C'est le moment ou jamais escrita por Cupcakes4264


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Nova fic :)
Espero que gostem ...



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— Eu pensei no que você disse...

— E...?

— E a resposta é sim.

Seus olhos eram enigmáticos, sua expressão apresentava satisfação e seu pé batia no chão de forma paciente.

— Tem certeza? Eu sei que você odeia essas coisas...

E ela estava certa, eu odiava, mais que tudo.

— Acho que ódio é uma palavra muito forte. É claro que não é meu ambiente favorito, mas nada que não seja suportável.

Era um eufemismo, era insuportável. Tinha certeza que depois de 10 minutos naquele lugar, com aquelas pessoas estaria arrancando os meus próprios olhos.

— Você não tem que fazer isso. O seu irmão não teria menor problema em ir...

Coloquei minha mão sobre a sua. Eu suportaria oras daquela tortura, mas não daria chance ao Malcom de adquirir pontos com a mamãe, a companhia ia ser minha, tinha que ser minha, e assim que eu tomasse posse da minha herança iria despachar meus irmãos para o lugar mais longe possível, talvez Taiwan ou o Tibete, ainda não tinha me decidido.

— Acho que nós duas sabemos que o Malcom, não se sai muito bem em ambientes com bebida...

Falei de forma mais doce possível, tentando sutilmente lembrar a minha mãe das façanhas do meu querido irmão mais velho.

— Você tem razão, querida – eu sempre tinha, sorri levemente em concordância – eu só acho que você tem feito tanto pela companhia, você é jovem, deveria estar se divertindo...

Era um teste.

— Claro que não, mãe. Não existe nada no mundo que me divirta mais que te ajudar na administração da Chase & Coo.

Mentira. Conseguia imaginar pelo menos mil coisas que me deixariam mais feliz que passar todos os dias ajudando a minha mãe a comandar a empresa. Em primeiro lugar estaria: comandar a empresa eu mesma, sozinha. O que não demoraria muito, em pouco tempo minha mãe perceberia que já estou apta para guiar a CC sozinha, e partiria para a sua aposentadoria.

Ela sorriu, de forma orgulhosa, era o que ela queria ouvir. Seus olhos gélidos me encararam, enquanto ela refletia a minha resposta.

— Certo, acredito que você brilhara de forma inesquecível na conferência.

Eu sorri em falsa animação, não havia nada no mundo que fosse mais tedioso que conferencias. Iam ser 5 dias monótonos, tentando convencer investidores a investirem e compradores a comparem, provavelmente em um lugar deslumbrante, o qual não poderia aproveitar nada. A verdade é que o meu trabalho seria somente a supervisão, iriamos levar nossa melhor equipe de vendedores, eu iria apenas para analisar os números, guiar a equipe, responder perguntas, a maioria idiota, abrir exceções de preço quando achasse necessário e jantar com investidores especiais, com objetivo de inflar o ego deles e mostrar como eles eram fodas. Na prática eu ficaria o dia inteiro em um quarto de hotel assistindo netflix e atendendo ocasionais telefonemas, e a noite encontraria com velhos barrigudos para falar sobre coisas chatas como estatísticas enquanto eles olham para o meu decote.

Realmente animador.

Sai do andar da presidência, que em pouco tempo seria meu, e caminhei em direção a minha sala, encontrando uma punk deitada preguiçosamente no meu sofá.

— Ao que dou o prazer da visita, srta. Grace?

Ela me encara com um sorriso amarelo nos lábios.

— Estava pensando... E se a gente fosse para Vegas esse final de semana? Só eu, você, muitas bebidas e garotos desconhecidos – ela disse mordendo o lábio inferior. Eu a encarei cética. Thalia era a minha mais antiga amiga, minha confidente, única pessoa que eu conseguia ser eu mesma, sem me preocupar com padrões sociais e julgamentos externos. Ela me conhecia pelo o que eu era e gostava de mim mesmo assim, talvez a única que fosse capaz de tal façanha.

— Por mais... atraente que a sua proposta me pareça, eu vou ter que recusar – ela me encara séria, com uma das sobrancelhas arqueadas, seus olhos são azuis como o céu, e em momentos como aquele eles parecem carregados de raios, eletrizantes pronto para disparar descarga elétrica para matar qualquer um que a contrarie. Talvez por isso que ela era tão pouco contrariada.

— Desculpa, thals, mas eu tenho uma conferência esse fds – respondi, ignorando o olhar intimidante, que, eu, já estava a tempos acostumada.

— Ótimo. Trocada por uma conferência, pela melhor amiga – ela disse em uma fingida voz de choro.

— Thalia, nem começa. Não é como seu eu tivesse opção... – disse revirando os olhos.

— Annie!! Você nasceu abençoada, ou melhor rica! Você tem a opção de não fazer nada pro resto da vida e ainda viver melhor que uma princesa e mesmo assim você decide trabalhar como uma escrava sexual da Angola – eu a encaro, e suspiro, Thalia e eu podíamos ser as melhores amigas do mundo, mas pensávamos da forma mais divergente possível.

— Thalia eu não quero ser uma princesa, eu quero ser a rainha. Eu quero ter a CC sob meu comando, ser a mulher mais poderosa da América, ser respeitada e admirada, ter o verdadeiro poder nas mãos, e se pare ter tudo isso implica que eu seja a subalterna da pior pessoa do mundo, da minha querida mãe, que faça de tudo para deixar ela satisfeita e feliz, até mesmo abdicar da minha felicidade, eu não tenho menor problema com isso. Nada, no mundo, vai me fazer desistir de ocupara a cadeira da presidência, num futuro muito próximo. – Terminei confiante, e Thalia revirou os olhos.

— Cada um faz o que quer com a fortuna que tem, eu escolho torrar, torrar e torrar – disse enquanto sai da sala – divirta-se deixando de viver.

Thalia era demasiadamente dramática. Eu tinha abdicado de muitas coisas, é verdade, para agradar a minha mãe. Tinha desistido da minha paixão pela arquitetura, me focado nos seus objetivos, namorado só aqueles que ela aprovava, por quanto tempo ela achava necessário, minha vida girava em torno daquela empresa e como consegui-la para mim, mas logo tudo isso terá valido a pena. Logo a CC irá estar sob o meu comando e, assim, eu vou poder guiar a minha vida sem interferências.

—--

Piper tinha feito minhas malas, eu não tinha tempo, ou paciência para isso.

Eu estava no jatinho da CC, indo para paris, onde a 34° conferencia de moda teria sede.

A Chase & Coo, era uma daquelas empresas grandes que era dona de várias outras empresas grandes e investia em outras não tão grandes. Por isso sua área de atuação era extremamente ampla, a CC era a empresa atrás de diversas outras empresas desde agropecuária até material de escritório. E um ramo que crescia dentro da nossa empresa, e do mundo, era o da moda, minha mãe recentemente descobrira o quanto ele pode ser lucrativo, uma vez que somos donos das empresas têxtil, das fábricas de roupa e das lojas de confecção.

Ela agora, também, investia nas grandes grifes, tanto pelo prestigio, como pela valorização. A questão é que logo que a CC começou a investir na moda outras empresas começaram a fazer o mesmo, o que a princípio não teria problema levanto em conta a superioridade da CC. Contudo, a maior rival e única concorrente da Chase & Coo, começou a apresentar um grande interesse na área da moda nos últimos meses, então minha mãe reforçou a necessidade de alguém da diretoria cuidar dessa parte de perto para evitar que a Náuticos Jackson entrasse no ramo, e claro que esse alguém tinha quer ser eu.  

Eu tinha acabado de acordar de um longo cochilo, com os olhos ainda marejados e a boca seca. Eu admirava a Piper, minha secretaria pessoal, enquanto ela lia uma revista de moda, ela era muito bonita, nível modelo bonita, só que ao mesmo tempo tinha um jeito descontraído e despojado, ela era divertida e responsável ao mesmo tempo. Trabalhava comigo a mais tempo que eu conseguia lembrar, gostava de pensar em nós como amigas, mas como eu pagava ela não tinha muita certeza se podíamos ser consideradas como tal.  

Logo o piloto anunciou a nossa chegada, e pediu para afivelarmos os cintos.

Eu não estava com nem um pouco de vontade de ir para o hotel, e me trancafiar na incrível suíte presidencial, pelo menos não por enquanto.

— Piper – chamei enquanto saiamos do avião – vocês podem ir na frente com o motorista eu acho que vou dar uma volta, e encontro com vocês no hotel.

Ela me encarou de cima a baixo.

— Tem certeza, Annabeth? – Ela disse, provavelmente se referindo ao conjunto de moletom nada sofisticado e muito confortável que eu trajava. Pensei um pouco, e imaginei o que Thalia diria.

— Certeza absoluta – sorri e estendi para pegar a minha bolsa da Prada – juro que não irei demorar.

E eu com uma calça de moletom enfiada em uma bota ugg, uma regata de cetim embaixo de um casaco de moletom e uma bolsa Prada preta, fui chamar um taxi, sem um destino em mente.

 ---

Eu não estava acostumada a não ter um plano. Não conseguia ser espontânea, que nem a Thalia, eu costumava planejar cada ação minha de uma forma que fosse perfeita em uma visão de 360° graus.

E assim eu acabei parando em uma drogaria no centro de Paris. Eu não estava adequadamente vestida para almoçar em um bom restaurante ou passear pelas lojas. Então com uma súbita vontade de mascar chiclete vim a uma drogaria em busca de uma goma de mascar, sabor menta. Minha pequena aventura parecia ter chegado ao fim, provavelmente a Thalia estava certa eu não sabia como viver, pelo menos não como ela. Qualquer coisa louca ou diferente que já tenha feito foi com a Thalia. Sem ela até um passeio era entediante.

Eu só ia comprar essa porcaria de chiclete e voltar para o hotel, onde faria maratonas de series.

— Merda! – Disse baixinho, meio revoltada e mexendo brutalmente nos chicletes, e como um claro deboche do universo à minha pequena crise, em um movimento brusco, derrubo todos os chicletes no chão – parabéns Annabeth! Faz isso destrói a loja – falo sozinha, atraindo olhos curiosos em direção a americana doida.

Me abaixo para recolher os chicletes, pondo em uma cesta, ia comprar logo todos, que se dane.

— Je vais prendre tout – disse para o caixa, que me olhou desconfiado.

— Tem certeza que vai levar todos? Quer dizer é muito chiclete para uma pessoa só – uma voz levemente rouca disse perto de mim. Me viro sem reconhecer a voz, mas sabendo que se tratava de um americano, pelo sotaque.

O dono era simplesmente o homem mais bonito que eu já havia visto. Ele era alto, tinha os ombros largos e os braços fortes, seu rosto tinha traços delicados, seus olhos eram verdes intensos, sua boca fina e convidativa, seus cabelos pretos como piche. Sua postura confiante, seu olhar malandro e seu sorriso brincalhão.

Eu sorri sugestivamente.

— Eu sei. Queria fazer algo radical hoje – ele alargou o sorriso. Eu entreguei 50 euros para o caixa e sai sem pegar o troco, só com os chicletes. Deixando o moreno bonitão para trás.

— Bem selvagem você – ele disse me seguindo enquanto eu andava em direção a Place de la Concorde— Sabe, eu aposto que eu consigo colocar 50 desses na minha boca de uma só vez - parei o encarando ceticamente – dos de menta.

— Aposta o que? – Eu perguntei, erguendo uma sobrancelha, interessada na brincadeira.

— Se eu conseguir, eu escolho onde nós vamos, se não, você escolhe – eu ri.

— Fechado – e comecei a procurar os chicletes mais ardidos dentro da sacola.

— Aliais meu nome é Percy.

— Annabeth – respondi, desviando por um momento os olhos da sacola, para encarar aqueles orbes verdes.


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Notas finais do capítulo

Então espero que tenham curtido.
vai ser uma fic mais tranquila, uma comedia romantica, digamos assim...
Enfim deixem reviews, comentários, sugestões...



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