I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 105
Capítulo 105 — O jogo.


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa, olha eu aqui de novo o/
demorei um pouco, mas consegui postar o cap da semana.

Aproveitem ♥



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KATE.

 

Alexis estava simplesmente radiante. Meses de treinos e hoje finalmente ela iria jogar pela primeira vez. O primeiro jogo da temporada infantil. Não parei de escutar um segundo sobre o quanto ela estava ansiosa e com medo de perder. Tive uma longa conversa com ela sobre o que importava nessa experiência toda, a diversão. Nada além disso. A ruiva concordou, mas com aquele jeito de quem sabia bem o queria, ela me disse: mas seria mais divertido se eu ganhasse, mãe.

Hoje eu sabia que ela entraria naquele minicampo de futebol e daria tudo de si. Correria com garra e batalharia por uma vitória. Separei seu uniforme em cima da sua cama, junto com as meias e a chuteira. Camisa vermelha, short preto e meias combinando com a camisa. Esse era o uniforme que ela se orgulhava em vestir todos os fins de semana para ir treinar, ou melhor, brincar.

Alexis saiu do banho e se jogou na cama ainda com o roupão molhado.

— O que foi? Essa não é a Alexis animada que pulou na minha cama às seis horas da manhã para dizer que já estava na hora.

— Estou com sono. – ela fechou os olhos por longos segundo e depois me encarou.

— Dormiu tarde ontem, né? – ela balançou a cabeça.

Sabia que isso iria acontecer. Quando apaguei as luzes do quarto ela ainda estava agitada, ansiosa pelo dia de hoje. Durante a noite escutei alguns barulhos vindo de seu quarto, me levantei para chegar a vi bolando de um lado para outro na cama. Não quis atrapalhar, então apenas voltei para o quarto com a missão de checa-la mais tarde novamente.

— Porque você não veste o uniforme, penteia seu cabelo e desce? Vou fazer um café da manhã reforçado para minha jogadora favorita.

— Pode ser torrada com creme de amendoim? – seus olhos brilharam.

— Hoje você pode tudo! – me inclinei para beijar seu rosto e sai do quarto. – não demore.

Hoje era domingo, portanto o café da manhã estava por minha conta. Separei o suco, as torradas, o creme de amendoim e algumas frutas e então coloquei sobre a ilha da cozinha. Era essa a maneira que gostávamos de comer aos domingos, totalmente diferente da semana, onde a mesa do café da manhã era sempre mais cheia e não era na cozinha.

— Digam bom dia para a mamãe. – ouvi a voz de Castle entrando e olhei em sua direção. Ele carregava sem dificuldade os dois meninos, que já estavam alertas como sempre.

— Bom dia, meus amores. – me aproximei e beijei seus rostos fresquinhos depois de um banho. Três meses se passaram voando desde que eles nasceram. Estavam grandes, fortes, saudáveis e muito, muito espertos.

— Kate, que horas a babá chega? – Castle perguntou colocando os meninos nas cadeirinhas. Apesar deles não comerem ainda, eles sempre participavam do nosso café da manhã.

— Nove. – olhei rapidamente no relógio e ainda faltava uma hora.

Era a primeira vez que nós deixávamos com uma babá, que foi altamente recomendada por uma amiga de trabalho. Durante a semana ela esteve aqui, nós conversamos e eu realmente gostei dela. Confiei nela com os meninos, e eles também adoraram a Laura. Mas uma coisa é eu ter ela para me ajudar durante umas horas, outra totalmente diferente é eu sair de deixar meus filhos com ela.

— Eu sei que você não gosta da ideia, mas ela foi legal com eles. Os meninos brincaram muito com ela, lembra?

— Sim. – me viro e vejo ele próximo a mim, com suas mãos em minha cintura. – mas vai ser muito tempo longe... talvez devêssemos leva-los e deixar eles um pouco longe. Que tal?

Castle não queria leva-los para o jogo de Alexis. Seria muito barulho e isso poderia assusta-los.

— Amor, uma hora isso vai ter que acontecer. – suspirei.

— Mas até acontecendo tão rápido. – choraminguei olhando para os meninas que brincavam distraidamente com o enfeite da cadeirinha.

Escutei a porta da frente abrir e logo em seguida a Martha e Jackson apareceram na sala.

— Bom dia, crianças. Onde está minha neta jogadora mais linda?

Aqui. – escutei os Alexis descendo a escada apressada e Martha abriu os braços para recebe-la.

— Então, hoje é o grande dia! Preparada?

Alexis concordou animada e começou a falar sem parar das manobras que aprendeu e como ia driblar todos os adversários. Nem parecia a menina sonolenta que deixei na cama mais cedo.

Coloquei mais dois pratos na mesa e vi Jackson brincar com os meninos. Ele estava se saindo realmente um avô babão, e eu teria que aguentar o quanto ele e Castle estragariam meus filhos.

— Alexis, hora do café se não a gente se atrasa. – avisei e a menina sentou no seu costumeiro banco.

— Eu acho que não estou com fome. Não quero passar mal no jogo.

— Mas precisa comer, ou você vai passar mal de fome no jogo. – coloquei as torradas com creme de amendoim em sua frente. – seu pedido especial.

Ela sorriu agradecida e começou a comer.

O café da manhã foi animado. Martha como sempre arrancava muitas risadas de todos nós, principalmente dos netos. Jack e Reece eram completamente encantados com a avó, que quando tirava o dia para ficar com eles, conversava e contava suas histórias como se eles realmente entendessem tudo. E talvez entendam, já que os dois pares de olhos claros brilham sempre que escutam as histórias da avó.

A campainha tocou e eu fui olhar. Todos os outros estavam entretidos demais na conversa para atender a porta. Com uma xícara de café na mãe eu abro a porta e me deparo o casal que eu nunca esperava que estivesse aqui.

Fico sem reação por alguns segundos.

— Ela está passando bem? – meu tio sussurra no ouvido de Tia Thereza.

— Eu acho que ela está um tanto surpresa.

Eles conversam como se eu não estivesse aqui. Mas eu estava. Estava, certo?

Pisco os olhos algumas vezes vendo se aquilo é real ou não. Fazia algumas semanas que eu pedia que eles viessem nos visitar, mas sempre era a mesma desculpa, trabalho. Então Alexis começou a pedir, quase implorar, que eles viessem ver seu primeiro jogo, mas mais uma vez eles disseram que não podiam.

Mas agora eles estão aqui. Na minha frente.

— Kate! – minha tia chama mais alto e eu volto para o planeta terra. Meu deus.

— O-q.. o que vocês estão fazendo aqui?!

— Ué, viemos fazer uma surpresa e... – não esperei que ela terminasse de falar, apenas me joguei em seus braços. Eu realmente senti saudade. Foram meses com ela ao meu lado todos os dias, e então ela vai embora. Não era justo.

— Estou tão feliz. – puxo meu tio para um abraço também.

— Nós também querida, mas agora... será que podemos entrar? Estou com fome e seu café cheira muito bem. – Tio Robert aponta para minha xícara e eu rio.

 — Claro, entrem. Alexis vai pirar.

E eu estava certa. Assim que anunciei a chegada dos dois a ruiva veio correndo em nossa direção e abriu os braços o máximo que pode para colher os dois de uma vez. Ela também sentia falta deles.

Após a chegada deles o café da manhã ficou ainda mais animado. Os dois casais disputavam por atenção dos meninos, que pulavam de braço em braço. Castle e eu apenas olhávamos tudo, aliviada por ter aquele suporte hoje. Noite passada os meninos insistiram em não dormir muito, então a madrugada foi cheia de brincadeiras, filmes, pequenos cochilos e muita dor de cabeça.

Laura chegou pouco depois dos meus tios. Tímida, ela ficou apenas em um canto olhando para interação de todos. Dei algumas instruções e que ela fizesse o possível para eles dormissem, o que não seria tão difícil já que eles deveriam estar cansados da noite mal dormida de ontem.

Com dor no coração eu me despedi deles. Era a primeira vez que eu ficava tanto tempo longe deles desde que vieram para casa. Conferi que meu celular estava carregado para receber qualquer ligação de casa caso aconteça algo. Castle ria do meu jeito protetor, mas no fundo sei que ele também é assim.

Alexis foi o caminho inteiro conversando com meus tios, que vieram no nosso carro. Ela contou sobre o time, sobre os treinos e o quanto estava empolgada com o jogo de hoje. Prometeu que iria fazer um gol dedicado a eles hoje, tentei protestar, ela tinha me feito essa mesma promessa, mas a ruiva revidou dizendo que era uma situação especial e que o segundo gol seria meu.

Logo que chegamos ao campo onde aconteceria o jogo, Alexis saiu correndo indo encontrar suas amigas. Todas usavam o mesmo uniforme. Elas conversavam animadas e talvez até ansiosas demais. A torcida na arquibancada improvisada gritava o nome do time. Sorri ao pensar que em alguns minutos eu estrei ali gritando também.

— Kate, quer largar o celular. – Castle reclama ao meu lado.

— Só estou conferindo se está tudo bem com a Laura.

— Amor nós acabamos de sair de lá. – ele para na minha frente e eu bloqueio o celular depois de ver rapidamente a resposta da babá dizendo que estava tudo bem. – eu amo esse seu jeito protetor e preocupado, mas agora temos que nos concentrar na nossa outra filha. Os meninos estão bem, e daqui a duas horas nós estaremos de volta em casa com eles, ok?

Eu balanço a cabeça concordando.

— Ótimo, agora me dá esse celular. – ele pega o aparelho da minha mão sem me dar chances.

— Não amor...

— Kate, se ele tocar eu te devolvo, mas até lá ele fica comigo.

Ótimo, estava me sentindo Alexis quando eu tomo o celular dela. Desde quando eu virei criança novamente? Ouço a risada de minha tia e me viro para olha-la.

— O quê?

— Nada, é que você me lembrou sua mãe na primeira vez que ela saiu sem você. Nós marcamos um jantar de casal, eu e seu tio, ela e seu pai. Mas a cada dez minutos ela ligava para casa para saber se estava tudo bem.

— Ela era uma mulher esperta. – digo sorridente. – isso também acontecia quando eu era adolescente e ia dormir na casa de alguma amiga.

— É, Rick, acho que você vai ter que se acostumar essa Kate ai, porque se ela for igual a mãe... – meu tio zoa e eu reviro os olhos.

— Ok, os três podem ficar zoando comigo à vontade, mas a verdade é que eu sou uma pessoa protetora, igual a minha mãe, e não tem nada de errado com isso. – Castle abre a boca para falar, mas eu interrompo. – e antes que fale alguma coisa, amor da minha vida, porque você não vai pegar nossos lugares? Eu vou passar protetor na Alexis.

Aviso e saio, mas não antes de ouvir Rick dizer que eu já tinha passado isso em casa e todos rirem.

Sim, eu sou protetora. Não apenas com meus filhos, mas com todos que eu amo. Já perdi coisa demais e não quero perder mais nada. Mais ninguém.

 

***

 

O jogo foi divertido. Ver as crianças correndo atrás da bola e se divertindo ao mesmo tempo tirava a grande obrigação de vencer ou não. Antes de começar o técnico disse que tudo era diversão, mas as crianças tinham sede por gols e correram atrás disso. Alexis fez um dos sete gols da partida, dando a vitória para seu time. Depois que as comemorações acabaram, foi entregue as medalhas à todas as equipes. Todas eram campeãs.

Toda a nossa família estava torcendo por ela, inclusive Jenny e Ryan com as gêmeas. Lanie não veio e não respondeu minhas mensagens, mas com certeza deveria ser por causa da reta final da gravidez. Nós gritamos, pulamos e incentivamos todas as meninas, assim como todos os pais. Jolie e Ana fizeram um cartaz escrito “VAI ALEXIS” com muito glitter e flores. Achei fofo, com certeza Alexis iria amar.

Como uma boa mãe babona que sou, tirei foto e gravei tudo o que pude. Alexis com certeza iria querer ver depois, e eu também. Agora estávamos voltando para o carro. Alexis estava suada e cansada depois da partida, e mesmo sem querer foi tomar um banho no vestuário e vestiu uma roupa confortável que eu levei. Posso apostar que ao chegar em casa ela cairia na cama cansada.

A ruiva conversava com as gêmeas um pouco a minha frente. Eu trocava uma última mensagem com Laura, avisando que já estávamos saindo.

— Mãe, podemos tomar sorvete? Estou com fome. – Alexis resmunga e eu sorrio me aproximando.

— Sim, depois do almoço nós tomamos quantos sorvetes você quiser, mas antes...

— Tenho que comer legumes e verdura. – ela completa revirando os olhos. – quando eu vou parar de comer isso?

— Nunca. – ela faz uma careta que me faz rir, mas desvio a atenção dela no momento que meu celular toca. A foto de Lanie aprece e eu logo atendo, sabendo que ela quer saber como foi tudo e se desculpar por não ter vindo. – Oi, Lanie.

— Kate, é o Esposito. – imediatamente eu paro, Castle estava ao meu lado segurando minha mãe. Ele me olha sem entender.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não. – ele suspira. Suspeito até que esteja sorrindo. – Lanie acabou de dar entrada no hospital. O bebe vai nascer.

Um sorriso rasga meu rosto e sinto meu coração parar por alguns segundos.

— Meu Deus, sério? Eu estou indo para aí. – aviso sem esperar por resposta e desligo. – Lanie está tendo bebê, você me deixa lá? – falo olhando para Castle, mas nessa altura todos já prestavam atenção em mim, e comemoravam a notícia.

— Nós vamos também, isso é importante. – Castle também estava feliz, ele gosta muito da Lanie.

Olho para todos ali querendo uma confirmação e todos parecem animados em ir. Alexis estava com um sorriso enorme no rosto, ela também estava ansiosa para a chegada do bebê da Lanie. A ruiva perguntou se poderia ir também e eu concordei sem pensar duas vezes.

Não demorou muito e todos já estávamos no hospital, na sala de espera. Uma enfermeira nos disse que Esposito estava com Lanie na sala de parto e que assim que acabasse ele viria aqui. Eu estava ansiosa e rezava para que tudo ocorresse bem.

A gravidez de Lanie foi ótima, ela não teve nenhum problema de saúde, mas ainda assim eu ficava preocupada. Não tinha lembranças boas daquela sala de parto, e rezava para que fosse totalmente diferente com minha amiga. Castle sentia minha preocupação. Ele segurou mais forte minha mão e beijou. Alexis estava em meu colo, tão quietinha que eu suspeito que ela esteja dormindo.

Quarenta minutos depois Esposito chega sorridente na sala de espera, ainda com as roupas hospitalares, ele abraça cada um de nós. O sorriso em seu rosto é brilhante e orgulhoso. Sei o quanto ele sempre quis uma família e o quanto ama Lanie. Eles serão uma família feliz.

— Ela já pode receber visita?

— Ainda não. Ela precisa descansar enquanto o bebê não vai até o quarto. Foi um parto difícil, mas os dois estão bem. – suspiro aliviada.

— Bom, então a gente vai indo para casa, Kate. Amanhã nós voltamos para visitar a Lanie. – minha tia avisa e eu concordo.

— Meu amor, porque você não vai também? – pergunto olhando para Alexis. Ela acordou com toda a movimentação, mas seus olhos ainda estão cansados. – a mamãe vai ficar aqui só mais um pouquinho e já vai para casa, ok?

— Mas nós não vamos comemorar?

— Sim, eu levo as pizzas para casa. – pisco e ela sorrir.

— Quero doce e salgada. – avisa e eu concordo.

— Rick... – me viro para ele e antes que eu fale alguma coisa ele já está entregando a chave do carro para meu tio.

— Nós não vamos demorar, Robert.

Eles se despedem rapidamente e peço para que me liguem caso aconteça alguma coisa. Então restam apenas Castle, eu e Ryan na sala de espera. Castle se afastou um pouco para ligar para Laura e avisar que poderia ir se quisesse, minha tia e Martha tomariam conta das crianças.

Uma hora depois nos avisaram que o pequeno Joe estava no berçário e nós seguimos até lá, menos Espo, que foi ver Lanie no quarto em que ela estava. Quando chegamos na janela do berçário, meu coração quase explodiu de amor. Sete bebês lindos estavam ali, dormindo tranquilamente. Sete fofuras que eu poderia facilmente passar o dia admirando.

Que saudade dos meus bebês.

Sorri melancólica e Castle me abraçou por trás, beijando meu pescoço.

— São lindos, não são?

— Muito. – concordo sem tirar os olhos deles. – qual é o Joe.

Passo meu olhar por casa bebê, tentando ler o nome logo atrás deles.

— Ali. – Ryan aponta para o bebê do meio. – ele é cara da Lanie.

E realmente era. Joe era uma pequena cópia da minha amiga.

Meu sorriso aumentou ainda mais ao vê-lo.

— Você é um carinha sortudo... – ouço Castle começar a falar. – se fosse parecido com seu pai teria sérios problemas no futuro.

Eu rio e dou um tapa em seu braço. Esposito e Castle viviam se implicando, mas eram bons amigos. Ficamos mais uns minutos ali admirando ele, mas logo a enfermeira veio pega-lo para sua primeira mamada. Esposito mandou uma mensagem dizendo que poderíamos entrar no quarto. Castle e Ryan decidiram não entrar para dar mais privacidade a Lanie, então eu fui a única que entrei.

A cena que eu vi ao chegar no quarto me fez lembrar tudo o que senti quando peguei os meninos pela primeira vez. A emoção em tê-los em meus braços, o alivio por saber que estavam bem, o amor crescendo no meu peito que não parava nunca.

Fiquei alguns minutos ali babando por meu mais novo sobrinho, ou melhor, afilhado. Fiquei tão feliz quando Lanie me chamou para ser madrinha, lembro como se fosse hoje, nós estávamos jogando conversa a fora e ela parecia nervosa. Não quis falar nada, sabia que ela se abriria comigo, e então veio o pedido. Eu aceitei na hora, claro, e quase a esmaguei em um abraço.

Agora estávamos finalmente voltando para casa. Já era quase fim do dia, o céu já estava escurecendo. O cheiro das pizzas preenchia o carro e minha barriga começa a roncar, só então me lembro que não comi nada desde o café da manhã.

— Oi família, chegamos. – anuncio assim que abro a porta da frente. Minha tia e Martha estão segurando os meninos enquanto tio Robert e Jackson assistiam tv.

— Olha só quem chegou, Jack. Sua mamãe. – Martha vem com ele em minha direção. Meu menino já tinha os bracinhos estendidos para mim.

Deixo as pizzas no centro da sala e o pego no colo.

— Meu amor, senti tanta saudade. – beijo seu rostinho inteiro e escuto sua gargalhada.

— Kate, eu acho que alguém está com ciúmes. – minha tia mostra Reece com um biquinho fofo no rosto.

— A mamãe também estava com saudade do outro príncipe dela, vem cá. – ele praticamente se jogou em meus braços.

— E do papai, ninguém estava com saudade?

Castle se aproxima e os dois sorriem para ele, mas não largam meu pescoço. Sento com eles no sofá e minha tia conta como os dois se comportaram durante o dia. Laura tinha feito um ótimo trabalho aparentemente, eles brincaram pela manhã no jardim e depois deu banho nos meninos, eles dormiram logo após o almoço e acordaram pouco antes de chegarmos.

— Onde está Alexis?

— Dormindo. – Martha avisa. – já tentei acordar, mas ela se recusa.

— Sabia que isso iria acontecer. – digo sorrindo e me levanto ainda com os meninos nos braços. – Rick...

Aponto com a cabeça para os meninos e ele rapidamente pega os dois no colo. Reece parece não gostar muito, então eu pego ele de volta e subo para acordar Alexis. No quarto da menina não tinha ninguém, verifiquei em seu banheiro, mas também estava vazio. Então fui para meu quarto, encontrando uma Alexis totalmente esparramada na cama.

— Reece, vamos acordar Alexis? – sussurro para o menino que sorrir sapeca. Me aproximo da cama, coloquei ele de barriga e logo ele começou a puxar os começos ruivos da irmã. Eles adoravam brincar com o cabelo dela. Alexis resmungou e Reece também tentou resmungar algo. – Filho, vamos dar um beijinho na sua irmã.

Eu o segurei e aproximei seu rosto do dela. Reece babou a bochecha de Alexis que abriu os olhos emburrada.

— Mãe, deixa eu dormir...

— Mas não sou eu que não deixo, é o seu irmão. – as mãozinhas de Reece batem no braço de Alexis e ele resmunga alto, como se quisesse a atenção dela.

— Oi Reece... – ela olha para ele chateada, mas logo começa a rir. – agora que você me acordou eu vou te encher de beijos.

E então ela começa o ataque de beijos no irmão. Acendo a luz do quarto para clarear melhor. A ruiva reclama, mas logo sai da cama quando aviso que as pizzas vão esfriar.

Nossa noite foi regada a risadas. Ter todos em volta era muito bom. Queria poder fazer isso sempre. Alexis estava tão feliz que todos vieram ver seu primeiro jogo, ela não saia de perto dos meus tios e fez eles prometerem que a levaria para Nova Iorque nas férias.

Agora estávamos todos sentados na sala. Já passava das oito horas da noite e Alexis insistiu que queria brincar de mimica, e foi até divertido. Martha e Jackson não puderam ficar, então erámos apenas nós e meus tios. Eu estava deitada no sofá maior com Jack e Reece em meus braços, um em cada lado. Eles estavam se divertindo também, mas quando as risadas pararam eu percebi que eles já estavam dormindo.

Nem mesmo os gritos e as risadas altas acordaram os dois. Decidi não sair agora, eles estavam tão quietinhos e se agarravam a mim com tanto amor. Não queria sair daqui nunca mais. O jogo demorou mais algumas horas, Castle veio me ajudar a levar os meninos para o quarto, meus tios também já tinham ido dormir e Alexis estava elétrica.

— Filha, eu sei que você não está com sono, mas você precisa dormir. Já está tarde.

— Não, mãe. Só mais um pouco. – seus olhos pidões faz meu coração ceder por um segundo. – por favor...

— Por favor nada, estamos todos cansados. Agora levanta... – desligo a tv e me viro para ela, já com os braços erguidos.

— Me leva no braço?

Reviro os olhos e sorrio.

— Eu que eu costumo dizer que você é minha bebê, mas você já está grande demais. – faço um esforço e seguro ela em meus braços. Alexis passa as pernas pela minha cintura e sorrir satisfeita.

— Eu gosto de ser sua bebê. – diz antes de deitar a cabeça em meu pescoço.

Essa pequena frase me deu forças para carrega-la por quanto tempo fosse preciso. Com ela em meus braços, eu tinha a certeza de que ela permaneceria segura. Eu a protegeria de tudo e de todos.

— Posso ficar com vocês até o sono chegar?

— Pode.

 

***

 

— Tia Lanie ele é muito lindo. – Alexis falava baixinho enquanto passava a mão delicadamente nos cabelos de Joe, que estava nos braços da mãe.

— Obrigada, meu amor. Gostou de ganhar mais um primo?

— Sim. – ela sorrir abertamente. – quando você quiser, ele pode ficar lá em casa com a gente e brincar com meus irmãos.

Nós rimos. É claro que isso aconteceria, mas não agora.

— Isso ainda vai demorar, filha. – beijos seus cabelos cheirosos.

Lanie teve alta do hospital pela manhã, então esperamos até o fim do dia para visita-la. Alexis estava em meu colo e não conseguia tirar os olhos do bebê. Já os meus dois bebês estavam com o pai enquanto conversava com Esposito, Reece na bolsa canguru, e Jack no carrinho.

— Eu trouxe um presente, tia Lanie. – Alexis levanta e vai até a sala e volta correndo. – eu fiz um com os meus irmãos na aula de desenho, então resolvi fazer um com o Joe também.

Alexis entrega um desenho onde ela segurava um bebe, que seria Joe, e seus irmãos brincavam ao lado. Também tinha dois bonecos loiros que, segundo ela, era Ana e Jolie.

— Somos nós. Espero que a gente cresça junto e fique amigos para sempre.

— É lindo, Alexis. Eu amei e aposto que o Joe também. – Lanie olha encantada para o desenho.

Há dois anos atrás ninguém imaginaria que estaríamos aqui, com nossos filhos, nossas famílias. Mas veja só, tudo pode mudar. Você pode encontrar o amor da sua vida amanhã e então seu futuro mudará. O que você planejou pode não acontecer, mas ainda assim será para melhor.

Eu tenho três filhos, nenhum foi planejado, mas ainda assim foi o plano mais lindo que eu tive.


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Notas finais do capítulo

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