NH | Uma novata em Hogwarts escrita por Sharingata


Capítulo 11
Quando o vento lhe acaricia


Notas iniciais do capítulo

Onya, postei rápido pq queria postar mais um antes de acabar o ano. Espero que gostem, e feliz ano novo ♥



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                Podia ser ouvido dos corredores da escada perto do salão as vozes de Minerva e Umbridge discutindo. A vaca rosa dava showzinho de poder, enquanto Minerva apenas tentava controlar a situação para que Umbridge não "torturasse" os alunos? Foi isso que entendi?

               Algumas horas depois os jornalistas do Profeta Diário estavam cercando Dolores, que era nomeada pelo ministério a nova diretora de Hogwarts.

...

Emily: Me escuta!

Draco: Emily, eu estou ocupado! Dá pra você me deixar em paz?

                Eu segui Draco por uns oito corredores tentando chamar sua atenção. Eu precisava falar com ele... Eu sentia que não poderia falar sobre isso com mais ninguém. Não com a nojenta da Dolores no comando. Eu não sabia que ela era tão horrível, e as coisas que ela falava não me deixavam trégua para falar abertamente sobre qualquer coisa.

                Por isso que os professores encobriram minha saída talvez. O assunto nem sequer foi tocado nas próximas duas semanas. Tudo passou em branco, ela nem sequer ficou sabendo...

Emily: Voldemort me salvou! –Sussurrei alto, apenas para que ele escutasse.

                Funcionou, ele me olhou assustado.

Draco: Tão... –Ele pareceu interromper uma frase, respirou fundo e logo continuou com outra – Como?

                Suas mãos firmes me puxaram para um canto escuro. Não pude deixar de me sentir desconfortável.

Emily: Quando fui para aquele lugar, eu fiquei toda molhada por ter caído no mar. Então eu decidi procurar um lugar para ficar, então vi uma cabana, mas não era uma cabana, eram dementadores que começaram a me perseguir. –Dei pausa pra respirar- Ai, puft, o Voldemort brotou na minha frente e fez todos eles sumirem, assim. –Exemplifiquei fazendo um sinal com a mão. –E logo a capa dele subiu acima da minha cabeça, ele sorriu diferente e, puft, sumiu.

Draco: ... –Seu olhar se perdeu nos meus olhos, parecia procurar o rastro de alguma mentira. – Provavelmente ele quer te matar.

Emily: O que..? –Engoli em seco.

Draco: Não sei os motivos, se me procurou para saber de algo, procurou a pessoa errada.

                Ele tentou sair desviando o olhar, estranhei, porém o puxei pra perto novamente.

Emily: Não, eu só precisava conversar mesmo. Estou com medo.

Draco: Não vai acontecer nada, não se preocupe. –Ele colocou as mãos sobre meus ombros para que eu olhasse diretamente em seus olhos. A certeza com que ele falou me aliviou –Você está segura, você. 

...

                Joguei um pedacinho de papel no fogo e ele queimou num barulhinho suave. Tomei meu rumo pensativa para dormir, e com sorte consegui.

                A manhã já começou com um barulho intenso de gritos. Acordei incomodada e logo chamei Jessye. Nos vestimos antes mesmo de conseguir dizer bom dia, e fomos direto para o local de onde se originava os berros. De longe pude descobrir de quem era a voz nojenta que fazia toda a algazarra rolar.

                Dolores estava dando um showzinho de poder brigando com a professora Trelawney, que encontrava-se meio acuada em meio a um monte de malas.

Sibila: S-senhora, -Deu dois passos para a frente- Eu moro e lesiono aqui há 16 anos... Hogwarts é minha casa, não p-pode me expulsar. –Sibila gaguejava em meio a um monte de lágrimas, que ela tentava conter com um lencinho.

Umbridge: Você sabe que eu posso.

                Sibila não merece isso, é uma professora tão legal! Que raiva daquela mulher... Minerva passou pela gente exasperada, e aconchegou Sibila em seu colo, logo depois, Dumbledore chegou pisando forte no chão, mandando Minerva entrar com Sibila, que agradeceu agoniada.

                Minerva passou por nós com um olhar triste. Não pude deixar de me compadecer ouvindo toda aquela discussão. Jessye abraçou-me, mas diferente dos outros abraços que recebi dela, era um abraço acuado. Passei a mão por seu cabelo, e ela sussurrava coisas como "Está sendo difícil esse ano..."; "Hogwarts não está segura...". Eu não conseguia entender a dor dela, mas eu podia sentir.

                Eu não sei como Hogwarts era, mas pra mim ainda é minha nova casa, mesmo com todas as coisas estranhas que vem acontecendo.

                Voltamos a rotina de aulas sem muito o que fazer. Estava frio, em Hogwarts fazia mais frio que em Londres, preciso me acostumar. Esfregar as mãos uma na outra não resolvia tanto o problema, então o jeito era andar de braço dado com a Jessye. Ainda bem que hoje não temos DCAT, por que eu, sinceramente, estou com muita vontade de voar no pescoço da Umbridge e lançar um Avada Kedavra nela!

                No intervalo de uma das aulas, perdi Jessye de vista. Mas pelo menos encontrei Ashura.

Emily: Ashura! -Dei um gritinho e a abracei.

Ashura: Oi! -Retribuiu o abraço.

Emily: É bom ter você e a Jessye comigo, de algum modo é menos "sufocante”.

Ashura: Sufocante? Está mal com alguma coisa?

Emily: É tipo isso. Por mais que aqui seja o melhor lugar que já estive, que eu possa chamar os alunos e professores de "família"... Me sinto meio solitária. Mas não tem um motivo. Só me sinto estranha.

Ashura: Só esquece, não deve ser nada demais. Você ainda vai se acostumar melhor. -Sorriu gentilmente.

Emily: Tem razão, é bobeira.

                Apesar de Ashura ser uma criatura mística, ela ainda é considerada "trouxa", por não conseguir fazer magia e tal. Sem ser uma bruxa, não tem como ela participar das aulas práticas, somente das teóricas. Dumbledore decidiu coloca-la na Grifinória, devido a sua personalidade corajosa. -Eu queria que ela ficasse na lufa-lufa comigo, mas tudo bem.

                Segui junto a ela até o dormitório da Grifinória. Andando e olhando pra ela comecei a imaginar que deve ser bom e ruim ser bonita. Ruim pelos sussurros e assovios que te perseguem; "Olá novata"; "Vem cá, gatinha"; " Vamos dar uma volta?"; "fiu fiu"; A cada corredor que ela passa, pelo menos um comentário desses pode ser escutado. Como será que ela se sente? Deve ser irritante.

Emily: Você ficou tão bonita assim, ainda vai voltar para sua forma original? -Acariciei uma mecha de seu cabelo.

Ashura: Sim, quando eu voltar pro meu lar... Mas não acho que o cabelo irá crescer tão rápido.

Emily: Deve haver algum feitiço para isso, se você quiser posso procurar...

Ashura: Não! Eu até que gostei dele curto, já estava na hora de mudar. –Soltou risinho tímido.

Emily: Se você diz...

Ashura: Então, até mais!

                Ela se despediu sorrindo. Acenei e voltei de vagar pelos corredores, tentando gravar cada pedacinho daquele lugar incrível, que eu daria tudo pra não precisar sair dali. Cada pedacinho de chão, até as pontas do teto, até olhar essas grandiosidades era bom pra mim. "Olha todos esses alunos sorrindo..." -olhei a montoeira de alunos andando perto do salão principal.

                Decidi tomar um ar na ponte de madeira, faz tempo que não fico sozinha, as vezes eu sinto falta. Digo, de estar sozinha, não de me sentir sozinha. Quando cheguei a ponte, fui até o meio dela, para ninguém me ver ali, e então eu pude respirar um pouco.

                Que saudade da mamãe nessas horas, ela estaria aqui para me abraçar, fazer carinho no meu cabelo e dizer que eu estava errada e que ia ficar tudo bem, eu iria acreditar nela, esfregar o rosto em seu vestido... Era tão bom aquele calor humano, os abraços de minha mãe e de meu pai. Sentir o coração dela batendo era como um cobertor quentinho, e o beijo na testa que meu pai dava, era como um livro que você lê pra se esquecer dos problemas.

                Eu queria tanto ter uma foto deles, queria tanto ter mais lembranças de seus rostos. O sorriso da mamãe era lindo, mas por que cada dia fica mais embaçado?

                Papai... Não lembro de quase nada de você, será que daqui alguns anos, eu vou me encontrar com você de novo? Não estou ansiosa para morrer, mas será muito bom te ver aí em cima. O que é estou dizendo? Você sequer está escutando? Será que está sorrindo? Por favor me responde... -Como se ele realmente fosse responder.

                Às vezes admiro o quanto consigo ter esperanças, isso me torna tão boba.

                Mamãe, há algo errado comigo? Está tudo certo, e eu ainda me sinto estranha, como se algo estivesse incompleto... -Passei a mão pela madeira, pensando em absolutamente nada. O vento batia em meu cabelo, bagunçando-o e gelando meu rosto. Deixei uma lágrima correr sem razão alguma, apenas por deixar. Respirei fundo, para que todo o ar fosse passar nesse momento para meus pulmões. Fechei os olhos e deixei a brisa acariciar meu cabelo.

                Assustei-me ao senti um polegar secando meu rosto. —" Ficaria mais bonita se estivesse sorrindo." -Um menino japonesinho disse sorrindo e foi embora correndo- Permaneci em choque no mesmo lugar, com a mão sobre meu rosto onde ele havia passado o polegar.

...

                Logo depois da janta voltamos para o dormitório, alimentei Dominik, e brinquei um pouco com ele ao lado da lareira, afinal, ninguém merece esse frio. Estou reclamando tanto e o inverno ainda não chegou.

                Algo estranho começou a “borbulhar” na lareira, e conforme me aproximei, uma fumaça preta passou por mim me derrubando. Senti que deveria segui-la.

                Com cuidado caminhei pelos corredores, sem perde-la de vista, até que...

???: Quem é você?


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Notas finais do capítulo

E ai? tan tan tan tan? Próximo cap só ano que vem ahusauhdasd (piada ruim)



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