Aprendendo escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
A Filha




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P.O.V. Sam

Comecei a notar que haviam várias coisas de bebê espalhadas pela casa toda.

—Você tem um bebê?

—Tenho.

—Não é muito nova pra ter um bebê?

Ela sentou no sofá, cruzou as pernas e respondeu com um sorriso sacana e voz sarcástica:

—Você nem faz ideia. 

Então, ela fala com uma voz feliz:

—Eles chegaram.

—Eles quem?

—Meu marido e minha filha. Bom, ex-marido. Eu vou matar esse Original filho da puta!

Ela abriu a porta com raiva.

—Renesmee....

—Não quero saber! Toda vez que ela vai com você volta com um machucado! Nos vemos no tribunal e não se preocupe eu enchi todos os juízes, promotores e advogados de verbena. E eu tenho estacas de carvalho branco seu bostinha! Bem vindo á uma batalha de custódia judicial.

Ela tirou o bebê dos braços do homem e a porta fechou sozinha na cara dele.

A casa tremeu e abriu um racho na parede.

—Que porra foi essa?

—Isso fui eu com raiva.

P.O.V. Elijah.

Eu sabia que ela não era de brigar, ela não era do tipo que comprava briga á toa, mas quando ela brigava não entrava pra perder. Ela ganhava todas.

Era isso que eu mais gostava nela, sua força, sua devoção á família especialmente quando se tratava de Abby.

Do lado de fora pude ouvi-la falando no telefone com a advogada. 

Me lembro de quando nos conhecemos pela primeira vez foi no baile que minha mãe deu para a família. Ela me alertou sob o feitiço de ligação que Ester pretendia fazer e disse que eu estava em dívida com ela e que um dia ela cobraria.

Alguns meses depois eu quitei a minha dívida com Renesmee Cullen. O preço a ser pago foi a nossa filha Abigail.

Sophie manteve ela e Hayley como reféns por dias. E quando finalmente as encontramos fomos finalmente apresentados.

—O que estamos fazendo aqui?

Sophie Deverroux respondeu:

—Eu tenho um dom especial. De sentir quando uma garota está grávida.

—E?

—As garotas estão carregando seus filhos.

A duplicata corrigiu a bruxa:

—Filhas. Filhas! Falei que vão ser duas meninas! Você é surda Sophie Deverroux?

—Como pode saber?

—Acredite senhorita Marshall, eu dou de mil a zero em qualquer bruxa, duplicata, lobisomem ou vampiro. Eu só estou aqui, porque quero estar aqui. Seguinte engomadinho, estou grávida, a filha é sua e o nome dela vai ser Abigail Cullen Mikaelson. Falou?

—E como pretende sair?

—Assim.

Ela fez alguma coisa com as bruxas, apagou elas com um simples movimento de mão e saiu andando.

—Ah, quase esqueci sou Renesmee Cullen. E... Marshall... você morre.

O tom que ela falou foi como se aquilo a deixasse feliz. Daí ela saiu cantando e rebolando pelo cemitério e as bruxas acordaram.

—Esse dia foi memorável.

—Que dia?

—Deixa pra lá, dias de um passado esquecido.

—Posso segurar?

—Claro, só tenha cuidado. Ela tá machucada, fica meio rabugenta quando tá machucada.

P.O.V. Sam.

Segurar aquele bebê foi o mais perto que eu cheguei de uma criança desde sempre.

—Você deseja filhos, uma família e uma vida normal. Mas, não pode fugir do seu destino. Eu sei bem como é, é um joça.

A garotinha sorriu pra mim um sorriso banguela e tocou meu rosto. De repente eu estava com Amélia, tínhamos um cachorro, um labrador lindo e ela estava grávida. Ao nosso redor haviam duas crianças correndo.

Então parou.

—O que foi isso?

—Andarilha dos sonhos. Abby! Você é uma andarilha dos sonhos!

P.O.V. Elijah.

Andarilha dos sonhos? O que diabo é isso?

Então ouvi Renesmee explicando:

—Nos tempos antigos, os andarilhos dos sonhos eram responsáveis por... deixar os inimigos das bruxas loucos. Entravam nas mentes deles e os prendiam em um eterno pesadelo. Ser andarilha dos sonhos é um dom negro, mas tem seu lado bom. Podemos transformar seus maiores desejos, seus sonhos mais lindos em realidade prender aqueles que sofrem no seu sonho particular.

—Como isso é possível?

—É mágica.

—E por aqueles que sofrem o que você quer dizer?

—Pacientes em coma, pessoas que tem doenças como câncer em estado terminal, pessoas que estão morrendo, tiramos sua dor. Colocamos elas dentro de um sonho.

—Porque está chorando?

—Minha avó. Reneé. Eu fiz com ela. Ela tomou um tiro, acertou no fígado e ela estava com medo, chamamos a ambulância mas, eu sabia que ela iria morrer então... entrei na mente dela e a coloquei num sonho. Ela quis voltar pra quando era jovem, quando morava com os pais numa comunidade de hippies onde tudo era dividido. Onde eles viviam do que a natureza dava, faziam fogueiras e dançavam ao redor ao som de tambores e outros instrumentos. A simplicidade e o contato com a natureza deixavam ela feliz.

—E o que aconteceu depois?

—Na realidade alguns meses depois um grupo de garimpeiros incendiou o acampamento deles. Muitos faleceram. Morreram nas chamas.

—Caramba!

—Eu sei.

Ouvi o choro da minha filha e Renesmee a tomou nos braços, fez um feitiço para diminuir a dor e colocou um curativo no ferimento.

—Tudo bem. Tá tudo bem agora querida. Porque não mostra pra mamãe o que aconteceu?

—Então Mikael está de volta. Bom, muito bom.

—Quem é Mikael?

—O meu ex-sogro maluco. Ele é um homem doente, perturbado assim como todos os outros membros da família do meu ex-marido. Eles vêem o mundo com tanto ódio, de uma forma tão distorcida, estão á mil anos se chafurdando na própria sujeira, mas é mais cômodo continuar do jeito que estão do que levantar suas bundas originais e mudar. Nem mesmo pelo bem da nova geração. Não, Mikaelsons são egoístas demais pra isso. Por tanto, o melhor que eu tenho a fazer é manter a Abby longe de tudo isso.

—Você disse mil anos?

—Sim. Mil anos. Com o tempo as pessoas dentro das cascas morreram.

Uma voz que eu até agora não tinha ouvido falou:

—A família Mikaelson é amaldiçoada. Uma família de vampiros, o que começou como um ato de amor tornou-se algo odioso. Eu já vivi milhares de anos, estou á eras vendo as bruxas abusarem de seu poder e os Mikaelson também. Eu os via de lá de cima, vi o pai da sua filha matar uma idosa dentro de uma igreja. Derramar sangue dentro de um local sagrado! Ele dessantificou aquele lugar!

—Eu sei Castiel. Eu também. É mais que horrível é monstruoso. Essa gente mexeu com a garota errada, eu vou proteger a minha garotinha nem que pra isso eu tenha que matar cada Mikaelson vivo, nem que pra isso eu tenha que drenar seu poder até o fim e assassiná-los. Eu não queria isso, eu nunca quis isso. Eu nunca quis matar ninguém, mas essa gente não conhece outra língua que não seja a da violência. Eles não falam, não se ajudam, não querem se ajudar então eu infelizmente não posso fazer nada.

—E eu pensando que a minha ex era ruim.

—Vale ressaltar que Ruby era um demônio que te ajudou a iniciar o apocalipse.

—Eu não sabia que estava iniciando o apocalipse. Eu só sabia que estava salvando pessoas.

—É. Mas, ela era um demônio Sammy.

—É. E ela me enganou bonito.

 

 


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