W's escrita por Luana Almeida
Notas iniciais do capítulo
E aí como vão? Me digam o que estão achando da história!
11:48 a.m.
—Dean não veio? - ouvi ela perguntar.
—Ele foi ver um outro chamado – Sam respondeu.
—Ótimo… - a voz era parecida com a minha – Porquê me perguntou aquilo ontem?
—Eu te perguntei tanta coisa – Sam pareceu rir.
—Sobre eu ter namorado – me surpreendi e mentalmente gritei um ‘’não’’.
—Eu não perguntei só isso – eu queria ver a cara dele.
—Não, mas perguntou também.
—Só queria saber sobre a sua vida – havia um ódio crescendo dentro de mim.
—Eu não sou estúpida Sam – o tom era irônico.
—Não, você não é – diga que está incomodado por favor.
—Eu sou uma garota atraente não sou? - não eu não era.
—Não sei onde quer chegar.
—O mais perto de você o possível – o sussurro me fez xingar Dean em pensamento por não atender meu pedido de ajuda.
Ouvi alguém chutar a porta e o barulho de tiro me assustou.
—Um meta morfo? - Sam perguntou.
—É, um meta morfo – Dean respondeu.
Eu queria gritar que estava ali, mas era difícil com a boca amordaçada.
—Recebi uma mensagem da Aurora – Dean falou – Só um S.O.S. - fui até a casa do ex prefeito, e o único lugar que ela podia estar era aqui.
—Eu estou aqui a alguns minutos – ouvi a voz de Sam se aproximando do banheiro. Ele não me veria se não abrisse a cortina.
Chutei a banheira com intenção de fazer barulho.
—Dean – Sam abriu a cortina – Está machucada? - ele tirou a mordaça.
—Não – respondi enquanto ele cortava a corda apertada em meu pulso. Dean estava atrás dele.
—Como me mandou mensagem?
—Eu coloco o celular aqui – levantei um pouco a barra do vestido mostrando uma fita elástica presa na perna com a ão que Sam já livrara – Só apertar um botão, é programado.
—Pro meu número?
—Ou o de Sam, ou Bobby – respondi ficando em pé.
—Se eu usar vestido um dia – Dean estendeu a mão para que eu saísse da banheira – Vou usar essa dica.
—Que? - Sam desprendia a corda do apoio da banheira onde o meta morfo havia me prendido.
—Já nos vestimos de padre – ele virou as costas e saiu.
—Obrigada – falei para Sam – Dean deu o tiro – pensei – E você sabia que era um meta morfo.
—Você não ia falar comigo daquele jeito.
—Não – lembrei do quão baixa fora a conversa.
—Conheço você – ele sorriu – Não muito, mas conheço.
—Vamos embora? - Dean gritou lá do quarto – Quero dormir na minha cama.
9:57 a.m.
—Abram os olhos belas adormecidas - a voz de Dean soou alto;
Abri os olhos. Estava deitada em cima do braço direito de Sam que tirava o esquerdo de cima de mim. Senti meu rosto queimar.
—Não adianta ficar com vergonha não – Dean era um filho da mãe.
—Cala a boca Dean – Sam reclamou enquanto puxava o braço que me servira de travesseiro.
—Temos que trabalhar – Dean exibia um sorriso malicioso nos lábios.
—Você tomou conta da cama – reclamei – Sam sugeriu um tal de tesoura, agulha e papel – Tentei ao máximo me lembrar.
—Não é esse o nome – ele me olhou sério – Se vai falar, tem que ser direito – vagarosamente ele colocou a mão esquerda como se estivesse segurando um prato invisível – Pedra – ele fechou a mão direita e colocou sobre o prato invisível – Papel – ele abriu a mão esticando os dedos – Tesoura – ele fez uma tesoura com os dedos.
Eu prestei atenção, mas aquele tipo de atenção de quando você espera que venha algo muito importante.
—É sério isso? - perguntei colocando os pés para fora da cama. Sam ocupava o banheiro.
—Já decidimos que iria ser o primeiro em muitas coisas dessa forma – ele parecia ofendido – Aprenda – ele me olhava sustentando a seriedade.
—Vou aprender – ri – Enfim, você trapaceou ontem, vai ter volta.
—Sam, você foi tão ruim assim dormindo com a garota pra ela reclamar? - Dean falou alto.
—Oi? - Sam saiu do banheiro.
Aproveitei para entrar, Dean mudou de assunto perguntando a Sam qual era o endereço da empresa de segurança.
—Eu fico? Eu vou? - perguntei depois de fazer minhas obrigações matinais.
—Preciso que recolha o depoimento da senhora Capp – Dean mexeu em uns papéis – Aqui o endereço.
—Tem uma roupa mais séria? - Sam perguntou mexendo em sua mochila.
Pensei bem antes de responder, e a resposta era Sim. Havia uma roupa ‘’séria’’ em uma das minhas malas, um vestido preto básico que usava em qualquer ocasião que não pudesse ser jeans e camiseta.
—Tenho – respondi ainda pensativa – Você pode pegar minha mala? A vermelha.
—Claro – ele pegou as chaves do Impala – Vou pegar um distintivo falso, tem uma foto três por quatro?
Olha só, fora da lei pela primeira vez.
—Sim eu tenho – respondi – Tenho um distintivo falso também – lembrei de quando o havia ganhado.
—Você é uma caixinha de surpresas – Dean estava focado no computador e o tom era irônico.
Eu ignorei o comentário e procurei em minha mochila o distintivo. Havia ganhado de Bobby como um presente de aniversário atrasado dois meses por causa dos correios.
—Está aqui – Sam colocou a mala em cima da cama.
Coloquei o vestido no banheiro checando se ele não estava amassado. Claro, eu tinha um salto na bolsa, era um conselho da minha mãe que por mais que quase nunca o usasse, sempre o seguia.
—Pronto – saí do banheiro prendendo o cabelo.
Os dois me olharam e pararam o assunto. Dean levantou a sobrancelha, mas disfarçou logo em seguida.
—Vejo vocês depois – peguei o distintivo e o endereço.
Saí andando de lá pensando que o salto provavelmente acabaria com meu pé. Pedi uma informação a um taxista que me ofereceu a corrida e quando ia aceitá-la ele me disse que estava perto. A casa era bonita por fora, mas não se diferenciava das demais da rua, o que como a casa do prefeito, esperava uma mansão.
—Senhora Capp – tentei passar simpatia quando ela abriu a porta.
—Eu mesma – ela me olhou intrigada.
—Sou a agente Müller – mostrei o distintivo – Posso conversar com a senhora, sobre o falecimento do senhor Capp?
—Claro – ela abriu mais a porta para que eu pudesse passar.
Ela me levou para a sala de visitas.
—Soubemos que o novo prefeito da cidade, Petter, está sendo investigado como autor do crime – perguntei aceitando uma xícara de café que a empregada trouxe.
—Sim ele está – ela tinha olheiras enormes;
—Não é de meu interesse, mas as investigações nos dizem que a senhora teve um caso extraconjugal com Petter – eu acho que fiquei mais constrangida que ela.
A senhora Capp apertava as mãos até ficarem vermelhas.
—Isso foi no passado, Jeremy e eu estávamos passando por uma situação difícil, sabe como é quando estamos sensíveis – ao terminar ela pareceu respirar aliviada.
—Entendo a senhora – sorri tentando confortá-la – Mas a senhora acha que Petter teria algum motivo para matar seu marido?
—Não – ela fitou o chão.
—Nós precisamos de todas as informações possíveis – fui sincera.
—Não havia como Petter estar com Jeremy naquela noite – ela olhou em volta – Ele estava comigo.
Senti um calor no corpo de nervosismo e constrangimento. A senhora Capp ainda olhava em volta como se alguém pudesse ouvir o que ela dizia.
—Mas não posso dizer isso a ninguém, mancharia novamente a imagem de Jeremy, e tem os meus filhos – ela falava baixo.
—Ninguém que não interesse precisa saber – descruzei as pernas – Vou providenciar que isso chegue até os meus superiores e vamos continuar as investigações. Jeremy não tinha nenhum inimigo?
—Jeremy era amado por todos – ela respondeu abrindo um pequeno sorriso – Era querido, mas eu já não o amava a muito tempo.
—A senhora não é uma das suspeitas pelos seus álibis – parecia muito um crime passional – Mas falando assim se torna estranho – ela não parecia mentir – Talvez eu tenha que voltar – me levantei – Mas espero não incomodar a senhora mais.
Ela me levou até a porta me agradecendo e me fazendo prometer não contar o segredo a ninguém.
Havia um ponto de táxi perto e ele caiu bem, como eu pensara, o sapato começara apertar meu pé e eu só queria tirá-lo.
Dean e Sam não estavam no quarto, acreditava que tinham ido ver as imagens das câmeras de segurança e então eu aproveitei para sentar na cama e tirar os sapatos.
Estalei os dedos das mãos todos de uma vez entrelaçando eles e os forçando para trás.
—Sam? - ouvi um barulho que vinha do banheiro.
Porque Sam? Me perguntei assim que chamei.
—Dean? - saiu automático como uma defesa.
Andei até o banheiro e chamei os dois nomes novamente. A porta abriu, mas não era nenhum dos dois. Era eu mesma.
—E aí? - eu mesma sorria. Estava de frente para minha cópia.
Eu não sabia como responder. Minha respiração acelerou e meu pé foi indo para trás tentando me afastar o máximo possível.
—Olha – ela piscou devagar como minha mãe fazia – Se colaborar, vou ser boazinha com você – era estranho ver você falando coisas sem que sua boca se mexesse.
Eu não tinha arma no momento. A que Sam me dera quando devolvi a sua estava em cima da mesa e não estava ao meu alcance. Virei o corpo rapidamente com a intenção de alcançar a mesa, mas a mão daquele monstro que eu não fazia ideia do que era agarrou meu braço e me jogou contra a parede.
—Você não está colaborando – seu rosto se fechou, apertava meu braço forte.
Tentei me soltar, mas o aperto contra a parede fazia meu corpo doer. A mão livre da garota a minha frente subiu até meu pescoço e apertou me fazendo perder o ar.
—Seria ótimo acabar com você – ela sorria – Mas eu quero primeiro os Winchesters.
Eu a empurrei com um braço livre quando senti o aperto afrouxar. Sem muito efeito ela só se afastou um pouco e voltou com mais força me jogando dentro do banheiro.
Gemi quando virei o pé e cai dentro da banheira, senti a cabeça girar e apaguei.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Caso, não tenha ficado claro, o próximo capítulo, vem com todas as explicações! Aguardem!