Mascara escrita por sakura_princesa


Capítulo 1
Capítulo 1




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A natureza macabra

Que me envolve na mata,

Na noite escura e fria,

Me condena ao medo e ao desespero,

 Eu estou presa à uma realidade a parte

Os mortos se levantam de seus túmulos no soar da terceira badalada da meia noite

Puxando-me para com eles ir

Para o sofrimento eterno

O tormento de viver uma vida falsa,

 Fui presa à uma mascara de ferro,

Não consigo tirá-la,

Se tornou parte de mim essa mentira,

 Tão falso quanto às lágrimas de um rei

Que chora por uma criança morta em seu vasto reino,

Quero fugir,

O príncipe encantado não existe,

Quem existe é o cavaleiro negro que me puxa das mãos para um mundo tão negro quanto,

Mas vivo.

Ele tenta me ajudar,

Mas a mascara está colada em mim,

A mascara que me transformou nisso,

 Me deu tudo o que eu precisava,

Ou o que eu achei que precisava,

Seduzo tanto quanto o cantar de uma sereia negra no fundo do mar,

Sou tão bela quanto uma princesa vitoriana,

Meu perfume te deixa apaixonado,

E obcecado para me tomar nos braços.

Ó nobre cavaleiro negro,

Tire de mim essa mascara de ódio e obsessão,

E me tome nos teus braços,

 Livre-me dessa dor,

Eu peço em prantos,

 O cavaleiro se aproxima,

Mas fora pego pelo meu feitiço,

Sua pele branca cadavérica,

Seus cabelos negros cujo brilho supera o da lua,

Teus lábios negros me chamam,

Doce donzela,

não posso te livrar da maldição da qual fui pego,

 Sou teu servo,

És minha rainha,

Humilhe-me,

Mas deixe-me tocar em teus lábios,

Com grande ousadia o peço, Nobre donzela.

Ele pediu se ajoelhando para mim,

 Num ardor que chega a ser maior do que todos os outros já sentidos,

Estou fadada a isso,

Não podes me livrar de minha pena,

Faça o que queres comigo, cavaleiro,

Depois deixe que eu me mate,

Pois com essa maldição não consigo viver,

Não sou filha de Vênus,

Muito menos de Vitoria,

Para que me adores,

Sem hesitar ele o faz,

Me toma em seus braços sem se importar com delicadeza,

Minha pele queima,

 Meus olhos se fecham,

Eu deixo de ser donzela,

Vejo o sangue sair de mim enquanto caio em meu tumulo,

O cavaleiro chora com a minha morte,

Não chores, ó nobre cavaleiro negro,

 Não chores...

Ainda posso te ver e te ouvir,

Posso ver a liberdade,

Ó cavaleiro negro, não chores por mim,

A natureza macabra

Que me envolve na mata

Na noite escura e fria... Por uma última vez...


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Notas finais do capítulo

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sakura_princesa