Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 37
Nada é igual sem o Dean.




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Onze horas após a morte Dean!
Piper e Phoebe estavam encostadas no impala, em completo silêncio apenas observando a discussão de sua irmã, com seu tio e Sam. Bobby queria cremar o Dean como era feito com todos os caçadores, já Prue e Sam queriam enterrá-lo.
— Sejam razoáveis, sempre fazemos isso! – Bobby andava de um lado para o outro.
— Não tio! Não quero ver o corpo do Dean pegando fogo!
— Eu também quero enterrar meu irmão. – Sam foi ríspido. – Então vamos enterrá-lo.
Depois de enterrar o corpo de seu irmão, Sam levou as Halliwell para o casarão e Bobby voltou para seu ferro velho. Todos estavam sofrendo, cada um à sua maneira. Mas Sam e Prue sofriam mais do que todos juntos. Sam havia perdido seu irmão, e Prue o cara que ela amava.
São Francisco – Califórnia
Prue e suas irmãs bem que tentaram convencer Sam a ficar, mas ele disse que precisava sair por aí viajando para colocar sua cabeça no lugar.
Primeiro dia:
Prue não tinha animo para nada, se trancou no quarto e não queria falar com ninguém. E todas as vezes que ela fechava os olhos, via Dean sendo rasgado pelas garras dos cães do inferno.
Segundo dia:
Com muito custo suas irmãs conseguiram fazer com que Pruefrequentasse outros lugares da casa, e até assistir filmes com elas. Mas Piper e Phoebe sabiam que a só o corpo da irmã atava presente, porque seus pensamentos estavam em Dean.
Terceiro dia:
Depois de garantir as suas irmãs que poderia ficar sozinha em casa, Prue foi para o sótão, tão logo suas irmãs saíram. Ela pegou o Livro das Sombras e começou a procurar por algo que pudesse trazer o seu Dean de volta. Prue acabou encontrando alguns feitiços, anotou todos em um papel, e em seguida arrumou tudo o que precisava em cima de uma pequena mesa no sótão.
— Nesta noite e nesta hora, eu convoco o poder das bruxas Halliwell, traga de volta o Dean! Traga-o de volta a vida.
Mas nada aconteceu, Prue limpou as lágrimas e foi para outro feitiço.
— Poder das bruxas, ascenda na direção invisível dos céus, venha a mim que a chamo, venha e se fixe aqui... – jogou três tipos de ervas diferentes em um pequeno caldeirão. Em seguida pegou a faca que o Dean costumava a usar, fez um corte em seu dedo e em seguida o jogou duas gotas de sangue no caldeirão. – Com meu sangue, eu te convoco, volte pra mim!
Prue tentou os três feitiços que tinha achado, mas nada deu certo. Com raiva, ela rasgou a folha, e se permitiu a chorar tudo aquilo que ela vinha evitando desde que Dean foi enterrado.
— Pru? – Phoebe entrou no sótão. – Pensei que estivesse dormindo, são duas da manhã. – se aproximou. – O que está fazendo?
— Não entendo porque minha magia, meus poderes não podem reverter isso! Porque não posso trazê-lo de volta, se sou uma Halliwell?! – Prue se levantou. – O livro me abandonou, não consegui impedir do Dean morrer e nem consigo trazê-lo de volta! – gritou.
— Você perdeu o cara que ama, como entender isso? – Phoebe a abraçou. – Nós tentamos de tudo para evitar que o Dean fosse morto, mas não conseguimos. Nós lutamos por ele, você mais que ninguém lutou por ele! – limpou as lágrimas de sua irmã. – Agora vamos descansar.
Quarto dia:
Mais uma vez Prue foi para o sótão. Dessa vez, ela ia apelar. Ela só queria o Dean de volta.
— Sou uma bruxa, droga! E bruxas invocam pessoas o tempo todo. E eu posso fazer isso também. – disse fazendo um circulo de velas azuis. – Nada de brincadeiras, nada de ser uma bruxa boazinha. Eu preciso do Dean! – foi até o Livro. – Ouça estas palavras, ouçam meu chamado espírito do outro lado, venha a mim, eu te invoco, cruze agora, o grande limite.
Então as chamas das velas começaram a se mexer com mais força, e no centro do circulo sua avó Penny apareceu. Prue a olhou surpresa, durante esses três anos sua avó nunca tinha aparecido para ela ou suas irmãs.
— Olá querida! – Penny sorriu ao ver sua neta mais nova. – Como vai?
— Está brincando? Como eu vou? – Prue soltou incrédula. – Vocês não recebem noticias?!
— Quero dizer, como está levando?
— Nada bem. Na verdade, estou perdida. Porque nunca veio antes? Porque mesmo que eu gritasse aos quatro ventos que eu precisava de ajuda, você não apareceu?
— Porque eu não podia. Vocês não estavam autorizadas a me ver, até agora.
—Pra que serve ser uma Halliwell se a magia não pode salvar quem eu amo?
— Porque as coisas acontecem por um motivo meu amor.
— Não tem nenhum jeito de trazê-lo de volta? Ou de apenas vê-lo pela última vez.
— Infelizmente não, meu amor. Seria necessário que todos concordassem com isso, devido o lugar que ele está. E essa esperança que você depositou em conseguir trazê-lo com magia, impede você a tocar a sua vida.
— Eu me sinto uma perdedora, vovó. – Prue disse com choro contido
— Meu amor, você tem que seguir o seu destino. Tenha fé nisso, que coisas podem acontecer.
— Então é só isso?!
Penny sorriu para sua neta, mas nova e foi rodeada por uma luz azul. Se aquela conversa serviu para alguma coisa, foi para deixar Prue irritada. Parecia que ninguém entendia o que ela estava passando.
— É isso, vou ficar bêbada até me esquecer do que aconteceu! – Prue foi em direção a cozinha. – Mas que droga! Elas acabaram com o vinho! – bateu a porta do armário com força.
— Por que está irritada com o armário? – Leo perguntou ao entrar na cozinha.
— Se está procurando pela Piper, ela saiu.
— Não. Eu vim ver como está minha amiga. — Péssima! Parece que nada na minha vida está dando certo ultimamente.
— Tudo bem está com raiva. – Leo se aproximou de sua amiga.
— Eu não estou com raiva, ou brava. Eu estou furiosa! Você não pode entender, eu perdi o cara que eu amo, e ele me disse essas mesmas palavras segundos antes de morrer. Dean nunca tinha me falado isso, e escolheu me dizer segundos antes de ir para o inferno. E isso dói pra caralho. E parece que alguém por algum motivo não quer me permitir vê-lo pela última vez, já que não posso trazê-lo de volta a vida. – gritou irritada e foi só Leo abraçá-la para que suas lágrimas voltassem com tudo. O coração de Prue estava sangrando e ela duvidava que um dia conseguisse curá-lo.
***
Os dias foram se passando e tanto Prue quanto Sam lidavam do seu jeito com a ausência de Dean. Sam passou a caçar sem pausa todos os seres sobrenaturais possíveis e tentava trazer Dean de volta. Prue estava tentando fazer o que o Dean tinha lhe pedido, sair daquela vida, mas era impossível porque os demônios e os seres sobrenaturais pareciam saber que uma das Halliwell estava sofrendo. E isso bastava para desestruturar o poder das 3.
***
Um mês depois...
Prue estava discutindo com Sam pelo telefone, ela queria ajudá-lo na caça, mas ele foi irredutível. Não queria que Prue voltasse para aquela vida, tinha prometido ao seu irmão, e iria cumprir. Iria cuidar da amiga e se certificar que ela não se colocaria em risco.
— Sam eu vou enlouquecer se continuar aqui. – Prue disse entrando na sala.
Leo estava trocando a lâmpada do lustre da sala, quando a mais nova das Halliwell deixou o telefone cair ao vê-lo flutuando.
— Sam, depois a gente se fala. – Prue desligou o telefone, ainda olhando surpresa para seu amigo.
— Eu posso explicar. – Leo disse rapidamente.
— Quem é você , e o que fez pro meu amigo? – ela se afastou.
— Sou eu, o Leo.
— Não, não é. O meu amigo não é um bruxo, ele é meu melhor amigo de infância e namorado da minha Piper.
— Prue, pensa. Sou eu. – Leo se aproximou.
— Então você mentiu pra mim durante todos esses anos? É só mais um que quer nossos poderes.
— Seu eu fosse um bruxo mal e quisesse matá-las já tinha feito isso há muito tempo. – Leo disse tentando se aproximar.
— Tem razão. – Prue parou de andar. – Tudo bem, então me explique o que está acontecendo aqui. Você não é um bruxo?
— Não.
— Então o que você é?
Leo riu sem jeito, quando percebeu que ainda segurava a lâmpada e que ela estava acessa. Prue olhou para a lâmpada acessa na mão de seu amigo, e exigiu uma explicação.
— Não sei o que dizer. – Prue disse andando de um lado para o outro na sala. – Até hoje eu pensava que era só um amigo meu de infância, que namora e trabalha com a minha irmã. E que ajuda nos pequenos detalhes da casa. – apontou para o lustre. – E agora eu descubro que é um anjo. Por que nunca me contou?
— Porque eu descobri isso quando entrei na faculdade. – Leo a olhou.
— Logo depois que você se mudou?
— Sim.
— Como pode isso?
— Eu sou Luz Branca. Um guardião. Então tinha que seguir o meu caminho até o dia que eu sofri um acidente de carro e...
— Não?! – Prue levou suas mãos à boca. – Você morreu?!
— Sim, os médicos me deram como morto, mas vinte horas depois eu acordei.
— E não era só o Leo?
— Não. Eu era o Leo como Luz Branca. – Leo a olhou.
— Estou sem palavras. – Prue sentou-se. – E o que um guardião faz?
— Somos mensageiros e guias. Somos os anjos da guarda das bruxas boas.
— Por isso aceitou tão bem o fato de que somos bruxas. É você tirando os... não teve a memória apagada. – Prue suspirou. – Todo esse tempo, você sabia da gente?
— Quando voltei depois do acidente, fui treinado e então me enviaram para protegê-las quando ganharam seus poderes.
— Enviado por quem?
— Por um grupo de guardiães anciões. São conhecidos como Fundadores. – Leo se ajeitou na cadeira. – Vocês não deveriam descobrir. Eu errei e fui pego.
— Então, vocês voltaram para nos ajudar em algo?
Leo sabia o que a sua amiga queria dizer. Ele não queria acabar com as esperanças de Prue, mas não podia deixá-la achando que ele por ser um anjo, poderia trazer o Dean de volta.
— Sei o que pensa, e infelizmente eu não posso.
— E porque não usou seus poderes quando o Dean ainda estava aqui? – Prue se irritou.
— Porque os Anciões me proibiram. Tudo isso tem um propósito Pru.
— Eu adoraria saber, qual é. Porque sinceramente só vejo dor e um vazio imenso.
— Isso vai passar, acredite. Afinal você é uma Halliwell.
— Realmente ser uma Halliwell me ajudou em muito a salvar o Dean. – Prue deu de ombros.
— Por falar nisso. – Leo sorriu fraco. – Piper e Phoebe não podem saber quem eu sou.
— Tenho que guardar segredo? Você tem que contar pra Piper, ela é sua namorada. E se eu bem conheço a minha irmã, ela vai pirar...
— Eu sei é por isso que preciso da sua ajuda. Guardiães e bruxas não podem se apaixonar. – Leo se levantou. – Mas eu me apaixonei pela Piper. Não é justo não contar a ela, eu sei. Mas é por isso que tenho que me afastar dela, mas não posso dizer por quê.
— Você não precisa da minha ajuda. Você precisa de um milagre.


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