Ele ficou espantado, mas depois recobrou o juízo.

— Isso é ideia sua? – Ele pergunta no meio de um sorriso.

— É sim. Gostou?

— Amei! Obrigado!

Acenei para as pessoas ali, que nos fitavam. Ouvi alguém comentar. ” Esse casal é lindo, eles se completam! ” “ Nossa, a rainha está deslumbrante! ” “ Vejam, não é que eles ficam bem junto?!”

Ri.

A música começou, e todos ali já se divertiam. Os mordomos e as meninas daqui do castelo já começavam a servir os aperitivos. Escutei vários elogios da escolha da comida, e muito mais de quem as fez. Então decidi não ficar só olhando, e peguei alguns e comi. Totalmente aprovados, estavam divinos. Peguei um coquetel sem álcool, e bebi. Também estava muito bom! Todos estavam se divertindo e gostando de tudo. Então algo desagradável aconteceu. Pensei que ela não tinha vindo. Convidei por convidar mesmo, apesar de ser muito “importante”. Era Kriss Ambers. Eu convidei algumas selecionadas, que ainda estavam vivas. Também chamei a sociedade, e a classe média e baixa. Não ia nem cumprimentar ela, mas meu marido como ´e um completo idiota, fez questão. Eu não havia guardado rancor dela, mas sinto cheiro de falsidade a metros. E o dela, senti no momento que ela entrou dentro do salão. Notei que ela me olhava dos pés à cabeça, e não parava de me encarar, e eu o mesmo. Não iria me deixar intimidar assim tão facilmente. Eu até queria deixá-los só, mas conhecendo-a bem, ela aproveitaria muito bem se eu o deixasse a sós com ela.

— Boa noite vossas majestades! – Falou num tom debochador ao me olhar. Ela se reverenciou, e se aproximou mais ainda.

— Comporte-se! – Maxon sussurrou-me, já lendo meus pensamentos.

— Só se ela cooperar. – Falei para ele, com um sorriso irônico nos lábios.

Nós rimos.

— Parabéns, Maxon! – Ela falou abraçando-o fortemente, e vi pelo canto dos olhos que ela se deliciava a cada segundo que passava, dos braços fortes e do perfume de meu marido.

Eu estava parecendo bastante possessiva com aquele olhar.

— Obrigado! – Ele falou sem hesitar.

— E como vocês vão indo?

— Bem! E está ficando melhor a cada dia que passa. – Falei com ar soberano. Vi que ela ficou intrigada, e cheia de raiva com minha resposta.

— E Você? Como vai, Kriss? – Era a vez de Maxon a questiona-la.

— Bem, na medida do possível. – Falou sem ânimo.

— E então, encontrou alguém de VERDADE, para ficar com VOCE? – Ironizei, mas continuei sorrindo.

— Ainda não tive sua sorte, de encontrar alguém como o Maxon! – Ela falou sem hesitar, olhando nos olhos de meu marido.

— Ah é? Então desejo-te tudo de bom, e que encontre alguém que lhe mereça! – Falei na telha. Já estava prestes a perder a compostura, só que meu lindo esposo sorriu e mudou de assunto.

— Já tomou algo?

— Ah, não. Esperava que você me acompanhasse! – Ela sorri.

Fazia de conta que eu não estava ali, que hipócrita! Ela estava brincando com fogo. A sorte dela, é que Marlee percebeu que eu já estava com meu punho fechado, então chegou rapidamente.

— Olá? Ainda bem que achei vocês! – Ela disse animada. – Oi Kriss!

— Ah, oi. – Kriss respondeu seca.

— O que foi? – Maxon perguntou.

— Geórgia, e August estão atrás de vocês!

— Ah, que ótimo! Nós já havíamos terminado aqui mesmo, não é querido? – Falei seca, e Maxon assentiu. – Boa noite senhorita Kriss, ficamos feliz por sua presença, mas nesse momento o dever nos chama.- Falei sem ao menos deixar Maxon ou ela responder. Puxei Max, para longe dali.

— O que foi aquilo garota? – Marlee falou surpresa e rindo ao mesmo tempo.

— Bem, eu apenas estava cuidando de meu patrimônio, caso contrário, os abutres tomam de conta, já que meu marido é meio besta.

Rimos.

— América! – Ele me repreendeu, aquela palavra o tinha deixado triste. – Se não fosse a Marlee, você arruinaria seu trabalho, pondo a festa a baixo. Ela realmente salvou a festa.

— Literalmente sim! – Ri.

E agradeci ela com um abraço.

— Kriss é muito atirada, vê só, ela estava querendo beber acompanhada de meu homem! – Falei já zangada.

— Seu homem? – Maxon perguntou com um tom de malicia, e ironia.

— É sim, foi o que você ouviu!

— Nossa desde quando minha amiga ficou tão possessiva?

— Desde o momento, que notei que tem algumas presenças desagradáveis aqui.- vendo Daphne conversando com Adele, e Nicolleta. – A propósito, estou vendo mais um abutre ali.- falei olhando para mesma.

— Vamos, vou cumprimenta-la! – Maxon no mesmo estante se empolgou.

— Calma lá! Vamos cumprimentar primeiro Geórgia e August, seu primo.

— Argh! Não comece com sua crise de ciúmes, por favor. – Ele me fitava pelo canto do olho, enquanto eu via um sorriso de canto.

— Até parece, você a conhece melhor que ninguém. É melhor fazer que ela pede, ou se não, a festa acabará tão cedo antes mesmo de começar! – Marlee aconselhou.

— Ok, mas depois irei falar com ela, pois Daphne é minha melhor amiga! – Protestou.

— Você quer dizer, nós iremos. Não é? Lembre-se de que agora é casado, e onde você for, eu irei. – Bufei.

Marlee riu. Notei que ele também.

— A velha América está de volta – Marlee disse.

Fomos até nossos amigos cumprimenta-los. Eles parabenizaram Maxon, e me elogiaram. Coisa que aquela bruxa da Kriss não fez. Depois passamos em algumas mesas falando com os embaixadores, reis, rainhas e algumas selecionadas. Maxon já estava ficando zangado por que não havia cumprido minha promessa. Depois de uma hora e meia, fomo enfim cumprimentar Daphne. Mas antes sussurrei algumas palavras nos ouvidos de minha amiga, e pedi para que ela ficasse de olho no sinal. Bem, o que eu lhe pedi foi para ir ao palco, pedi a música para parar, depois que eu fizesse o sinal, e ela anunciasse que era hora da janta. Até porque, diferente da Kriss, a Daphne é muito mais venenosa. E chegava a ser muito calculista. Então tinha que armar alguma para lhe cortar o barato quando ela tentasse algo.

Fomos até lá, e vi ela se virar para nós dois. Ela nem se deu o trabalho de me cumprimentar, e pegou no braço de Maxon, e foi lhe apresentar as amigas que havia ali. Bufei de raiva. Aquela garota está brincando com fogo, ou melhor, está brincando comigo!

Sai dali, sem olhar para trás. Senti um braço másculo me puxar.

—Olha Maxon, me deixe! – Falei segurando minha raiva.

— Calma, primeiro não sou Maxon! E segundo, não irei te largar até vir falar comigo!

Parei um pouco, e depois virei. Enfim sorri.