Love Like You escrita por Death Smile


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Anyway;
Enjoy.



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Foi quatro meses depois.

Era um dia de sol, com ondas quebrando na areia, gaivotas mergulhando, e Gems jogando vôlei. Podia ser retratada como um dia qualquer, mas Pérola sabia que não era. Apenas ela sentia um ligeiro peso no ar, como a calmaria antes da tempestade.

Mas tirando Pérola, todos estavam aproveitando o dia de folga. Na semana que se passara, as Crystal Gems enfrentaram um pequeno exército remanescente da White Diamond. Nada que não descem conta, é claro. O problema começou quando Garnet e Jasper começaram a disputar quem “poofava” mais gems inimigas, e não perceberam quando um quartzo realmente forte se aproximou com um desestabilizador de gems e “poofou” Jasper pelas costas, Garnet até tentou revidar, mas a quartzo literalmente atravessou sua mão com a arma e rachou Ruby. Não é preciso dizer que todos entraram pânico até que Steven e Bismuth dessem um jeito nas coisas. Depois disso, em comemoração à vitória, e para a recuperação de algumas gems também, foi dada uma folga as Crystal Gems, algumas estavam na cidade, outras nos templos, algumas na base, outras na Câmara de Recuperação, e enfim, espalhadas por Beach City.

Pérola neste momento, estava se escondendo do sol, em baixo do guarda-sol sentada numa canga. Sentada ao seu lado estava Peridot, com seu disco planador como assento (que ela mantinha flutuando com a sua metacinese) onde estava de pernas cruzadas, e junto com seus óculos steampunk que eram mais parecidos com uma máscara, já que estava concertando uma peça com um maçarico ao lado de Pérola. Pérola de vez em sempre se perguntava se Peridot sabia o significado da palavra “Folga”. Ambas estavam de maiô, mas não demostravam o menor interesse em sequer sair de debaixo da sombra. Ao contrário de Ruby, que estava literalmente estirada em uma cadeira de praia com uma bandeja de alumínio no colo direcionando a luz para o rosto, e aqueles óculos estranhos para bronzeamento. Ela estava lidando com a sua quase experiência com a morte muito bem, ao contrário de Sapphire, que ficara extremamente nervosa com toda a situação, ela foi também a primeira a entrar em pânico ao ver a gema da namorada estilhaçada no chão, nada que Steven não desse jeito, é claro. Sapphire estava de maiô ao lado de Ruby, que parecia não ligar.

— Tem certeza que não precisa de nada?

— Pela milésima vez hoje, Sophie, eu tô bem! Eu não morri!

— Mas quase!

— “Quase” não muda nada! Morrer é que muda tudo, e eu não pretendo deixar este plano tão cedo a menos que você vá primeiro! Agora, eu posso me bronzear em paz, por favor?! Faça como Steven e Bismuth! Divirta-se! Jogue um pouco de vôlei! Brinque com Little Rose! Ou ajude Lapís a levantar a Jasper! Só não fique perto da Peridot, eu só tô vendo a hora em que ela vai queimar alguém com aquele maçarico!

...

— Nem um protetor solar?

— AAAAAHHHH!

Mudando de cena. Vamos até Jasper e Lápis. Jasper estava encolhida em posição fetal deitada no chão enquanto Lapís tentava levanta-la. Jasper simplesmente não se conformava em ser “poofada” daquele jeito, e estava lidando com isso ao extremo oposto de Ruby. Com direito a crises existenciais e tudo. E Lapís, bem... como disse a Peridot: “ A cruz é sua.”.

— Por favor, Jasper! Olha! Estão todos se divertindo e você ai deitada!

Lápis ao receber o silêncio como resposta, se afastou de Jasper, cruzou os braços e começou a bater o pé na areia. Jasper vira a cabeça minimamente, apenas para apreciar a visão da gem mais baixa de biquíni e saia com um chapéu horroroso, na concepção de Jasper. Ela se vira novamente e bufa.

— JASPER! Eu não saí do aconchego do meu Celeiro, me produzi toda, e vim até aqui à pé aguentando seus resmungos nesse sol quente pra você me ignorar e ir dormir!

— Eu não estou dormindo. (Até porquê você fala demais para eu conseguir. – pensou)

— Então está o quê?!

— Filosofando sobre a vida.

— Em posição fetal?!

— É mais confortável.

— JASPER! Levanta essa bunda laranja daí, antes que eu de deixe dormindo do lado de fora do celeiro durante UM MÊS!

Depois de tais palavras de carinho, Jasper se levantou relutantemente, mostrando que estava com a parte de cima de um biquíni vermelho por debaixo da blusa de basquete vermelha com laterais brancas com o número 07 nas costas, e uma bermuda branca folgada que ia quase até a metade do joelho e ficava mostrando a parte de baixo do biquíni.

— Tá.

— Ótimo! Agora levanta daí e vamos nadar, toda essa gritaria me deixou com calor.

Jasper olhou a azulada de cima a baixo.

— Vai trocar de roupa.

— Como é que é?! – Lapís começou a deixar os tons quase roxos tomarem cota de suas bochechas devido a raiva – Porque, raios, eu teria que trocar de roupa?!

— Tá mostrando muito.

— E daí?! Você também tá de biquíni!

— Eu sou eu. Você é você.

— Tá com medo de quê, afinal?! De algum tarado?! Não temos tarados na nossa parte da praia, Jasper! – Berrou sem paciência.

— Pior, temos a Bismuth. – Rebateu a mais alta.

— Hey! – Se meteu a ferreira lá da aréa de onde jogava vôlei com Steven – Quantas vezes eu preciso repetir que foi um acidente?! – E no meio da polemica a ferreira recebeu uma bolada no rosto vinda de Steven.

— ARGH! – Cedeu Lapís, deixando um brilho tomar conta de seu corpo, para depois voltar ao normal, desta vez, de maiô. – Tá bom agora?! Podemos ir?!

Jasper se agachou para ficar da altura da namorada e deu um peteleco no chapéu, que foi ejetado da cabeça alheia.

— Agora, sim! – Sorriu para a gem azul, que por sua vez, sentiu as bochechas esquentarem.

— Eu preferia a outra roupa! – Berrou Bismuth.

— Shiu! – Ralhou Steven – Não sabe que em briga de marido e mulher não se mete colher?!

Em resposta, a gem ferreira transformou o formato de sua mão no de uma colher.

— Argh! Mas como você adora uma polemica!

 - He! He! He!

O barulho de um trovão cortou todo o clima de alegria da praia. E de repente, todos de Beach City voltavam seus olhos para a entrada da cidade, de onde nuvens negras vinham com força total, trazendo uma forte ventania. Foi questão de minutos até a maioria dos banhistas se recolherem para suas casas com medo da chuva iminente. Mas não as Crystal Gems. Algo estava errado.

Junto com a tempestade, vieram pessoas. Muitas pessoas. Eram por volta de cem. Todos montados em motos, triciclos, ou pilotando vans e furgões. E um careca barbudo de mochila nas costas e cigarro na boca liderava o caminho. O mochileiro do bar.

Não foi surpresa para as Crystal Gems quando os motoqueiros pararam em frente à praia. Não foi surpresa para Pérola quando eles desceram e foram até elas. Não foi surpresa quando o mochileiro careca se pôs na frente com a cabeça baixa.

Foi surpresa quando todos abaixaram a cabeça. Foi surpresa quando todos começaram a chorar. Foi surpresa quando eles empurraram uma moto purpura até Pérola. Foi surpresa quando eles colocaram uma mochila e um capacete em cima da moto. Foi surpresa quando o mochileiro careca se aproximou novamente com um algo encoberto em um lenço roxo. Foi surpresa quando ouviram o barulho de cacos se esbarrando dentro do lenço.

Não foi surpresa quando o mochileiro não precisou abrir o lenço, para Pérola entrar em prantos. Para Ruby abraçar Sapphire com força e esconder o rosto dela em seus braços rubros. Para Jasper cair de joelhos. Para Peridot começar a chorar. Para Connie pegar Little Rose no colo e tentar acalmar a menina.

Steven se aproximou lentamente do mochileiro, que passou cuidadosamente o embrulho para o mestiço.

— Nós não sabíamos. Perguntávamos se estava tudo bem. Mas ela sempre dizia que estava. Ela não nos contou que estava rachada, até...

O mochileiro se calou e cerrou os punhos, deixando as lagrimas rolarem pela face castigada pelos anos de estrada.

Steven deu meia volta onde Pérola estava ajoelhada chorando com a mão na boca para suprimir os urros de dor. Ele se ajoelhou perto dela e lhe passou o embrulho, que foi tomado de suas mãos de forma bruta.

E a chuva caiu. Castigando tudo e a todos. O vento levava guarda-sóis e o que mais encontrava. Os grossos pingos se misturavam com as lagrimas de Pérola, que eram enxugadas pelo lenço roxo, que com o peso do liquido, escorreu até revelar os cacos da gema roxa, antes denominada Ametista.

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Notas finais do capítulo

Me sinto deveras maligna, dando um cap desses pra vocês escutando Here Comes a Thougth, masssssssssssss... Fazê o quê, né?

E não, não é o fim!
O Cap 4 está prontinho, mas será postado junto com o Cap 5, que está em produção. E se tudo correr bem, a fic terminará ainda essa semana.

Lembrando que comentários me impedem de matar personagens... ¬¬'



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