W's escrita por Luana Almeida


Capítulo 2
Profeta?


Notas iniciais do capítulo

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—O que você quer com ela? - Bobby perguntou ainda encostado na estante.

—Bom, ela é um profeta - Castiel manteve o sorriso no rosto.

A crise de risos de Dean e Sam cessou.

—Um profeta? - Dean me olhou como se eu tivesse dado a notícia.

—Sim, eu sei toda a lista.

—Eu estou aqui, vocês podem falar comigo - me irritei - O que é um profeta? Estou a pouco tempo no ramo - ironizei me levantando do sofá e vestindo as mangas do casaco de Sam, um cheiro doce brincou em minhas narinas. 

—Você pode ter visões - Sam explicou - Do que acontecer no futuro.

—As visões são geralmente no futuro - Bobby ironizou.

—Hm - Sam gemeu.

Respirei fundo deixando minha insatisfação a vista e encarei Castiel.

—Você é uma escolhida de anjos de alto nível para ter visões, sabe ler a palavra do senhor e pode ser de boa ajuda a muitos - depois de um tempo, o sorriso dele se tornava um tanto quanto assustador.

—Eu não posso ser isso, nunca tive visões - falei pensativa - Talvez quando era criança, mas achava que estava sonhando.

—Existem alguns casos onde as visões não acontecem sempre - ele respondeu olhando todos.

 

—Eu só vim pedir ajuda sobre minha mãe, achei algumas pistas, mas eu não tenho armas nem nada - mudei de assunto lembrando do que havia ido fazer ali.

—Acha que é o que? - Sam perguntou tirando os olhos do livro e me olhando.

—Vampiros - respondi, aquela palavra fazia meu corpo tremer.

—Porque matariam sua mãe? - a voz de Dean se distanciou enquanto ele ia até a cozinha.

—Seria ótimo se eu soubesse não é mesmo? - falei mais para mim mesma.

—Não pode ignorar o que eu te disse - Castiel pareceu aborrecido.

—Nós cuidamos dela - minha boca ainda se abria para sair algo, mas Sam respondeu em minha frente.

—Cuidamos? Acha o que? Que tenho cara de babá? - Dean voltou da cozinha com uma long neck na mão.

—Nós não podemos deixar ela por aí Dean - Sam falou como se fosse óbvio.

—Olha eu estou aqui... - minha cabeça começou a rodar - De novo.

A última coisa que ouvi foi um baque surdo, junto com isso, uma dor forte na cabeça. Depois de, bom, eu não sei exatamente. Pensar? Me dei conta que fora o meu corpo que caíra no chão e o som viera daí.

—Ei - abri meus olhos, Sam estava em minha frente enquanto os outros me olhavam em volta.

—Chega por hoje - Bobby anunciou - Vá se deitar querida, eu levo os cobertores para você.

Sam me ajudou a levantar do chão enquanto Bobby subia as escadas da casa.

Meu sono foi mais que justo. Faziam dias que não dormia direito a não ser cochilos de meia hora, ás vezes menos, em meio á livros e tentativas de ligações frustradas ao número de Jhon. 

Com toda aquela confusão eu não tivera oportunidade de perguntar onde ele estava, sentia falta do seu sorriso e abraço confortante. Ele havia sido meu pai por um bom tempo, me ensinou a atirar, sem minha mãe saber é claro, quando eu tinha treze anos, mas a muito tempo eu não o via em lugar nenhum. Sem sinal de GPS, ligações restritas as caixas postais com inúmeros recados diferentes. Encontrar o telefone de Dean havia sido um acaso enorme, já que aquele que me ligara a ele estava perdido em bagunças um uma caixa de papel no quarto de minha mãe.

 

Meu olhos se abriram pro sol que entrava pela janela, uma batida leve na porta me fez levantar e abri-la ainda bocejando.

—Oi - fiquei sem reação, Dean estava em frente com uma cara não muito amigável.

—O que você fazia com meu pai? - ele perguntou colocando as mãos nos bolsos.

—Bom ele ia a minha casa quase sempre, antes de minha mãe se casar de novo - um calafrio percorreu minha espinha - E me trazia aqui.

Dean continuou me encarando por algum tempo.

—Sabe quanto tempo passei procurando meu pai durante os últimos anos? - sua fala continha um riso nervoso - Pra ele estar com uma pirralha como você?

—Eu tenho culpa disso? - perguntei.

—Não - Dean mexeu a cabeça em negativo devagar e respirou fundo - Só não entendo o que ele queria com você, enquanto eu e Sam estávamos em casa esperando ele chegar.

—Pergunte a ele, não é mais fácil? - sorri forçado.

—Ele está morto - a resposta foi mais do que rápida.

Engoli em seco qualquer coisa que poderia dizer.

—Está brincando não é? - minha voz entonou uma súplica.

—Tenho cara de estar brincando? - ele respondeu sem tirar os olhos dos meus.

—Ser profeta é isso? Todo mundo que você ama morre? - perguntei deixando uma raiva subir.

—Não, ser caçador é isso, acostume-se se vai conviver conosco - ele tirou as mãos dos bolsos e elas estavam cerradas em punho.

 

 


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