhas na quadra da escola, e Bia devolveu, desde então são amigas e o apelido de “Cinderela” havia permanecido.

—Foi ótima, Bia. O jogo de ontem ficou 3 á 1 pra você saber, e fizemos nossa dancinha de ganhadoras, e como foi a sua?

—Ah, você sabe. Muita coisa pra fazer em muito pouco tempo...

—Você só tocou guitarra até tarde, não é?

—Foi bem legal, tá. A Dona Maria até teve uma conversa comigo de manhã. –respondeu Bia, Dona Maria era aquele tipo de vizinha fofoqueira, que estava velha demais para se importar com o que as pessoas falavam, e por esse motivo, ninguém conseguia a odiar totalmente, mas ela adorava reclamar da guitarra de Bia.

 -Se você saísse mais comigo isso não aconteceria. –Vivi retrucou.

—Ah, claro. Fazer coreografias com garotas que usam a mesma roupa que você e depois sair para comer salada fresca e falar sobre garotos e a próxima festa do momento, parece bem legal mesmo, Cinderela.

O sinal tocou, fazendo com que as duas cochichassem baixinho alguma gíria.

—Hora de encarar a realidade! –Vivi disse, e as duas se direcionaram a sala de aula.

A primeira visão que Vivi e Bia tiveram quando entraram na sala de aula foi Duda e Janu se agarrando .

Bia forçou a garganta, fazendo barulho, para que os dois percebessem que havia mais pessoas ali e parassem de se beijar como se o mundo fosse acabar daqui a cinco minutos.

Por sorte da garota, deu certo. Mas logo que Janu se afastou de Duda ela olhou para Bia e seu novo tom de cabelo.

—Bia, a casa dos Smurfs é do outro lado, você errou o caminho? –perguntou Janu, a zoando.

—Janu, a casa das piranhas também é do outro lado, você errou o caminho? –Bia perguntou, a provocando.

—Não, não. Mas você tá na sala errada, a sala das invejosas é pra lá. –Janu continuou a brincadeira de mau gosto e apontou para a sala vizinha.

—E por que é que eu teria inveja de uma pessoa como você, em?

—Porque eu tenho um namorado, uma vida perfeita, e você só tem suas mechas azuis ridículas e uma guitarra pior ainda. 

—Você quer apostar em qual vale mais? –Bia perguntou, fazendo que Vivi, ainda ao seu lado, soltasse um riso baixo, Janu havia perdido aquela.

Duda revirou os olhos para toda aquela discussão desnecessária.

Bia foi andando para seu lugar no fundo da classe, e quando passou pela carteira de Duda, jogou a mochila do garoto no chão.

—Ops! –disse ela, como se fosse sem querer.

Ela amava ver a expressão de ódio por ela se abrindo no rosto de garoto, que preferia não se “rebaixar ao nível dela”. Mas ele sabia que era sempre sua namorada que começava as provocações em que na maioria das vezes ele acabava tendo que se meter.

Vivi, atrás de Bia, pegou a mochila de Duda do chão e o mandou um leve olhar de “desculpas”.


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Notas finais do capítulo

E então, e entããão? (notaram minha ansiedade?)
Gostaram?
Aceito críticas construtivas, dicas, sugestões, comentários de qualquer tipo, só falem comigo, ok?!
Pretendo continuar logo...
Beijos! :*