Aprendendo escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 26
Lily Price


Notas iniciais do capítulo

O nome da atriz que eu escolhi pra ser a Lily também é Lily, mas é só uma mera coincidência.



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P.O.V. Lily.

Escola nova, amigos novos, meus pais dizem que isso vai me ajudar a voltar a ficar sã. Mas, eu nunca fui sã ou louca.

Odeio rótulos.

Eles acham que me mudar de escola vai fazer os meus sonhos sumirem, vai fazê-los serem menos reais. Mas, os sonhos não são sonhos normais, esses são diferentes.

Eu estou indo bem até agora, mas agora que cheguei nessa cidade Magic Falls os meus sonhos ficaram mais nítidos.

—Fale sobre você Lily.

—Você não quer saber de mim. Você quer que eu fale dos meus sonhos pra me tachar de doida e me trancar numa camisa de força.

—Ninguém está te chamando de doida.

—É como todo mundo ta me chamando. Você acha que porque tem uma porcaria de um diploma entende alguma coisa? Acha que tudo pode ser explicado, que pra tudo tem um nome. Mas, certas coisas não tem explicação ou você acredita ou não.

—E em que você acredita Lily?

—Eu acredito que meus sonhos são mais que apenas sonhos. São tipo uma mensagem.

—Que tipo de mensagem?

—Lembranças. De coisas que já aconteceram comigo, tipo vidas passadas e destino. Pronto pode me tachar de doida agora.

—Você faz desenhos dos seus sonhos certo?

—Faço.

—Você os trouxe?

—Eu trouxe e trouxe mais. Pra provar de uma vez por todas que não sou maluca. Agora vocês vão ter que me engolir.

—O que mais você trouxe?

—Eu demorei para encontrar, mas encontrei. Pinturas, todas autênticas, pintadas de acordo com o estilo da época. É o garoto do meu sonho.

Eu mostrei as pinturas e a datação de carbono.

—Agora é real pra você?

—Meu Santo Deus!

—Eu conheço cada um desses quadros. Porque eu estava lá quando foram pintados. Meus sonhos dizem que eu estava.

—É o Daniel Keller.

—Esse é o nome do garoto. Daniel. Ele existe. Ele é meu e eu sou dele, tem sido assim por milênios, começou á milhares de anos quando eu era a Princesa Nefertari.

—Você quer dizer Nefertiti.

—Isso. Mas, a pronuncia correta é Nefertari. Eu sei, eu tava lá. A minha alma reconhece isso, a minha alma reconhece ele, a alma dele.

—Por hoje é tudo. Eu gostaria de...

—Não. Eles são meus, paguei por eles. Eu os pintei.

Eu levei os quadros embora.

E fui para a escola nova. Faculdade nova. Vou estudar literatura.

Estava prestando atenção na aula quando ouço o professor dizer:

—Está atrasado meu jovem.

—Me desculpe é que eu me...

Eu olhei e era ele.

—Perdi.

—Pois muito que bem, já se encontrou. Sente-se.

Ele se sentou do meu lado.

—Oi.

Disse ele nervoso, bem baixinho.

—Oi. Eu sou a Lily.

—Daniel.

—Eu sei. Senti sua falta mesmo sem te conhecer.

—O que?

—Eu me lembro.

—De que?

—De tudo. Eu tenho os quadros e os desenhos dos meus sonhos.

—Você se lembra das nossas vidas juntos?

—Eu lembro.

—Senhorita Price, talvez queira explicar para a classe o que o autor quis dizer com essa frase.

Eu expliquei exatamente o que ele quis dizer.

—Explicado?

—Claro.

A mão de Daniel tocou a minha e eu senti a corrente elétrica passando, aquele leve choque que era bom.

—Eu me lembro disso também.

—Eu também.

—Você quer ir na praia comigo? A gente pode fazer uma fogueira.

—Como da última vez.

—Como da última vez.


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