Keep Holding My Hand escrita por Liids River


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

HELLO THERE MY SWEETIES
AMIGOS
ESTOU EM RECESSO
TENHO PLANOS DE NÃO SAIR DAQUI DURANTE ESSAS TRÊS SEMANAS
VAMOS AO QUE INTERESSA
senti falta de vocês,mas vamos matar essa saudadezinha nessas semanas de recesso que eu tenho,ok?

Pretendo postar Ones,continuações e outras versões pra vocês. Como estão aí? Muito frio? Muito calor? Muita pressão? ♥
Essa aqui tá mais clichê que titanic,mas foi pedido da minha leitora x ( perdão,esqueci seu nome,eu vou ali rapidinho pesquisar e já edito isso aqui) então,aqui está.
Ela me pediu One "gradativa". O que eu entendo que seja isso aqui ( essas onde eu começo com eles pequenos e vou crescendo com eles,então)então eu espero que tu goste.
Eu amei escrever.
Na verdade,eu amo escrever tudo,então
ushsuhsushasa amo vcs
até amanhã ♥

tenho comentários para responder e irei fazê-lo,pode deixar!


(finalmente One com tamanho de One né @Deus)



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Eu não gostava quando ela fazia isso. Sentia-me traído e com vontade de quebrar as coisas.

 Quando mamãe disse que ela realmente havia ido ao aniversário daquele menina da escola,eu queria me enterrar. Quer dizer,nós éramos melhor amigos,ela deveria estar ali comigo,no meu aniversário. Comendo o meu bolo.

Annabeth insistia em querer ter amigas meninas. Que coisada. A gente fazia tudo junto,sempre fizemos. Ela não tinha que ter mais amigas. Mas segundo mamãe,eu não tinha direito de dizer o que Annabeth podia ou não fazer.

Eu queria ficar deitado o dia todo,mas eu sou curioso. Eu via pela janela quando ela arrumava sua mochila para a casa da menina.

Era meu aniversário,por que ela não queria ficar comigo?

Nós éramos amigos desde que a mamãe dela havia se mudado para a casa da frente. Eu gostava de irritá-la e mamãe dizia que a gente ia casar um dia.

Eca. Casar com Annabeth. Eca.

Ela estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo e usava umas roupas mais claras que de costume. E do seu tamanho. Eu estava tão bravo com ela,que queria abrir a janela e chama-la de traidora.

Mas não fiz,eu fiquei quietinho na minha,como deveria ser.

Por um momento ela se virou para a janela e eu olhei diretamente em seus olhos. Eu deveria expressar que estava bravo com ela? Como? Dando língua ou mostrando o dedo proibido?

Eu não sabia o que fazer,então dei as costas. Talvez ela nem lingue mesmo.

—Você não quer cantar parabéns,meu amor? –mamãe veio a noite,junto com a tia Atena – mãe da traidora. Estavam com o bolo nas mãos,um bolo azul,muito bonito.

— Podemos só cortar o bolo e ir dormir? –perguntei desanimado.

Era a primeira vez que Annabeth não comemorava um aniversário comigo. Eu estava muito bravo.  Quantas vezes eu faço aniversário no ano? Isso mesmo,uma só. Ela deveria estar ali comigo.

—Você precisa deixa-la respirar,meu amor – mamãe murmurou,sentando-se ao meu lado e colocando a televisão no mute. Tia Atena – a mãe da traidora – estava em pé,olhando-me solidária.

—É culpa da sua filha – reclamei para ela que apenas sorriu.

—Se você quer saber,garotão,eu também não estive feliz quando ela me pediu para ir nessa festa do pijama – ela sussurrou,sentando-se ao meu lado. Bagunçou os meus cabelos e sorriu tristonha.

—A gente devia ter unido nossas forças e ter feito ela ficar – cruzei os braços com raiva. – A gente podia,não podia?

Tia Atena – mãe daquela traidora – riu de lado. Ela era quase tão bonita quanto Annabeth. E isso me deixava nervoso porque eu estava com raiva dela também.

— Não é bem assim,meu amor – mamãe riu. – Vamos,vamos comer esse bolo logo,então.

Cortamos o meu bolo azul e comemos tomando refrigerante. Não que eu tenha tido muitos aniversários incríveis,mas aquele tinha sido o piro.

Meus aniversários eram incríveis porque ela estava sempre aqui.

Enquanto eu comia mais um pedaço do meu bolo assistindo minha série favorita de todos os mundos e todas as galáxias,mamãe e Atena estavam na cozinha fazendo coisas de pessoas adultas : conversando sobre coisas chatas.

Eu quase tinha raiava da tia Atena por se mudar. Mas se não fosse por isso,estaríamos muito mais infelizes. Mamãe havia ganhado uma grande amiga,assim como eu.

Eu só não acho que tia Atena seja traidora.

Eu tô muito bravo.

Enquanto começava mais outro episódio da minha série favorita de todos os mundos e todas as galáxias,o telefone tocou.

Eram umas dez,onze horas da noite. Mamãe havia me deixado ficar acordado até mais tarde por ser o meu aniversário.

Levantei-me do sofá,revirando os olhos. Quem liga essa hora?

—Alô. – atendi.

—Hn...é da casa de Sally Jackson? – a voz de moça do outro lado perguntou.

Não,é do McDonals.Dã.

—Sim,quem é? – respondi,minha atenção totalmente presa na abertura da minha série. Eu gostava daquele episódio,tinha os anjos do mal.

—Bem,aqui é a Sra.Tanner. Eu liguei na casa de Atena,porém não atenderam e como na mochila de Annabeth tinha esse outro número,eu resolvi ligar – a mça respondeu. Ela parecia nervosa.

Quando eu ouvi o nome da traidora,eu revirie os olhos.

—Diga a essa traidora,que não estamos interessados em nada que ela tenha a nos dizer essa hora. – respondi categoricamente.

Eu aprendi essa palavra com ela.

— Bem,querido,você pode me passar para sua mãe? Eu preciso falar com ela urgente – ela respondeu. Ainda nervosa.

—Mamãe?! – gritei para a cozinha. Eu só queria que aquela moça parasse de falar de Annabeth e me deixasse em paz,que coisa. – Mamãe,a moça Tanner quer falar com você!

Mamãe apareceu na sala junto com a tinha Atena,as duas confusas. Entreguei o telefone para mamãe e fui correndo para o sofá novamente.

Nada que tenha acontecido com ela é da minha conta mais. Não éramos mais amigos.

Era o que eu achava.Mas não o que eu acreditava.

Quando eu vi a tia Atena com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas,eu sabia que tinha acontecido alguma coisa com a minha melhor amiga. Quando mamãe também começou a limpar os olhos e dar uma água com açúcar para tia Atena,eu fiquei com medo de perguntar o que havia acontecido. Quando as duas se levantaram e pegaram as chaves do carro,eu levantei-me e peguei meus tênis.

Havia acontecido alguma coisa com Annabeth. O meu coração já se apertava de um jeito estranho.

Coloquei meus tênis correndo antes que mamãe viesse dizer que era pra eu ficar.

— Perc-

—Vamos – levantei-me pegando um casaco.

Ela me olhou com pena. Por que ela me olhou com pena?

— Não meu amor,é melhor você ficar,tudo bem? Eu e a tia Atena vamos correr até onde Annabeth está e trazê-la de volta para casa. Aconteceu um...imprevisto – ela riu sem humor,e um tanto revoltada. Mamãe estava revoltada e não era comigo. Tinha algo muito errado.- Fique,coma seu bolo,escove os dentes e vá dormir.

—Mamãe –

— Obedeça,Percy – ela murmurou de novo,dando-me um beijo na testa.

Por que ela não me dizia o que havia acontecido? Por que ela não queria que eu fosse? Eu estava começando a me sentir traído de novo.

—Não,mamãe-

—Percy! –ela alterou a voz. Tia Atena estava impaciente,olhando pela porta e batendo o pé.

— Não! – gritei com ela. Eu sei,eu vou ouvir um montão quando voltarmos,por ter gritado com ela,mas eu estava com raiva tripla agora. Eu não gostava que escondessem as coisas de mim!

Minha mãe me olhou raivosa.

Eu olhei raivoso para ela.

Não ia arredar o pé. Não ia.Não ia.Não ia.

Mas ela vai te colocar de castigo bonito...

Não ia arredar o pé.

Você vai ficar um três meses sem Doctor Who.

Não. Não vou arredar o pé.

Mamãe suspirou e me deu passagem. Eu quase fiz uma dancinha da vitória,mas me contive.

Tia Atena entrou na frente com a mamãe,e icamos em silêncio por um tempo. Eu não conseguia me conter,ficava torcendo minhas mãos no meu colo,e o bolo que eu tinha terminado de comer queria voltar.

—Eu...mamãe... – respirei fundo – O que aconteceu?

As duas se olharam e continuaram em silencia.

Eu odiava ser ignorado também.

— Mamãe.

Silêncio. Estava com vontade de socar a janela do carro.

—A Annabeth tá bem? Pelo menos...pelo menos – engoli em seco. Eu estava começando a sentir meus olhos com água.

—Está tudo bem,garotão – tia Atena disse com a voz rouca. Ela pigarreou e sorriu de lado,tristonha – Uma das meninas fez uma coisa muito maldosa com ela. Só isso.

—O que? –perguntei ansioso. – O que? O que,o que?

Tia Atena engoliu em seco e fungou,contendo as lágrimas.

— Ela cortou o cabelo de Annabeth enquanto ela dormia.

 Mamãe sempre dizia que eu era....como é o nome mesmo....ah sim,inconstante.Eu pedi para que Annabeth me explicasse uma vez o que isso significava,mas acho que nem ela sabia,pois ela riu e desconversou. Quando eu fui pesquisar,eu achei um sinônimo : Instável.

Eu fiquei ainda mais confuso e pesquisei ainda mais : I

Bem,incerto eu sei que é algo que não é certo.

Mas eu não sei porque diabos mamãe me diria algo assim. Não até aquele momento.

Quando chegamos em frente à casa de Brenda,eu vi um borrão correndo em direção ao nosso carro. Mamãe havia pedido para que eu ficasse no carro,mas eu não me contive. Eu queria encontrar a menina que havia feito mal a minha melhor amiga,e jogá-la para o pior monstro do mundo.

Annabeth estava com as bochechas vermelhas e a blusa que ela usava era bem maior do que deveria. Aquilo não era dela. Ela chorava,pelo o que eu pude ver. A tia Atena correu até ela,abraçando-lhe e as duas ficaram ali no jardim da frente,tia Atena fazendo carinho nela.

Mas não havia nada de errado com seu cabelo.

Eu resolvi sair do carro – sabendo que mamãe ia acabar tirando mias alguma série de mim. Annabeth levantou a cabeça  e então eu vi.

A parte do lado direito estava batendo nos ombros e o outro lado estava do tamanho normal. Ela parecia um personagem de Cavaleiros do Zodiaco. Não estava feio,mas não estava bonito. Automaticamente minha mão direita veio até meu rosto. Eu estava surpreso. Aquilo não era bonito

Aquilo não era Annabeth.Minha Annabeth.

Quando me viu,ela chorou ainda mais,se agarrando ao ombro da tia Atena. Escondendo o rosto no ombro dela e soluçando de um jeito que eu nunca havia visto Annabeth soluçar. Ela..ela parecia querer se esconder.

Eu não sei o que deu em mim. Talvez...talvez eu não esteja revoltado com quem tenha feito isso com Annabeth. Eu estava revoltado comigo memso por não ter impedido que ela fosse para aquilo. E estava ainda mais revoltado por ter chamado-a de traidora diversas vezes,na minha cabeça.

Eu me vi correndo para dentro daquela casa estranha. Eu não sabia quem havia feito aquilo,mas estava morrendo de raiva.

Quando eu entrei,me deparei com diversos rostos da escola. Cbaelos de cores escuros,apenas. E olhos feios,nenhum oolho era igual ao dela. Ivejosas.

Quando eu vi a Brenda,a dona da festinha,eu quis bater nela. Mas ela estava com o rosto tão triste quanto o de Annabeth. Nenhuma delas estava feliz,como eu imaginei que estariam.

—Percy! – ouvi a voz da minha mãe.  – Desculpe o meu menino,Senhora Tanner,ele está um pouco nervoso e revol...

Eu tinha que ser rápido. Na minha cabeça,eu tinha duas opções :

Bater em todas elas.

Não bater em ninguém.

Porque eu não tinha ideia de quem tinha feito aquilo à Annabeth.

Rodei igual um cabeça oca,atrás de qualquer pista. Nenhuma delas abria aquelas malditas bocas para dizerem nada.

— Quem? – perguntei rápido.

Brenda foi a única que apontou para um menina do lado direito. Ela tinha os cabelos pretos e os olhos azuis. Era bonita,e eu não tinha ideia do seu nome. Ao seu lado,tinha um tesoura dessas de escola memso.

Eu avancei,mas alguma coisa segurou minha camiseta.

—Me solta! – rosnei para seja lá o que me segurava. –Me solta!

— Percy –mamãe se abaixou e ficou da minha altura. Continuei me debatendo.

Eu ia fazer um corte no cabelo dela. Daquela menina. Eu ia.

—Me solta – rosnei de novo – Me solta,mamãe!

Minha mãe segurou meu rosto,triste. Não queria deixar a mamãe triste,mas eu estava triste. E não queria chorar igual todo mundo. Eu queria bater em alguma coisa.

— Percy! – ela murmurou,chamando-me a atenção. Eu só conseguia olhar para a cara idiota da garota na minha frente. Se eu tivesse superpoderes,eu teria feito ela voar bem longe! – Meninos não batem em meninas.

—Eu não quero bater nela – sussurrei,olhando rapidamente para mamãe – Não quero,eu juro juradinho,eu só quero xingar.

—Meninos não fazem isso ta,bém! –ela segurou um risinho.

—Só xingar – parei de me debater um pouco. Talvez...talvez eu conseguisse negociar alguma coisa com mamãe – Só unzinho,por favorzinho.

— Amor –mamãe balançou a cabeça negativamente.

—Um só – implorei – Ela merece,mamãe. Você viu o que ela fez com a Annie. – implorei novamente,olhei para a menina que de linda,só tinha o rosto. – Você viu o que fez com ela? Você é um monstro! –ela deu de ombro e riu. – Monstro. Você é feia. Feia.

—Ela precisa de você agora – mamãe sussurrou,fazendo com que a minha atenção voltasse totalmente para ela. Seus olhos claros , as bochechas vermelhas. – Vai,meu amor.

 Naquela noite,a Annabeth dormiu na minha casa. Nós chegamos,comemos bolo,assistimos e ela subiu para o meu quarto. Eu ia dormir na sala e a tia Atena ia ficar no quarto de hospedes. Nenhuma delas queria sair de perto da gente.

Eu prometi manter as duas seguras. Tia Atena riu,mas Annabeth assentiu séria quando eu disse aquilo.

Eu estava no sofá da sala. Pormeti não ligar a televisão também,então eu olhava para o teto pensando nas coisas.

Eu havia chamado a Annabeth de traidora diversas vezes. Eu havia mesmo,não nego. Mas ao contrário do que eu havia dito,ela não era traidora.

Por que as pessoas não pensam antes de fazerem mal umas as outras? Agora,eu tinha vontade de chorar. Minha melhor amiga era a pessoa mais extraordinário que eu conhecia.

Por que pessoas comuns temem pessoas extraordinárias?

— Ei – ouvi a voz dela. Levantei a cabeça e vi que ela havia prendido o lado maior do cabelo em um coque de lado. – Eu sou a Leia. Quer dizer,sou metade Leia. Não consegui fazer do outro lado.

Eu sorri,vendo-a dar de ombros. Ela ainda estava com os olhos vermelhos e as bochechas ainda mais.Vestia uma blusa minha,de caminhão. Annabeth suspirou e veio andando até o sofá onde eu estava. Ofereci a mão,ajudando-a a subir e ficar sentada comigo.

Ela entrelaçou nossos dedos e fungou um pouquinho.

—Eu sou o C3PO – sussurrei,só para fazê-la rir. E funcionou,ela riu e deitou a cabeça no meu ombro. Ficamos encarando a televisão desliagada.

Eu gostava de tê-la ali. Não precisa falar nem nada,só tê-la ali.

— Eu acho que quero que você seja o Luke – sussurrou. – Você tá sempre do meu lado.

— Eu sou o Luke então. – sussurrei,acariciando o lado curto do seu cabelo. – Eu sou o seu Luke.

Naquela noite,ela dormiu comigo no sofá,depois de muito discutirmos sobre Star Wars.

Eu não queria ser o Luke.

Eu queria ser o Han Solo. Queria mesmo,não vou mentir.

Quando Annabeth chegou naquele dia,dizendo que o sorriso de Brandley mexia um pouco com ela,eu fiquei muito bravo. Ela não era mais aquele bobinha,magricela de anos atrás. E Brandley também não era nenhum bobão.

E eu ia ficar grisalho antes do tempo,se ela desistisse de falar dele.

Mamãe ainda insistia em dizer que íamos casar. E agora – com meus 16 concluídos – eu sentia muita vergonha quando ela dizia isso. E Annabeth também,claro.

Eu gostava dela. Gostava daquele jeito que meninos gostam de meninas.

Mas...eu não podia,certo? Quer dizer,nós éramos amigos.

Esse era o meu mantra :

Amigos pensam em amigos como amigos. Nada mais.

Então por que eu não suportava ver Annabeth com os meninos do seu grupo de estudos? Era uma droga.

Os cabelos dela estavam batendo novamente nas costas e ela usava um óculos quadradinho. E eu ouvia coisas dos meninos. Eu sou menino e ouvia os meninos falando da minha menina.

Tem como não ficar confuso?

Ainda mais.

Eu sabia que teria que me preocupar quando a última coisa em que eu pensava antes de dormir,era em Annabeth.Eu sabia que teria com o que me preocupar,quando a única coisa que me preocupava era o bem estar de Annabeth. Eu sabia que teria com o que me preocupar quando minha mãe proferiu aquelas palavras na manhã daquele domingo :

— Talvez você esteja apaixonado por ela,hn?

E eu estava. E era uma droga ter que fingir que a sua amizade era suficiente.

Era sexta-feira e eu estava entediado. Eu havia chamado Rachel,Nico e Thalia para virem em casa. Podiamos jogar War e ficar comendo besteiras até tarde.Annabeth não vinha. Ia ficar...”estudando”. Eu sabia o que isso significava : hoje não,Percy.

Desde que nosso grupo aumentara um pouco,ela recusava alguns passeios. De início,eu achei que era Thalia. Thalia era bruta e rude demais. Mas elas se davam bem.

Eu pensei em Nico. Ele,trevoso do jeito que é,talvez estivesse assustando Annabeth.

Mas ele a tratava com tanto carinho.

Pensei em Rachel e logo parei. Nah.Não pode ser.

— Conquistar a Oceania e a América do Norte?! – reclamei. Estavamos jogados no chão da sala,comendo pipoca e falando mal da vida alheia. – Eu odeio esse jogo.

— Eu posso te ajudar – Rachel riu,sentando-se ao meu lado. Passou um dos braços ao redor do meu ombro e sorriu. – Vai ser moleza.

—Certo – murmurei.

Continuamos a jogar. Nico era tão bom no jogo que me deixava com inveja. Mamãe vinha sempre ver se precisávamos de algo e eu não conseguia conter um sorriso debochado todas as vezes que ela olhava para Rachel.

Ela dizia que Rachel estava caidinha por mim.

Mamãe já estava ficando caduca.

—Então....- Thalia pigarreou – Por que a Annie não veio mesmo?

—Ela reclamou de ser muito longe – revirei os olhos – Cínica.

—Você deveria ir chama-la,sabe –Thalia sugeriu – Eu aposto que ela vem.

—Ela tá estudando Thalia – Rachel respondeu,olhando para o tabuleiro. – Talvez ela queria espaço,não sei – ela deu de ombros e sorriu.

— Bem,eu vou chama-la – Thalia ameaçou levantar – Ou melhor,vá Percy. Talvez ela nem esteja estudando.

—Nah,ela não mentiria pra mim – resmunguei jogando o tanque de Nico para longe.

Thalia levantou a sobrancelha e riu. Ela sabia de alguma coisa e estava jogando comigo.

Não jogando o que estamos jogando,mas jogando...vocês sabem.

Péssima escolha de palavras,Perseu.

— Eu já volto – resmunguei,levantando-me e deixando-os no chão,não sem antes tentar pisar nos dedos de Thalia.

Maldita.

Atravessei a rua de meia mesmo. Minha mãe ia me fazer lavá-las depois,eu tinha certeza.

Entrei na casa de Annabeth sem bater memso. Tia Atena estava assistindo televisão na sala e sorriu quando me viu.

—Lá em cima – murmurou.

Sorri e subi as escadas. A casa delas era quase igual a nossa.A diferença,era que a escada era menor. Tinham uns seis degraus até o andar de cima.

A porta da direita,era a de Annabeth. Estava silencioso e ela costumava estudar ouvindo música.

Entrei novamente sem bater só para vê-la jogada sobre os lençóis,cheia de livros ao redor,roncando baixinho.

Thalia havia plantado a plantinha da discórdia na minha cabeça e eu havia caído direitinho.

Sorri vendo-a coçar a barriga inconscientemente. Eu gostava quando ela fazia as coisas inconscientemente. Annabeth pensava demais e isso a deixava triste,eu sabia. Ela era a pessoa mais espontânea e original que eu conhecia,mas também podia ser muito fechada quando queria. Encostei-me no batende tentado a ir tirar todos aqueles livros de perto dela.

Revirei os olhos pra mim mesmo. Parecia um maníaco creepy.

Andei devagar até a cama,tirando todos os livros,fechando-os e colocando aos pés da cama. Ela usava um shorts jeans e uma camiseta que deixava sua barriga a mostra.

Contive minha vontade de fazer-lhe cosquinha pé. Eu não deveria me demorar,talvez Rachel não conseguisse os 24 territórios que tínhamos que conquistar.

Esse sou eu. O cara que pensa em War quando a moça mais bonita de todos os mundos e todas as galáxias está ali,toda a vontade.

Eu sou exemplar,fala sério.

— Deveria acordar você e lhe dar umas palmadas por mentir pra mim – resmunguei,tirando os últimos livros de perto.

— Eu vou – ela sussurrou inconcisentemente. – Tira a Hannah Montana de lá,e diz que eu vou.

Annabeth tinha dessas de falar enquanto dormia. Era divertido até ela saber e querer nos socar.

Segurei o riso e puxei seu braço,colocando-o em cima da própria barriga.

— Diz pra ela que a Hannah Montana disse que vai – sussurrou de novo,bocejando e coçando a barriga de novo.

Que droga. Por que eu achava isso mais fofo do que deveria?

Puxei sua manta dos pés da cama,e coloquei ao redor de seus ombros.

—Diz pra ela – ela sussurrou de novo – Que o Percy é meu.

Olhei para os seu rosto. Eu bem que queria.

Beijei-lhe os cabelos e ela sussurrou de novo.

—É meu.

Sorri. Não era a primeira vez que ela dizia essas coisas. Eu quase me sentia especial.

Sai de seu quarto fechando a porta e indo para o andar de baixo.

—Ela dormiu? –perguntou Atena

—Dormiu. –suspirei. – Qunado ela acordar,diga que vamos assistir alguns filmes,caso...ela queria parecer.

Atena acenou positivamente e sorriu.

Esperei que ela dissesse alguma coisa. Todos pareciam guardar algum segredo e eu era o único que não sabia.

Ela levantou uma sobrancelha e riu.

—Certo,tchau. –sai bufando.

Mas eu iria descobrir.

— Quando eu descobri que na verdade o Valeyard não ia aparecer,eu achei que iam cancelar a série – ela sussurrou,passando as mãos em meus cabelos.

Era segunda-feira e meu dia tinha sido uma droga.

Primeiro que eu tinha ido de mal a pior nos exames de retirada da minha CNH. Eu não conseguia simplesmente ligar o carro da auto escola. Tinha ficado nervoso e com raiva do instrutor que era um tremendo brutamontes.Tinha ido mal no exame de Matemática da escola. E ia ouvir da minha mãe sobre isso. Com certeza que ia.

E tinha brigado com Nico. Ele não entendia que,Deuses,Thalia gostava dele.

Ele tinha sido um imbecil e falado algo como : Eu acho que você deve abrir seus olhos.

Mas eu estava tão de saco cheio que lhe dei o dedo do meio e vim embora.

—Espero que isso não aconteça – sussurrei,mexendo meus pés de forma desconfortável.Eu só queria ficar quietinho.

E ela entendia isso. Balançou a cabeça e sorriu de lado.

—Vai ficar tudo bem –sussurrou. Deu-me aquele sorriso que eu tanto gostava e entrelaçou os dedos nos meus.

Se ela soubesse que isso mexia com a minha cabeça ainda mais,não o faria.

— Eu sei –apertei seus dedos e sorri.

— Você viaja viu – reclamei. Estávamos sentados na arquibancada da quadra da escola. Era dia de jogo e Annabeth parecia em outro mundo desde cedo.

Ela sorriu de lado,mas parecia meio chateada com alguma coisa.

—O que foi? –perguntei. Ela deu de ombros e balançou a cabeça. – Anda,abre essa matraca.

—  Nico pediu a Thalia em namoro – ela murmurou.

—Ele disse que faria – sorri de lado. – Eu fico contente por eles.

—Eu também – ela suspirou.

—Eles sempre foram tão amigos.

—É.

Eu estava tão bravo. Bravo a ponto de bater em alguém

Mas você sempre está bravo a ponto de bater em alguém.

Eu sei.

Ela havia saído com ele. Aquele cara idiota que vive comentando coisas sobre ela. Coisas nada legais.

E eu deveria estar tranquilo com isso,afinal,somos amigos. Amigos e só isso.Fim de conversa. Só amigos.

Mas eu estava borbulhando.

—Ei – minha mãe apareceu na escada – Você não foi para o boxe hoje?

Minha mãe sempre fora paciente comigo,mas concordamos que eu precisava de uma atividade extracurricular para relaxar. Boxe,foi a nossa escolha.

Era bom porque eu podia bater. Apanhava – muito – mas batia.

—Não.

—Tudo bem? – ela perguntou ajeitando a bolsa no ombro – Eu vou sair com a Atena,quer alguma coisa?

Que a filha boboca dela fique longe daqui.

—Não.

—Certo –ela suspirou,vindo e dando-me um beijo na testa – Não exploda a casa.

—Não prometo nada – sorri de lado.

Ela revirou os olhos e saiu.

Coloquei alguma série para assistir,mas eu estava pensando demais para poder prestas atenção.

É um droga. Você acha que sabe o que é gostar de alguém até ver esse alguém sair com outra pessoa. Eu queria agir feito um neandertal e tirá-la de perto dele,mas isso só me complicaria. Eu odiava com todas as minhas forças gostar de Annabeth.

Mas odiava ainda mais não conseguir dizer isso para ela.

Bati a porta,encontrando Annabeth deitada no sofá,assistindo aquela série que ela tanto amava : White Collar. Ela dizia que era pela história,mas aqui entre nós : eu sei que é pelo ator.

Eu já havia desistido de não demonstrar o quão importante ela era importante para mim. Se houvesse uma oportunidade,eu demonstrava.

Mas ela era quase tão lerda quanto eu.

Só que naquele dia,depois de ter deixado Rachel em casa,eu finalmente consegui demonstrar o quão importante ela era pra mim. Eu beijei-lhe e disse tudo que tinha pra dizer.

Mamãe chegou bem na hora.

Mas ela entendia. Acho que ela,mais do que ninguém,entendia.

Tinham dois meses que estávamos...juntos. Sim,eu sei. Finalmente.

— Eu queria ir com você – ela sussurrou,apoiando o queixo em meu ombro. Estavamos deitado em sua cama,no seu quarto.

Depois que começamos a namorar,sua mãe colocou algumas restrições quanto as minhas vindas a casa delas. Tudo bem,eu até entendia.

Deixar a porta aberta,era uma delas.

—Nop – sussurrei,quase dormindo – Você vai se entediar.

—Não vou não-sussurrou comigo – Eu fico lá quietinha enquanto você chuta algumas bundas pra mim.

—Nah- murmurei.

Ela beijou-me no pescoço.

—Por favor – sussurrou.

—Não – murmurei novamente,rodeando sua cintura com os meus braços – E nem pense em me seduzir com seus encantos Annabethrescos.

...

...

...

 Estavamos onde eu treinava boxe.

O que?

Ela tinha mesmo encantos Annabethrescos.

—Eu quero tentar! – ela gritou quando eu terminei de treinar com Paul,um dos instrutores.

—Mas ... – eu olhei em seus olhos – É sério?

Ela tirou os óculos entregando ao Paul e esticou os braços,estralando-os.

—Com certeza.

Ela correu em minha direção,e eu fiz o que qualquer pessoa faria : desviei.

Annabeth caiu de cara no chão.

Leia novamente e por favor... mandem uma ambulância para cá.

Annabeth caiu de cara no chão.

Annabeth

                   caiu

                          de

                              cara

                                    no

                                         chão.

Depois de socorrê-la,levei-a para casa.

O nariz inchado e a boca com um corte pequeno.

Tudo isso só porque eu desviei.

Eu sou um péssimo namorado.

—Pare – ela sussurrou deitada em meu colo. – Você sabe que eu sou desastrada. Você não tem culpa.

Sorri,passando a mão em seus cabelos.

—Eu te amo – sussurrei.

E foi como se o tempo tivesse parado.

Era a primeira vez que eu dizia isso a ela. E eu me sentia leve.

Annabeth arregalou os olhos e se levantou com tamanha rapidez,que quase batemos a cabeça uma na outra. Eu sentia o sorriso na minha cara e quem quer que visse de fora,saberia que,cara,eu amo essa menina.

—Você-

—Eu te amo – sussurrei de novo.

—Percy...

—Eu te amo – murmurei novamente.

Tudo bem. Ela já entendeu. Para de ser repetitivo.

Ela riu baixinho,sentando-se no meu colo. O nariz ainda estava inchado e a boca também,mas ela nunca esteve tão linda pra mim.

— Você-

—Eu te amo – murmurei de novo.

O que?

Eu juro que tô tentando parar.

Ela riu mais alto. Passou o polegar pelo meu lábio inferior e sorriu.

—Você tá repetindo pra ter certeza? – perguntou baixinho.

Ela parecia quase encantada. Como se ao invés de mim, quem estivesse dizendo isso fosse Leonardo DiCaprio.

—Eu te amo – sussurrei novamente.

Eu sei. Eu vou parar.

— Eu já entendi, Percy – ela sussurrou também. – Você parece que arranhou o disco.

—Eu amo você (?) – brinquei.

Ela riu de novo,jogando a cabeça para trás.

O sorriso dela fazia com que todo o resto fosse só...resto.

Quando ela voltou do seu ataque de riso,ficou séria e entrelaçou nossos dedos. E eu acho que está aí algo que nunca,nunca vai deixar de acontecer.

Segurarmos as mãos.

Não importa o que aconteça.

—E eu amo você.


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Notas finais do capítulo

Gente eu não revisei,pq eu tô correndo pra terminar mais umas aqui pra matar a saudade de vocês.
mas eu vou voltar aqui e corrigir os absurdos
promess

love u guys


ME CONTEM COMO ESTÃO AS FÉRIAS DE VCS
TÃO ASSISTINDO SÉRIE
TÃO LENDO
TÃO FAZENDO O QUE











ps : deixa eu só expressar minha alegria aqui de que eu vou conhecer uma amiga/leitora/deusa na comic con desse ano,se tudo der certo! Então eu estou explodindo de felicidade e alegria!
e no ano que vem,vou conhecer minha parabatai 2.0 ( pq eu posso ter duas parabatai) ♥