I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 38
Capítulo 38 - Futuro.


Notas iniciais do capítulo

Olá, como estão? Como foram de carnaval?
Bom, eu preparei esse cap para postar no feridão, mas fiquei doente e sempre que ia para o pc para editar, ficava com dor de cabeça. Me dei um descanso e hoje, finalmente, consegui terminar.

Como o nome do cap diz, vocês vão ver o nosso casal lindo falando sobre o futuro. Espero que gostem ♥ Eu sou suspeita para falar mas... eu amei esse cap. amei escrever e confesso que já reli ele três vezes o.O hsauashua

Boa leitura ;)



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— Onde está o Cosmo? Estou até estranhando que ele não está pulando em cima de mim. – ela diz sorrindo enquanto coloca os copos na pia e volta para a sala.  

— Deve estar no celeiro. Ele agora pegou essa menina de ficar por lá. – me aproximo dela. – deixa isso aí. – seguro suas mãos, prontas para recolher a bagunça da sala. – amanhã a Jenny arruma.  

— Não me custa nada arrumar, Castle. – ela tenta voltar ao seu trabalho, mas eu a seguro firme e balanço a cabeça.  

Kate me olha contrariada quando eu a puxo para o sofá, mas se deixa ser levada. Sento e com um movimento quase ensaiado, ela senta em meu colo, prendendo meu corpo entre suas pernas.  

Eu a olho. Agora o sorriso malicioso em seus lábios me deixa animado.  Seus movimentos parecem decididos. Sorrio. Suas mãos sobem e descem graciosamente pelo meu peito. Seus cabelos presos em um coque alto desajeitado, deixando seu rosto livre para que eu admire.  

Pouso minhas mãos em suas coxas, sentindo o tecido grosso de sua calça jeans. Meus olhos varrem seu rosto, observando cada detalhe seu. Eu adoro quando ela estar por cima, assim eu posso admirar suas feições de baixo para cima, sentindo seus olhos sobre os meus e admirando o formato de seu sorriso. 

Kate entrou na minha vida em um dos piores momentos que já vivi, e agora não imagino minha vida sem ela. Sem sua presença todos os dias, sem seu sorriso. Quero que isso dure para sempre, que nós dois dure para sempre.  

Eu quero uma família com ela.  

Eu quero ela para ser minha família.  

— Obrigado. – sussurro.  

Nossos rostos próximos. Kate solta um sorriso fraco.  

— Porque?  

— Por estar aqui. – Kate me olha profundamente e eu me perco ali.  

Seus olhos me dizem tantas coisas. Coisas que eu consigo decifrar e coisas que eu não consigo. Kate é meu Porto Seguro e minha perdição. Ela é minha fortaleza e ao mesmo tempo meu ponto fraco.  

Sua mão acaricia meu rosto enquanto seu polegar desenha meus lábios. Nossos olhos presos um no outro. Mesmo com a luz baixa eu posso ver um leve sorriso se formar em seus lábios. 

Me inclino em sua direção, erguendo meu corpo e alcançando sua boca.  Seus lábios puxam os meus e eu os saboreio. Em um movimento rápido, eu a trago para mais perto de mim, colando nossos corpos. Uma troca de energia inesperada nos atinge.  

Não sei se foi pelo beijo ou pelos nossos toques, mas faz meu coração disparar.  

Kate geme em minha boca. Um sorriso safado escapa dos meus lábios enquanto ela aprofunda o beijo com desejo e intensidade. Toco sua cintura nua por baixo da blusa larga, sentindo-a se arrepiar sob os meus toques. Mais um efeito da energia que tocamos.  

Kate segura firme meus cabelos.  

— Hm. – afasto nossas bocas sem mudar de posição. – você está jogando um jogo perigoso Doutora Beckett. – brinco tentando me controlar. A noite é uma criança.  

Kate solta sua mais linda risada, com a língua presa entre os dentes, e me olha. Novamente seu olhar me diz várias coisas, e a principal delas é seu sentimento. 

— Eu posso ser uma pessoa perigosa Senhor Castle. – ela brinca, sentando-se ao meu lado no sofá, jogando suas pernas sobre mas minhas.  

— Você vai levar a Alexis na escola comigo amanhã? – pergunto naturalmente e ela franze a testa para mim.  

— Quem te falou isso? 

— Ela. – dou os ombros. Kate sorrir.  

Me viro de lado para olhá-la melhor. Acaricio suas pernas sobre as minhas enquanto seus dedos brincam com as pontas dos meus cabelos.  

— Ela viu você conversando com algumas mães na porta da escola e achou errado.  

— Errado? – a encaro. –  Ela... ela o quê? – fico confuso.  

— Ela viu você dando mole para as outras mães na escola. – Kate fala séria.  

— Eu não... Eu... – bufo. – eu só estava sendo educado. – Kate me encara firme.  – eu juro... – minha voz sai como uma súplica. Kate rir.  

— Eu sei meu amor. – ela se inclina na minha direção e beija meu ombro. – mas sua filha achou errado. Segundo ela, você só pode conversar comigo porque eu sou sua namorada.  

Sorrio imaginando Alexis conversando sobre isso com a Kate.  

— Eu acho que você não tem que se preocupar, a Alexis toma conta de mim direitinho. – Kate rir.  

— Eu achei fofo. – Kate da os ombros. – ela estava preocupada.  

— Bom, eu só posso dizer que vou adorar que você me acompanhe na escola amanhã. Aquelas mães são taradas. Ai! – protesto quando seus carinhos se tornam em um puxão de orelha. – eu só estava brincando. – esfrego minha orelha enquanto faço uma careta.  

— Sei... – Kate estreita os olhos e se aproxima perigosamente de mim. – se você quer mesmo ficar comigo, tem uma coisinha muito importante que você precisa saber. – ela segura a gola da minha camisa e puxa para perto.  – eu sou muito ciumenta.  

— Eu sei... – digo olhando seu corpo, surpreso pelo seu movimento rápido. – já notei. Ai! – ela puxa novamente minha orelha. – isso dói, sabia? 

— Então não me provoque. – ela avisa séria e eu rio.  

— Você fica linda assim, brava. – tento beijar sua boca, mas ela vira o rosto.  

Beijo seu maxilar, sugando a pele alva para dentro de minha boca. Aos poucos, eu a deito de costas sobre o sofá.  

— Castle, você vai deixar marca. – ela sussurra irritada.  

— Castle? – a encaro sério.  

— Rick. – ela corrige. Sorrio.  

Meu nome em sua boca me deixa excitado.  

— Isso... Rick... – murmuro baixinho perto de seus lábios. – agora eu quero que você gema meu nome baixinho... 

— Mas... – antes que ela possa falar alguma coisa, meus dedos habilidosamente soltam o feche de seu sutiã na parte da frente.  

Kate me olha surpresa. Sorrio e avanço em seus lábios. Subo minhas mãos por baixo de sua blusa, fazendo-a deslizar pelos seus braços. Minhas mãos fazem caminho até seus seios praticamente livres do sutiã. Seguro-os firme, e Kate geme entre o beijo enquanto seu corpo inteiro se arqueia contra o meu contato.  

A sensação de seus mamilos levemente firmes em minhas mãos é ainda mais excitante. Tiro seu sutiã e a deixo totalmente exposta para mim.  

Eu a olho. Seu peito sobe e desce rapidamente. Seus seios perfeitamente redondos eram instigantes.  Os seguro nas mãos novamente e não consigo segurar um gemido que a sensação me causa. Me deito sobe ela, beijando o espaço entre seus seios.  

— Rick... e se... – sua voz sai falha. Sorrio orgulhoso do efeito que eu causo nela.  

— Ela está dormindo. – subo até seus lábios, os prendendo com os meus. – somos só nós dois.  

Kate prende suas pernas ao redor da minha cintura. Em um movimento rápido eu tiro minha camisa e volto para beija-la com necessidade. Nenhum contato era insuficiente quando se tratava dela. Eu queria mais. Sempre mais.  

O beijo cheio de desejo deixava claro a nossa excitação. Desço meus beijos pelo seu pescoço, beijando-o com vontade sem me preocupar com as marcas. Eu queria mesmo deixar todas as marcas possíveis, as minhas marcas.  

Abocanho seu seio direto, sugando-o o mais forte que posso. Ali era minha perdição. Kate segura firme meus cabelos e enterra seu rosto ali, reprimindo o máximo que pode um gemido quase brutal.  

Apesar dos carinhos e de todo o nosso sentimento, a necessidade de tê-la para mim deixava nossas carícias quase selvagem.   

O desejo cresce dentro de mim quando sinto o gosto de sua pele molhada em minha boca. Kate me aperta entre suas pernas. Sorrio. Ela está quase chegando lá.  

— Rick... – ela sussurra em meus lábios depois de puxar meu rosto com força contra eu seu. – Rick eu... 

Calo sua boca com a minha. Invado seus lábios com minha língua sem pedir permissão. Eu estava sedento por Kate. Nada me saciava. Minhas mãos tocam seu corpo com vontade, como se quisesse tê-la por inteiro na palma da minha mão de uma vez só. Minhas unhas curtas arranham a pele delicada.  

Sem poder mais esperar, me afasto dela e tiro o resto de nossas roupas com rapidez. Finalmente livre de todas as peças eu me encaixo nela.  

Quente.  

Macia.  

Kate me provoca com seus truques sexuais. Ela sabe exatamente como me levar ao limite. Seus olhos firmes nos meus. Desejo. Tesão. Excitação. Tudo como uma mistura de sensações.  

Apesar de quererem fechar, nossos olhos continuavam abertos, presos um no outro como se fossem imã. Os movimentos rápidos fazia nossos corpos se chocarem com vontade. Meu suor se mistura ao seu. Sua respiração se mistura à minha. Seus gemidos baixos me faz querê-la mais.  

Avanço em seus lábios antes que um gemido brutal escape de mim. Nossas línguas se chocam e se acariciam em meio a uma briga sem vencedor. 

Kate crava suas unhas finas em minha pele, descendo enquanto deixa suas marcas em mim enquanto seu corpo começa a se entregar ao prazer. Kate morde meu lábio com força.  

Dor e prazer.  

Chegamos ao limite juntos em meio a movimentos incessantes. Me apoio sobre meus cotovelos e deixo o beijo acabar lentamente.  

Kate relaxa seu corpo sobre o sofá e eu a encaro. Um sorriso satisfeito em seu rosto. Afundo meu rosto em seu pescoço, sentindo o cheio do nosso sexo, quente e selvagem, se misturar ao cheiro doce que ela tem.  

Nossos corpos suados se grudam um do outro. Eu relaxo sentindo seu calor. 

*** 

Kate sobe graciosamente suas mãos por minhas costas até meus cabelos, acariciando-os levemente. Beijo seu pescoço, sentindo sua pele ainda úmida. A respiração lenta em meu ouvido era relaxante, e junto com seus carinhos, era uma perdição. 

— Rick, a gente precisa se vestir... – ela diz com a voz rouca.  

Balanço a cabeça e viro para olha-la sem mudar de posição.  

— Eu gosto de ficar assim com você. Gosto dos seus carinhos... – fecho meus olhos. Respiro fundo sentindo cheiro de cerejas que vinha de seus cabelos suados. – do seu cheiro... 

Sinto ela sorrir. Kate acaricia meu rosto com o polegar.  

— Esqueceu que você tem uma filha? 

— Ela está dormindo... – resmungo.  

— Mas se ela acordar vai nos pegar aqui.  

— Você é sempre assim? – ergo minha cabeça para olha-la. – sempre com a razão? – ela rir.  

— Na maioria das vezes, sim. – sorrio e beijo seus lábios.  

Me levanto e pego minhas roupas espalhadas no chão. Volto meu olhar para o corpo nu de Kate sobre o meu sofá. Ameaço voltar mas ela me interrompe, erguendo seus braços contra meu peito e se cobre com uma peça de roupa.  

— Nem pensar. – ela rir.  

Resmungo e a vejo se afastar. Sua silhueta balançando de uma lado para o outro, me provocando. Respiro fundo. Aquela mulher era uma tentação.  

— Kate, eu não acho minha... – paro de falar quando ela volta e passa por mim. – camisa. – completo.  

Kate vestia minha camisa cinza enquanto desfilava pela cozinha. De pés descalços e leveza nos passos. Olho para duas roupas ainda espalhadas no chão e sorrio. Ela não veste nada além da minha camisa, exibindo suas pernas firmes e longas.  

— Eu... – eu preciso sair daqui! — eu vou vestir alguma coisa mais confortável. Prepara um lanche pra gente? – ela me olha por cima do ombro e sorrir concordando.  

Subo antes que eu perca meu controle mais uma vez. Kate mexe comigo de uma forma incompreensível. Um sorriso bobo escapa de meus lábios enquanto visto uma calça de moletom.  

Ela é a mulher com quem eu quero ficar.  

Passo para dar uma olhada em Alexis antes de descer. A menina dormia feito um anjo e eu agradeço por não ter acordado com o barulho que eu sei que fizemos, apenas de tentar a todo custo não fazer. 

Me aproximo devagar da cozinha vendo os pratos e copos postos sobre a bancada. Kate estava parada no meio da sala observando o sofá.  

Me aproximo.  

— O que você está olhando? – pergunto baixo. Envolvendo sua cintura com meus braços.  

— Nós transamos no sofá. – ela fala calma. Eu a encaro sem entender. Kate se vira para mim com suas sobrancelhas erguidas. – nós transamos no sofá!  

Agora ela parece nervosa.  

— Sim. A gente pode transar na cozinha se quiser... assim o sofá não fica com ciúmes. – brinco. Kate revira os olhos.  

— Castle, esse sofá é o lugar onde as pessoas que te visitam sentam.  

— Ninguém me visita. – digo, mas ela parece não escutar.  

— É o lugar onde a Alexis senta e assiste desenhos... – ela se vira para o sofá novamente.  

— Eu mando lavar depois...  

— Eu não quero imaginar a gente transando quando a menina estiver assistindo. – mais uma vez ela não me escuta.  

— Então a gente compra outro sofá. – pela primeira vez Kate para e me olha, como se estivesse prestando atenção.  

— Não. Você não entendeu. – ela se vira totalmente para mim. – eu não estou falando para a gente transar em outro lugar, lavar o sofá ou comprar outro sofá. Eu estou dizendo que isso tem que parar.  

— O que? Nós dois?  

— Não. – ela sorrir revirando os olhos. – nós não podemos transar em todo lugar porque não é mais só você. Não somos só nós dois. – eu a encaro sem entender. – agora tem uma criança de oito anos morando com você e que pode acordar a todo momento e te procurar... ela pode pegar a gente... 

— Eu sei... – não a deixo completar. – eu sei, me desculpa. Eu concordo com você... eu sou novo nisso e sou muito impulsivo. Mas eu prometo que vou melhorar.  

Kate sorrir.  

— A gente só precisa se controlar... – ela diz com sua voz suave. 

— Você sabe porque isso acontece, né? Porque você é irresistível.  

Kate da os ombros.  

— Você já deve ter dito isso uma vez... – ela finge desinteresse. Eu rio e a puxo para um beijo. 

— E que eu sou completamente apaixonado por você, eu já disse? – sussurro em seus lábios.  

Kate afasta seu rosto do meu e me encara. Seus olhos brilham. Seu sorriso brota tímido em seus lábios.  

— Rick... 

— Eu sou completamente apaixonado por você Katherine Beckett. – falo pausadamente. – você mudou a minha vida e meus dias. Eu quero ficar com você para sempre. – sorrio. – eu quero construir uma família com você... quero fazer você feliz tanto quanto você me faz... – ela acaricia meu rosto e depois se afasta, desfazendo seu sorriso.  

Kate fica séria e força um sorriso. Ela senta em um dos bancos da bancada e se serve de um copo de suco.  

— Kate... 

— Hm. – ela me olha como se eu não tivesse dito nada.  

— O que houve? Você ficou estranha. Foi porque eu falei sobre construi família? Porque se for... – eu rio nervoso ao me sentar ao seu lado. – eu falei isso para você ter certeza que eu quero que nossa relação tenha um futuro.  

— Não, Rick...  

— Olha eu quero isso, mas não significa que precisa ser amanhã ou no mês que vem... eu só quero que você saiba que isso— gesticulo entre nós dois. – isso é sério para mim.  

— Rick não é por isso... – ela se vira pra mim, segurando meu rosto com suas mãos.  

Seus olhos assustados me fazem ter medo do que vem a seguir.  

— Kate? 

— Não é pelos motivos que você pensa, ok? – ela solta meu rosto e volta sua atenção para a bancada. Seu olhar baixo. – eu quero tudo isso... eu quero! – ela me olha. Seus olhos brilhantes de lágrimas. – mas eu não sou a pessoa com quem você vai construir uma família.  

A forma como ela joga as palavras me fazem duvidar de que aquilo estava mesmo acontecendo. Não falo nada. A tristeza visível em seu tom deixa claro que é algo maior do que eu estou pensando.  

— Não sou eu quem vai deixar essa casa cheia de crianças como você quer. Eu não... – ela respira fundo, soltando o ar pesado. – eu não posso ter filhos.  

— Kate... – ela me interrompe.  

— Bom, eu posso, mas seria arriscado demais. – ela solta um sorriso triste. – eu posso não conseguir levar uma gravidez adiante.  

Não falo nada. 

Kate me olha buscando alguma coisa, mas eu não sou capaz de falar nada. Ela deixa um soluço escapar e olha para baixo, focando em suas mãos inquietas.  

Eu apenas encaro seu perfil. Não tinha uma reação programada para essa notícia. Eu acabei de falar em família e não posso negar como isso me atinge.  

O silencio chega a ser desconfortável, sendo quebrado apenas pelo seu fungar baixinho, tentando esconder o choro.  

Meu coração se parte em mil pedaços.  

— Kate, olha para mim. – peço, mas ela não se  move.  

— Quando eu perdi meus pais... – ela começa, tentando controlar os soluções que vinha do fundo de sua garganta. – eu também perdi a possibilidade de ter uma família.  

Sua voz sai como um lamento. Kate evita me olhar.  

— Vem cá. – seguro sua mão e levanto, a guiando em direção ao sofá.  

Me sento e a puxo para sentar entre minhas pernas. Eu a acolho em meus braços e deixo que sua cabeça se apoie em meu peito.  

Acaricio seus braços levemente, esperando os soluços acabarem.  

— Você está bem? – ela responde apenas com um balançar de cabeça. – então me conta...  

Peço. Kate fica um tempo em silêncio. Eu espero.  

— Nós íamos viajar. Todo verão meu pai tirava férias para viajarmos. Éramos apenas nós três. – ela começa devagar, parando e lembrando de cada momento. – nós íamos para a Califórnia, era a viagem dos sonhos para a minha mãe. 

— Vocês já conheciam a Califórnia? 

— Não. Sempre foi o sonho de minha mãe. – sinto ela sorrir. Meus dedos acariciavam seus cabelos. – nós fomos de carro. Era para ser de avião, mas como foi de ultima hora não tinha passagem. Estava tudo bem até que de madrugada começou a chover, era fraco e meu pai não quis parar. Eu adormeci no banco de trás, e tudo que eu me lembro foi de acordar com os trovões e a chuva caindo sobre mim.  

Kate ergue a cabeça e me encara. Seu rosto lavado por lágrimas incessantes.  

— Meu pai derrapou em uma curva e caiu em um penhasco. Eles morreram no local, e eu fiquei presa... – sua fala é interrompida por mais um soluço.  

Ela esconde a cabeça em meu peito novamente e eu a aperto em meus braços.  

— Foi horrível, Rick. – sua voz sai abafada. – eu fiquei presa no carro por horas vendo a chuva cair sobre nós, ouvindo os trovões assustadores enquanto assistia meu pai e minha mãe gemerem de dor até morrer.  

— Shiii... – acaricio seus cabelos enquanto sinto meu coração se apertar aos poucos. – está tudo bem agora, Kate... 

— Eu desmaiei... – ela continua depois de um tempo. Tirando o rosto escondido e me olhando. – e acordei no hospital com a notícia de que meus pais tinham falecido e eu tinha abortado. – ela fala firme, como se tivesse se controlado.  

— Kate... – abortado? Aquele simples palavra estava se repetindo em meus pensamentos.   

— E eu nem sabia que estava grávida. – ela dá um sorriso fraco. – mas os médicos disseram que, devido a algumas complicações na cirurgia eu não aguentei segurar o bebê, e que talvez eu não poderia mais engravidar. E se engravidasse seria um risco para mim e para o bebê.  

— Eu sinto muito, Kate...  

Eu sentia muito mesmo. Não por ela não poder ter filhos, mas sim por ter passado por tudo isso. Ver os pais morrer não deve ser fácil.  

— Eu também. – ela fala baixo e senta me olhando. – você entende porque não posso fazer esse tipo de plano? Porque eu não posso te dar o que você sempre quis? 

— Kate, pode parar. – peço, me ajeitando no sofá para ficar de frente para ela. – eu tenho você, e isso é o que importa para mim. – seguro suas mãos. – eu tenho você e tenho a Alexis, vocês são a minha família. Vocês duas são a razão de eu ser tão feliz hoje.  

— Mas você... 

— Para de falar, ok? – peço com um sorriso no rosto. – você tem a mim e eu tenho você. E nós temos a Alexis! É isso que importa. – limpo as lágrimas que insistiam em descer por seu belo rosto. – e nada do que eu disse vai mudar.  

Ela balança a cabeça e me dá um sorriso fraco.  

— E se a gente quiser a casa cheia de crianças a gente adota. – brinco tentando anima-la. – a gente monta um time inteiro de futebol. Ou melhor, dois. Um só de meninas e outro só de meninos, o que acha?  

Kate me encarar e rir, tentando secar o rosto.  

— Eu acho que seria uma exagero. – eu rio.  

— É, provavelmente. Mas isso quer dizer que nada nos impede de ter uma família um dia.  

Kate sorrir. O sorriso mais lindo e sincero que já vi em dias.  

— Vem, quero te mostrar uma coisa. – eu levanto e a puxo pela mão.  

Sem chance de deixa-la protestar, eu a arrasto até meu quarto. Kate deixa suas roupas recolhidas do chão da sala em uma poltrona qualquer no meu quarto e me acompanha até o closet.  

— Você queria me mostrar seu closet desarrumado, é isso? – ela rir.  

Não falo nada, apenas aponto uma porta. Kate me olha curiosa mas segue até a porta, arrastando até revelar o armário vazio.  

— Não tem nada aqui. – ela me olha sem entender.  

— É porque você ainda não colocou nada aí. – me aproximo. 

Kate abre a boca para falar algo, mas não sai nada.  

— Você passa bastante tempo aqui, e está dormindo comigo nas últimas noites e eu quero que isso se repita muita vezes. Então você precisa de um lugar para guardar suas coisas... 

— Rick isso... – ela olha para o armário e depois para mim e rir. – eu estava mesmo precisando de algumas roupas aqui. – ela assume.  

— Que bom que gostou. – respiro aliviado. – porque ainda tem mais. – puxo sua mão e vou em direção ao banheiro. – separei um lugar para você colocar o que quiser, escovas, shampoo, secador... o que quiser.  

Kate sorrir e se aproxima, se colando nas pontas dos pés.  

— Você é incrível, sabia? 

— Porque eu te cedi uma parte do meu armário? – rio.  

— Bom, para a maioria dos homens isso seria um passo e tanto.  

— Mas é uma passo e tanto. E eu quero dar esse passo com você. – abraço sua cintura e a seguro firme, colocando-a em cima da bancada do banheiro. – eu quero dar todos os passos com você, Kate.  

— Eu também. – ela sussurra procurando meus lábios para um beijo intenso. Simples, mas intenso, tocar de lábios. – mas vamos com calma, ok? Um passo de cada vez... 

— Eu sei... – solto uma risada fraca. – eu só quero que você saiba que isso é sério para mim.  

— Isso é sério para mim também. – ela envolve minha cintura com suas pernas, puxando-me para perto dela. – eu te amo, Richard Castle.  

Abro minha boca para falar o mesmo, mas não consigo.  

Eu cheguei até aqui e agora eu não consigo! 

Eu a beijo. Um beijo forte e duro, como se eu dependesse disso para viver. Mais uma vez estou dizendo o que sinto com minhas atitudes e não com as palavras.  

Minhas mãos sobem por baixo de sua camisa cinza. Cravo meus dedos em sua pele macia, puxando-a para a ponta da bancada. Paro o beijo e a encaro.  

— Na bancada do banheiro pode?  

Kate sorrir sacana.  

— Dentro desse quarto a gente pode tudo. – ela diz antes de me segurar pela nuca e me beijar loucamente.  


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Notas finais do capítulo

Até breve ♥



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