Curse escrita por Master


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Voltei lindos e lindas ♥

Eu normalmente demoro um tempinho entre um capítulo e outro, mas como eu estou de férias e com criatividade, os capítulos vão saindo mais rápido. #yay

Enfim, aproveitei esse meio tempo e decidi ir fazer a capa, não tinha feito antes porque eu estava animada pra postar a fanfic e fazer uma capa demora um pouquinho. De todo modo, sou a única pessoa no universo que nunca sabe qual fonte escolher para as capas? Hahahaha. 4000 fontes depois acabei decidindo por uma e deixei assim, embora não esteja boa o suficiente, foi a melhorzinha entre todas que eu tinha :C

Eu tinha dois modos de escrever essa fanfic. Um deles seria escrever ano por ano da vida de Aurora após a morte dos pais, até chegar aonde eu queria, que seria ela por volta dos quinze anos. Só que realmente ficaria complicado, pois seria muito extenso e as vezes encher a história com coisas que não são realmente o foco da fanfic é chatinho. O segundo modo, era contar o que houve com os pais dela e correr a história pra exatamente na época que ela vai se passar, mas pra não deixar confuso, usar flashbacks do passado pra não deixar um vácuo sem sentido na vida da Aurora. Eu acabei por escolher esse segundo método.
Eu sou o tipo de autora que gosta de interação com vocês leitores, então, qualquer dica, só falar, ok?

Espero que gostem!



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Madame Pomfrey me olhara feio pela décima quarta vez. Eu merecia esse olhar, eu sei. Eu havia socado minha melhor amiga, mesmo tendo minhas razões não fazia sentir-me melhor. Meus pais não haviam me criado pra que eu saísse por ai socando pessoas.

Mas eles poderiam ao menos ter tocado no assunto, com dicas como: “Aurora, querida, quando você vai socar alguém, coloque o dedão para fora ou quem vai se machucar é você”.

Soa menos estúpido na minha mente.

— A senhora não pode simplesmente enfaixar? – questionei novamente com receio de um décimo quinto olhar feio.

Ela suspirou.

— Eu posso te dar uma poção que vai curar isso em uma hora, senhorita Chmmerkovskiy.

— Não. – rebati.

— Você não vai sentir dor. -  ela disse sugestivamente.

— Esse é o ponto, madame Pomfrey. – respondi indicando o meu punho direito com a cabeça. – Eu quero sentir dor.

O modo como suas sobrancelhas arquearam seria cômico se de repente eu não percebesse que ela iria querer fazer uma avaliação psicológica.

Pigarrei tentando chamar sua atenção.

— Digo... – comecei novamente. – É o karma, eu machuquei uma amiga e isso me machucou, logo, a dor vai me servir de lembrete de que eu deveria pensar em minhas atitudes antes de executá-las.

Como por exemplo, pensar em azarações e não em agressão física.

Ela deu de ombros finalmente dando-se por vencida. Suspirei internamente, por breves segundos eu já imaginava ela me caracterizando como masoquista. Ela andou rapidamente até a estante de medicamentos e apanhou os matérias necessários para enfaixar minha mão direita.

Com um aceno com a varinha, as bandagens começaram a flutuar e fazer todo o trabalho sozinhos. Sempre achei isso incrível, a facilidade com que as coisas aconteciam, literalmente um toque de mágica.

— A senhora se importa se eu ficar na enfermaria por um tempo? – questionei.

— Não. – respondeu ela por cima do ombro já indo em direção a saída. – Só não passe o dia todo aqui, senhorita, não é bom perder aulas.

E então ela saiu, me deixando sozinha com meus pensamentos. Deitei-me em uma das camas desconfortáveis do local, com cuidado para não deitar em cima do meu braço machucado.

Eu não havia mentido para a madame Pomfrey sobre querer sentir a dor para que ela me ensinasse algo, havia mentido o motivo. Sentir meu punho latejar e os músculos reclamarem, era a dor necessária que eu precisava sentir pra me lembrar diariamente que minha melhor amiga dormia com o meu namorado de baixo dos meus olhos e que eu tive que descobrir isso pela última pessoa que eu gostaria: James Potter.

~~~~

— Posso entrar? – perguntou ele já entrando.

Arqueei as sobrancelhas em um famoso “sério isso?”, mas não surgiu o efeito que eu procurava, já que ele riu abertamente.

— Tecnicamente eu posso, já que a enfermaria é um local público.

— A enfermaria é um local para pessoas doentes e machucadas, Potter. – rebati sem ânimo. – Se você não se encontra nesse estado, por favor, saia.

— Outch. – ele fingiu dor colocando ambas as mãos teatralmente no coração. -  Suas palavras me machucam o suficiente pra eu precisar de um leito só meu por aqui.

James sentou-se na maca a minha frente e me encarou avaliativo. O modo como seus olhos percorriam pela minha face procurando algum indício de tristeza, felicidade ou dor, me deixaram sem jeito, me obrigando a me virar do outro lado ficando de costas pra ele.

Ele soltou uma risada rouca.

Eu ainda estava brava com ele.

— Ainda está brava comigo?

— O que você acha? – perguntei sarcástica.

Me deixava mais brava ainda o fato dele estar perguntando algo desse calibre, quando ele sabe que estou bem brava.

Ouvi ele suspirar abertamente e a tirar os sapatos, provavelmente estava deitando na cama com o seu jeito despojado de sempre, braços atrás da cabeça, sem nenhuma preocupação na vida.

E saber o quão despreocupado ele estava, ferveu o meu sangue, de modo que eu levantei na hora para o encarar com ódio mortal.

— Há quanto tempo você sabe? – questionei o que estava entalado há um certo tempo.

— Há quanto tempo eu sei o que? – ele perguntou me encarando.

— Não se faça de idiota.

Seus lábios se curvaram em um sorriso divertido, como se fosse engraçado o fato de eu estar o xingando abertamente. Seus olhos percorreram minha face e encontraram meus olhos.

— Oh. – disse ele de uma maneira irônica. – Há quanto eu sei que o meu irmão e sua melhor amiga estão transando? Desde sempre.

Eu queria o xingar, esbravejar, chorar e o socar tanto até perder ambas as mãos, minha mente trabalhava a mil procurando inúmeras maneiras de eu me vingar dele, mas ao invés disso, eu comecei a rir.

Eu estava gargalhando e nem mesmo a falta de ar conseguia me fazer parar, e então as lágrimas vieram. Eu não gostava de chorar, eu nunca chorava na frente de ninguém, desde que meus pais se foram, eu enfrentei todos os problemas com um sorriso no rosto, era a primeira vez que eu chorava na frente de alguém...

Talvez seja por isso que James esteja me encarando como se tivesse cometido um crime irreparável.

~~~~~

Quatro anos antes.

A primeira vez que eu ouvi a voz de Aurora Chmmerkovskiy foi um dia antes do primeiro dia de aula do meu terceiro ano em Hogwarts. Estávamos indo para o beco diagonal comprar os matérias anuais. Minha mãe passou de achar que ela era um potencial perigo, para “ela é realmente adorável” em um piscar de olhos.

O que não agradou muito minha irmã mais nova, Lily.

Sempre acostumada a ser a garotinha da casa.

De todo modo, ela não parecia muito animada com a sua ida para Hogwarts, afinal, ela não sabia nada sobre isso e nem mesmo as histórias de meu pai conseguiam animá-la sobre o assunto.

Ela estava realmente fechada em seu próprio mundo.

Ela e Albus tinham a mesma idade, então ambos iriam pela primeira vez para Hogwarts juntos. Por algum motivo, isso me irritava. Era como se ambos fossem próximos por associação.

Meu pai e os aurores fizeram uma avaliação na antiga casa de Aurora, descobriram coisas estranhas como dinheiro bruxo escondido, como se os pais trouxas dela tivessem feito um inventário para ela desde sempre. Claro que eu ouvia isso as escondidas, se meu pai me pegasse bisbilhotando... Não gosto nem de imaginar.

Com a autorização dela, parte desse dinheiro serviu para que o ministério alugasse uma casa para ela, não muito longe da minha. Era contra a política deixar uma garota tão nova morar sozinha, então inicialmente tentaram convencê-la a ficar sob a tutela de alguém, mas ela negou fielmente.

Mas acabou por aceitar a ter um elfo morando consigo, para a proteção interna (já que externa havia milhares de feitiços que impedia qualquer um de achar a casa) e para companhia – minha tia Hermione pirou sobre isso, algo sobre como todos os elfos deveriam ser livres.

— Você é uma menina corajosa, Aurora, tenho certeza que vai pra Grifinória como James. – o modo como a voz de minha mãe soou animada chamou a atenção dela e a dos meus irmãos.

Ela piscou os olhos para a minha mãe. Como ela nunca havia falado uma palavra com nenhum de nós nos dois dias que passara com a minha família, eu aprendi a identificar certos sinais depois de estuda-las as escondidas – eu era uma pessoa curiosa, então ter alguém desconhecido perto de mim causava esses efeitos, puro interesse cientifico. Esse por exemplo, era que ela não havia entendido.

Eu sabia que meus pais não entendiam esses sinais, então pensei em tomar a frente e explicar, mas toda vez que eu pensava em falar com ela, ela se escondia.

Nossos olhos se encontraram por um breve momento, mas ela desviou rapidamente embaraçada.

— Esse lugar é incrível. – Albus disse animado encarando todas as lojas do beco como se fosse o melhor lugar do mundo. – Onde vamos primeiro?

Meu pai sorriu entusiasmado.

— As lojas mais próximas são Empório das Corujas e Animais Mágicos, qual voc...

Meu pai foi cortado por Albus e Lily que saíram correndo em direção ao animais mágicos. Os adultos riram e seguimos os dois apressados. Assim que adentramos percebemos a quantidade excessiva de alunos que se esmagavam na loja.

— Uau. – minha mãe disse se apertando contra nós. – As vendas estão boas esse ano. Aurora querida, você tem a opção de escolher...

Aurora se abaixou entre duas pessoas e quando voltou, estava com um gato preto estranho entre os braços. Ela sorriu pra minha mãe como se falasse “eu quero esse”. Minha mãe estranhou a escolha, assim como eu, mas somente sorriu.

— Vamos ver se ele está à venda, querida.

Meu pai reapareceu se juntando a nós, enquanto procurava com os olhos meus irmãos dentro da loja.

— Oh, um gato. – disse surpreso. – Achei que iria preferir uma coruja.

Ela negou com a cabeça.

— Como vai nomeá-lo? – minha mãe voltou a questionar.

O modo como Aurora olhara para mim de uma hora para outra deveria ter me preparado para o que vinha a seguir, sua primeira palavra para nós:

— Sirius.

 


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Notas finais do capítulo

E então?
Deixem ai o que acharam sobre o capítulo!
Comentem sobre a capa também!
Beijos :*