My Sweetheart escrita por Scarlet Dwight


Capítulo 3
Jon


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem do capítulo.
A história esta em uma parte introdutória agora, mas logo teremos mais ação. hehe



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[Flashback]

"Vossa graça, é um menino!" Uma das parteiras que cuidava de Sansa o diz. Jon estava muito ansioso e preocupado com a criança e até mesmo com ela, a esposa que não o amava e vivia comparando-o com o bastardo Bolton mesmo que inconscientemente. 

"Posso vê-lo?" Ele pergunta meio receoso. "É claro senhor, entre." A mulher abre a porta atrás deles, lentamente ele entra no quarto e vê Sansa suada coberta por panos cinzas e grossos para mantê-la aquecida, em seus braços ela o segurava contra si abraçando-o delicadamente. 

Timidamente ele se aproxima e olha o rosto de seu primogênito. O garotinho tinha o rosto cumprido como o dele e os olhos era azuis como os dela, ele olha da criança pra ela e vê que depois de tempos Sansa sorria, não era como os sorrisos falsos que ela lhe direcionava ou a qualquer outra pessoa, aquele era diferente, mais natural e o rapaz sente um leve frio na barriga por aquilo. Sansa tinha um sorriso bonito, era tão belo quanto os de Ygritte foi um dia.

"Como ele vai se chamar meu rei?" Sansa o pergunta ainda com o sorriso estampado em seu rosto. "Ele é tão lindo." Ela diz mais para si mesma do que para ele e Jon concordava completamente, aquele menino era o bebê mais bonito que já vira, provavelmente pensava isso por ser seu filho, mas não mudaria de opinião. "Qual nome acha adequado para um príncipe?" Ele a pergunta. Ela tira seus olhos do pequeno por um momento e o encara, os olhos de Catelyn Stark viviam nela, mas diferente da mãe a garota não o olhava como se Jon fosse um misero inseto feito para lançar ódio e descontar toda raiva que tinha por ele ser bastardo de seu marido. Sansa o olhava com ternura mesmo que não confiasse totalmente nele, mesmo que tenha sido difícil o relacionamento deles até esse momento, cheio de brigas e pouco afeto, ela ainda assim o olhava ternamente como se estivesse se esforçando para não odiá-lo e compará-lo com Ramsay e ele já se sentia grato por isso. 

"Talvez o homem que cuidou de você como se fosse um filho, meu pai, mereça uma homenagem. Ned, meu rei, seu nome será Ned se assim quiser." Ele pondera um pouco e se lembra do irmão Aegon, esse com certeza não gostara tanto do nome. Um dragão tem que ter um nome de dragão, era o que o rei prateado dirá, no entanto nada melhor que um nome do Norte para um príncipe do Norte. "É o nome perfeito para o nosso filho." Ele diz por fim e ela sorri, mas desta vez era para ele e esse foi o primeiro sorriso verdadeiro que lhe lançou...

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Jon abre os olhos e vê um teto familiar, era o de seu quarto, sente sua cabeça doer e se levanta repentinamente. Olhando para os lados percebeu que não estava sozinho, Aegon e Arya estavam lá.

"Você não pode achar que manda só por que ele é seu irmão majestade, aqui no Norte Jon é o rei e a mão do rei se chama Davos Seaworth e se alguma ordem deve ser acatada enquanto o rei esta desacordado são as  dele." Ele ouve Arya respondendo Aegon, eles estavam se encarando rudemente e nem ao menos perceberam que Jon havia acordado. "Me desculpe Lady Baratheon, mas você deve lealdade ao Sul por ser Senhora de Ponta Tempestade e esta desrespeitando seu rei." Arya funga e coloca suas mãos na cintura assim como Sansa faz. "Joehaerys é meu irmão e estou movendo todos os meus melhores homens que vieram comigo para Winterfell e liderando os dele na busca pela Rainha Sansa." O loiro diz e Jon sente uma aura maligna envolvendo Arya. "Primeiramente Rei Aegon VI Targaryen sou leal a sua causa e a seu reino por ser casada com o Lorde de Ponta Tempestade, mas sempre serei uma Stark e protegerei Winterfell e Jon Targaryen até meus últimos dias. Segundo, posso ser casada com um Baratheon, mas meu nome é Arya Stark e sempre o será. E terceiro se me chamar de Lady de novo teremos uma nova regicida em King's Landing." A principio Jon pensou em intervir para proteger Arya, mas antes que dissesse alguma coisa o semblante de Aegon se acalma e ele começa a rir. "Vocês Starks não sabem mesmo controlar a língua não é mesmo." Ainda rindo ele passa a mão nos cabelos escuros da garota o bagunçando. "Sei que esta preocupada com seu primo e sua irmã 'Lady' Arya Stark, porém saiba que também me preocupo com Joehaerys e sabe que farei de tudo para ajuda-lo a encontrar a rainha." Arya parece ficar mais calma depois do que Aegon diz e Jon resolve intervir na conversa dos dois. "Que bom que se importa tanto assim Aegon." Ele diz e quase que instantaneamente a garota corre para abraça-lo. Aegon continuava onde estava apenas observando-os. 

"Não a encontramos em lugar nenhum em Winterfell Joehaerys, mas tenho uma pista." O irmão diz. Nesse momento Arya e ele se separam do abraço, a Stark senta-se ao seu lado na cama e Jon pergunta a ele qual era a pista. O loiro então abre a porta e diz algo para um de seus guardas que esta parado fora do quarto, não não foi capaz de ouvir o que o irmão prateado dissera ao homem, mas logo um jovem de aparentemente quinze anos entra acompanhado de dois guardas que o seguravam como se fosse um prisioneiro. Ele abruptamente se levanta da cama, Jon conhecia o garoto, era Tedd um jovem que trabalhava  limpando o estabulo. "Diga ao rei o que viu rapaz." Aegon o intimida, o garoto tremia todos os dedos e mal conseguia encarar Jon. "Ma-Ma-majestade." Tedd diz gaguejano. "Vi a rainha conversando com uma pessoa encapuzada quando fazia meu trabalho, depois a vi montando em um cavalo com um desconhecido e cavalgando para mais ao Norte. Ela parecia assustada, mas tive medo de atrapalha-la em algo importante por isso não interferi." O garoto termina de dizer e se joga no chão ajoelhando e implorando por seu perdão. Jon fica totalmente confuso com o que o garoto dissera e também ficara com raiva dele, como um homem vê a rainha conversando com um estranho e não a impede ou chama o rei imediatamente? Repentinamente se levantou para socar o garoto, mas antes que o fizesse desistiu. Ele não tinha culpa, não era um cavaleiro ou um homem corajoso era só o garoto que cuida dos cavalos e não machucaria uma mosca. 

 "Mais alguma coisa que deva me contar sobre o ocorrido?" Jon lhe pergunta. O garoto se levanta e pondera um pouco. 

"Parecia ser um homem pouco mais baixo que ela, aproximadamente da altura da rainha. O capuz era vermelho." Na hora que o garoto diz isso ele logo pensa naquele que baniu de Westeros, Petyr Baelish. O homem queria se casar com sua prima e tentou mata-lo quando Jon não permitiu, também envenenou com palavras maldosas sobre ele os ouvidos de Daenerys Targaryen instigando sua falecida tia contra ele. Quando Jon venceu a Targaryen e a fez o ajudar contra os outros ele baniu lorde baelish para as cidades livres como forma de compaixão pelo homem os ter ajudado contra Ramsay Bolton, mas o disse que se voltasse para Westeros novamente seria decapitado sem direito a explicações. Não pode ser ele. Jon pensou. Seria um tanto quanto idiota de sua parte voltar e sequestrar a rainha e aquele homem era inteligente demais para tamanha tolice. 

 "Tudo bem garoto, volte para seus afazeres. Mas da próxima vez que vir algo estranho não exite em me contar ou não o perdoarei."  O garoto assente e pede desculpa mais algumas vezes antes que os guardas o arrastassem de la. Ele ficou olhando de Aegon para Arya sem dizer nada, não fazia ideia de como iria recuperar Sansa, mas tinha que pensar em algo, era sua esposa, a mulher que amava, a sua família, ele precisava recupera-la não importasse como.

  "Jon."  Arya o chama tirando-o de seus devaneios. Ele se vira para a cama que antes estava deitado, ao olhar o móvel sente uma imensa tristeza o inundar. Aquela era a cama que dormia com Sansa, que tiveram sua primeira vez juntos e que testemunhara todas as brigas e os beijos que já tiveram. Sentiu vontade de chorar, mas não deixaria Aegon o ver assim e muito menos Arya. Ele engole o choro como se estivesse engolindo um veneno tão amargo quanto a situação que se encontrava. 

"Talvez Bran possa nos ajudar, ele é um vidente verde pode ver o passado, presente e futuro." A garota diz. Percebeu que ela tinha razão, Bran talvez fosse o único que puderia descobrir a verdade, tinha que ir para a muralha encontra-lo, mas até que chegasse lá dias já teriam se passado e Sansa não tem dias de espera. Rhaegal, o nome do dragão vem em sua cabeça repentinamente e ele sabia que essa  poderia ser a única solução. 

"Tem razão Arya." Ele diz e então olha para Aegon, o loiro o olhava esperançoso como se soubesse o que iria dizer.  "Aegon você ira comigo para a muralha e vamos com Rhaegal e Viserion." Ele concorda e diz algo sobre conversar com Margaery antes de irem, porém antes que pudesse se mover para dizer algo a esposa Jon o impede.  Ele se lembra brevemente sobre as palavras de Sansa sobre a rainha Tyrell e decide que a melhor opção seria que poucos soubessem para onde iriam. "Não. É melhor que isso não saia daqui, apenas você e Arya sabendo já esta ótimo." Relutante o rei prateado concorda com ele. "Então direi a Margaery e aos outros  que iremos procura-la com os dragões sem dizer sobre o corvo de três olhos." Jon assente e o irmão sai do quarto deixando apenas ele e Arya lá. 

"Não conseguirei alcança-los a cavalo. Rhaegal me permitiria ir com você?"  Ela o pergunta e por um segundo Jon se assusta. Arya Stark poderia ser uma Lady e líder de Ponta Tempestade, mas nunca agiria como tal, seria sempre a garotinha indomável que ele amava desde criança, a sua irmãzinha teimosa. Ele tinha de admitir a garota tinha a coragem que muitos homens não tinham.  Sempre o diziam que ela parecia com Lyanna Stark e Jon se sentira um tanto receoso em que tipo de mãe teria tido, mas sabia que a amaria mesmo assim pois Arya era sua preferida dos Starks.  As vezes ele se pegava imaginando como teria sido sua vida se tivesse sido criado por seus verdadeiros pais. Sabia que Lyanna era como Arya e também que Rhaegar era um príncipe melancólico, inteligente e um ótimo esgrimista. Ele se sentia impressionado que mesmo não tendo conhecido o pai era de certa forma parecido com ele, tirando o fato que provavelmente nenhuma ruiva selvagem teria dito ao último dragão que ele não sabia de nada e talvez nas preferencias de esposa fosse um pouco diferente de seu pai apesar de também escolher uma Stark, ele preferia as cascatas flamejantes de Sansa e seu profundo olhar Tully do que olhos cinzentos e rosto cumprido. Eddard Stark o fez sua imagem nisso, ele e Sansa eram como Ned e Catelyn.  

"Arya você ficou louca!? Nunca Rhaegal a deixaria monta-lo e além do mais preciso de você aqui." Ele diz torcendo para que ela não começasse a gritar com ele da mesma forma que gritara com Aegon mais cedo. "Para que precisa de mim aqui?" Ela o pergunta encarando-o como um furacão.  "Sabe Arya, mesmo que não seja minha irmã de verdade você sempre será minha irmãzinha e ha poucos em quem confiar principalmente deixando Ned sozinho." Ele para e pondera um pouco queria lhe contar sobre o casamento entre Rhaella e Ned, sabia que as crianças sofreriam quando soubessem principalmente a garota que teria de deixar sua casa em King's Landing e viver no Norte, um lugar onde sentiria o frio constante que um nascido do verão pouco sentia na vida.  Margaery era uma dama completa e diria coisas como você é obrigada e não se fala mais nisso e Aegon  não sentiria sensibilidade pela garota, mas Arya, ela sim saberia confortar a princesa do Sul. Pelo menos era o que ele esperava.

  "Arya, Ned e Rhaella são prometidos um do outro." Ela larga sua postura de raiva para dar lugar a um olhar completamente chocado. "Porque?" Ela pergunta. Por um momento Jon se lembra das palavras de Sansa,'Você não sabe jogar Joehaerys'. Percebeu com aquela pergunta que  Arya também não. 

"É necessário. Peço que fique aqui em Winterfell até que eu volte com Sansa e cuide para que Rhaella e Ned não se odeiem."  Ele diz por fim. Meio relutante a garota assente. Ele se aproxima dela e delicadamente beija-lhe a testa. Sua pequena irmã o encarava com seus olhos cinzas tempestuosos como se entendesse o que no fundo aquelas palavras significavam. "Jon volte com Sansa, viva de preferencia. Voltem para mim." Ela diz e ele a abraça em resposta, era como o abraço que a muito lhe dera antes de ir para a patrulha da noite e não vê-la por anos depois disso. Ele a aperta mais em seus braços enquanto pedia aos Deuses antigos que tivessem piedade e o deixassem encontrar Sansa rápido para poder voltar a sua paz.

Depois da conversa que tivera com Arya, Jon vai até a grande biblioteca do castelo. Ele havia reformado o lugar com o passar dos anos e lá era  onde Samwell Tarly passava a maior parte de seu tempo. Sam era o amigo mais próximo e verdadeiro que tinha e graças a ele e sua coragem repentina de roubar um documento assinado por Rhaegar Targaryen da Cidadela, Jon descobriu seu nome de nascimento e sua não  bastardia, mas foi ao Gargalo a mando de Bran para pegar  uma carta que o último dragão deixara exclusivamente para ele nas mão de Howland Reed. 

Como imaginava, Sam estava em meio a uma montanha de livros, a principio o Meistre não o percebera, então Jon estala seus dedos tirando-o de devaneios de alguma história que lia. 

"Jon." Ele o cumprimenta enquanto se levantava. "Sam, preciso que envie um corvo para Bran dizendo que vou até a muralha vê-lo." O amigo assente e rapidamente vai até sua mesa bagunçada, pega o pergaminho e a tinta e começa a escrever. "É apenas isso Jon? Eu soube que a Rainha Sansa desapareceu misteriosamente." Jon abaixa sua cabeça olhando para o chão , não queria falar sobre aquilo agora, entretanto a história espalhara. 

"Estão dizendo que ela fugiu." Sam diz arqueando as sobrancelhas para que Jon dissesse algo. Além de perder a esposa ainda o dizem que ela fugiu dele, o rei pensa. "Sansa não fugiu, foi raptada." Ele diz rispidamente e sem cordialidade alguma.  "Me desculpe, apenas lhe disse o que ouvi de algumas senhoras e senhores por ai." Ele argumenta sem olhar para Jon, concentrado no que escrevia. O moreno pede licença para o amigo e sai da biblioteca, tinha de preparar as coisas para sua partida e principalmente  para usar aquela espada.  

Ele pouco usara-a depois que a verdadeira batalha acabou, para ele Garra-longa já era o suficiente e a outra o fazia se lembrar de coisas que não gostaria, da mulher que deu a vida pela de milhões para dar-lhe o poder necessário. Luminífera, foi usada por Jon na luta contra os outros e poucas vezes ele a embainhou em sua cintura. Parecia uma espada normal, todavia quando ele a usava sentia a presença de Melisandre,  do poder do deus R'hllor. Era perturbador e irônico a forma como a sacerdotisa sacrificou muitos inocentes pelas causas erradas acreditando serem as certas,  a forma como ela o seduziu em uma noite escura, quando ele acreditou que tudo estava perdido,  o fez se deitar com ela e depois o levou para o meio do nada para lá da muralha e o fez puxar do gelo a espada feita de vidro de dragão e no mesmo momento o fez a matar para que cumprisse a profecia.  Se lembrava claramente da forma que a vida deixava seus olhos enquanto ela o encarava com a dor estampada em sua face, o sangue que escorria pelo corte que fizera no peito da ruiva se unia a espada dando-lhe o fogo e a força necessária...

Ele deixava Luminífera escondida em uma parede falsa atrás de um escudo com o brasão da casa Targaryen unida a casa Stark, aquela espada era importante demais para deixa-la em qualquer lugar e apenas um tolo o faria. Nem ao menos sansa sabia onde era o esconderijo,  era apenas o seu segredo.  

Ele caminha lentamente até o escudo e o tira do lugar cuidadosamente e olhando para a porta preocupado com visitas inesperadas.  Jon puxa a pedra solta e vê o cabo da espada, era feito negro como sua lamina  que era de obsidiana, mas ao longo desta podia ver pequenos brilhos vermelhos de fogo, mostrando que aquela não era uma qualquer, mas sim a espada de Azor Ahai.  Ele tira garra-longa de sua bainha e a coloca no lugar de luminífera e a outra ele embainha.  Jon não sabia o porque mas sentia que precisava usá-la naquele momento...

Aegon e ele decidiram que partiriam pela manhã,  ja estava tarde e tudo que Jon queria era descansar.  Tinham que conversar com Ned e Rhaella sobre o casamento mas não tinham muito tempo para isso então Aegon e ele decidiram que ficaria na responsabilidade de Margaery e Arya a conversa com as crianças. Pedia aos Deuses que elas conseguissem não amedronta-los, principalmente Arya que não sabia lidar muito bem com isso.
Em seu quarto Jon já havia trocado suas roupas pesadas por uma mais leve,  mas ainda quente para o inverno.  A lareira e as várias velas o faziam se lembrar dela.  Sansa fazia questão de fazer o quarto deles ser o mais quente do castelo. Jon não se importava com aquilo no entanto aquele era o desejo dela. Ele se deita na enorme cama de casal e percebe que ela nunca fora tao grande e fria como agora...

Jon se viu em uma sala escura e úmida,  as poucas velas apenas o ajudava a ver o caminho,  havia apenas as pedras e o chão,  era como um dos corredores do castelo mas algo estava estranho.  Ele andava para frente sem saber direito onde ia.  Sentia o frio atravessar as peles que usava, seus pelos arrepiarem-se sentia como se a umidade do local o penetra-se. De repente ele vê uma figura de costas para ele,  era um homem com um cabelo longo e prateado, como dos Targaryen. Tinha uma capa vermelha que escorria para baixo junto com os fios pratas.  "quem é você? " ele pergunta,  mas não recebe resposta alguma.

Jon sente mãos frias tocando suas costas e virasse rapidamente e parada em sua frente havia uma mulher vestida com um longo vestido azul escuro,  seu cabelo era da cor dos dele e com uma rosa de inverno como adorno, os olhos cinzentos como os seus e o rosto cumprido.  Ela não falava nada, mas não demorou para que Jon ligasse os pontos,  um homem prateado e uma mulher Stark,  seus pais.  

Lentamente ele coloca uma de suas mãos no rosto gélido de Lyanna,  era como a estátua que havia nas criptas de Winterfell, ela não dizia nada e muito menos o homem.  Jon nunca realmente viu como era o rosto de Rhaegar,  tinha apenas vislumbres de um típico Targaryen dos livros que lerá sobre sua família.

 Ele então se vira para o homem e percebe que este estava encarando-o e estava tão próximo quanto a mulher.  Jon encara pela primeira vez o rosto do homem que era seu pai, Rhaegar tinha a pele tão branca e pálida quanto a de Lyanna,  seu cabelo prateado caia em seu rosto e a violeta de seus olhos o encaravam gélido e sem vida. Jon se assusta ao perceber que mesmo não tendo os olhos e o cabelo de seu pai de certa forma eram parecidos,  ele via a mesma melancolia de Rhaegar nele. 

 De repente o homem prateado toca seu rosto,  as mãos dele era tão fria quanto o inverno.  Lyanna que antes estava atrás de Jon se aproxima do Targaryen e ele tem a chance de ver seus pais juntos como nunca lhe foi possível antes.  "Como isso é possível?"  ele pergunta mais para si mesmo do que para as figuras a sua frente.  De repente ele vê algo atrás dos dois,  mechas vermelhas e o profundo azul que tanto lhe encantava,  ele desvia-se dos pais para alcançar a mulher, mas antes que pudesse chegar perto da ruiva sente as mãos gélidas de Rhaegar e Lyanna o segurarem pelos pulsos. 

 Ele observa Sansa melhor e vê que todo corpo da mulher estava molhado e um líquido vermelho escorrida por todo seu corpo,  não era sangue,  podia ver claramente,  tinha um brilho diferente e era um vermelho claro. 

"Bastardo."  Sansa diz e era como se aquela palavra lhe descesse como laminas cortando sua garganta.  Ele olha para os pais e ambos continuavam calados mas ainda o seguravam.  "Bastardo."  ela diz novamente, sua voz estava estranha,  era sua Sansa falando mas ao mesmo tempo era fria e gélida,  como se a mulher que amava estivesse morta. "Bastardo,  filho de um estrupo,  desonra para os lobos,  vergonha para os dragões." Ele queria gritar contra aquelas palavras,  queria chacoalhar sansa e dizer que tudo aquilo era mentira,  seus pais se amavam e se casaram,  não era um bastardo mais,  porém sua voz não saia por mais que tentasse.  "Jon Snow,  Ramsay Snow,  não vejo a diferença."  Ela diz e Jon sente seu braço ser apertado mais e mais pelas mãos frias de seus pais. 

Num momento havia sansa, Rhaegar e Lyanna e no outro ele abre os olhos e se vê em seu quarto sozinho, tremendo e suando frio.  Jon rapidamente olha para seus pulsos e sente um alívio ao perceber que não havia marca alguma,  era apenas um pesadelo,  bem amargo.

  Ver a ruiva que tanto amava dizendo palavras que nem mesmo a Sansa do passado influenciada por Catelyn Stark diria o machucava mais do que ser traído pelos próprios irmãos da patrulha com suas lâminas estridentes em seu tórax. 

Sem conseguir dormir mais o rei se levanta,  coloca suas roupas e embainha Luminífera.

 O sol ainda não havia nascido no horizonte, mas quando olha de sua janela Rhaegal no pátio ele decide que não haveria hora melhor para partir. Jon vai então ao quarto onde Aegon estava hospedado e o chama, o loiro sem entender muito se troca rapidamente e juntos montam em seus dragões e voam em direção a muralha.


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