NH | Uma novata em Hogwarts escrita por Sharingata


Capítulo 5
Vadias como você


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, desculpe a demora pra postar! Tive sérios problemas com bloqueio criativo, mas agora tô aqui! Então, eu gostaria de agradecer a Sofia, que se não fosse ela eu não teria conseguido terminar de escrever hoje, obg pela ideia super criativa ♥
E, galera, eu tô muito feliz porque... O REGISTRO DO MEU PRIMEIRO LIVRO CHEGOU. Sim, noticia bonus, mas eu to mto feliz, na moral ♥
Enfim, boa leitura aí :3



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Então ficou assim nosso horário. Logo era tarde, então tomei banho e fui me deitar. Torcendo para ter uma boa noite de sono... Mas não conseguia me concentrar em dormir. –Sim, “se concentrar em dormir”, pois antes de dormir você tem de fingir estar dormindo, monamour.

   Era completamente difícil entender essa situação. Eu sei que estou batendo na mesma tecla, porém tudo aconteceu rápido demais. Poxa, ser uma bruxa? Isso ao mesmo tempo é tão contraditório, e tão legal. Como se tudo o que eu vivi na parte “normal” da vida, fosse a única coisa de verdade, e agora eu estivesse num mundo fantasioso, como nos sonhos.

                ...

Jessye: Emily? –Senti a respiração de Jessye se misturar com a minha –Você está bem?

Emily: Não sei, não acordei ainda.

   Mas na realidade, eu estava realmente enjoada e com dor de cabeça. Parece que aquele pequeno tempo chuvoso fora suficiente para me fazer pegar um resfriado.

   Tentei levantar como uma pessoa normal, mas soltei um ganido só de empurrar meu corpo tentando sentar. Então Jessye começou a rodar a baiana e pedir para que chamassem a tal da Madame Pompfrey. –Deduzo que seja a enfermeira.

Emily: Não, cara, eu tô bem. É só um resfriado! –Disse entre espirros.

Jessye: Aqui você não pode ficar doente! Você tem de se manter bem. Então vai ter de tomar algum remédio.

   Ela disse com uma expressão séria, era como se no reflexo dos olhos dela eu visse a carinha de vaca da Dolores envolvida nessa seriedade toda.  Algo me dizia –A escola toda –Que a Dolores é uma vaca.

   Jessye me acompanhou até a enfermaria; meu corpo doía mas isso não me impedia de andar.

   Lá, Madame Pompfrey me deu alguns comprimidos, que deixaram meu corpo mais relaxado, porém a minha febre não baixava de modo algum.

   Ali ao lado de onde eu estava, tinha alguns jornais. Mas as imagens se mexiam! Enchi meus olhinhos ao pegar um e começar a ler as notícias. “O menino que mente?”; “O ministro diz que está tudo bem”. Ué... Ele é estudante daqui? Minha expressão confusa pareceu despertar o interesse de Jessye, e ela logo espiou.

Jessye: Esse é Harry Potter, um mito daqui, estrelinha e tal. Ele parece ser legal, mas nunca falei com ele. Porém desde que essa matéria saiu, ninguém fala com ele. Parecem não querer contrariar o ministério.

Emily: E você? Qual sua opinião a respeito?

Jessye: Eu? –Ela olhou para cima pensativa –Eu acho que é realmente mentira. Não acredito que o ministério inteiro iria ir contra ele se ele estivesse certo. Mas eu não o julgo, não sei qual versão é a verdadeira. Por isso estou aqui na minha.

   Ela fez um gesto de “sei lá” com os ombros, e eu soltei uma risada que logo seguiu com uma tosse.

...

    Desde que minha gripe passou, já faz alguns dia; eu já estou praticamente me sentindo em casa. Não é como se eu não fosse motivo de risinhos por ter 13 anos no primeiro... Pois tinha sim. Mas a atenção da grande massa –uau, falei bonito!- era concentrada em coisas “melhores” digamos de passagem. Como as notícias sobre o tal do Harry Potter, e a Dolores Umbri-vaca.

   Draco fala bastante comigo, não que ele seja a pessoa mais volátil e sensível do mundo... –É exatamente o contrário- Mas a pelo menos ele não é ruim comigo, nem Crabby, nem Goyle. Apenas a nojentinha da Pansy Parkinson –Ela deve tremer muito. Haha piadista!

Jessye: Emily? –Chegou tocando meu ombro, e eu dei um pulinho sem querer.

   Parece que eu estava no mundo da lua, olhando para o nada com cara de paisagem, e sentada na cama. Claro, era de manhã, e eu deveria estar dormindo, e não acordando. Parece que estávamos atrasadas, e eu não iria querer chegar atrasada no café da manhã, a refeição mais importante do dia –Viu, também sei ser nutricionista.

   Coloquei o uniforme e o manto, então junto a Jessye eu fui até o grande salão, onde a maioria dos alunos comia. Mas é claro, quase não tive tempo de comer nada com essa mania de acordar tarde.

Emily: Eu já devo ter falado isso antes, mas esse frango é o melhor.

Jessye: Pode crer. Realmente é! –Disse ela comendo um pedaço do frango –É melhor que a comida da minha mãe!

Emily: Aposto que ela não ficaria nada feliz em ouvir isso. –Soltei uma risadinha.

Jessye: Nah, ela sabe que cozinha mal! Por isso que sempre come fora. Bem, tá na hora, vamos?

   Concordei só pedindo para ela ir na frente, percebi que esquecera minha varinha em cima da cama. É, a escola é de magia e eu esqueço justo a varinha. Mas é aquele ditado né, só não esqueço a cabeça porque está presa no corpo.

   Ela concordou e saiu andando, atraindo olhares e dedos do meio. Waw, como ela é amada!

  No caminho, minha vontade de cantar dominou meu corpo e logo eu estava cantando na minha mente e pulando e balançando o cabelo com convicção pelos corredores. Até que vi um certo alguém saindo de uma sala discretamente –bom, se eu percebi, não foi tão discreto assim. Mas pelo menos ele tentou.

   Aproximei-me.

Emily: Ooi, você não é o maluco do gatinho? –Ele me olhou com uma expressão confusa –Aquele, lá do trem!

Aaron: Não sei do que você está falando. –Ele tentou retomar seu caminho, mas então seu gato saiu da sala também e se esfregou nas pernas dele.

Emily: “Ba-rão Marx-xi-mi-li-a-no” –Demonstrei sarcástica.

Aaron: Ah, merda, é MAXimiliano. O que você quer? 

Emily: Uma mansão na Rússia. –Ironizei– Sei lá, só senti vontade de te dar oi.

Aaron: Ah. Oi. –Ele tentou esconder que estava sorrindo, mas eu sou uma bela observadora, e vi que seu semblante não era tão tenso quanto no trem.

Emily: Oie –Soltei um sorriso e decidi provocar –Franzir a testa dá rugas.

  Ele então franziu involuntariamente, e logo percebeu o erro e parou. Soltei um sorriso, e ele relaxou a expressão. Disse que deveria ir andando, pois estava atrasado. Respeitei e segui meu caminho também.

   Lá no quarto, antes de pegar a varinha eu aproveitei para dar um cafuné no Dominik, que estava dormindo de um jeito fofo na minha cama, enrolado no cobertor –Que eu não arrumei –E ronronando periodicamente. É tanta fofura que dá pra fazer versão de Sailor Moon gatinhos.

   Peguei minha varinha e voltei para aquela salinha que ele saíra, estava escura, porém com meu pouco conhecimento de magia básica, eu aprendi algo incrível chamado “Lumos”, que faz luzinha mágica na ponta da varinha.

   Não tinha absolutamente nada naquela sala, apenas uma caixinha preta, toda decorada, no centro de uma mesa toda preta. Da onde aquela sala surgiu ninguém sabe né, pois eu não lembro de ver ela ali.

   Claro, obviamente, que eu saí de fininho da sala e não mexi em nada. MAS É MENTIRA MINHA GENTE! Eu tasquei a mão na caixinha, abri com muita fé e força de vontade, e dentro tinha uma pequena adaga. Sério, era bem pequena. Mas era bonita, tinha uns desenhos estranhos na empunhadura, todos em ouro branco. Toquei-a e senti uma vontade incrível de empunhar.

   Antes que isso pudesse acontecer, alguém entrou pela porta –que por sinal eu deixei entreaberta –e por impulso fechei a caixinha e coloquei atrás das costas.

Draco: O que está fazendo aqui? –Seu rosto demonstrava raiva, mas sua voz não.

Emily: Eu? Nada. Nada.

Draco: Me dê agora o que está na sua mão. –Sua voz estava mais severa que o normal.

Emily: Não! Não... tem nada na minha mão.

   Eu senti uma gotinha de suor querer escorrei pela minha testa. Draco estava começando a se alterar.

   Ele então avançou pra cima de mim, e eu dei alguns passos pra trás, caindo no chão com a caixinha. Ele arrancou-a de minhas mãos e começou a gritar.

Draco: Você é louca?! Perdeu a cabeça? –Sua voz era angustiante –VOCÊ DEVE TER MERDA NESSA PORRA QUE VOCÊ CHAMA DE CÉREBRO! NÃO PODIA SER MAIS BURRA, NÉ?! VELHO, VOCÊ É UMA INÚTIL MESMO, NEM PRA FICAR NA SUA VOCÊ SERVE?!

   Eu estava assustada... O olhar frenético dele me assustava. E não só isso, eu estava com medo dele. Com medo do que ele podia fazer comigo. Afinal eu nem conheço ele direito, como poderia saber que ele não me faria algum mal?

   Estou com medo... –Começaram a se formar lágrimas nos meus olhos, e eu já não sabia mais falar.

Emily: Para de gritar... –Fechei os olhos tapando os ouvidos e me pondo em posição fetal –Para de gritar, por favor...

Draco: É, você acha mesmo que vou parar?! –Debochou e senti a primeira lágrima cair –Você não percebe o que acabou de fazer, não é mesmo?! NUNCA MAIS MEXA EM ALGO QUE NÃO É SEU. SUA IMPRESTÁVEL! VAI FICAR COM ALGUM VAGABUNDO ALEATÓRIO, QUE É O QUE VADIAS COMO VOCÊ FAZEM NA SUA IDADE.

   Levantei devagar, sem conseguir olha-lo nos olhos. Seus xingamentos impregnavam minha mente. Eu... Vadia? O que eu fiz de tão errado...? –Nessa hora ele bateu a mão com tudo na mesa, jogando a caixinha para a parede, que estourou quase que instantaneamente. –Passei reto antes que ele conseguisse me segurar, e comecei a correr enquanto as lágrimas caíam no chão.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou meio pesado pro final, que até eu senti :v



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