Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 24
Nascido num signo ruim.




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Dias depois que Prue e Dean descobriram o pacto de John, Sam teve uma visão nada legal de seu irmão atirando em um cara sem nem ao menos pensar duas vezes. Depois disso eles foram para Rivergrove em Oregon. Eles acabaram esbarrando com Croatoan a única coisa deixada esculpida em uma árvore pela Roanoke,colônia inglesa na América no fim do século XVI. Então eles descobrindo que Rivergrove tinha sido infestada por um vírus que deixava vestígios de enxofre no sangue.

 Por fim, Dean não atirou no cara da visão que Sam teve, mas Sam foi contaminado pelo vírus demoníaco. Dean acabou expulsando a Prue do hospital, junto com os outros, e se trancou sozinho com seu irmão. Algumas horas se passaram, e a médica fez um exame no Winchester mais novo, onde foi constatado que não tinha nenhum sinal do vírus e nem presença de enxofre no sangue de Sam. Dean e Prue respiram aliviados com a notícia, mas ficaram sabendo de outra coisa que não os agradou em nada. O enxofre tinha desaparecido dos exames de todos os outros pacientes.

Mas esse caso em Rivergrove trouxe varias perguntas sem repostas para os Winchesters e a Prue. Por que agora?Por que naquela cidade? E a principal pergunta, porque Sam era imune?

***

Depois do que tinha acontecido naquele hospital, Dean ainda não tinha conversado com Prue. Ela também tinha evitado se aproximar dele, ainda estava chateada por Dean ter a expulsado do hospital, junto com os outros. Sam percebeu que Prue saiu do quarto, assim que seu irmão entrou e percebeu que eles estavam brigados.

— Acho que deveria conversar com a Pru. – Sam disse ao dobrar suas roupas.

— Eu sei, mas...

— Dean, vocês dois são cabeças duras. Mas vocês se gostam, isso é um fato! Então porque não resolver tudo logo?

Sam saiu do quarto, deixando seu irmão arrumando suas coisas. Dean já estava saindo do quarto, quando Prue voltou pra pegar suas coisas. Ela tinha decidido ir para sua casa, passar uns tempos com suas irmãs. Mas antes que ela saísse do quarto, Dean a impediu.

— Espera!

— O que foi?

— Queria te pedir desculpas pelo o que aconteceu lá no hospital. – Dean a olhou.

Prue sabia que era difícil para ele, se abrir a ponto de pedir desculpas, mas já estava ficando cansada disso.

— É sempre assim! Já virou rotina isso. – ela suspirou, sentando-se na cama. – Você faz alguma coisa, e depois me pede desculpas.

— Só quero que saiba que eu fiz isso, porque não podia me preocupar com você e o Sam ao mesmo tempo. – Dean sentou-se ao lado dela. – Droga! Eu não sei o que está acontecendo, meu irmão é imune ao vírus do demônio e...

— Eu sei. – os olhos de Prue já estavam marejados de lágrimas. – Eu não quero que você se desculpe, só quero que confie em mim. Eu estou com você, Dean. Não quero que passe por tudo sozinho. Mas parece que você esquece isso o tempo todo. Só quero que confie em mim.

Dean abriu um sorriso e a puxou para um beijo. Ele sabia que podia confiar naquela mulher, mas tinha medo do que seu pai tinha falado, acontecesse com Sam. Ele não queria contar isso para ela, não queria deixá-la preocupada.

— Eu confio. – ele disse ao cessar o beijo. – Estamos bem? – sorriu de lado.

— Estamos. Mesmo que você faça essas idiotices, eu sou idiota o suficiente pra ficar do seu lado, caçador. – Prue riu.

Dean voltou a beijá-la, e quando o clima estava esquentando entre eles, Sam bateu na porta do quarto. Ele os lembrou que já tinham pagado pelo quarto e que deveriam pegar a estrada.

— O Sam sempre interrompendo o melhor momento. – Dean riu contra o pescoço de Prue.

— Dessa vez tenho que concordar com você! – ela riu, se ajeitando na cama.

Sam riu da cara que os dois fizeram e entrou no Impala, antes que seu irmão o deixasse pra trás por ter atrapalhado a reconciliação do casal.

***

Uma semana depois...

Prue estava almoçando com os winchesters, em uma lanchonete na beira de uma das tantas estradas que eles percorriam, quando seu celular começou a tocar.

— Não vai atender? – Dean apontou para o aparelho em cima da mesa.

— Não estou muito a fim. – ela deu de ombros. Mas quando viu que sua irmã ligava pela quarta vez... – Piper!

— A tia Gail está aqui em casa e, adivinha... ela sabe o que nós somos!

— Como?— Prue perguntou olhando para Dean.

— Precisamos de você aqui em casa!

— Eu estou um pouco ocupada, não posso voltar agora. Mande um beijo pra tia Gail. – desligou o telefone.

Tia Gail? – Sam perguntou.

— Na verdade é nossa tia avó. Ela é irmã da minha avó. – o celular voltou a tocar na mesa. – Piper, eu já...

— A tia Gail está com problemas e precisa da nossa ajuda.

— Que tipo de problemas?

— Demônios.

Prue olhou surpresa para Dean e Sam.

— Vai precisar de ajuda extra?

— Não, eles não podem vir aqui. – Piper soltou. – A titia é da bruxaria velha guarda, e não seria interessante ter Sam e Dean aqui agora. E depois...

— Ok, eu vou pegar o primeiro ônibus que sair da cidade.

***

Dean parou o carro em frente a um lago, logo após deixar Prue na rodoviária. Pegou duas garrafas de cerveja, entregou uma a seu irmão, e foram para o píer.

— Vai me dizer do que estava falando aquele dia no hospital?

— Como assim? – Dean perguntou olhando para o irmão.

— Você falou que estava cansado do trabalho, e não só por causa do papai. 

— Cara, eu achei que a gente ia morrer; não pode me pegar assim. — Não, não, não. Você não vai me enrolar, pode ir falando. – Sam disse cruzando os braços a espera do irmão.

Dean suspirou derrotado, olhando para o lago.

— Eu sei lá, cara. Eu só acho que a gente podia ir pro Grand Canyon. – ele disse dando de ombros. Acho que a gente tem que dar um tempo de tudo isso. Sabe?! Ficamos na estrada de um lado para o outro... Porque nãoconhecer lugares, ter uma vida normal. Porque ficar com toda a responsabilidade? Porque não podemos viver um pouco?

— É por causa da Pru?Você é meu irmão, o que quer que esteja carregando, deixa eu ajudar um pouco.

— Eu não posso, eu prometi.Eu prometi ao papai.

— Do que esta falando? – Sam franziu a testa sem entender.

— Pouco antes de ele morrer, ele me disse uma coisa... Contou uma coisa sobre você.

— O que? O que ele disse a você?

***

14 horas depois...

São Francisco – Califórnia

Depois de escutar tudo o que a sua tia tinha a dizer sobre o demônio, Prue chamou suas irmãs para conversarem na cozinha.

— Você gosta da Tia Gail tanto quanto a gente, qual o problema? – Phoebe perguntou, cruzando os braços.

— Bem... tem algo na estória que ela contou que eu não conseguir pegar. – disse andando de um lado para o outro. – Estão desenterrando corpos na cidade inteira? E tipo não saiu em lugar nenhum? Em nenhum jornal, nem nada?!

— Ok! Admito que é estranho, mas o que vamos fazer? – Piper deu de ombros. – Dizer que não vamos ajudá-la?

— Claro que não, mas isto está muito estranho. Só digo pra trabalharmos ao estilo Dean e Sam. – suspirou. – Algo me diz que se usarmos magia, a coisa não vai sair nada bem.

Santa costa – São Francisco

A intuição de Prue não falhou, toda aquela estória de um demônio que estava desenterrando corpos por toda a cidade, não passava de uma armadilha da tia delas para conseguir o poder das três.

— Eu disse que a gente não devia ter usado magia! – Prue a bufou.

— Desculpa, mas aquele cara ia atacar você com um machado! – Piper gritou.

— Agora estamos sem os nossos poderes e... – o celular de Prue começou a tocar.  – Dean, essa não é uma...

— O Sam sumiu!

— Como assim o Sam sumiu?

— Eu liguei um milhão de vezes pra ele e só cai na caixa postal.

— Já tentou meu tio, ou com a Ellen?

— Ele não apareceu por lá, é como procurar por meu pai de novo. – ele bufou.

— Tenta ligar na operadora e ativar o GPS.

— Eu já tentei isso e...

— Dean!

— Era o Sam, vou me encontrar com ele. Assim que puder me encontre no endereço que vou te mandar por mensagem, ok!

— Ok!— ela desligou.

— Problemas? – Phoebe perguntou.

— Só mais um! Essa é minha vida. – bufou. – Vamos, irmãs! Temos três poderes para reaver. – Prue saiu a passos pesados do porão da casa de sua tia.

Phoebe escreveu um feitiço pra conseguir reaver os poderes das três e assim voltarem a ser As Encantadas. Pegaram tudo o que precisariam e voltaram para o porão. Prue estava louca pra poder explodir o demônio que fez isso em troca de dar juventude a sua tia. E se possível queria explodir sua tia também. Elas conseguiram trazer o demônio pra o sótão, Phoebe e Prue os atacaram com golpes de lutas marciais. Que ela agradeceu mentalmente por Dean ter ensinado a ela. E quando o demônio estava no chão, elas gritam para que Piper pegasse a porção.

— Comecem o feitiço. – Piper gritou. – Eu tenho um plano.

Poderes das bruxas levantai e invisíveis, o céu atravessai. Venham a nós. – o demônio caiu no chão, e Piper voltou para o lado das irmãs. – Poderes das bruxas, levantai e invisíveis, o céu atravessai. Venham a nós, eu vos ordeno, venham a nós, nesse momento.

— Quer ver se a coisa congela? – Prue perguntou quando o demônio se levantou pronto para atacá-las.

Piper fez o que sua irmã mais nova pediu e ficou radiante em saber que seu poder tinha voltado. Então Phoebe recitou o feitiço para acabar com o demônio.

— Para o espírito para o além mandar, de sua pele o devemos separar.

***

Horas depois

Três Lagos - Wisconsin – EUA

— Dean! – Prue o chamou batendo na porta. E foi então que notou que a porta estava entre aberta. Ela terminou de abrir e o viu apagado no chão. – Hey. – o balançou.

Só então ele abriu os olhos a olhando surpreso.

— Uau! Você está péssimo, o que aconteceu? – ela perguntou o ajudando a se levantar.

— Acho que o Sam não é mais o Sam. – Dean disse se levantando.

— Como? – Prue perguntou perdida, o seguindo pelos corredores do motel.

Ele pediu para o dono do motel deixá-lo usar o computador, e então acionou a empresa de telefonia, pedindo o GPS do celular que estava com Sam.

Deluth, Minnesota?! Ok! Obrigado. – Dean desligou a ligação.

— Será que você poderia me dizer o que está acontecendo? – Prue perguntou, o seguindo até o impala.

— Na estrada, eu te conto. – ele disse entrando no carro.

Uma hora e meia de viagem tinha se passado e, Dean tinha acabado de contar tudo a Prue. Ela o olhou surpresa com os novos fatos, nunca esperaria esse pedido de John Winchester.

— Então ele disse que as coisas ficassem fora do controle, era pra você matar o Sam?!

— Eu juro que não sei o que ele quis dizer com isso. – ele deu de ombros. – Mas...

— Mas?

—Eu preferia que ele nunca tivesse me dito isso. Que eu não tivesse que conviver com isso infernizando a minha cabeça. –travou o maxilar respirando fundo. – Essa coisa está saindo do controle. Entende? Eu só... eu só não estou entendendo mais nada!

— Dean! Você não precisa enfrentar isso sozinho. Eu estou aqui. – Prue sorriu o olhando.

***

Dean freou o carro com violência em frente a um bar de beira de estrada. Prue saiu do carro o seguindo, e quando entraram viram a Jo amarrada em uma das pilastras do bar e Sam a ameaçando com uma faca.

— O que a Jo está fazendo aqui? – a ruiva perguntou.

— Não faço ideia. – Dean a olhou. – Como também não sabia que o Sam tinha uma queda por ela.

— Assim como você não sabia que ela tinha uma queda por você?! – Prue riu.

— O que?! – ele a olhou confuso.

— Vai dizer que não sabia. – ela riu. – Deixa pra lá, vamos salvar a garota.

— Sam! – Dean gritou apontando uma arma para o irmão. – Largue a faca.

— Não posso! Eu te disse que não aguentaria, minha cabeça está fervendo está bem! – gritou. – Dean me mate, ou eu vou matá-la.

— Não, Sammy, vamos lá. – Dean ainda esta com a arma apontada paro o irmão, mas não tinha coragem de apertar o gatilho.

Prue pegou a garrafa com água benta e jogou em cima de Sam. Ele começou a queimar e a gritar.

— Eu te disse que não era meu irmão, seu demônio filho da puta! – Dean gritou também jogando água benta.

Sam pulou uma janela e Dean correu atrás dele. Prue balançou a cabeça em negativa e soltou Jo.

— Ele estava possuído.

— Pode se dizer que sim. – a ruiva disse pegando seu celular.

— Vamos temos que ajudar o Dean! – Jô disse pegando uma arma.

— Não mesmo! – Prue tirou a arma da mão da garota. – Eu vou e você fica aqui, pra caso eu precise de você.

A ruiva saiu do bar, ligando para o Dean, mas o celular dele caia na caixa postal. Ela parou um momento, respirou fundo e continuou andando pelos arredores do bar, ligando para o Dean.

— DEAN! – ela gritou enquanto discava o numero dele.

Aqui é Dean, deixe sua mensagem!

— Caixa postal de novo. – bufou, e então escutou o conhecido toque de celular dele.

Prue correu para ajudá-lo, quando viu que ele estava caído na ponte que dava para a baia, nos fundos do bar.

— Devagar! – ela ajudou a ele se sentar. E ele travou o maxilar sentindo dores no ombro direito.

— Cadê o Sam? – ele segurou seu ombro.

— Eu não sei, estava procurando por você. – ela o ajudou a se levantar. – Vamos.

Eles voltaram para o bar, e assim que Jo viu que Dean tinha levado um tiro e Sam, se assustou.

— Jo! – Prue gritou. – Preciso de um kit primeiros socorros e a bebida mais forte que você tiver.

— Ok! – ela correu pra pegar tudo o que precisava.

— Desculpa, mas não vou poder usar meus poderes. – ela falou próximo ao Dean.

Dean sentou-se em uma das cadeiras do bar, tomou um longo gole da bebida e então Prue esquentou uma pinça no álcool e fogo, e começou a tirar a bala de seu ombro.

— Calma! Não seja uma criança.

— Deus! – Dean reclamava da dor infernal que estava sentindo.

— Tudo bem, eu estou quase conseguindo. E... Consegui. – Prue disse, jogando a bala em um copo com álcool.

Dean tomou mais da bebida e olhou para a ruiva, que agora fazia o curativo em seu ombro...

— Você é uma açougueira.

— De nada. – ela revirou os olhos.

— Acabou?

— Você poderia me dar dois minutos para terminar de fazer o curativo? – soltou irritada. – Obrigada!

— Vocês sabem pra onde o Sam pode ter ido? – Jo perguntou cruzando os braços.

— Ele deve ter ido pro caçador mais próximo. – Dean disse.

— E meu tio é o mais próximo! – Prue soltou. – E acabei!

— Ótimo! – Jo disse pegando sua jaqueta.

— Você não vai! – Dean disse se levantando.

— Claro que eu vou, sou parte disso agora. – a loira disse.

— Eu vou ser muito claro! Se você tentar nos seguir, eu amarro você naquele poste e a deixo aqui. Esta é a minha luta. Eu não quero seu sangue em minhas mãos.

— Jo é melhor você ficar! – Prue a olhou. – Não se meta na briga deles e depois Sam não é Sam no momento.

***

Sioux Falls - Dakota do Sul

Quando eles chegaram à casa de Bobby, ele tinha conseguido amarrar Sam em uma cadeira e estava recitando o exorcismo. Mas parecia que os demônios que estavam possuindo Sam, não queriam deixá-lo. Então ele conseguiu se soltar e foi com tudo pra cima do irmão. Prue não podia deixar seja lá o que estivesse no corpo do Sam, machucasse Dean. Então usou seus poderes o jogando contra a parede. Sam caiu desacordado e Bobby correu pra queimar a chave que estava no braço de Sam, que impedia que os demônios saíssem de seu corpo.

Algum tempo depois, Prue estava refazendo o curativo no ombro de Dean, enquanto Sam colocava uma compressa de gelo em seu olho direito.

— O que foi tio?

— Levem isso. – Bobby disse entregando um amuleto para cada um dos três. – São amuletos, eles afastam a possessão. O demônio ainda está por ai, isto vai impedir que ele tome você de novo. – olhou para Sam.

— A idéia é meio indecente, mas obrigada. – Dean disse guardando o amuleto em seu bolso.

Eles decidiram tirar uns dias de folga para Dean se recuperar do tiro em seu ombro. Então decidiram ir para a casa das Halliwell. Pruequase teve que amarrar Dean no banco de trás do carro, para que ela pudesse dirigir o Impala.

— O que foi? – Sam perguntou se virando para o irmão.

— Cara você passou dois dias com uma mulher dentro de você. – Dean riu. – Seu pilantra.

Os três não se aguentaram e riam. Agora sim, eles estavam voltando à normalidade. Sam sendo Sam, Dean sendo Dean. E Prue ao lado deles, sendo uma bruxa do legado Halliwell.


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