Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 14
Trem Fantasma.




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Mais ou menos uma semana depois que as Halliwell conhecerem a origem de sua magia, Sam fui sequestrado pela família Bender. Que eram humanos que gostavam de caçar outros seres humanos por pura diversão maquiavélica. Depois que Sam foi resgatado do cativeiro da família Bender, os Winchesters e a Prue pensaram que teriam uns dias de folga. Mas ao final do segundo dia, Sam descobriu um caso em Michigan.

— Qual é o caso? – Dean perguntou.

— Um jovem casal recém-casado, foi morto dentro de uma cabine de núpcias em um trem de Michigan.

— Isso pode ter sido um evento isolado que nada tem a ver com o que a gente faz. – Prue deu de ombros.

— A porta do quarto estava trancada e eles apareceram com as gargantas e pulsos cortados.

— Ok, ai fica um pouco estranho. – Dean tomou seu café.

 — Sim, e eu estava vendo no diário do papai, e outras mortes aconteceram nesse mesmo trem. A cada vinte ou vinte dois anos. Mas a cada viagem desse trem, um casal morre.

— Padrão incerto?

— Mais ou menos. Com as viagens de avião, esses tipos de viagem de trem começam a ficar sem procura. Agora com a onda de o antigo ser legal...

— O que sugere que façamos? – Dean perguntou.

— Como estamos à uma hora de Michigan, tomei a liberdade de comprar três passagens para o trem. Eu vou na classe econômica, e vocês dois vão ser um casal de noivos, na mesma cabine que o casal foi morto. – Sam riu.

— O que?! Tá maluco Sam? Porque não deixa o Dean na classe econômica?

— Medo de ficar sozinha comigo, Halliwell?

— Nunca! – ela esforçou um sorriso.

Depois do que quase tinha acontecido na cozinha da casa dela, dias atrás. Dean não tinha tentado se aproximar de novo, e ela não acha que viajar grudada nele seria uma boa ideia.

— Prue, só vai ser mais fácil assim. – Sam riu. Na verdade ele quis aproveitar o caso e dar um empurrãozinho nos dois.

— E quando saí esse trem? – ela perguntou cruzando os braços, ainda não gostando da ideia.

— Hoje às cinco da tarde. São dois dias de viagem até Chicago, porque ele para em pequenas cidades entre o caminho, onde você pode descer e conhecer o lugar.

Michigan

Dean guardou o carro no estacionamento temporário, pegou tudo o que eles precisariam usar e o trancou. Enquanto Sam foi guardar sua mala onde ele ficaria sentado, Prue esperava pelo Dean na entrada do vagão, quando eles entram no quarto, levaram um susto.

— Isso não é um quarto, é um ovo!

— Pelo menos temos um banheiro privativo. – Dean jogou sua mala no chão do vagão.

— Pelo preço, isso aqui deveria ser um pouquinho maior.

Eles saíram daquele lugar apertado, e foram se encontrar com o Sam. Que já estava com o notebook ligado procurando por mais informações do caso.

— Ainda bem que voltaram. – Sam disse. – Tenho mais informações sobre o trem.

— Então? – Prue perguntou.

— Bem, eu conversei com o maquinista que está há anos nessa linha. Ele me contou sobre as mortes. A primeira que viu, ele tinha vinte e cinco anos e era sua primeira viagem como maquinista, depois ele presenciou mais uma, e adivinhem?

— Vinte anos depois? – Dean deu de ombros.

— Exato da mesma forma. E mais, essa é a ultima viagem desse percurso. – Sam respondeu. – E sobre nosso fantasma, ele costuma aparecer a partir da meia noite.

— Já imagina quem é o fantasma que gosta de matar casais? 

— Não, mas vamos descobrir.

— Acho que já sei como. – Prue levantou um panfleto sobre a história do trem.

Enquanto Sam e Prue pesquisavam sobre a história do trem, Dean foi dar uma volta pelos vagões, na tentativa de descobrir alguma coisa. Uma hora depois, ele retorna, e o que conseguiu? Apenas o nome e o telefone da garçonete no restaurante do trem.

— Enquanto tava dando em cima de mulheres, eu e Sam descobrimos que o trem foi inaugurado para essa viagem décadas atrás, para um jovem casal de elite: Elisabeth e Eduard. O pai que era dono da ferrovia tinha presenteado o casal com a viagem. O que ele não contava, era que o amante da noiva, fosse tentar matar Eduard, a pedido da própria noiva. – Prue entregou alguns papei a ele. – Então dois anos depois, Elisabeth se casou com o amante e resolveu fazer a viagem. Mas quando o trem chegou a Chicago, só encontram dois copos sem vida, com as gargantas e os pulsos cortados. Que foi como o Eduard morreu.

— Então nosso fantasma tem nome, Eduard.

— Sim e não. – Sam disse. – Não podemos afirmar que quem está matando as pessoas seja Eduard. Pode ser Patrick o amante, ou Elisabeth.

— Maravilha, e como vamos salgar os corpos dos três, se estamos trancados aqui?

— Não vamos. – a ruiva disse. – Naquela época era costume cremar pessoas com morte violenta. Eles acreditavam que assim o espírito descansaria em paz, sem ter uma razão para voltar.

— Então deve ter algum objeto pessoal deles por aqui. 

— O único jeito vai ser procurar por todos os cantos. – Sam fechou o notebook.

Eles pediram sanduíches no serviço de bordo, enquanto analisavam os desenhos do trem que Sam havia achado na internet.

— Estou com dor de cabeça já. – Prue disse olhando para seu relógio. – Já são onze da noite.

— Daqui à uma hora, o fantasma pode atacar. – Sam disse. – E tem só dois casais. Vocês dois e aqueles ali. – apontou para a terceira mesa a direita.

— Então vamos para o quarto, e torcer que o fantasma tarado nos ataque. – Dean se levantou.

— Eu fico aqui pra vigiar o casal. – Sam deu de ombros.

***

Prue estava sentada na cama, pensando que aquela seria uma noite longa ao lado de Dean. Ela estava pensando no quase beijo, quando Dean saiu do banheiro apenas de toalha.

— Esqueci minha roupa aqui. – ele deu de ombros passando por ela.

Como o quarto era pequeno, eles praticamente se trombaram. Prue respirou fundo, e resolveu sair do quarto, para que ele pudesse se trocar em paz.

— E que desculpa vai dar?

— Como assim? – ela cruzou os braços.

— Todos aqui pensam que somos um jovem casal. Seria estranho você sai pra que eu trocasse de roupa.  Ou nunca viu um homem sem roupa antes? – ele levantou a sobrancelha.

— Claro, sou a virgem imaculada. – Prue foi irônica.

— Porque está tão nervosinha? – ele se aproximou dela.

— Quem disse que estou nervosa? – a ruiva encostou-se à porta.

— Acho que está nervosa, porque você quer me beijar. – ele riu.

— De onde você tirou essa ideia insana que eu quero te beijar? – o encarou.

— Duvido que não queira.

— Nem todas querem te beijar.

— Conta outra. – Dean a puxou pela cintura, colando seus corpos.

Prue teve que se agarrar a ele para não cair no chão, tamanha era a intensidade que Dean a beijava. Ela correspondia da mesma forma, e nem se tocou de que estava se aproximando da cama até que Dean a fez deitar, sem parar os beijos. Prue sentia sua cintura ser apertada com vontade por mãos másculas, enquanto ela arranhava-lhe as costas. No momento que Dean ia começar a tirar a primeira peça de roupa que a cobria, Sam bateu varias vezes na porta.

— Preciso de vocês agora!

Dean jogou todo o peso de seu corpo em cima de Prue, e suspirou frustrado pela intromissão do irmão.  A Halliwell jurou que esganaria o Sam por ter acabado com aquele momento.

— Já estamos indo, Sam. – ela empurrou Dean para o lado.

— Espero vocês no restaurante.

— O Sammy é estraga prazeres. – Dean bufou se levantando.

— Só se veste logo. – Prue ajeitou sua roupa, e saiu do quarto.

Ela precisou respirar fundo algumas vezes, até ter coragem de andar. Suas pernas ainda estavam moles com o que tinha acabado de acontecer.

***

— Foi horrível. – Nina disse chorando. – Se não fosse pelo Sam...

— Vocês tem ideia do que foi aquilo? – Brian perguntou.

— Um fantasma. – Dean soltou.

— Isso é impossível, essas coisas não existem.

— Nina, acredite isso existe. E foi isso que atacou vocês. – Prue sorriu fraco. – Vocês conseguiriam dizer como o fantasma é?

Sam mostrou três fotos a eles. Então Nina afirmou com toda certeza, que era a mulher, ela tinha um corte horrível no pescoço e nos pulsos. E disse claramente que o Brian era dela.

— Agora eu fiquei perdido. – Dean a olhou. – Então o fantasma está atrás do homem e não do casal?

— Não. – Sam disse. – Ela mata os dois, só que mata o homem primeiro.

— Nesse caso, sugiro que vocês dois fiquem com meu irmão. Eu e a Prue vamos rodar o navio a procura de algo que possa estar ligado a Elisabeth.

***

— Acho melhor esse gasparzinho aparecer logo. – Dean disse. – Não temos muito tempo.

— Ok! Se eu fosse um fantasma de uma vadia que traia o marido e mandou matá-lo na noite de núpcias. Eu poderia estar ligada a que?

— Eu acho que você é maluca.

Dean seguiu Prue pelo vagão e quando atravessaram para o outro, todas as luzes do corredor se apagaram. Eles escutaram um barulho e quando a luz voltou, nada parecia estar diferente.

— Mas o que foi que aconteceu? – Prue perguntou olhado a sua volta.

— Seja o que for, a fantasma camarada ficou irritada. – Dean foi irônico.

Eles continuaram andando pelo longo corredor até que Prue achou uma porta totalmente fechada e diferente de todas as outras daquele ter.

— Não acha estranho? – ela apontou para a porta.

Dean se aproximou da porta, e tentou abri-la. Era claro que uma porta diferente de todas as outras, no ultimo vagão do trem, estaria trancada.

— Juro que não sei como conseguem fazer isso com um grampo. – Prue cochichou entrando naquele lugar escuro.

— Anos de prática! – ele riu.

Era um quarto com manchas de sangue na parede, correntes, e cheio de teias de aranhas. Eles continuaram olhando às paredes, quando viram um baú.

— Não acha estranho ter um baú em um trem?

— Ainda mais em um quarto escondido. – Dean quebrou o cadeado do baú com um pedaço de ferro.

— Acho que encontramos o motivo da ligação da Elisabeth. – Prue tirou um vestido de noiva velho, já bem acabado.

Então o celular do Dean começou a tocar. Era o Sam pedindo para que eles resolvem rápido, porque a Elisabeth estava furiosa no vagão do jovem casal: Nina e Brian.  Prue pegou o isqueiro da mão do Dean, e começou a queimar o vestido. 

— Deixem meu vestido em paz! – Elisabeth gritou, jogando Prue contra a parede.

— Dean, uma ajudinha aqui?! Eu não posso usar meus poderes em uma coisa transparente.

Ele pegou o mesmo pedaço de ferro e atravessou o corpo de Elisabeth, quando ela sumiu no ar, terminou de queimar o vestido. Elisabeth voltou furiosa, mas à medida que seu vestido ia se queimando, ela ia desaparecendo com o fogo pelo ar.

— Você está bem? – Dean perguntou, ajudando Prue a se levantar.

— Acho que a vadia machucou meu ombro. Mas estou bem.  – ela sorriu.

— Então vamos dar o fora daqui.

***

Chicago

Nina e Brian agradeceram mais uma vez aos Winchesters e a Halliwell por terem os salvado, e disseram que ficariam um bom tempo longe de trem. Depois que todo o trem foi esvaziado, Sam e Dean passaram por cada vagão se certificando que tudo estava completamente limpo e livre de fantasmas.

— E ai? – Prue perguntou, quando eles se aproximaram.

— O trem está limpo, sem sinal de fantasmas. – Sam sorriu. – Ninguém mais vai morrer nesse trem.

— Acho que podem cortar mais esse na lista no diário do pai de vocês. – ela riu.

— To sabendo. – Dean riu. – Vamos voltar?

— De trem? – Sam perguntou rindo.

— Não. Chega de trem por hoje. – Dean deu de ombros. – Vamos alugar um carro e volta para Michigan.

Sam e Prue se olharam rindo, pegaram suas coisas e foram atrás de Dean.


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