I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 112
Capítulo 112 — Eu fiz uma coisa...


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa
Não demorei, né? o/

Bom, nesse cap vocês vão ter uma ideia de como vai ser o desenrolar da história da Lily. Várias coisas para acontecer ainda, mas confiem em mim, ok?

Espero que gostem ♥

Boa leitura ;)



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KATE.

 

— Hmm, que cheiro bom. – Castle se aproxima por trás enquanto eu preparo o jantar.

— Claro que está bom, sou quem está cozinhando! – virei um pouco meu rosto e sorri olhando para ele, que me presenteou com o mais lindo sorriso.

Ele inspira um pouco mais do cheiro que vinha da minha carne.

— Hoje é algum tipo de jantar especial?

— Não... – jogo os ombros. – só queria fazer o jantar para vocês e também fazer Lily comer comida de verdade e se sentir em casa. Acho que faz tempo que ela não faz uma refeição decente.

— Nós almoçamos hoje.

— Sim, num restaurante. Quero que ela se sinta em casa, e nada melhor do que uma refeição caseira.

— Ok. – ele beija meu pescoço e encosta no balcão ao lado do fogão. – já pensou em como vamos fazer para encontrar a tia dela? Será que ela existe mesmo?

— Tenho certeza que sim. – falo séria quando lembro daquela mulher. – e sim, eu já cuidei disso. Mais tarde a gente conversa, ok?

Castle me olha interessado, mas eu não falo nada. Alexis chega na cozinha pronta para me ajudar, então eu dou a ela a tarefa de fazer a salada, que seria apenas misturar os ingredientes já que estavam todos cortados. Ela concorda, mas antes chama Lily para ajudar antes de começar tudo. A mais baixa aceita animada em participar de toda a preparação.

Enquanto cozinhava, eu pude ouvir a conversa das duas.

— Você ajudava a sua mãe também? – Alexis pergunta curiosa.

— Não. Minha mãe não cozinhava... ela era sempre ocupada. – sua voz ficou um pouco triste.

— Minha mãe Meredith também. Ela já morreu, mas antes me trouxe para morar com meu pai e minha mãe.

— Você é adotada?

Alexis não responde. Eu me viro e encaro as duas. Alexis parecia não saber explicar, então eu resolvo entrar na conversa.

— O que você sabe sobre ser adotada? – pergunto a Lily. Já era a segunda vez que esse assunto vinha à tona, e eu queria que ela entendesse como nossa família era.

— Alguém vem e escolhe a gente para ser seu filho. Mas as pessoas não são boas, e elas machucam você. – Lily fala séria, com um discurso perfeito de quem ouviu isso antes.

— Meu bem, ser adotada significa que você vai ter uma nova família. E essa família vai te amar e cuidar de você igual a sua família de verdade.

— Mas minha tia sempre fala que nunca ninguém vai amar alguém que não é seu filho de verdade. Ela diz que me ama, mas... as vezes ela grita comigo. – seus olhos triste ficaram grudados nos meus. Senti meu coração apertar.

— Ela está errada. Vem cá. – dei a volta e puxei uma cadeira para mim e outra para ela. – quando Alexis chegou aqui, ela tinha um pai e uma mãe. A mãe dela a trouxe para ela conhecer o pai, que é o Castle, e eu era namorada dele. Meredith teve que viajar e Alexis ficou morando aqui.

— E a mamãe cuidou de mim. Cuidou tão bem que eu senti que ela era minha mãe de verdade e que a gente era uma família. – Alexis se aproximou também. – e eu pedi para ela ser minha mãe.

Lily varre seu olha entre Alexis e eu.

— E você aceitou, tia? – eu rio com sua inocência.

— Claro que sim. Eu já a amava e já sentia que ela era minha filha. – sorri e acariciei o rosto da pequena. – isso também foi um tipo de adoção. Uma adoção de coração, cheio de amor.

— E Reece e Jack? São adotados também?

— Não... eles nasceram de mim.

— É, a barriga da mamãe ficou enooooorme. – Alexis arregala os olhos para deixar sua fala mais dramática.

— Ei! Eu posso ver você, ok? – faço cocegas e ela solta uma gargalhada fácil. – agora vamos voltar ao jantar, por favor?

Elas concordaram e voltaram aos seus postos. Dei uma rápida olhada para a sala e Castle estava brincando com meninos, que tinham recuperado todas as suas energias depois da soneca.

Reece acordou meio febril depois do sono, era a segunda vez no mesmo dia. liguei para nosso pediatra que passou um remédio e nós tivemos que usar todos os nossos métodos de distração para que ele finalmente tomasse as gotinhas. Ele chorou horrores depois e quase não saiu do meu colo, apenas quando Alexis o chamou para brincar com Cosmo ele aceitou. E minutos depois ele já estava rindo e engatinhando pela casa inteira.

 

***

 

— A bateria de vocês não acaba não? – pergunto olho os dois meninos idênticos na minha frente. Já fazia uma hora que eu estava tentando colocar os dois para dormir, mas isso estava ficando impossível já que eles estavam bem elétricos.

Mama, hm.  – Jack me entrega um brinquedo, e depois pega outro.

— Ok, que tal a mamãe contar uma historinha bem legal? – eles me olham interessados e eu sorrio. – então vamos juntar todos os brinquedos.

Pego um caixa azul para guardar os brinquedos, mas eles não estavam tão a fim disso. Enquanto guardava um, Reece tirava outro. Suspirei e coloquei os dois no sofá cama e peguei o livro favorito deles, cheio de desenhos e algumas partes tocavam músicas também. Assim que viram o livro eles sorriram e bateram palmas.

— A mamãe é um gênio, não é? – me acomodei no meio dos dois e comecei a ler.

As mãozinhas vez ou outra tentando pegar o livro ou apenas apertar o botão para a música tocar. Eles gostavam desse livro justamente por ter muitas cores e músicas. Quando as mãozinhas foram ficando quietos demais, eu sabia que eles estavam perto de dormir. Fechei o livro e comecei a cantarolar uma música para eles.

Não demorou para que eles dormissem, mas sentir o peso da cabecinha no meu braço e o calor do corpinho pequeno próximo ao meu, fazia com que eu não sentisse vontade de sair dali. Nunca. Era tão bom que eu poderia jurar que ali era o meu paraíso, mas estavam faltando algumas pessoas.

Passei mais um tempo junto com os meninos até ter certeza que eles estavam num sono profundo, então eu saí do meio dos dois com cuidado e os coloquei no berço. Jack choramingou um pouco, mas nada que um carinho não o fizesse voltar a dormir. Me certifiquei que a babá eletrônica estava ligada e então eu saí, deixando a porta do quarto um pouco aberta.

Quando cheguei ao andar de baixo vi Lily e Alexis quase dormindo no sofá. Elas estavam assistindo um filme, mas parece que o sono era maior. Não estava exatamente na hora delas dormirem, mas ainda assim eu as chamei para coloca-las na cama.

As duas se arrastaram por todo o caminho, cambaleando e esfregando os olhos. Mesmo resmungando, Alexis colocou o pijama e se jogou na cama, voltando a dormir em seguida. Ajudei Lily a fazer o mesmo, e então ela deitou ao lado de Alexis.

— Você está bem aqui? Se quiser posso colocar um colchão ao lado da cama... – sugeri, mas a menina negou com a cabeça.

— A cama é grande. – sorri e concordei.

— Ok, então boa noite. – beijei sua teste e depois dei a volta para fazer o mesmo com a ruiva.

Deixei a porta entreaberta também e desci para a sala. Não eram nem nove horas ainda e todas as crianças já estavam dormindo. A sensação de dever cumprido e paz se instalou em meu peito. Todos estavam bem e descansando, e agora era a minha vez de relaxar um pouco.

Levantei pronta para pegar um vinho, mas decidi beber algo mais forte. Castle tinha saído para jogar pôquer com os meninos, ainda demoraria um pouco para voltar, e hoje seria uma típica noite das meninas, enquanto os rapazes jogavam, a gente conversava sobre nós e nossos casamentos. Mas tivemos que mudar o dia, já que estava acontecendo coisas demais na minha vida agora.

Fui até o escritório e me servi com o whisky de Castle. Puro, sem gelo. Aquilo desceu quente e rasgando por minha garganta. Enchi o copo mais uma vez e fui para a sala, liguei o som baixinho e fechei os olhos.

Todas os momentos de hoje surgiram na minha mente. Todos os questionamentos do que realmente estava acontecendo e porque tudo isso em minha vida. Eu sabia que não podia salvar todas as crianças que vivem na rua ou que são maltratadas, mas desde o primeiro momento eu senti algo diferente com Lily, senti que deveria me certificar que ela estava bem, senti que deveria cuidar dela. É estranho, é inexplicável.

No começo pensei que fosse pena, mas não era. Depois vi que eu tinha algum tipo de afeto por ela. E só agora vejo que é bem mais que isso. Eu começo a vê-la como parte da família, eu consigo vê-la em todos os lugares da casa. Eu ainda não estou pronta para não a ter aqui.

Ao mesmo tempo que sei que fiz o certo em pedir para entrar com a guarda da menina, eu também sei que fiz do jeito errado. Eu fiz tudo por impulso, mas isso não quer dizer que eu vou me arrepender, eu jamais me arrependeria. Mas Castle merecia uma conversa antes de tudo.

Será que ele estaria junto comigo nessa?

Será que ele também sente o que eu sinto?

Eram tantas dúvidas que pairavam em minha cabeça que eu simplesmente tinha vontade de chorar. De extravasar toda essa angustia misturada com ansiedade que tinha em meu peito. E assim eu fiz. Deixei com que as lágrimas saíssem sem controle, molhando todo o meu rosto.

— Whisky? – a voz de Castle chamou minha atenção minutos depois. Abri os olhos e o vi tirando o casaco com um sorriso divertido no rosto.

— Quis variar um pouco. – sentei no sofá e coloquei o copo no centro.

— Sabe, eu adoro que você seja durona e tudo mais, mas... você não faz muito o tipo de Whisky. – ele se aproxima e bebe o resto do liquido que eu deixei no copo. – e ainda mais sendo o mais forte que tenho.

— Sou uma mulher de várias surpresas, meu amor. Deveria saber disso. – brinco e ele rir.

— Oh, pode ter certeza que eu sei. – ele estende a mão na minha direção. – porque não vamos para o quarto e você me conta o motivo disso aqui. – ele aponta com o olhar para o copo.

Sorrio e aceito sua mão. Rapidamente ele envolve minha cintura com seus braços fortes e vai me guiando pela escada. Quando enfim chegamos ao nosso quarto, deixo minha cabeça cair para trás encostando em seu ombro e sinto sua respiração em meu pescoço.

Pensei que a bebida me faria entender as coisas e me acalmar, mas só aqui, em seus braços, me sinto calma o suficiente. Eu não precisava de bebida quando eu tinha o amor da minha vida ao meu lado.

— Como foi o jogo? – pergunto sem mudar nossa posição.

— Nada bom. Acho que é como dizem, azar no jogo e sorte no amor.

Eu sorri. Esse era o ditado mais antigo e brega que eu conhecia, mas parecia fazer sentido aqui.

— Você está cheirando a bebida. – ele diz depois de um tempo em silencio.

— Eu só tomei duas doses... – viro um pouco meu rosto para olha-lo.

— Isso não é ruim. Você ficou extremamente sexy com esse cheiro.

Uma gargalhada escapou antes que eu pudesse me segurar. Castle me vira em seus braços para ficar de frente para ele.

— Você pode até rir, mas é verdade. Estou com vontade de rasgar todas as suas roupas e ter nua em meus braços... e sentir esse cheiro que, nossa...

Ele não consegue completar e tudo o que eu sinto é meu corpo se arrepiar com cada palavra que ele diz. O olhar selvagem num tom de azul escuro que simplesmente tem o poder de me levar a loucura. Me desprendo dos seus braços vou até a porta, trancando-a. quando me viro de frente para ele, Castle ainda tinha o mesmo olhar de antes, e parecia prestar atenção em cada passo que eu dava.

— O que está esperando? – foi tudo o que eu disse.

Andei em sua direção e o encontrei no meio do caminho. O beijo foi quente e necessitado. De repente o ambiente aqui estava quente demais e qualquer roupa a mais era extremamente desnecessário. Castle arrancou minha roupa da maneira mais quente possível, sem se importar de ser delicado. Hoje nenhum de nós estava se importando em demonstrar carinho, tudo que queríamos era uma noite quente e selvagem com um sexo gotoso. E foi isso que tivemos.

Os beijos desceram pelo meu pescoço até chegarem meu seio. Os dentes ferozes fizeram o trabalho de tirar o sutiã do caminho para então morder meu mamilo com força e desejo. Dor foi a última coisa que eu senti naquele momento. Puxei sua camisa de qualquer jeito e enfiei minhas unhas na pele fina de suas costas enquanto ele chupava meu seio com toda a sua vontade. Eles ainda estavam grandes e Castle fazia o possível para tê-lo inteiro em sua boca.

Sentei em seu colo e comecei um vai e vem intenso, mas devagar. Seu pau duro estava quase saindo de sua calça, então eu ajudei. Abri a calça e desci o zíper sentindo ele se acomodar mais por baixar da cueca. Enquanto ele passava de um seio para o outro me deixando completamente louca, suas mãos cravaram em minha bunda me incentivando a continuar com os movimentos.

Quando tudo parecia demais e eu iria gozar ali mesmo, ele puxou minha calcinha pela lateral a rasgando e libertou seu membro. Senti ele deslizar para dentro de mim duro feito pedra. Prendi o gemido na garganta até tê-lo inteirando em mim, e depois o encarei. Beijei seus lábios e colei nossas testas enquanto comecei a subir e descer devagar, sentindo ele sair e me preencher novamente. Não demorou muito para a primeira onda de orgasmo se fazer presente.

Castle segurou firme minha cintura enquanto meu corpo tremia sobre o dele. E mesmo quase sem forças, eu continuava fazendo movimentos, eu não conseguia parar. Quando consegui controlar meu próprio corpo, Castle saiu de dentro de mim, me fazendo sentir um vazio. Ele me colocou de bruços no colchão e tirou o resto da sua roupa, quando voltou para perto de mim, puxou meu quadril para perto e erguei minha bunda, me preenchendo novamente.

Aquela ela uma das nossas posições favoritas, o prazer era imenso e ele conseguia entrar mais fundo em mim. E foi isso que ele fez. Entrou forte e duro. Mais e mais rápido, e depois devagar, sentindo cada pedacinho dentro de mim. E depois forte, indo até o fundo me fazendo gemer com uma mistura de dor e prazer. Senti seu peso sobre minhas costas, seus movimentos devagar, mas perfeitamente ensaiado como se soubesse exatamente onde tocar dentro de mim. Seu dedo foi direto para meu clitóris, tocando com um vai e vem rápido enquanto seu pau entrava e saia numa lentidão torturante.

Meus gemidos abafados pareciam estimula-lo ainda mais, e quando eu estava prestes a gozar novamente, ele saiu de mim e me virou de costas na cama. Seu peito suado e sua respiração ofegante me fez sorrir. Será que ele tinha noção do quão gostoso ele estava agora? Seus cabelos molhados de suor colados na testa.

Castle se inclinou em minha direção e me beijou, fazendo nossas respirações se controlarem um pouco. Suas mãos acariciaram meus seios enviando novas ondas de prazer, e então ele entrou em mim de novo, mais duro que antes. Ele se ergueu e guiou seu pau para entrar e sair devagar, me provocando. Seu sorriso malicioso dizia tudo. Mas não durou muito.

Eu podia ver o quanto ele queria continuar naquela provocação, mas seu desejo falou mais alto. O vai e vem voltou a ficar rápido, com movimentos precisos. Sua mão subiu por entre meus seios até meu pescoço, segurando firme ali enquanto ele entrava e saía com mais força. Ser preenchida completamente repetidas vezes, ter seu pau tocando um canto especifico dentro de mim que me levavam a loucura... eu não consegui me controlar.

Gemi alto com o orgasmo que veio. Castle veio em seguida, me inundando com seu orgasmo intenso que me levou a outra onda de prazer. Ele deitou o rosto em meus seios enquanto recuperava o folego, e eu aproveitei para acariciar seus cabelos.

Ele deitou ao meu lado um tempo depois, me puxando para seus braços e me dando o beijo mais apaixonado de todos até hoje. Esse momento em nada parecia com o momento quente que tivemos agora, mas era exatamente esse carinho depois de tudo que eu amava.

 

***

 

— Deus, você é um pecado Katherine Beckett Castle. – ele sussurra com a cabeça deitada em meu estomago e beija o local.

— Porque? – faço carinho em seus cabelos livros do suor agora.

— Eu pensei que sei cheiro estava gostoso antes, mas agora... Deus o cheio de sexo definitivamente combina com você. – ele arranha minha pele com os dentes e se inclina para me olhar. Não consigo evitar a risada. – se eu pudesse guardar esse cheiro e fazer um perfume...

— Definitivamente você tem uma imaginação fértil, Castle.

— Não... me chama de Rick. – ele murmura aproximando nossos rostos. – eu gosto quando você me chama de Rick, ou de amor, mas você falando Rick é tão sexy.

— Você ainda não cansou? – ergo as sobrancelhas e ele rouba um beijo rápido.

— Eu nunca me canso de você. Do seu corpo. Do seu beijo. – ele me beija forte, chupando minha língua para dentro da sua boca. Sua mão segura firme minha cintura me puxando para si, eu sabia o que viria a seguir: a terceira rodada da noite.

E sim, eu estava pronta e queria tanto quanto ele, mas nós precisávamos muito conversar.

— Rick, espera... – peço quando ele começa a beijar meu pescoço. – Rick, eu preciso falar uma coisa...

— Não... – ele murmura abafado. – depois a gente conversa, só vamos curtir.

Ele beija o ponto exato abaixo da minha orelha onde sabe que eu não resisto. E eu realmente tive que ser forte. Respirei fundo e empurrei seus ombros. Seus olhos caíram sobre os meus, procurando uma resposta pela minha atitude.

— Eu fiz uma coisa... – começo, sentindo meu coração acelerar.

— O que houve, amor? – ele senta ao meu lado preocupado. Puxo o lençol para me cobrir até os seios.

— Eu sei que você vai ficar chateado e nós vamos brigar, mas eu preciso que você me escute até o fim, ok? – ele concorda. – hoje eu pedi para minha advogada entrar com os papeis de guarda da Lily.

Seus olhos passam de assustado para confuso.

— Você fez o quê? Do que você está falando, Kate?

— Acho melhor começar pelo começo. – seu na cama de frente para ele. – hoje quando eu disse que tinha que ir à clínica eu menti, eu já tinha pedido para Andreia tentar encontrar o endereço da tia da Lily e ela conseguiu.

— Foi por isso que você deixou a gente lá? Você foi atrás dessa mulher?

— Sim, e foi horrível...

— Onde você estava com a cabeça, Kate? – ele me corta com a voz alterada. – você não podia ir lá sozinha, e se essa fosse perigosa? E se o bairro onde ela mora fosse perigoso? Você não pensou nisso? Não pensou que poderia ter acontecido alguma coisa?

Na verdade eu não tinha pensado nisso. Eu só queria resolver o problema, saber mais sobre a vida da menina.

— Castle eu sabia dos riscos, mas eu queria resolver tudo. Queria encontrar essa mulher e saber das condições, saber se ela gostava da menina.

— Não importa. Eu poderia ter ido com você. Kate, você deveria ter falado comigo, eu disse que resolveríamos isso juntos.

— Eu não podia mais esperar, Rick. E queria resolver tudo e não podia deixar as crianças em casa sozinhas, elas precisavam de um de nós dois aqui.

— Então você mentiu para mim. Você simplesmente escolheu mentir.

— Amor, por favor... não vamos levar as coisas para esse lado... – peço com a voz chorosa.

— Isso é inacreditável. – ele levanta e começa a procurar uma roupa pelo chão do quarto e veste apenas o moletom. – e você simplesmente pediu a guarda da menina? Sem fala comigo.

— Foi um impulso, mas não me arrependo. Só queria ter conversado com você antes, mas de qualquer maneira Andreia só dará entrada dos papeis na segunda.

— QUE SE DANE OS PAPEIS! – ele fala alto demais e eu me espanto por sua atitude.

— Fala baixo, por favor... as crianças não precisam acordar.

— Que se dane os papeis. – ele repete mais baixo, mas não com menos raiva. – essa é uma decisão importante demais para tomar por impulso. Você está tirando uma menina da família dela, você está se responsabilizando por uma menina que você não conhece. Isso é loucura!

Dou um sorriso fraco e levanto.

— Você é ridículo. – digo antes de entrar no closet procurando uma roupa.

— Eu sou ridículo? Porquê? Porque eu acho que isso é a pior besteira que você pode fazer?

Pego a primeira blusa que vejo e visto.

— Eu nunca vou me arrepender de cuidar de uma criança que precisa de mim, que precisar de carinho e amor, e eu posso dar isso a ela. – digo voltando para o quarto já com lágrimas nos olhos, mas não me permito chorar.

— Kate você não está pensando nisso direito. – solta uma risada falsa. – Nós temos três filhos, dois ainda são bebês e você quer a responsabilidade de mais uma criança?

— Eu pensei que você iria me apoiar, mesmo que estranhasse no começo. Mas nós conversaríamos e você diria que estaria do meu lado, mas não... eu estava enganada.

— Só acho que o que você quer fazer é loucura.

— Não é o que eu quero fazer, é o que eu fiz. E eu não vou voltar atrás na minha decisão.

— Mesmo se eu não concordar? – finalmente uma lágrima escorre em meu rosto e eu trato logo de limpar.

— Sabe o que é interessante? Quase dois anos atrás eu te apoiei quando você quis se responsabilizar por uma menina que você não conhecia. E depois me juntei a você nessa luta, eu a amei desde sempre porque esse sentimento era muito forte dentro de mim. Eu podia não saber no começo, mas agora eu sei.

— Você está misturando as coisas... Alexis é minha filha, eu tive que me responsabilizar por ela.

— Não. O que você me disse naquele dia era que sentia que tinha que se responsabilizar por ela, e que não importava mais se ela era sua filha ou não. Você tinha que fazer isso.

— Kate, não vamos confundir as coisas.

— Não estou confundindo nada.

— Sim, você está! – ele começa a falar alto de novo. – você está dizendo na minha cara que assumiu minha filha e agora eu tenho que assumir a criança que você quer adotar!

Suspiro, cansada desse assunto.

— Você não tem que assumir nada. Você não é obrigado a nada.

— Quando eu decidi que Alexis ficaria comigo, eu perguntei a você se tudo isso era demais. Se você estaria comigo e você concordou. Se você tivesse dito não, com certeza as coisas teriam sido diferentes, não em relação a nós, mas ao seu relacionamento com Alexis. Vocês não teriam virado mãe e filha.

— De uma maneira torta, até um pouco confusa, é isso que estou fazendo. Perguntando se você está comigo nessa. Mas já que sua resposta é não, então eu vou fazer isso sem você.

— Kate... – ele tenta me parar quando passo por ele.

— Não. – peço. – essa conversa já deu por hoje, se você tiver mais alguma coisa para dizer, você diz amanhã.

Saio do quarto e vejo uma sombra na porta do quarto das meninas. Me aproximo e vejo Lily correndo de volta para a cama. Entrei no cômodo e a vi se enrolar.

— Lily? – murmuro me aproximando. – oi meu bem, porque você está acordada?

Sento ao seu lado na cama e ligo o abajur ao lado.

— Estava com medo. Tudo estava escuro. – sorrio e acaricio seus cabelos.

— Quer que eu deixe a luz do banheiro acesa? – ela acena com a cabeça. Vou até o banheiro e acendo a luz e deixo a porta um pouco aberta. – quer que eu fique aqui até você dormir?

— Quero. Mas eu já tô com sono... – ela boceja e eu sorrio me sentando ao seu lado novamente. Fico fazendo carinho até ela cair no sono.

Como eu poderia achar loucura cuidar de uma criança como a Lily?

Como eu poderia não gostar dela?

Como eu poderia não cuidar e proteger ela também?

Eu iria até o fim para tê-la comigo. E eu não voltaria atrás na minha decisão, não importa as consequências que isso tivesse.


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Notas finais do capítulo

Entãooo?

Fui má? talvez.. kkkk Eu amei escrever esse cap e ele me deu várias inspirações para os proximos. Me deixem saber o que estão pensando sobre a briga e o que vai vir pela frente.

Não demorarei ♥



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