Back to New Orleans escrita por America Jackson Potter


Capítulo 12
XII




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— H, não diga bobagens. — Josh respondeu sério. — Ninguém sabe onde ele está. Marcel o trocou de lugar quando Alistair tentou tirar a adaga de seu pai...

— Você sabe mais do que me conta. — disse eu. — Como você não pode me falar isso? Josh, pensei que queria me ajudar.

— Existem coisas que não se podem falar assim. — ele respondeu.

— Então me conta: onde meu pai estava? — ergui uma sobrancelha.

— Na antiga mansão Mikaelson, que estava desabitada antes de Alistair vir para cá. — ele respondeu sem olhar para mim.

— Por que diabos você não pode falar quem é Alistair? É por medo? — me sentei no sofá frustrada.

— É mais do que isso, H. — ele respondeu me encarando.

— Por favor, me fala! Não aguento esses segredos que vocês ficam escondendo de mim! — me segurei para não gritar. — Estou começando a descobrir alguns segredos e vocês insistem em manter outros! Eu não sou uma criança! Pare de me tratar feito uma!

Josh iria me responder, mas alguém bateu na porta. O mais velho levou os dedos nos lábios para pedir meu silencio. Ele olhou no olho mágico e depois olhou para mim sibilando “se esconda”. Ótimo, mais uma vez iria ter que me esconder. Corri para o banheiro. Grudei meu ouvido na porta para tentar ouvir quem era. Josh parecia estar murmurando com a pessoa, mas ouve um momento em que a outra pessoa aumentou o tom de voz e deu para eu escutar:

— É melhor nenhum Mikaelson estar aqui, Josh. — era um homem. Alistair talvez, mas sua voz não era tão carregada de raiva.

— Okay, eu aviso para você. — Josh falou cansado. — Espera, como você me achou aqui?

— Eu tenho olhos e ouvidos por toda cidade, Josh. Não me teste. — o homem falou. — E quem está morando aqui com você? Com quem estava conversando?

— Não te deve respostas quanto a isso, Marcel. — gelei. Tinha uma parte de mim que queria muito sair de lá de dentro e bater na cara dele. — Por favor, vá embora.

— Quero as minhas respostas, Josh. — Marcel disse por fim e ouvi a porta bater. Abri a porta e encarei Josh.

— O que mais está escondendo de mim? — ergui uma sobrancelha. — Você combinou tudo isso?

— Não, eu nem sabia que ele viria para cá. E eu não devo minha confiança mais a ele.

— Mas parece que deve respostas. — ele revirou os olhos.

— Olha, Alistair e Marcel querem saber sobre sua família, porque Alistair quer matar todos os Mikaelson e Marcel não quer isso. — Josh se assustou com o que disse. — Não devia ter falado isso.

O puxei pela gola da camisa e forcei contra a parede.

— Desembucha tudo. — Josh tentou se livrar, mas não sei o que deu em mim que eu consegui fazer com que não escapasse. — Eu não vou te contar até você falar tudo. Desde de quando minha mãe foi embora.

— É uma longa história, me deixa sair. — Josh se remexeu em uma tentativa inútil de escapar. — Okay, por favor, me solte e eu te conto tudo. Tudo mesmo.

— Tá bom. — o soltei e fomos para o sofá.

— Bem, quando sua mãe foi embora, Marcel tinha tudo, havia conseguido derrubar seu pai e sua família e ainda havia dominado todos os clãs de New Orleans. — Josh falou me encarando. — Como ele era invencível, todos faziam filas para adora-los, Marcel foi tratado como um deus.

“Se passou uns dois ou três anos, e ele começou a perceber que não era isso que ele queria. A humanidade dele tomou conta e fez com que ele se sentisse culpado por ter tirado o pai de uma criança, ele começou a pensar que ele seria o único a ter o amor de pai de Klaus, e tentou ir atrás de você para recuperar e querer o perdão de Hayley. Só que, com a derrota de Klaus, alguns inimigos antigos dele vieram atrás do Original para se vingar e Marcel ficou aqui para defender seu pai, se não conseguia te achar, talvez assim ele conseguisse se redimir. Mas então Alistair surgiu, e fez a cabeça do Marcel dizendo que ele não deveria ficar com pena de você, que ele estava certo e que se quisesse ser um Deus como os Mikaelson eram, teria que desligar.”

Várias coisas começaram a passar na minha cabeça e Josh percebeu isso, tanto que parou para perguntar se eu estava bem, apenas pedi para que ele prosseguisse.

“Marcel desligou por pressão de Alistaiar. E se tornou alguém mais frio e raivoso, deixando cada vez mais os vampiros livres para dominar a cidade. As bruxas tinham medo, pois começaram a receber ataques constantes, os vampiros do Quartel achavam que você poderia estar escondida entre elas e proporão um acordo. A aliança entre vampiros e bruxos foi feita, claro que havia algo atrás disso de ambos os lados, as bruxas tinham interesses maiores em você e os vampiros tinham interesses maiores na sua família.”

“Os lobisomens foram neutros em tudo, eles foram os únicos a não apoiar a causa de querer os Mikaelson mortos. E isso foi para a matilha dos Crescentes: Marcel expulsou todos os lobisomens da região. Mas acolheu aqueles que queriam ajudar a encontrar você e sua mãe. Foram um ou dois, o resto não fez questão de trair a confiança da sua mãe, continuaram com o lema de que todos os lobisomens se ajudam. E assim foram expulsos dos arredores de New Orleans. O Bayou foi esvaziado e todo lobisomem que é encontrado lá e que não esteja a disposição de ajudar Alistair, é morto.”

— Ajudar Alistair? — ergui uma sobrancelha.

— Você não sacou? — ele ficou sério. — Marcel não é o problema, Alistair que é. Para você ver que mesmo sem a humanidade Marcel se preocupa com seu pai e com você, Alistair ia mata-lo há um dois, três dias atrás, mas Marcel o impediu e mudou o corpo do seu pai para outro lugar.

— Cemitério Lafayette. — pensei alto e Josh assentiu.

— Ninguém sabe onde ele está, apenas Marcel. E bem, talvez você agora.

— Então o grande vilão é o Alistair? — ele assentiu. — E por que deve respostas a Marcel?

Eu sou os olhos e ouvidos dele. — Josh falou. — Sempre estive ao lado dele, sempre o ajudei. E eu sou o único que Alistair não manipulou.

— Por isso não me caça. — comentei. Olhei para ele: a serenidade em seu olhar dizia que não estava mentindo. Assenti comigo mesmo, minha cabeça estava cheia de pensamentos que eu não conseguia processar, mas uma parte deles estavam se juntando com as minhas memórias: aos cinco anos, Marcel foi pessoalmente me procurar, mesma época em que ele estava sentindo pena de mim. Aos 17, um vampiro tentou me matar. E agora vampiros e bruxas tentam me matar. Tudo foi imposto a mim de uma só visão, da visão de Hayley. — Vincent? Ele é confiável?

— Braço direito de Alistair. — Josh disse no automático. — Mas também o maior comprometedor dele. Pode confiar nele.

— Três pessoas que eu posso confiar são em você, Eddie e Vincent?

— E o seu amigo, Kile, eu acho. — Josh balançou a cabeça. — Ele é inofensivo, nunca o vi andando com os grupos de Alistair.

— Okay. — assenti e me levantei do sofá. — É só isso?

— Acho que sim. A onde está indo?

— Bem, se vamos num baile de mascaras, eu preciso de um vestido, uma mascara e a ida a um salão. — falei sorrindo. — Eu tenho um plano, e ele é perfeito. E você está envolvido.

— Claro. — ele assentiu como se já tivesse previsto. — Vai me conta-lo?

— No caminho, quem sabe. — Josh se levantou e me acompanhou para fora do prédio.

...

Nota para mim mesma: nunca mais aceitar um convite para baile de mascaras, principalmente se Josh for meu acompanhante.

Sabe o porquê disso? Josh me levou em várias butiques de vestidos pela cidade toda para depois escolher um vestido de uma loja perto da casa do Eddie. O sapato escolhemos depois em uma sapataria ao lado da loja de vestidos. E como eu estava reclamando que meu corpo estava doendo de tanto andar pela cidade, Josh achou melhor me levar no dia seguinte.

Quando voltei para o apartamento do Eddie, vi que tinha quase 45 ligações perdidas da minha mãe, 25 mensagens dela e 10 ligações do Pietro com uma mensagem apenas: “Qual parte da cidade você está? Sua mãe está querendo saber.” Não vou culpa-la, ela tem meio milhões de motivos para se preocupar com a minha segurança e eu tenho apenas um para não ter atendido: a bateria acabou.

“Me liga, confio mais na sua voz do que em um texto.”, respondi. Não demorou muito e outra mensagem.

“Desconfia tanto assim?” ele respondeu. Senti-me aliviada quando o celular tocou.

— Oi, Desconfiada. — Pietro disse rindo. Por impulso eu revirei os olhos, claro ele não estava ali para ver, mas devia saber que tinha feito aquilo.

— Por favor, olhe meu lado. — respondi. — Eu estou na minha cidade natal, onde várias pessoas querem me ver morta.

Ok, ok. Desculpe. Agora, precisa de mais provas que sou eu ou vai me dizer onde está? — ele perguntou.

— Onde você está? — retruquei.

— Em alguma parte do Texas. Acho que mais ao Sul. — ele respondeu e pude ouvir o dobrar de um papel. — Não sou tão bom com mapas.

— E um aparelhinho chamado GPS? — perguntei segurando a risada.

— O da caminhonete estragou e eu estava usando o celular, quando eu estava dirigindo. Só que ai a Jô quis dar uma fodona veloz e furiosa e eu acabei dormindo o percurso. — ele me respondeu. Nós dois rimos.

— Okay, te desculpo por não saber se localizar. Mas estão chegando então.

— Só vamos ter que atravessar o resto do estado do Texas e atravessar o estado de Louisiana.

— Chegam até sexta? — perguntei mudando de tom.

— Por quê? Tem algo de especial?

— Não sei se seria muito bom dizer isso assim, mas tenho.

— Não vamos atrapalhar você a perder a virgindade, tá? — ele riu e eu corei.

— Meu Deus, pervertido. — retruquei tentando não parecer nervosa. — E como sabe que eu sou virgem? Quero dizer, por que acha que eu sou virgem?

— Bem, isso dai. Você se concertando e o seu jeito de encarar as coisas. — ele respondeu na tranquilidade. — E aposto que corou.

— Pervertido. — respondi. — Bem, não é isso. Sexta vai ter um Baile de Mascaras, bem, só para os íntimos de Marcel... — sussurrei.

— Hope, espera, Marcel é o cara que te tirou do seu pai, você vai mesmo numa festa dele? O que está planejando? Não vai mata-lo, vai?

— Eu tenho tudo sob controle, okay? Confie em mim, e não diga nada a ninguém.

— Eu vou para aí. Vou pegar um avião, as garotas e sua mãe conseguem se virar, eu vou chegar ai quinta ou hoje, não sei...

— Não precisa, eu posso me virar sozinha, confie em mim. — eu o interrompi. Ele estava realmente preocupado, mas como o fazer acreditar que eu estou bem?

— Hope, eu vou para ai. Se estiver planejando se infiltrar em uma festa do seu inimigo, eu vou com você. Eu te ajudo. — ele falou confiante.

— Não vai mudar de ideia, né? — suspirei.

— Nop. — ele confirmou. — Vou te encontrar ai, consigo um jeito delas entenderem.

— Não conta para minha mãe, só isso.

— Deixa comigo, eu sei dar um jeito. Tchau.

Não pude me despedir, ele desligou primeiro. Não sei se ficava preocupada ou não, mas com Pietro vindo, vai ser algo bom. Mas seria mais um lobo aqui e...

— Mudanças de planos. — gritei chamando Josh.

— Quê? — ele apareceu com um sanduiche para mim. — E você nem me contou qual era o plano.

— Ah, que bom, porque ele mudou. — sorri e peguei o pão com atum e dei uma mordida. — Odeio atum, mas esse daqui é bom... Enfim, Pietro está vindo para cá e ele é um lobisomem, preciso que você me arranje para falar com Alistair. — Josh começou a rir. — O que? Me sujei de atum?

— Você é mesmo uma pessoa idiota, H. — ele respondeu ainda rindo. — Você vai mesmo querer ficar em uma sala com o vampiro que quer te matar?

— Não, Pietro, você e eu vamos ficar na mesma sala com o vampiro que quer matar minha família. — o corrigi.

— Não, naninanão, eu não vou fazer parte do seu plano suicida. — ele girou a cabeça e se sentou na poltrona. — Eu não quero morrer.

— Quem vai morrer é Alistair, Josh, pare de ter medo. — rebati. — Olhe, eu tenho um plano e ele é bom. Confie em mim.

Josh me olhou torto. Por que todo mundo não confiava em mim? a) a fama de sua família impede isso e b) a fama do seu pai impede isso,  respondi a mim mesma. Droga. Será que eles pensaram o quanto isso me prejudicaria? Ou nunca se imaginaram com uma sobrinha? Acho que está para a segunda pergunta.

— Okay, não confie em mim. Mas vou precisar de um smoking, é para o meu amigo que vai chegar.

— Não sei se tenho outro, mas Eddie deve ter. — Josh falou revirando os olhos. — É bom que sábado ainda estejamos respirando, entendeu?

— Claro, eu não quero gastar o sangue de vampiro no meu sistema atoa. — falei sorrindo. Tínhamos o plano, agora só Pietro chegar e tudo dar certo. Sentia que isso realmente iria dar certo, e que sábado de manhã já teria meu pai de volta.

...

Estava em lugar realmente bonito. Não sabia onde exatamente era, mas me sentia em casa. Um por do sol estava se formando atrás da grande construção. Havia um pátio bem cuidado, onde meus tios, minha mãe, uma das gêmeas, Lize, Pietro e outras pessoas que eu não sabia quem eram estavam lá. Pareciam felizes. Eu estava em uma sacada observando tudo, podendo ver e sentir a felicidade deles. Sorri comigo mesma quando eu vi que tudo estava calmo.

Senti uma mão no meu ombro e isso fez com que eu me virasse. Meu sorriso aumentou: era meu pai, ao meu lado. Ele devolveu o sorriso para mim e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha dizendo com o velho sotaque britânico:

— Você é mesmo um presente de Deus, Hope... — ele me abraçou e chegou perto do meu ouvido sussurrando o resto da frase: — Mas seus olhinhos são do Diabo. — eu ri e o encarei.

— Senti tanta sua falta. — ele segurou com rosto sorrindo de lado e enxugou uma lágrima minha que deixei escapar.

— Eu também, minha esperança... — ele beijou o topo da minha cabeça. — Aproveite, é a sua festa. — ele entrelaçou o braço com o seu e desceu as escadas comigo. Ninguém prestou atenção em nós, exceto minha mãe, que deixou tia Bekah e o convidado conversando.

— Você está tão linda! — ela me abraçou e mexeu nas minhas orelhas. — Está usando os brincos de Mary. Ela ficaria feliz. Jackson também.

— Não se preocupe com isso. — Klaus falou segurando em seu ombro. — Vamos aproveitar, essa é a noite dela.

— Sim, sim. — Hayley sorriu. — Sua noite, querida. — eles me conduziram por todo pátio. Aos pouco fui me acostumando com aquela gente, todos ali esboçavam sorrisos contagiantes. Riam e dançavam alegres.

— Então é assim as festas de New Orleans. — Pietro apareceu do meu lado quando a luz da lua começou a atingir seu ápice. Levantei a cabeça para ver o enorme astro. — Deve ser bom poder olha-la totalmente cheia.

— Amanhã você vai...

— Vou, mas não vou me lembrar. — ele deu de ombros. — Queria ter essa sorte que você tem Hope. Poder ser uma híbrida, mais do que isso, não é? — ele me encarou e corei. Não sabia que ele tinha aquele poder sobre mim. — Dança comigo? — assenti sorrindo. Ele passou a mão pela a minha cintura e segurou minha mão, a outra, coloquei em seu ombro. Começamos a dançar a nossa música, vez ou outra esbarrávamos e riamos.

Observei Lize me encarando e percebi que não sua irmã não estava ali. Encarei ela por breves segundos antes que Pietro parasse e me encarasse.

— O que foi?

— Jô... Onde ela está? — ergui uma sobrancelha confusa.

— Não se lembra? Lize e Jô se fundiram. — me afastei dele e o olhei incrédula. — Você encorajou Lize a fazer isso, para matar Marcel.

— Mas... Marcel não era o inimigo, Alistair que era. — dei passos para trás. Minha cabeça esta girando. — Eu preciso, preciso dormir.

— Deve ser falta de sangue, você bebeu só uma bolsa depois que acordou. — Pietro falou se aproximando de mim. Estava suando, eu não me lembrava de nada, nada vazia sentindo, agora eu era metade vampira? Era um ser poderoso, mas não me sentia assim, me sentia a mesma Hope. Será mesmo? Aquilo era um sonho? Parecia real.  

— Cadê Josh? Ou, ou Eddie? — me apoiei numa cadeira para não cair. — Preciso falar com eles.

— Eles não vieram, Hope, Josh estava com raiva de você, você matou Eddie.

— Matei? Mas, o que está acontecendo?

— Acalme-se. — Pietro segurou meus braços. — Está tudo bem... sh... — ele me abraçou e sussurrou. — É só continuar aqui que tudo fará sentindo. — fechei os olhos sentindo seus braços, tentei me concentrar naquela sensação de segurança que Pietro me proporcionava, mas sua frase não deixava. Respirei fundo e ele olhou para mim com um sorriso. — Melhor?

— Acho que sim. — assenti sorrindo. — Preciso conversar com tio Kol.

— Quer que eu vá com...

— Não, não precisa. — o cortei e sai andando o mais rápido que minha tontura permitia. Kol era o único bruxo que eu conseguia ver no pátio. Tinha Lize, mas o olhar dela sobre mim me impedia de fazer isso. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, tudo aquilo era tão real, será que havia acontecido isso mesmo? Não sabia se Kol poderia me ajudar, mas um instinto meu dizia que ele poderia. Cheguei perto dele e logo sentiu minha aproximação.

— Hope! — ele se entusiasmou, quase deixando o copo de whisky cair no chão. Ele riu de si mesmo. — Não sei se conheceu Davina. — ele apontou para a garota nova no canto. Ela era familiar.

— Não diga bobagens, Kol, claro que ela me conhece. — a garota riu e se levantou estendendo o braço. — Mas não fomos devidamente apresentadas, sou Davina.

Uma estranha sensação me bateu quando segurei em sua mão. Senti-a fria. Parecia que ela estava morta.  E ela sentiu isso, pois ela pareceu preocupada, apertou minha mão forte.

— Acorde. — ela falou. — Acorde, agora. — ela aumentou o tom de voz. Kol segurou no braço dela.

— Pare com isso, D. — Kol falou firme.

— Parar? — ela olhou incrédula para meu tio. — Você sabe que eu estou morta, Hope, não há esperança para mim. — ela me olhou fundo nos olhos. — Hope, acorde. Acorde agora. Acorde.

Kol apertou mais o braço dela quase o quebrando, ele queria que ela me soltasse. Enquanto eu não ouvi um osso quebrando ela não soltou meu braço. Por um impulso ela jogou a outra mão no rosto do meu tio, o fazendo tremer, como se fosse um holograma.

— Acorde, acorde! — ela gritou para mim segurando o braço quebrado. — Eles vão te encontrar, acorde! — ela gritava. Olhei para os lados e não tinha mais ninguém. Apenas eu, ela e... algo que era para ser Kol. Pisquei forte uma primeira vez e me vi num cemitério com Davina.

— Eu venho te buscar. — me ajoelhei para perto dela.

— Não há esperanças para mim, Hope. — ela sussurrou e me jogou para trás, fechei os olhos.

...

Acordei suando frio, e Josh e Eddie estavam segurando meus braços. Olhei para os dois confusa. Josh abriu a boca para falar, mas Eddie foi mais rápido:

— Está tudo bem?

— Eu... Davina... Meu pai... Festa... Lua Cheia... — estava falando todas as palavras avulsas. Não conseguia terminar uma frase, ou montar uma. Estava tremendo e suando frio. Respirei fundo e olhei para Josh. — Acordar. Eu precisava acordar.

— Bem, você acordou. — ele segurou meus ombros. — O que aconteceu?

— Eu dormi, nem me lembrava de ter vindo para o sofá para dormir. — levei a mão à cabeça. — Era um sonho perfeito, estava acontecendo tudo bem só que peguei na mão de Davina e tudo mudou.

— O que ela disse? — Eddie perguntou me encarando.

— Eles. Eles vão me encontrar. — falei respirando fundo.

— Eles quem, Esperanza? — Eddie perguntou. E eu olhei para Josh, pelo seu olhar ele já sabia quem era.

— Alistair. — murmurei.


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Notas finais do capítulo

Cap. grande e importante, espero que tenham gostado! E separem um tempinho para deixar sua opinião ♥
Estou feliz de ter 48 acompanhamentos, sério! ♥



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