Um dia com a mamãe escrita por Liz Bongiovi


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooooi, pessoaaaaaal!
De certo estão se perguntando "Um dia com a mamãe? Que porra é essa?" ENTON, LEIAM E DESCUBRAM.
Eu gostei de escrever essa one-shot, é diferente pra mim, eu realmente espero que gostem do fundo do coraçãozinho de vocês.
Aproveitem essa coisinha e nos vemos lá nos cafundós, aka, lá embaixo!



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— Hmmmm, que delícia. - Murmurou a morena. - Ah, Beck, vai mais fundo, por favor. - E atendendo aos pedidos de sua namorada, Beck Oliver empurrou sua língua mais fundo na vagina da mesma. Jade suspirava pesadamente, enquanto apertava com mais força entre seus dedos, fios de cabelo do namorado.
Ela sentia o orgasmo lhe atingindo, e não conseguia segurar os gemidos que ameaçavam soltar de seus lábios. Em um único movimento, seus dedos do pé estavam travados e sua respiração ficava mais pesada.
— Beck, oh, meu deus. - Ela gemia. Ele passava a mão direita em sua coxa esquerda, enquanto a mão esquerda estava "atada" com a mão direita de Jade. Com a coxa direita sobre o ombro de Beck, Jade se sentia no céu. Tudo que ele fazia nela, cada toque, era como se a fizesse morrer e ir para o céu em questão de segundos.
No momento em que ela sente uma pressão um tanto familiar na bexiga, a porta se abre.
— Jade, eu... OH MEU DEUS, SOCORRO. O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Gritou ninguém mais, ninguém menos do que Kaya O'brien, mãe de Jade.
— MÃE?! - Gritou Jade horrorizada, pois sua mãe a encontrou em uma... posição um tanto delicada com seu namorado.
— Meu deus, eu vou, eu vou... eu não sei para onde eu vou, eu só vou... - Falou apontando para qualquer lugar fora do quarto, enquanto permanecia de olhos fechados. - Com licença. - Murmurou saindo.
— Merda, não acredito que ela interrompeu o meu orgasmo. - Reclamou Jade enquanto se levantava e colocava o shorts de pijama que se encontrava no chão. Beck a encarou atordoado enquanto se levantava da cama e ia em busca das roupas que ele usou na noite anterior.
— O que você vai fazer agora? - Perguntou vestindo a camisa xadrez.
— Eu não sei, vou ignorar ela até ela esquecer a cena que ela viu. - Deu de ombros.
— Eu não sei não, não acho que será fácil para ela esquecer aquela imagem, afinal, não é toda mãe que gosta de ver a filha recebendo um oral do namorado.
— Uma hora ela esquece, ela sabia que eu não era virgem, não é como se fosse uma surpresa pra ela que eu faço sexo.
— Saber é uma coisa, Jade. Ver é outra... - Revirou os olhos.
— Tanto faz. - Imitou a ação do namorado. - Enfim, eu não queria dizer isso, mas infelizmente é melhor você ir. Não que eu queira expulsar meu namorado da minha casa, mas depois disso, talvez fosse melhor você ir, amor. - Falou soltando um suspiro.
— Relaxa, eu entendo. - Disse Beck indo em direção a ela e lhe dando um leve beijo na bochecha esquerda.
Depois de prontos, os dois descem as escadas de mãos dados no maior silêncio para garantir que a mãe dela não os veja. Ao passar pela sala, eles percebem que a mesma está no sofá tomando uma xícara de chá.
— Onde vocês vão? - Perguntou de uma forma retraída.
— Vou levar o Beck até a porta para que ele possa ir embora. - Respondeu Jade, revirando os olhos.
— Tudo bem. Tchau, Beck. Até algum dia. - Disse acenando.
— Tchau, Srta. O'brien. – Murmurou acenando de volta.
Juntos, Beck e Jade andaram até a porta, onde lá se despediram.
— Bom, até segunda. Te pego de manhã, ok? - Perguntou se inclinando e dando um leve beijo em seus lábios.
— Uhum, até segunda. - Respondeu ao retirar seus lábios dos dele, mas já se inclinando para iniciar outro beijo.
Beck colocou as mãos na cintura da morena, puxando-a para mais perto, aprofundando seu beijo. Jade direcionou as mãos para acariciar seus cabelos, enquanto descaradamente, Beck desceu uma das mãos até o fim de sua cintura/começo da bunda.
Os dois estavam "no maior amasso", quando ouvem um pigarro baixo.
— Mas será possível? Já não basta foder o meu orgasmo, agora tem que foder o meu beijo? - Reclamou Jade baixinho.
Beck soltou uma risada baixa e deu um selinho na namorada antes de ir em direção ao seu carro e sair da visão de Jade.
Assim que Jade fechou a porta atrás de si, sua mãe pulou do sofá e correu em sua direção.
"MERDA!" - Pensou Jade.
— JADELYN AUGUST WEST!!!!! POSSO SABER O QUE FOI AQUILO QUE EU VI LÁ EM CIMA? - Perguntou gritando.
— Mãe! Primeiro de tudo que a senhora não tinha nem que ver aquilo, a porta estava fechada justamente por um motivo: permanecer fechada, para que as pessoas de fora não vejam o que se acontece lá dentro. E o que você viu é um básico sexo oral que eu sei bem que a senhora já fez, então não venha me julgar, porque eu estava no meu quarto, com a porta fechada, tendo um momento de "intimidade" com meu namorado de quatro anos.
— Jade, por favor, eu só estou preocupada com você. - Disse a mãe corada com a revelação da filha, enquanto esfregava suavemente sua têmpora.
— A senhora não tem com o que se preocupar, está tudo bem. A minha vida sexual vai muito bem. - Respondeu dando um sorrisinho pretensioso.
— E este é o meu medo, Jadelyn. Sua vida sexual vai tão bem que eu tenho medo de ter um neto cedo demais.
— Ah, acredite... este não é o problema. É muito raro Beck e eu transarmos sem camisinha, e sem falar que o que a senhora viu lá em cima não é digno que preocupação com relação à gravidez, afinal, aquilo era sexo oral, e até onde eu sei, o Beck não é um alienígena mutante que goza pela boca. - Disse Jade enquanto revirava os olhos.
— JADELYN! - Advertiu sua mãe.
— MÃE! - Imitou Jade.
— Eu estou falando sério, eu estou preocupada com você.
— E eu aprecio isso, eu realmente aprecio, mas não há necessidade. Eu estou bem, o Beck está bem, a nossa vida sexual está muuuito bem, um dia você terá netos e eles também vão estar bem. Mas até lá, você não tem que se preocupar, PORQUE ELES NÃO EXISTEM! - Disse já estressada no final.
— Mas minha filha, eu não estou só preocupada com gravidez, eu estou preocupada com você em si. Já imaginou se você tem alguma doença, já imaginou de você está infectada, ou foi infectada?
— Está insinuando que eu ou o Beck temos AIDS? Pelo amor de deus, isso é ridículo. Tão ridículo que nem quero mais falar com você sobre isso, ou sobre qualquer coisa nesse sentido. Com licença, eu vou voltar a dormir, porque... estou muito cansada devido às atividades anteriores. – Sorriu para sua mãe.
— Jade! – Advertiu a mãe.
— Beijinhos. – Falou subindo as escadas.
[...]
— Jade! Acordeeeeeee! – Gritara a mulher de meia idade enquanto sacudia a filha que havia caído em sono profundo.
— Ah, mas que inferno, o que foi agora? - Perguntou a morena enquanto abria os olhos e se sentava na cama.
— Está tarde, é quase meio dia. Levante-se já! – Falou colocando as mãos no quadril.
— Nãããão, eu estou com sono, me deixa dormir. – Resmungou se enfiando entre as cobertas.
— Ah, pelo amor de deus. – Bateu a mão na testa. – Vamos, venha. Vá tomar banho para que possamos almoçar. – Disse puxando as cobertas que escondiam a filha.
— Ta boooooom! – Gritou se levantando.
Assim que a mãe saiu do quarto, Jade aproveitou para se jogar na cama novamente.
— NÃO ESTOU OUVINDO SEUS PASSOS! – Gritou do andar de baixo. Jade apenas revirara os olhos e cobriu a cabeça com o travesseiro.
[...]
— Jade, é bom que você já tenha ao menos entrado nesse banheiro. – Murmurou irritada enquanto entrava no quarto. Ao entrar no local percebeu que a porta do banheiro estava fechada e que o chuveiro estava ligado.
Kaya suspirou em contentamento ao perceber que a filha estava tomando banho.
Ou estava morta no banheiro.
A mulher correu em direção ao banheiro e bateu na porta.
— JADE? – Gritou.
— AH, POR FAVOR, O QUE FOI AGORA? – Perguntou nervosa.
— Nada, esqueça. Tome seu banho tranquilamente. – Suspirou. – Deus, que cama bagunçada. – Resmungou indo em direção à mesma para arrumar. Mas ao parar ao lado da cama, viu sobre o criado-mudo uma chave. – Mas que merda é essa? – Perguntou segurando a chave na mão, e então percebeu que tem uma gaveta da cômoda de Jade que ela disse que havia perdido a chave, por isso não conseguia abrir. – Será que é? – Perguntou à si mesma.
A mulher correra em direção à cômoda da filha e com a chave, abriu a última gaveta.
E ao abrir a mesma, soltou um grito de horror.
“Deus, não pode ser, não pode ser, não pode ser. Que absurdo, por favor, me diz que tem câmeras escondidas aqui e que isso é uma piada, uma piada de muito mal gosto.” Pensou consigo mesma olhando ao redor igual uma louca.
Inclinou a cabeça um pouco mais para a gaveta para que ela pudesse analisar o conteúdo novamente.
Um vibrador preto com strass, um “consolo” vermelho, algemas de pompom brancas, um chicote roxo, óleos de massagem, uma caixa de camisinhas pela metade, uma... caixa de halls preto, e... oh meu deus, não creio nisso, lubrificante.
Lubrificante? Oh, não. A sua menininha não fazia esse tipo de coisa, a sua menininha não fazia sexo anal. Oh, deus, ela nem sequer é uma menininha mais.
Tudo bem, uma mãe sabe quando a filha não é mais virgem, e Jade havia contado pra ela. Mas ela havia falado que não era sempre, pois ele nunca tinham tempo de ter relações sexuais, e mesmo quando dormiam juntos, não faziam sexo sempre.
Ela havia dito que se protegia, sim, as camisinhas provam isso. Mas, óleos de massagem? Algemas? Chicotes? Merda, vibradores? Ela pensou que sua filha era um pouco “mais santa” do que isso.
E não se pode esquecer o bendito lubrificante. Nunca passara por sua cabeça, que a sua menininha, aquele bebê lindo de olhos azuis que ela carregou no ventre, aquela que ela criou com tanto carinho e amor, iria fazer sexo anal.
Antes que ela pudesse fazer mais alguma coisa, ela ouviu o chuveiro desligando, e mais que depressa, fechou e trancou a gaveta, jogando a chave onde estava.
— Mãe? – Perguntou Jade abrindo a porta. – O que está fazendo aqui? – Perguntou olhando em direção ao criado-mudo onde se encontrava a chave. Engoliu em seco e sorriu para mãe, que continha um sorriso nervoso na face. – Está tudo bem? O que faz aí? – Apontou para o criado-mudo.
— Oh, eu... ah. Bom, eu, ah, eu estava arrumando a cama. – Respondeu.
— Oh... pode me dar licença para que eu me vista, por favor?
— Claro, eu... eu vou indo. – Saiu correndo do quarto.
No momento em que a mulher mais velha passou pela porta às pressas, Jade correu pra fechar a mesma, e então foi em direção ao seu criado-mudo, pegando a chave que se encontrava sobre o mesmo.
Jade abrira a gaveta checando item por item, fazendo uma lista mental do que tinha ali para ver se não faltava nada. Assim que conferiu, trancou a gaveta e guardou a chave onde sempre ficava, na sua carteira.
— Alô? Oi, eu gostaria de marcar uma consulta com a doutora Danielle. Sim, o primeiro horário disponível. Sim, eu sei que ela tem a agenda lotada, eu sou paciente dela, mas eu precisava de uma consulta urgente, é para a minha filha. Por favor, se tiver uma mesmo pra hoje, eu aceito. Tem? Meu deus, que sorte! Por favor, marque sim. Jadelyn August West. Isso, minha filha. Tudo bem, iremos sim. Muito obrigada, tenha um bom dia. – Assim que Kaya desligou o telefone, correu escadas acima para informar algo à sua filha. – Jade? – Perguntou batendo na porta. Assim que a porta fora aberta, apareceu a mais nova vestindo calça de moletom e apenas um sutiã preto de renda. – Troque de roupa. – Falou no mesmo instante.
— O que? – Perguntou a morena sem entender.
— Vamos almoçar fora e depois vamos à um lugar. – Falou enquanto saía do quarto.
— Pra oooonde? – Perguntou Jade enquanto encostava na porta.
— Você vai ver, agora vamos.
— Tu sabes que eu não gosto de surpresas! – Gritou para a mulher que descia as escadas.
— E eu não gosto de encontrar a minha filha de perna aberta com o namorado enfiando a cabeça lá. – Sussurrou para si mesma. – Rápido, troque de roupa, temos que sair no máximo em quinze minutos.
— UGH! – Gritara a morena rolando os olhos, tendo a mãe, imitando a mesma ação no andar de baixo.
[...]
— Estou pronta. – Disse descendo as escadas.
— Você demorou quarenta minutos para se arrumar. – Reclamou a mais velha.
— Tanto faz. – Revirou os olhos colocando os óculos de sol. – Vamos ou não?
— Vamos. – Disse pegando as chaves do carro que estavam sobre a mesinha de centro.
Kaya trancou a porta da frente, e foi para seu carro, onde já se encontrava a filha, que mexia no celular.
Entrou no carro e ligou o rádio onde começou a tocar uma música antiga.
— Oh, meu deus. Eu amo essa música. – Disse ela aumentando o som.
— Ha, claro que gosta, é do seu tempo. – Disse soltando uma risada.
— Ah, primeiro de tudo, eu não sou tão velha. Eu te tive muito jovem. E segundo, você ama essas músicas antigas, nem venha. – Falou, fazendo com que a filha soltasse um “Tanto faz”, ela apenas revirou os olhos.
Seguiram a caminho de um restaurante muito perto do consultório médico.
— Ta, vamos almoçar aqui? – Perguntou Jade.
— Sim, vamos. – Disse descendo do carro e indo com a filha para o restaurante.
Sentaram-se a mesa e esperaram o garçom aparecer para atende-las.
Assim que fizeram seu pedido, não falaram de mais nada até chegar a comida, porém Kaya não podia manter-se em silêncio, ela tinha tantos pensamentos, ela precisava falar com Jade.
— O que foi? – Perguntou Jade rudemente para Kaya que a encarava sem parar.
— Nada... – Sussurrou.
— Qual é, mãe? Fala logo. – Suspirou.
— Não consigo tirar aquela imagem da minha cabeça.
— Ah, esquece isso. Vai ser melhor para você se simplesmente esquecer o que viu hoje de manhã, não vai precisar lembrar mais, simplesmente esquece e ta tudo bem.
— Não é bem assim que as coisas funcionam, Jadelyn.
— Sim, é.
— Não, não é. – Isso era, obviamente, uma batalha perdida, pois ambas são extremamente teimosas.
— Sim, é. Na verdade, esquecer não é bem o termo, mas ignorar. Afinal, quantas vezes eu ouvi você e o papai transando e simplesmente ignorei, nunca esqueci, mas ignorei, pois é melhor. – Jade falou tomando um gole do seu suco de abacaxi.
— O que? – Perguntou Kaya assustada.
— É... isso mesmo. Pronto, é a vida que segue. Pelo menos eu sou silenciosa quando tem gente em casa.
— Jadelyn!
— Kaya!
Ambas bufaram e terminaram seu almoço em silencio, sem mais nem uma troca de palavras.
Enquanto Jade e Kaya se dirigiam para o caixa para pagar o almoço, o celular da mais nova vibra.
Jade percebe que é uma mensagem de Beck e automaticamente solta um sorriso.
De: Beck ♥
Para: Ja-Peitos-De ♥
Tudo bem entre você e a sua mãe? Já almoçaram?
De: Ja-Peitos-De ♥
Para: Beck ♥
Sim, agora ela disse que tínhamos um lugar para ir. E você? Tudo bem?
De: Beck ♥
Para: Ja-Peitos-De ♥
Sim, meu pai acha que quebrou alguma coisa no carburador do carro, então vou ajuda-lo agora.
De: Ja-Peitos-De ♥
Para: Beck ♥
Huh... coisas másculas. Adoro. Me deixa excitada.
De: Beck ♥
Para: Ja-Peitos-De ♥
Eu sei ;) Nos vemos hoje à tarde para terminar o que começamos hoje?
De: Ja-Peitos-De ♥
Para: Beck ♥
Com certeza! Está me devendo um orgasmo.
— Vamos? – Perguntou Kaya ao lado de Jade.
— Vamos. – Jade forcou um sorriso.
De: Ja-Peitos-De ♥
Para: Beck ♥
Nos vemos depois então, não vou mais responder mensagem agora tarde, beijos, te amo ♥ .
Jade abriu a resposta de Beck, sorrindo com a mensagem.
— Então... onde vamos? – Perguntou Jade à sua mãe.
— Você vai ver... – Murmurou Kaya.
Jade estranhou mas deixou passar.
Seguiram uns cinco minutos de carro, até entrarem no estacionamento de um edifício comercial. Jade olhou em volta e reconheceu o local como o edifício onde ela ia quando criança.
— Aqui é o consultório do meu antigo pediatra, certo? – Perguntou Jade confusa.
— Sim. – Kaya respondeu simplesmente enquanto manobrava o carro.
— Me trouxe ao pediatra? – Perguntou fazendo careta.
— O que? Claro que não, Jade.
Jade deixou o assunto morrer e acompanhou sua mãe. As duas subiram com o elevador até o décimo terceiro andar. Assim que pararam em frente à uma porta, e Jade leu a placa em frente a mesma, começou a dar passos para trás.
— O que estamos fazendo aqui? – Perguntou assustada.
— Eu tenho uma consulta.
— Você?
— Sim, eu. – Sorriu docemente para a filha, que não confiava totalmente na mãe.
Elas entraram no escritório, passando pela placa escrita “Dra. Alicia Roden & Dra. Danielle Silvestone – Ginecologista”.
Jade se sentou no sofá na recepção, enquanto sua mãe foi falar com a secretária.
A morena revirava páginas aleatórias de revistas, quando sua mãe se sentou ao seu lado.
“Por favor, não me odeie depois de hoje” – Pensou Kaya.
— O que foi? Parece que viu um fantasma. – Perguntou Jade fechando a revista e olhando para sua mãe.
— Não... não é nada. – Murmurou.
— Tá bom... – Respondeu hesitante.
Kaya tamborilava os dedos na coxa coberta pela calça enquanto milhões de pensamentos rondavam sua mente.
— Por que me trouxe aqui? – Perguntou olhando nos olhos da mãe.
— O que? Do que está falando? – Perguntou assustada.
— Calma, mãe. Eu só quis saber por que me diabos me trouxe aqui se nunca me trouxe em uma das suas consultas.
Kaya soltou um suspiro de alívio ao ouvir o que a filha disse.
— Estava me sentindo sozinha e achei que precisávamos de um tempo juntas. Sabe, mãe e filha.
— Um tempo de mãe e filha em um consultório ginecológico? Nossa, super irá fortalecer essa união de mãe e filha, tem razão. – Jade revirou os olhos.
— Achei que depois daqui poderíamos ir, eu não sei... fazer compras. – Kaya deu de ombros.
— Pode ser. – Jade sorriu para ela.
— Jadelyn August West. – Disse uma mulher ao sair de dentro de um dos consultórios.
— O QUE? – Gritou Jade.
— Jade, se acalme. – Falou Kaya, se levantando logo depois que Jade se levantou.
— Ah, sua mentirosa! – Acusou Jade.
— Está tudo bem? – Perguntou a mulher de jaleco, Dra. Danielle.
— Não, não está. – Falou correndo em direção à porta. Mas antes que ela saísse da sala, Kaya a agarrou pela cintura e a conteve.
— Vamos, Jade! – Disse ao conseguir levar a filha até o consultório da médica, Jade se debatia em seus braços, mas Kaya conseguiu coloca-la sentada em uma das cadeiras em frente à mesa da médica.
Logo a Doutora Danielle entrou assustada no consultório, fechando a porta trás de si, e encostando-se na mesma com suas costas.
— Muito bem, Jadelyn. Fico feliz que tenha vindo de livre e espontânea... vontade. – Disse sorrindo forçadamente.
— Claro, livre e espontânea vontade. – Disse a morena em um bufo.
Jade ficou inquieta quando Danielle trancou a porta e se sentou em sua cadeira.
— Bom, Jadelyn... vamos conversar. Eu não estou aqui como uma inimiga, apenas como uma amiga. Vamos apenas trocar informações, não será nada demais.
— Claro. – Riu a morena secamente. – “Trocar informações” enquanto você me examina. Que maravilhoso, não?
— Então... Jadelyn... – Antes que ela pudesse sequer formar a frase, Jade a cortou.
— Jade, me chame de Jade. – Revirou os olhos.
— Claro... Jade. – Sorriu docemente para a adolescente em sua frente. – Você tem dezoito anos, certo?
— Sim. – Respondeu simplesmente, enquanto Danielle anotava em sua prancheta. – Olha, a minha mãe tem que ficar aqui? – Perguntou apontando para a mulher ao lado dela.
— Oh... – Danielle levantou os olhos encarando Kaya. – Não sei, se você quiser, ela pode sair, se isto te fizer ficar mais à vontade.
— Sim! – Disse Jade instantaneamente.
— Não mesmo, eu vou ficar. – Kaya falou cruzando os braços, Jade apenas revirou os olhos pois sabia que seria inútil tentar tirar a mãe do consultório.
— Tanto faz. – Murmurou.
— Bem, continuando... Jade, está não é sua primeira consulta ginecológica, certo? – Perguntou. Jade balançou a cabeça em negação. – Sim, tem ideia de quantas vezes já se consultou com um ginecologista?
— Uma vez apenas. – Respondeu simplesmente. Danielle a encarou normal, ao contrário do que Jade imaginou.
— Quando veio pela primeira vez após ter a primeira menstruação, certo? – Perguntou.
— Sim.
— Bem, qual é o dia do mês que começa e qual termina o seu ciclo menstrual?
— Mais ou menos do dia 05 até o 15.
Danielle continuava anotando as informações, o que querendo ou não, deixava Jade nervosa.
Sendo que Kaya permanecia ao seu lado sem dizer uma palavra sequer.
— Desculpe-me a pergunta desconfortável, mas você já teve relações sexuais.
Jade suspirou internamente.
— Sim.
— Uhum... – Danielle respondeu anotando.
“Meu deus, ela está escrevendo ‘puta, vadia de 18 anos já deu’ . Mal sabe ela que desde os quinze...” – Pensou Jade.
— Você toma anticoncepcional? – Perguntou olhando para Jade.
— Sim.
— Sem receita? – Perguntou evidentemente preocupada.
— Não, não... – Desta vez Kaya interviu. – Na primeira consulta dela, eu pedi receita para ela. Era bom para ajudar a regular a menstruação e para as espinhas, como ela tinha treze anos, ela estava com muitas espinhas. – Danielle assentiu e anotou. – E bem... hoje ela usa também para outros... meios. – Falou olhando para os lados.
— Bem... Jade, eu acho que você é uma menina bem grandinha, e tem uma mãe bem preocupada, acho que não tenho que me preocupar em lhe informar sobre modos de prevenção, certo? – Jade queria cavar um buraco e de lá nunca mais sair.
— Certo. – Respondeu se encolhendo em sua cadeira.
— Bom, mas preciso informar, mesmo que já saiba de muitas dessas coisas. Jade, apesar de tomar anticoncepcional, é muito bom que use preservativo, saiba que anticoncepcional não é 100% garantido, claro, a camisinha também não é, mas mesmo assim, uma forma de proteção a mais é sempre bom. – Sorriu para a garota, que estava agora, vermelha como um tomate.
Passaram-se mais uns cinco minutos com mais algumas perguntas feitas por Danielle.
Jade sentia-se tão envergonhada que certamente ponderava se jogar-se da janela do escritório de Danielle – Que ficava no décimo terceiro andar – era uma boa opção de se livrar desses assuntos e das perguntas constrangedoras.
— Agora, por favor, Jade... Pode ir até o banheiro e trocar-se. Pode toda a sua roupa no balcão que está ali e vestir a roupa apropriada para o exame que está pendurada atrás da porta. – Disse apontando para a porta atrás de si.
Jade foi até lá já... cagando de medo.
Ela sabia o que estava por vir, e ela realmente iria pular da janela.
Ela de forma alguma queria ser tocada novamente em um consultório ginecológico. Não que dá primeira vez tenha realmente sido tocada, afinal, ela ainda era virgem, mas agora ela não era mais, e a médica sabia disso.
Ah, maldita Dra. Danielle.
Doutora essa que estava nesse exato momento falando com Kaya.
— Dani, você não tem noção. Eu os encontrei juntos hoje. – Sussurrou para a amiga de anos, e também médica.
— Oh... mas eles não estavam fazendo sexo, estavam?
— Não... não realmente.
— Não realmente? – Perguntou confusa.
— Ele estava fazendo... você sabe... – Kaya mexeu a língua fervorosamente para a amiga, que caiu na gargalhada.
— Bem, realmente, não é toda mãe que gostaria de encontrar a filha com o namorado fazendo isso.
— Exatamente. Bem, pelo fato de eles não terem feito sexo, mas sim... aquilo, impede algo de fazer o segundo exame?
— Não, de forma alguma. Se realmente não houve penetração, então não. Mas não se preocupe, eu vou falar com a Jade lá dentro, fazer mais perguntas... ela vai estar sozinha, não mais calma, afinal, nem uma mulher fica calma lá dentro, mas mesmo assim. Então, apenas relaxe. Quer um chá? – Ofereceu a loira.
— Ah, eu aceito. – Respondeu a morena para a amiga.
— Ótimo. – Elas ouviram a porta do banheiro se abrindo um pedaço e então Jade colocou a cabeça para fora.
— Estou pronta.
— Maravilha, vamos lá. – Respondeu Danielle animada. – Daqui a pouco eu volto, vou para a sala de tortura. – Disse piscando para a amiga, que se levantou e pegou um chá.
Jade saiu por outra porta do banheiro que dava na “sala de tortura”.
“Eu estou usando um avental que é segurado por uma simples cordinha que ela vai desamarrar e me ver nua. Que ótimo” – Pensou Jade nervosa.
— Olá de novo, Jade. – Disse Danielle depois de ter arrumado tudo.
A menina fechou a porta atrás de si e foi em direção à médica. Ela olhou a “maca” e os estribos e ficou mais nervosa do que antes.
Beck era o único que via a pequena Jade, ninguém mais, como ela ousa?
— Vamos lá, deite-se aqui e coloque seus pés apoiados aqui. – Disse primeiro apontando para a maca e depois para os estribos no final da maca.
Jade sorriu forçadamente – O que qualquer um em um raio de quilometro conseguiam ver – E fez o que lhe foi mandado.
— Muito bem, querida. Eu vou desamarrar aqui – apontou para a cordinha que fazia com que o avental cobrisse seus seios e barriga... e o resto do corpo. – e vou tocar seus seios para sentir e garantir que não há nem um nódulo ou caroço, está bem? – Jade apenas assentiu. Danielle desamarrou e abriu o avental. Ela pegou um de seus seios (com as duas mãos, porque... são tão grandes para a sua idade, ou para qualquer pessoa) e aperto-os, como havia mencionado. Depois de ter feito o processo com os dois, ela desceu para seu abdome. – Jade, agora farei o mesmo processo, caso sinta dor, não hesite em me informar, por favor. – Jade assentiu e ela tocou diversas partes de seu abdome, olhando atentamente para a cara de dor de Jade. – O que sente, querida? – Perguntou para a adolescente.
— Apenas uma pressão. Mas uma pressão que dói.
— Então está tudo bem, isso é normal. Eu realmente estou apertando e isso causa dor. Mas não é uma dor extrema, é? – Perguntou, Jade negou. – Excelente, vamos prosseguir.
Jade sabia o que a palavra “Prosseguir” significava. Ela ia lá. E este era, definitivamente o último lugar que ela queria a mulher mais velha.
— Han... é realmente necessário? – Perguntou temendo sua resposta.
— Sim. Mas não se preocupe, não será nada demais, apenas relaxe. Esse exame ao todo, são três fases, estou terminando a primeira, então... temos um tempo aqui ainda sozinhas, e podemos ir conversando, isso certamente irá te deixar mais calma.
— Acredite, nada me deixará calma nesse momento.
— Mas vamos tentar. – Sorriu para a mais nova. – Jade, primeiro, quero fazer uma pergunta que é importante para ser realizado o exame completo. – Jade assentiu esperando pela pergunta. – Qual foi a última vez que teve relação sexual. Jade automaticamente ficou vermelha.
— Oh... foi na semana passada.
— Ótimo, podemos então continuar com o exame completo.
Jade – em pensamento – cometeu o famoso suicídio, se ela soubesse, tinha dito que fora cinco minutos antes da consulta.
— Pois bem, preciso fazer mais uma pergunta. Com que frequência você faz sexo?
Jade em pensamento nasceu renasceu só para se matar novamente.
— Como assim?
— Oh, vamos lá, Jade... quantas vezes por mês, digamos...
— No mínimo três vezes.
— Nossa, que beleza. Mas deixo claro que depois do casamento acaba isso, e se torna uma vez a cada dois meses, isso mesmo. Aproveita a juventude.
Era sério isso? A médica estava instruindo a paciente a fazer sexo.
Tudo bem, não que Jade iria rejeitar a opção.
De forma alguma.
— Enfim... Jade, agora vou fazer a última parte da primeira fase, está bem? – Jade assentiu já sabendo que não teria como pular a janela aqui. Dra. Danielle foi até as pernas da Jade e as “abriu” no estribo, fazendo se sentir mais desconfortável do que nunca. – Ao menos você se depila, não é? Tem cada uma que aparece aqui, que você não tem noção... parece que tem um macaco entre as pernas. – Diz querendo quebrar a tensão, e conseguindo, pois, Jade ri alto.
— Bom... eu tenho um namorado, e não sou adepta ao movimento Hippie... então meio que prefiro me depilar. – Disse sorrindo.
— Bom, bom. Melhor do que aparecer na ginecologista com um matagal entre as pernas.
Antes que Jade percebesse, Dra. Danielle estava... “analisando” lá embaixo. Jade estava muito nervosa, ela sentia sua mão lá, e ela não sabia como reagir. Ela sentiu a Dra. Danielle com um tipo de “pazinha”, analisando cada centímetro de sua intimidade.
Depois do que parecia horas, Danielle terminou o exame externo, e Jade já se preparava para o pior.
— Jade, creio que já esteja ciente do exame que será feito a seguir, certo? – Perguntou para a morena.
— Sim. – Afirmou engolindo em seco.
— Bom, eu já volto então.
Danielle se afastou para buscar o objeto que estava fazendo o coração de Jade parar. Ela se posicionou entre as pernas de Jade, colocando o aparelho dentro de sua vagina, fazendo Jade começar a suar frio.
Assim que ela abriu o objeto dentro de sua intimidade para olhar a cérvice e o canal vaginal, Jade soltou um suspiro baixo.
“Não é o Beck, é uma mulher adulta com um troço na sua vagina, Jade. Não é o Beck, isso não dá prazer, isso incomoda, não ouse sentir prazer” – Pensou fechando os olhos.
E parecia que suas preces foram atendidas, porque a última coisa que ela sentia no momento era prazer. (N/A: Genteeem, esse exame só é feito em mulheres que já tiveram relações sexuais, okay? Não se preocupem, meninas virgens, vocês que nunca foram em uma consulta ginecológica não vão ter um troço enfiado na ppk de vocês, recado dado, fui ♥ )
Danielle observou cada milímetro, e então com um palito de plástico e uma escovinha, ela coletou células da cérvice para que fosse feito o Exame Papanicolau, para garantir que não há nem um problema em seu útero.
— Jade? – Danielle perguntou.
— Sim?
— Você não está tendo nem um corrimento vaginal, está?
— Não. – Respondeu.
— Ótimo. Eu irei colher outra amostra para garantir que não há doenças sexualmente transmissíveis, ok?
— Sem problemas. – Afinal, o que é um peido para quem já está cagado? Mais um exame não vai fazer diferença alguma.
Após ser coletada mais ama amostra, Danielle fechou o espéculo e o tirou.
Ela recolheu as amostras e as embalou corretamente, voltando-se em seguida para Jade.
— Vamos para o terceiro exame? – Perguntou sorrindo.
— Oh deus. – Sussurrou para si mesma, pois já tinha noção do que era o próximo exame. – Vamos. – Respondeu simplesmente.
Danielle inseriu dois dedos dentro de sua vagina, e Jade apertou os olhos com força, tendo os mesmos pensamentos anteriores de “Não é o Beck”.
Assim que seus dedos foram inseridos, ela fez pressão com a outra mão na parte inferior da barriga, fazendo Jade arfar.
— Dói? – Perguntou.
— Não, apenas um desconforto por causa da pressão.
— Excelente. Estou analisando os seus órgãos femininos, vamos garantir que a mocinha esteja 100% bem.
— É...
Após alguns minutos fazendo esse exame, ela tirou as mãos, e trocou de luva.
— Jade, a próxima parte do exame será extremamente desagradável, mas necessária, sinto muito. – Sorriu calorosamente para Jade, abaixando um pouco mais a cabeça. – O exame retal é muito rápido, não se preocupe.
Jade assentiu e respirou fundo antes de fazer uma prece e pensar “Não é o Beck, não é o Beck, com ele é bom, esse vai doer, e não é uma dor do tipo boa”.
Jade fechou os olhos e arfou com a dor ao sentir um dos dedos de Danielle sendo introduzido no seu anus.
— Puta merda, isso dói. – Falou com dificuldade, e se segurando para não chutar a cara da médica.
Jade estava nervosa, ela sabia que Danielle perceberia que ela já fizera sexo anal. E se ela contasse para a sua mãe? Ela tinha medo de que isso acontecesse. Mas existe sigilo médico, não existe? Jade torceu para que sim.
— Eu sei, eu sei. Apenas relaxe. – Disse a loira. Danielle ao fazer o exame. A médica se surpreendeu. Jade realmente já havia feito sexo anal, isso era perceptível, ela era médica. Assim que terminou o exame, ela tirou as luvas, e se virou para a mais nova. – Já pode colocar suas roupas, mas antes, por favor, preciso que urine aqui – entregou um potinho de plástico – para que possamos concluir o segundo exame. – Jade assentiu e estava indo ao banheiro, quando Danielle a parou e sussurrou. – Não se preocupe sobre a última parte, não conto para a sua mãe. – Falou piscando, fazendo com que Jade se tornasse um pimentão.
Jade fizera o que lhe foi pedido, e logo foi para o consultório novamente. Marcaram retorno e se despediram da médica, saindo do que foi, de longe, a pior consulta que ela já realizara.
[...]
— Bom... querida, como foi o exame? – Jade apenas jogou um olhar penetrante para a mão, fazendo com que ela revirasse os olhos. – Sei que não foi o melhor dia de sua vida, mas é necessário. Toda mulher precisa se consultar. A última vez que você foi, faz muito tempo.
— Foi horrível.
— Eu sei que não é muito legal, mas é necessário. – Reclamou.
— Ooooh, extremamente necessário. Tem razão. – Ironizou a gótica rolando os olhos. – Nunca foi necessário, mas de repente, só por que me encontrou com o meu namorado em um momento íntimo, agora é necessário. Sinceramente, não foi legal. Não foi nada legal.
— Não tinha que ser legal, tinha que ser cuidado de mãe. Eu me preocupo com você, e decidi fazer isso para cuidar do bem da minha filha. Não te quero com nem uma doença sexualmente transmissível, não te quero grávida... eu só te quero bem! – Falou sensibilizando Jade.
— Eu sei, mãe. Eu sei, e fico feliz em saber que se importa comigo, mas tem coisas que não são necessárias. E uma delas, é, sem dúvidas a minha vida sexual.
— Eu sei, eu só me preocupo com você. Poxa, eu sou sua mãe. Só quero o seu bem.
— E eu estou bem, Danielle disse que não tem nem um problema, portanto, vamos combinar, a senhora não se intromete na minha vida sexual mais, e está tudo bem, eu te garanto, não há problemas. Você gosta do Beck, não gosta?
— Gosto, mas... – Antes que ela pudesse terminar, Jade a cortou.
— Então, você gosta dele, sabe que ele é um bom rapaz, que ele não está me usando, que ele realmente gosta de mim... não há problemas. E além do mais... fomos os primeiros um do outro. – Falou envergonhada.
— Aaaaaw.
— Mãe!
— Desculpa, mas isso é fofinho. Fico feliz que realmente gostem um do outro. – Sorriu pegando na mão da filha. Jade apenas sorriu de volta e decidiu mudar de assunto.
— Bem... vamos então fazer compras? – Pediu.
— Claro. – Falou sorrindo.
Kaya fez uma curva, e foi direto para o shopping.
[...]
Mãe e filha chegam em casa após uma tarde inteira de compras. Elas largam as sacolas no sofá e se jogam no chão.
— Nossa, meus pés estão me matando. – Falou Kaya tirando os sapatos.
— Eu estou moída. – Reclamou Jade bocejando.
— Sim. O que acha de pedirmos alguma coisa para comer? Não estou com paciência para cozinhar.
— Claro, pode ser. – Jade assentiu.
— Vou na cozinha pegar os cardápios dos restaurantes para ver o que vamos escolher.
Jade assentiu e viu a mãe indo para a cozinha quando sentiu o celular vibrar. Pegou o mesmo e viu uma mensagem de Beck.
De: Beck ♥
Para: Ja-Peitos-De ♥
Hey, já está em casa? Vamos sair para jantar? Podemos aproveitar o resto da noite ;)
Jade se animou com a mensagem, e correu para a cozinha para avisar a mãe para não pedir nada, pois ela não iria ficar.
Assim que chegou na cozinha, viu a mãe de costas para ela, apoiada na bancada que ficava no meio da cozinha. Jade pensou que ela estava falando com algum restaurante, e iria impedir ela de pedir algo, mas então, ouviu o que ela estava falando.
— Não, mãe... não foi ruim. Foi ótimo, apesar do constrangimento que passei de manhã e da consulta horrível, Jade e eu tivemos um momento maravilhoso hoje. Saímos para o shopping, fizemos compras, tomamos sorvete juntas, depois ela tomou um café e eu um chá, e comemos Brownie na Starbucks, foi ótimo. Eu sentia falta de passar um tempo com a minha menina, sei que ela não é mais uma menina, mas... apesar de tudo, ela sempre vai ser a minha menininha. Sim, eu sei que ela cresceu. Mas... eu olho no fundo dos olhos dela, e ainda vejo os olhos daquele bebê que nasceu. Aquela coisinha pequenininha e que chorava tão alto, que eu acho que o hospital inteiro ouviu. Sim, mãe, ela já teve folego para cantar desde o nascimento. – Comentou rindo. – Sim, eu sinto falta dela, sinto falta de passar mais tempo com ela. Éramos tão próximas, não sei onde nos perdemos nesse caminho. Sim, eu sei, eu sei. Eu sei que ela cresceu, eu sei que todos os filhos crescem e voam para longe das asas dos pais, mas se eu pudesse eu protegeria ela de todo o mau que tem nesse mundo, mas como não é possível... eu vou deixando ela viver. – Jade suspirou e se encostou na parede do lado de fora da cozinha.
Ela correu para a sala e digitou uma resposta para o namorado.
De: Ja-Peitos-De ♥
Para: Beck ♥
Desculpa, amor. Hoje não vai rolar, vou passar a noite com a minha mãe.
Ela ignorou qualquer mensagem após essa, e foi para a cozinha novamente.
— E aí, mãe? Decidiu o que vamos comer? – Perguntou para a mulher que já havia desligado o telefonema com a avó da mais nova.
— Vamos de... pizza? – Perguntou com um sorriso maroto.
— Opa, e vamos de “O Poderoso Chefão”? – Perguntou da mesma forma que a mãe.
— Só se for agora. Al Pacino, espere por mim. – Falou a mãe, esfregando as mãos animadamente.
— O que? Não! O Al Pacino é meu, fica com o Marlon Brando. – Disse com falsa raiva.
— Mas que audácia a sua para falar isso.
Ambas riram e foram para a sala guardar as compras e se preparar para a noite de filmes.
(N/A: Voltei gente, assistam O Poderoso Chefão, ou como é o nome original – The Godfather – , é excelente, é uma das minhas coleções favoritas. São filmes antigos e muito complexos, mas vale a pena.)
[...]
— Boa noite, mãe. – Falou Jade entrando no quarto, sorrindo para a mãe, que também entrava no seu, do outro lado do corredor.
— Boa noite, querida, durma bem.
Ambas entraram em seus respectivos quartos, e assim que Jade fecha a porta do seu quarto e se vira, ela vê uma figura deitada em sua cama.
Ela rapidamente acende a luz e vê... Beck.
— BECK? – Gritou/Sussurrou. (???????????)
— Olá, princesa. – Disse sorrindo e se levantando.
— O que está fazendo aqui? –Perguntou com a mão sobre o peito, onde o coração pulava mais que rainha de bateria no carnaval.
— Vim te ver. Esperei até a noite da mamãe com a filhinha terminar. – Disse tirando sarro.
Jade apenas bateu em seu ombro.
— Eu levei o maior susto, seu filho da mãe.
— Desculpa. – Disse dando um beijinho leve em seu nariz. – Maaaas, gostaria de dizer que achei muito legal da sua parte passar a noite com a sua mãe. As duas, em pijamas confortáveis, vendo filme, comendo pizza e depois tomando sorvete. Adorável.
— Como sabe de tudo isso? E como entrou aqui? – Perguntou com os olhos arregalados.
— Tenho meus truques. – Disse puxando Jade pela cintura e jogando-a na cama.
— Beck... minha mãe está no fim do corredor. – Avisou.
— Eu vou ser silencioso. Prometo. – Falou beijando-a profundamente, fazendo-a se render.
E assim, Jade aproveitou muito bem o resto da sua noite, e principalmente...
Um dia com a mamãe.


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Notas finais do capítulo

E AÍ? O QUE ACHARAM? GOSTARAM? ODIARAM?
O que acham de mandar um reviewzinho? Aceito um porfa, sério. Quero muito que digam o que acharam.
TROCO NUDES POR REVIEW.
Mentiraaaaaaaaaaaa gujrpgegijgirweugoéwsgriojgeób mas mandem um por favor, estou implorando hahaha.
Enfim, espero que tenham gostado, e vocês, meninas que já foram no ginecologista sabem como é ruim!! Vocês, que nunca foram... CORRAM, CORRAM QUE DA TEMPO DE FUGIR.
Btw, beijão! ♥



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