Dramione - A Sugestão escrita por Zoey


Capítulo 12
Capítulo 12 - Salão Comunal


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, agradeço os acessos, as marcações da favoritado e aos comentários mais bonitinhos e dicas preciosas.
Bom, eu escrevi esse capítulo com muito cuidado e dei o meu melhor para tornar a leitura mais agradável.
Espero que vocês gostem!



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POV HERMIONE GRANGER 

Estava relutante em abrir os olhos. Estava tendo um sonho muito bom um certo menino de olhos cinzentos e fios dourados. Não era prazeroso despertar em meio a esses devaneios, gostava de apreciar até o último momento. 

Mas as garotas já haviam acordado e iniciavam suas rotinas matinais. Como era domingo, todos levantavam no horário que desejavam, porém, havia uma vasta gama de atividades desenvolvidas por cada um. De um lado do castelo, os gêmeos Weasley pregavam peças nos outros alunos, de outro, Pansy Parkinson aproveitava para atormentar a vida de outros. Meus domingos eram reservados para os estudos ou para os meninos. 

Quando finalmente icei-me para fora da cama, já passavam das dez horas. Encontrei Harry e Rony na Sala Comunal, assim que me notou, Rony fechou a cara e emburrou-se. 

—Bom dia. - Falei. 

—Bom dia. - Harry respondeu. 

—Rony? - Inquiri. 

Ele fitou-me por baixo da massa de cabelos ruivos, o nariz estava inchado, mas não sangrava. 

—O que você quer, Hermione? - Ele falou. 

—Vai entrar em uma greve de palavras comigo? 

—E se eu quiser? Vai mandar Malfoy vir aqui bater em mim? 

—Por que eu mandaria... 

—Vocês são namorados agora, não são? - Rony ergueu a voz, agora, todos na Sala estavam em silêncio ouvindo a discussão - Não teve tempo de contar para os seus amigos que estava se pegando com Malfoy pelos cantos? Estava muito ocupada, claramente. 

Eu o encarei espantada. 

—Em primeiro lugar, você não tem o direito de falar comigo nesse tom, Rony. Além disso, eu não estava com Malfoy pelos cantos. E só não contei para vocês porque era óbvio que reagiriam assim.  

Rony levantou-se. 

—Você é pior que eles. - Rony apontou para frente, referindo-se aos sonserinos. - Você mente até para os seus amigos. Todas aquelas brigas eram pura encenação, não eram? 

—Como você ousa... - iniciei chocada. 

—NÃO ERAM? - Ron gritou mais alto. - Não importa, vocês se merecem. 

E, assim, Ronald saiu da Sala, voltou para o quarto e escutamos quando a porta foi batida com força total. Todos fitavam-me e murmuravam. 

—Venha. - Disse Harry puxando-me pelo braço. 

Eu estava em estado de choque, Harry simplesmente me carregou para fora dali. 

Harry enroscou meu braço no seu e fomos até a ponte, onde ficaríamos longe de olhares e sussurros. 

—Estou ouvindo. - Disse Harry. 

E estava mesmo. Iniciei a narrar os fatos que haviam desencadeado aquele fim. Não omiti nada, eu queria ter contado tudo a Harry desde que aquela história iniciou, mas estava temerosa de ser mal interpretada. Harry poderia interpretar errado e nunca mais falar comigo. 

Entretanto, eu estava completamente errada, Harry escutou meus relatos pacientemente, sorriu em algumas partes e em outras franziu o cenho. Mas, no final, ele apenas encarou-me e perguntou gentilmente: 

—Por que não me contou tudo isso antes? 

—Medo, não queria que você tivesse a mesma reação que Rony e parasse de falar comigo – suspirei. 

—Hermione, por mais que seus gostos amorosos sejam questionáveis, - ele sorriu quando fiz cara feia para ele – eu jamais deixaria essa bobagem terminar nossa amizade. Claro que vou ter que me adaptar a você ter uma doninha de estimação, correndo para lá e para cá junto conosco, – eu dei um tapinha no braço de Harry rindo – mas nada que não seja resolvido com o tempo. 

—Você jura que não está furioso comigo? - Questionei timidamente. 

—É claro que não, Mione. Você faz suas escolhas, eu posso até tentar discutir, porém eu vou sempre estar lá para te ajudar. 

Sorri, aquelas palavras significavam mais do que tudo para mim. Saber que Harry não me abandonaria era reconfortante. O Testa-Rachada era quase um irmão para mim.  

—O que é que eu vou fazer com o Ron, Harry? - Indaguei inquieta. 

—Não sei se há algo que possa ser feito, ele é cabeça dura, Mione, você sabe, além de uma tentativa de conversa, não sei o que pode ser feito. 

Fechei os olhos por alguns instantes.  

—Eu não quero perder um amigo. 

—Você não vai. 

—Espero que não. 

 

Dirigimo-nos até o Salão Comunal quando chegou a hora do almoço. Ao sentar a Mesa da Grifinória principiei a servir-me com as comidas deliciosas que estavam escaladas para o cardápio daquele dia. 

—Boa noite, dorminhoca. - Disse uma voz que eu conhecia bem. 

Draco sentou ao meu lado, eu estava sentada de frente para mesa e ele de costas, ele depositou um beijo rápido em meus lábios e sorriu.  

—E aí, Testa-Rachada? 

—Fala, Doninha. 

Estava tão admirada com a cena que se desenrolava na minha frente entre os garotos, que demorei para perceber que Draco usava trajes próprios para prática de Quadribol. 

—Você não está treinando demais? - Perguntei. 

—Não, apenas o suficiente. - Ele piscou. - O Potter aqui deveria treinar, não vai nem ver quando o pomo for pego. - Draco sorria perverso. 

—Acho que não, Malfoy. Você teria que nascer de novo para conseguir pegar o pomo antes de mim. 

—Isso é discutível, Potter, todavia, vim aqui apenas para saber se ui apenas para saber se está livre essa tarde? - Draco lpara mim. 

Olhei para Harry mordendo o lábio. Nós havíamos combinado de tentar ter uma conversa civilizada com Rony. 

—Aquilo pode esperar, Mione. Ele não vai a lugar algum. 

Assenti meio desconfortável. 

—Livre, leve e solta, - Quando Harry pigarreou ao meu lado apressei-me em completar – mas nem tanto. 

—Perfeito. - Draco bateu palminhas. - Passo na Torre da Grifinória mais tarde. Acho que um pouco de grama entrou no meu ouvido quando caí da vassoura fazendo uma de minha manobras mais difíceis. - Draco gabou-se provocando Harry e despediu-se de mim dando um beijo na bochecha. 

—Grama é o que ele tem no cérebro. - Disse Harry um pouco alto. 

—EU OUVI ISSO POTTER. - Respondeu Harry enquanto caminhava até a saída. 

—Dá para acreditar que vocês tiveram um diálogo normal? 

Harry virou a cabeça para mim como se dissesse "tem certeza?". 

—Está bem, um diálogo quase normal. 

Harry sorriu. 

—Parabéns, Srta Granger, agora você também trabalha na evolução das relações humanas. - Brincou Harry. 

Ri e vi Gina aproximando-se. 

—Oi, Mione. - Ela cumprimentou. - Oi, Harry. - Havia algo diferente na pronúncia do nome da Harry. 

Ela foi sentar-se com as outras terceiranistas. 

—Talvez você queira contar-me uma história de evolução das relações humanas depois, huh? - Brinquei. 

Harry ficou vermelho e forçou um sorriso. 

—Vou ver o que posso fazer por você. - Ele disse. 

Terminamos de almoçar e encaminhamo-nos para a Torre da Grifinória. Eu fingia que não via os alunos cochichando e apontando para mim, o episódio no Salão Comunal não tinha passado despercebido, todos estavam comentando. 

Harry tomava coragem para relatar o que tinha acontecido entre ele e Gina quando, de repente, uma cobrinha barrou nosso caminho.  

—Como você ousa, sua sujeitinha de Sangue-Ruim? - Ela gritava a plenos pulmões. - Roubar o meu Draquinho de mim? 

Eu estava com vontade de tornar Parkinson uma espécie extinta. 

—Que eu saiba ele nunca foi seu, Parkinson. - Respondi calmamente. 

—Como é que é? - Ela estava furiosa. - Sua idiota, você é mais uma que ele vai pegar e jogar para um canto quando cansar e eu vou rir muito. 

—Ele fez isso com você, não significa que fará comigo. Até porque, cá entre nós, o nível aqui é mais alto. - E pisquei para ela. 

Parkinson abriu a boca, mas apenas bufou. Então, ela decidiu em questão de segundos, que iria partir para meus cabelos. 

—Opa. - Falei e saí do caminho da menina que corria em minha direção. 

Ela perdeu o controle quando eu saí de sua mira e caiu em cima de Goyle. O garoto estava indo para fora do Salão e parecia muito confuso, uma das mãos do menino estava sobre um seio de Parkinson. Ela não mediu esforços quando tatuou seus cinco dedos na face de Goyle. Crabbe ria ao seu lado.  

Parkinson saiu berrando: 

—ISSO NÃO TERMINOU, GRANGER! 

—Eu, hein, cada uma que me aparece. - Saí dando de ombros. 

Depois do incidente com a cobrinha, Harry reuniu forças e explanou sobre ele e Gina. 

—No Natal ficamos muito próximos, Mione. Claro que Rony nem sonha com uma coisa dessas, mas aconteceu. Na noite de Natal, enquanto víamos os fogos dos irmãos Weasley explodir, nós nos beijamos. Eu sabia que ela gostava de mim, mas eu não sabia que sentia o mesmo por ela. 

Olhei séria para Harry. 

—Eu entendo, você não faz ideia de como eu entendo. 

Voltamos para Torre discutindo qual era o melhor doce da Dedos de Mel. Não haviam notícias de Rony até o momento, nem sequer apareceu no almoço. Fiquei no Salão Comunal da Grifinória conversando com Harry sobre os assuntos mais banais possível. Entretanto, via a tensão nos ombros de meu amigo. Harry tinha tantas preocupações naquele momento, que eu gostaria de poder pegar algumas para mim, o Torneio, o time de Quadribol contando com ele, as questões românticas e as provas. Tinha certeza que não seria muito útil para ajudar no Quadribol, mas talvez nas outras... 

—Granger, seu noivo está aqui. - Gritou Fred  

Olhei-o confusa, muitos na sala viraram-se também.  

Malfoy estava paradinho em frente ao Retrato da Mulher Gorda, que estava aberto.  

—Belo casal, vão deixar os pais orgulhosos. - Completou Jorge. 

Sabia que estavam fazendo aquilo só para brincar, logo, nem me dei ao trabalho de ficar constrangida. 

Deixei a sala e entrelacei minha mão com a de Draco. 

—Para onde você vai me levar? - Perguntei curiosa, Draco parecia propenso a ter planos bem definidos sempre que saíamos juntos. 

—Para as alturas, minha leoa. 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Dicas, sugestões comentários do tipo "AWWWWWWWWWN" são todos bem vindos. Espero vocês no próximo capítulo ;)