The Words escrita por Sunrise


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

É a cena pós-casamento de JISBON, quando Lisbon finalmente dá as boas novas ao papai Jane. É só uma ideia do quanto esse personagem deveria ter ficado nas nuvens. Também explora a descoberta de Teresa em estar grávida. Dependendo, posso até adicionar alguns flashbacks a mais. Quem sabe?!

PS. Tenho duas fanfics ainda em produção, mas por conta de minha irmã, esta furou a fila!



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Teresa Lisbon-Jane ansiava lhe dar esta notícia. Havia certo medo de como seu marido reagiria ao saber da gravidez tão surpresa. Tantas mudanças em tão pouco tempo.

O retorno de Patrick Jane. Compromisso. Um novo lar. Casamento. E agora um bebê a caminho. Porque a vida com ele tinha que ser tão movimentada?

Jane se separou e beijou novamente Teresa, que lhe sorriu. Ela tocou o rosto com tanta doçura, que fez ele sorrir em meio as lágrimas.

“Ei, eu é que tinha que bancar a emocional, não acha?”

O homem gargalhou. “São lágrimas alegres. Prometo.”

Teresa sorriu. “Realmente não sabia?”

“Eu lhe disse que você é um mistério para mim, Teresa.” Ele apanhou o lenço e enxugou as lágrimas. “Jamais imaginaria isso.”

“Nem eu.” Ela sorriu e voltou a olhar para seus amigos e familiares se divertindo.

“Quando descobriu?” Perguntou ele quando a puxou para encostar-se a ele, enquanto sua mão tocava as costas dela em um ritmo doce e lento.

~*~*~*~*~*~*~

Flashback:

Lisbon PDV

O dia parecia não terminar. O enterro de Michelle Vega tinha consumido toda a energia de Teresa, que se sentia ainda mais vazia com a partida de Patrick. Até quando ele ia deixá-la?

Sua roupa se foi e o jato de água quente não fazia efeito para afastar o frio intenso que a consumia. As paredes do banheiro suportaram as lágrimas e a inquietação daquela mulher, que finalmente havia desabado.

Ela odiava chorar, mas suas emoções eclodiram de tal forma que a agente não teve como se segurar. Estava sozinha novamente. E como doía dessa vez.

Vestida com uma camisola de seda, seu corpo gritava por um descanso, mas sua mente ainda ruminava a perda de uma jovem que tinha um futuro tão grande pela frente. Uma maldita bala e o fim de Vega.

Suspirando, ela se deitou, mas o cheiro de Patrick Jane ainda estava ali. E mais lágrimas acabaram embaçando sua visão. Eles pareciam tão fortes. Tão unidos. Por que ele não confiava nela?

Puxando o travesseiro que ele usava quando dormia em sua casa, Teresa fechou os olhos e imaginou que tudo seria diferente amanhã. Abbott dera um dia de folga para a unidade, mas Lisbon sabia que não seria suficiente.

Seu celular tocou algumas vezes, mas ela não fez questão de atender. Só queria dormir, apagar pelo resto do dia e se preparar para enfrentar o amanhã. Sem Jane de novo.

As horas passaram e Teresa conseguiu seu sono. O sol voltava a brilhar tímido em Austin e enfim o novo dia chegou. Sem ânimo, a agente se levantou, e enquanto arrumava a cama, uma onda de náusea a tomou. Seu estômago estava vazio e ela precisava se alimentar antes que desmaiasse.

Um banho rápido e Teresa seguiu para cozinha. Sua dose de café matinal não estava pronta. Jane sempre preparava o café quando acordava na manhã seguinte. Olhando para o café frio do dia anterior, ela resolveu fazer um novo, mas novamente a náusea a atacou e foi tempo suficiente até chegar ao banheiro.

“Maldição.” Tossiu Teresa quando enfim conseguiu controlar a ânsia de vômito que lhe atacava. Indo até a pia, ela escovou os dentes e molhou o rosto. As olheiras estavam lá, tão visíveis quanto a sua dor.

Ela era forte, detestava remoer este sentimento perverso que sentia. Sua mente precisava trabalhar. Seu corpo precisava se movimentar, assim sua cabeça seguiria junto.

Voltando a cozinha, ela decidiu por um suco de maçã e torradas. Nada poderia ficar pior.

A semana se passou e nenhum sinal de Jane. Ela tentou ligar diversas vezes, sendo que somente a caixa-postal atendia. Ele precisava de tempo, mas o medo que algo teria acontecido a ele espezinhava Lisbon. Custava mandar uma mensagem sequer?

Mais tarde no sábado, depois de lavar sua roupa e organizar a casa, o telefone começou a tocar. Teresa correu para atender. “Alô.”

“Sra. Lisbon. Bom dia, aqui é Maggie. A atendente da Dra. Robertson.”

“Ah. Olá, Maggie!”

“Estou ligando para remarcar sua consulta. A senhora perdeu os dois últimos horários e me pediu para lembrá-la. Possui algum horário vago na tarde de hoje? Tivemos uma desistência e poderia encaixá-la?”

Teresa suspirou desanimada, mas precisava tomar a dose de anticoncepcional, se é que seria necessário agora. “Ok, pode marcar.”

“Seu horário é último, às 15:00.”

“Obrigada, Maggie.”

A agente fez uma careta e revirou os olhos. Desde que decidiu pelas injeções, seu corpo continuava trabalhando bem. E mesmo com os exames exigidos pelo FBI a cada seis meses, ela sabia que precisava se cuidar. Porém este último mês, o cansaço e o estresse tinham combinado de derrubarem ela. Até mesmo o café não funcionava como antigamente.

No horário marcado, Lisbon estava sentada próxima a mesa, aguardando a médica.

“Teresa, desculpa a demora.” Disse a médica ruiva sorridente quando abriu a porta, fechando logo em seguida quando ela entrou. ”Tenho duas pacientes em trabalho de parto, imagina a correria.”

“Sem problemas, Dra. Robertson.”

“Você parece desanimada.” A médica pegou o prontuário de Teresa e começou a ler. “O FBI anda lhe dando muito trabalho?”

“Nem fale.”

“Li que vocês perderam uma agente esta semana?”

“Sim, Michelle Vega trabalhava comigo.”

“Sinto muito, Teresa.” A médica colocou o prontuário de lado. “Ela era tão jovem.”

Teresa baixou a cabeça. “Foi uma perda para a unidade.”

“É lamentável.” A ruiva voltou seu olhar para o prontuário. “Vi que você está aqui para a injeção trimestral.”

“Sim, precisei desmarcar algumas vezes por conta do trabalho. Espero que isso não seja um problema.”

“Bem, vamos fazer um exame de urina para checar.” Falou a mulher abrindo a gaveta e retirando um coletor e entregando a sua paciente.

“Exame de urina? Não estou atrasada.”

“Sim.” A médica sorriu ao ver a fisonomia de surpresa da agente. “Relaxe. Você pode estar coberta, mas todo método anticonceptivo quando interrompido pode ser suscetível de falha.”

Teresa ficou pasma. “Como?”

“Você me informou que tinha voltado a vida sexual e precisava de um método seguro. Enquanto se adéqua as injeções de acetato de medroxiprogesterona, seu organismo...”

“Eu me recordo do que disse, doutora. Mas eu não posso estar grávida. Ou posso?”

“Bem, você é uma mulher sexualmente ativa agora, acredito que a história de abelhas e flores não vai fazer tanto sentido neste momento.” A médica brincou. “Vá até o banheiro ali e logo tiraremos sua dúvida.”

“Eu...”

A ruiva sorriu e tocou sua mão. “Acalme-se, Teresa. Vamos fazer o exame primeiro, ok?”

Lisbon engoliu seco e sua cabeça começou a buscar por qualquer data que pudesse lembrar-se de sua última menstruação. Mas um branco terrível a acometeu. De forma mecânica, segundos depois ela entregou o pequeno pote a doutora, que colocou um palito esperando a reação química para confirmar o que havia assustado Teresa.

“Ok, Teresa. Vou precisar coletar um pouco de sangue para confirmarmos que não há um falso positivo.”

Muda, a agente ficou sentada, enquanto a médica ligava e pedia por um auxiliar de enfermagem para fazer a coleta.

“Vou lhe pedir para que aguarde na recepção e procure ficar calma. Assim fazemos logo uma ultrassonografia também para tirarmos qualquer dúvida.”

A tarde passou num borrão. Teresa já estava em casa, sentada no sofá enquanto a TV comentava sobre o caso que investigava. As palavras da Dra. Robertson foram claras.

“Parabéns, Teresa. Você será uma mãe incrível.”

Depois disso, tudo ficou no piloto automático. Por Deus, ela ia ser mãe. Como ia ser agora? E onde encontrar Jane? Oh Deus, Jane ia ser pai. De novo. Será que ele aguentaria mais uma mudança dessas?

Sua mão tocava seu ventre, enquanto seus olhos buscavam o pontinho minúsculo na ultrassonografia. Um filho. Seu e de Jane. Uma lágrima caiu em seu rosto. Um bebê.

E depois de tanta incerteza e medo, um fiozinho de esperança se atracou a ela. Havia amor entre eles, um amor que cresceu e deu um lindo fruto. E mesmo que ele não estivesse preparado, Teresa sabia que estava pronta. Sim, ela seria uma mãe incrível.

Teresa Lisbon agora sorria de novo.

~*~*~*~*~*~*~

 “Eu sinto muito. Deveria ter ficado.”

“Shi. Isso já passou, Patrick.” Ela olhou seriamente para ele.

Os dois ficaram em silêncio por um breve minuto. Mas era um dia de alegria, de celebrar a vida. E ainda mais com um presente que Teresa lhe deu.

“Um bebê.” Disse sorrindo. “Eu vou ser pai.”

A alegria de Jane era contagiante. Ele voltou a beijar sua esposa com tanto amor, que ela sentiu seu corpo ficar quente.

“Será que podemos fugir agora?”

Patrick sorriu. ”Não sei, desse jeito que você está me olhando estou até com medo.”

“Deveria ficar mesmo.”

“Agora estou intrigado.” Ele se levantou. “Mais alguma surpresa, minha cara esposa?”

“Marido, é só esperar para ver.”

Jane voltou a rir, fazendo Teresa se encantar mais com essa nova faceta dele. Deus, como ele estava feliz.

“Você não me disse aonde vamos.” Ela caminhava ao lado dele.

“Claro que não, é para ser uma surpresa.”

“Jane!”

“Lisbon.”

Os dois sorriram. Sabendo que nunca deixariam de se tratar por seus sobrenomes. Ela parou fazendo virar-se para ele.

“Eu te amo, Patrick Jane. Obrigada por ter complicado minha vida, mas ter feito dela mais completa.”

Ele tocou o peito. “Oh, Teresa. Acho que seus hormônios fundiram seu lado ranzinza.”

“Cala boca, Jane!”

Ele riu. “Meh, estava muito cedo para isso.”

“Vamos.”

“Ansiosa?” As sobrancelhas dele levantaram.

“Oh, você quem deveria ficar.” Respondeu no seu eterno sotaque, com uma pitada de malícia.

“Hum, sexy Lisbon! Seja má, baby.”

Os dois seguiram de mãos dadas, com sorrisos leves. E que neste instante, suas vidas se entrelaçavam mais uma vez em uma das melhores buscas: a da própria felicidade.

FIM


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Notas finais do capítulo

Et voilà. Esta fic é em homenagem a minha irmã que me encheu para escrevê-la depois do seu aniversário. Nina-menina, você é louca, mas eu te amo! Está aí, se eu for linchada virtualmente a culpa é sua. Kkkkkkkk :P



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