San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1) escrita por Biax


Capítulo 76
O Que Acontece na Riachuelo + Momento Triste


Notas iniciais do capítulo

OEEEEEEEEEE pessoas! Tudo tranquilo?

Hooooooooooje vai acontecer algo que vocês queriam muito :33

Não vou me prolongar aqui, mas preciso dar um aviso... Mas deixo para falar sobre ele lá em baixo!

Boa leitura! :B



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698681/chapter/76

— Tem certeza que tá bem? — perguntei pela terceira vez, enquanto saíamos do carro.

— Já disse que sim, Yan. — Minha mãe riu, ligando o alarme do carro. — Já disse que se eu ficar mal, vou te avisar.

— Eu sei, mas sei lá... — A segui para a entrada do shopping.

— Não precisa ficar tão preocupado. — Passou a mão no meu cabelo.

Suspirei e seguimos pra escada rolante.

O shopping estava cheio. Não entendi o porquê minha mãe quis vir justo hoje. Poderíamos vir na semana, que seria bem mais vazio.

Ela cismou que queria comprar algumas roupas, e eu não poderia deixá-la vir sozinha.

Passamos em duas lojas, mas ela não gostou de nada. Então ela quis ir na Riachuelo. Demoramos um pouco pra achar a loja, mas achamos.

Senhora Cláudia minha mãe pegou algumas roupas e foi colocando nos meus braços enquanto eu a seguia entre as araras e pessoas.

Olhei distraído pela loja, quando algo claro chamou minha atenção. Dei uma olhada melhor e vi alguém com cabelos louros claros e compridos, de costas pra mim, ao longe.

Fiquei um pouco confuso, porque pelo cabelo, era uma mulher, mas pela altura e roupas...

A pessoa se virou, pegando uma roupa e vi que era um garoto. Ele pegou um cabide e jogou em alguém do lado dele, que eu não tinha reparado.

A menina de cabelos grandes tirou a peça da cabeça, rindo e ficando descabelada, enquanto jogava a roupa nele.

Senti meus olhos se arregalando de leve quando...

***

— PARA! — gritei quando Bebê jogou outra blusa em mim, e a joguei nele enquanto ria.

Ele caiu na gargalhada de novo, puxando a roupa e a colocou de volta no lugar dela. — Eu preciso me distrair de alguma forma. — Colocou as mãos na minha cabeça e arrumou meu cabelo.

— Sai, sai. — Ri e me afastei.

— Que sai o quê! — Puxou minha cabeça pra baixo e pro peito dele, me amassando.

— Me solta, vou chamar sua mãe! — Tentei sair, mas ele não soltou.

— Boa sorte pra achar ela nos provadores — zombou, me soltando.

Me afastei um pouco e ajeitei meu cabelo, fazendo bico.

— Disfarça. — Ele ficou na minha frente. — Tem um menino te olhando. — Deu uma virada de rosto de leve pra esquerda.

Dei uma espiada por trás do braço dele e eu não acreditei no que vi.

— Que foi? Já apaixonou? — Olhou pra trás.

Mas gente... estou vendo miragens? A saudade é tanta que tô vendo coisa?

Yan e eu sorrimos ao mesmo tempo, bem bobos.

Vi de canto de olho Bebê me olhando, estranhando.

Uma mulher se aproximou do Yan e olhou pra onde ele olhava enquanto deixava outra peça de roupa nos braços já cheios dele.

Ele se virou, tomando um susto. Ela falou algo, e ele respondeu, ficando meio corado.

— Você conhece ele, né? — Bernardo balançou a mão na frente do meu rosto. — Pera aí... — Segurou minha cara com uma mão, apertando minhas bochechas e me fazendo fazer um bico. — É o sujeito Yan? — perguntou abrindo um sorriso travesso.

Jesus, isso vai dar ruim.

— Nem precisa responder. — Me soltou rindo e começou a andar.

— NÃO! — Segurei as costas da jaqueta dele, sentindo o rosto em chamas. — Não faz isso! Por favor! — implorei, desesperada.

Ele riu. — Eu só quero conhecer ele — disse se fazendo de inocente.

— Eu sei que você vai me fazer passar vergonha! Você não vai falar com ele!

— Qual é, Bruna. Não confia em mim? — Olhou pra trás.

— Não. Para com isso!

Bebê riu ainda mais. — Tá. Tá bom. — Ficou parado e cruzou os braços.

Respirei fundo e o soltei. Aí ele saiu correndo.

SOCORRO DEUS!

Corri atrás dele, mas tarde demais...

— Olá, sujeito Yan. — Bebê disse ficando na frente dele, quando cheguei perto.

Yan deu um sorrisinho engraçado de quem não entendeu e me olhou. — Oi.

Ele estava vestindo um moletom cinza claro e meus olhos se encheram com aquela visão.

Senti Bebê me dando uma cotovelada no braço e eu o olhei. Ele me olhou tipo “vai apresentar logo ou eu vou ter que fazer isso?”

Olhei de volta pro Yan, que me olhava. Dei um sorriso sem graça. — Yan... Bernardo. — Indiquei o loiro. — Yan. — Indiquei ele.

— Eu apertaria sua mão, mas... — Deu uma olhada rápida pra pilha de roupas nos braços.

— Não esquenta com isso. — Bebê sorriu, todo feliz.

— Mas eu não entendi o “sujeito Yan”. — Me olhou.

— Piada interna nossa. — Ele respondeu por mim. — Legal te conhecer. Parece que faz meses que escuto teu nome.

Encarei Bernardo, sentindo as bochechas quentes.

PARA DE FALAR, CRIATURA!

— Ah é? — Yan disse, olhando pra ele. — Estranho, eu acho que ela nunca falou de você.

Ficou um clima meio estranho.

Era impressão minha ou ele tava tentando provocar?

— É porque nos reencontramos no começo das férias — comentou, simpático. — Nunca rolou um papo entre vocês sobre “exs”?

Ai Deus me puxa daqui.

Yan estranhou e me olhou. — Já... — falou com tom de dúvida.

O dia do ginásio passou pela minha mente. — E-eu já falei dele, mas não disse o nome porque não lembrava... Lembra que eu contei que tive um namoradinho que só andávamos de mãos dadas no recreio...?

— Ah! Lembro sim... — Olhou pro Bebê. — Agora eu lembro.

Os dois se encararam. Bernardo estava se divertindo muito. Mais do que devia...

— Yan.

Olhamos pro lado. A mulher tinha voltado e olhou pra nós.

Ela tinha cabelos longos, pretos e cacheados, igualzinho do Yan.

— Mãe... — Deu uma olhada rápida pra ela. — Essa é a Bruna, amiga da escola, e esse é o... — Olhou pra ele, com uma sobrancelha levantada.

Gente...

— Bernardo. — Se apresentou, sorrindo pra ela.

— Cláudia. — Sorriu, me olhou e olhou pro filho, que desviou o olhar do dela, e ela segurou o riso. — Prazer em conhecê-los... Vou ali no provador — avisou Yan.

— Tá. — Entregou as roupas pra ela, que saiu andando.

Bebê se abaixou e aproximou a boca do meu cabelo. — Agora se enfiem dentro dessas araras e se peguem que vou procurar minha mãe.

Fiquei vermelha na hora enquanto ele se afastava e eu o seguia com o olhar, só pra não olhar pro Yan, por medo dele ter ouvido.

Fui pega de surpresa quando senti ele me abraçando pela cintura. Então cerquei seu pescoço com os braços e afundei o rosto no seu pescoço, sentindo seu perfume.

Meu coração já tava daquele jeito. Gente, como eu estava com saudade...

Yan se afastou um pouco, ainda segurando minha cintura e me olhou.

Como se tivesse lembrado de repente, olhou pros lados e eu fiz o mesmo, vendo algumas pessoas pela loja e ri, envergonhada.

Então ele segurou minha mão e abaixou, entrando em um corredor estreito de roupas.

Mas o quê...

Ele ajoelhou e me puxou. Comecei a rir e fiz igual, e Yan segurou meu rosto e já me beijou, sem rodeios.

Segurei seu pescoço enquanto nos beijávamos. Mas não durou muito, porque né.

Levantamos, olhando ao redor, como se nada tivesse acontecido. Mas minha cara com certeza nos entregava.

— Realmente não achei que te veria aqui. — Ele disse, parando na minha frente.

— Nem eu. — Sorri, sem jeito. — Foi muita coincidência.

— Foi mesmo. — Riu, levantando a mão e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Desculpa interromper. — Ouvi Bebê atrás de mim. — Mas minha mãe decidiu que queria perder tempo provando zilhões de roupas pra ir embora sem comprar nenhuma.

Afe, já?

Fiz um bico e olhei Yan.

Ele me puxou pra outro abraço. — Agora falta pouco.

Sorri, o abraçando. — Sim.

Nos afastamos. Bebê segurou meu pulso e começou a me puxar.

— Prazer, sujeito Yan. — Acenou enquanto começava a andar. — Ela gosta muito de você! — anunciou alto.

Arregalei os olhos e puxei ele, tentando tapa sua boca. Ouvi Yan rindo.

— Eu também gosto muito dela — respondeu alto também.

Dei uma olhada pra trás, sem acreditar no que tinha ouvido. Yan estava sorrindo, e acenou.

Sorri timidamente e acenei de volta.

Encontramos Silvia perto da entrada e saímos.

— Viu só, doeu? — Bernardo colocou o braço nos meus ombros.

— Sim, bastante — ironizei.

— Então da próxima pede pra ele morder de leve.

— QUÊ?! — Me afastei e dei um tapa no braço dele, enquanto ele caia na gargalhada.

***

Os dias foram passando e eu nem percebi. Eu achava que iria demorar, mas com o Bernardo sempre aqui, as horas passavam igual minutos.

Eu comecei as férias querendo que passasse rápido pra voltar logo pra escola, mas agora que estava acabando, eu estava angustiada, porque teria que me acostumar a ficar sem as ironias do Bebê.

Meu pai já tinha comprado a passagem. Eu pegaria o ônibus das duas da tarde, no domingo, dia 31.

Comecei a arrumar a mala aos poucos durante a última semana, e tentei terminar depois do almoço de sexta.

Sentei no chão, na frente da mala e do guarda roupa, dobrando as roupas e as guardando.

— Tá chorando já? — Bebê apareceu, entrando e sentou do lado da mala.

— Até parece. — Continuei olhando pra roupa na minha mão.

— Por que tá se fazendo de durona? Eu conheço sua cara de choro. Você fica com um bico igual do Quico. — Riu.

— Vai cagar. — Acabei rindo, e joguei a primeira peça de roupa que alcancei do meu lado.

Ele fechou os olhos com o impacto da peça na cara dele, e a pegou, a olhando com as sobrancelhas levantadas.

Só depois que eu percebi que...

Opa. — Desculpa! — Tentei pegar dele, mas ele desviou.

— Isso foi uma declaração de amor? — Esticou minha calcinha na frente dele, com as duas mãos.

— Eu não vi que era uma calcinha! — Fiquei vermelha e a tirei dele.

— Por que você usa calcinha de velha?

— Não é de velha. É calcinha shorts.

Ele riu. — Então tá... Só não joga suas roupas íntimas em mais ninguém além de mim lá — disse enquanto o sorriso sumia do rosto dele.

Nos olhamos, e eu baixei o olhar pra mala, sentindo os olhos ficando úmidos.

Mordi o lábio de baixo, segurando o choro.

Ouvi ele se mexendo, e quando vi, sentou do meu lado, já me abraçando de lado e puxando minha cabeça pro peito dele.

Funguei e o abracei pela cintura, com algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nem gostaram, né? Digo, da primeira parte.

Vocês queriam Yan nas férias, teve Yan nas férias :p

Mas ai meu coração. Logo a Bruna volta pra escola e não teremos mais o Bebê pra zoar com ela :c

Enfim. O que acharam do capítulo? kkk

Ah sim, o aviso...

~le suspense

Brincadeira, não é nada demais. Vou explicar:

Essa história teria que ser dividida, porque tuuuudo o que eu tenho em mente, não teria como ter em um "volume" só.

Então, eu vou dividir a história em volumes, e vou aproveitar que logo as aulas vão voltar para começar um novo "arco".

Esse ficaria sendo o último capítulo, porque no próximo a Bruna já volta pra escola (yay)

Quero muito saber o que vocês acham sobre isso. Se fica bom, se não fica, se tanto faz porque vocês vão ler do mesmo jeito (cofcof). Sério, quero muito saber a opinião de vocês.

Se acharem que fica ruim, acho que posso continuar aqui mesmo por enquanto. Mas uma hora vou ter que dividir :B

Mas acho que acaba ficando melhor tanto pra vocês, quanto pros novos leitores (que espero que tenha). Daí, eu pensei em abrir outra história, com exatamente tudo igual, nome, sinopse e etc. Só mudaria os avisos que eu colocaria (sobre ser o volume 2) e esse "Vol.2" no título.

Bom, é isso.

AH GENTE. Dia 25 foi aniversário da Bruuuuuna! Uhuuuu :~~

Te amamos, Bruuuuu -qq

Okay, chega kkk

Esperarei vossas opiniões! Beijocas e até mais o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.1)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.