After Death, Comes The World escrita por juju_loures


Capítulo 2
CAPÍTULO 2 - Killer




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Minha consciência tem milhares de vozes, e cada voz traz-me milhares de histórias, e de cada história sou o vilão condenado.” William Shakespeare

 

Comecei a treinar inúmeras técnicas de lutas, com armas, espadas ou apenas com as mãos. Octavius me treinava pessoalmente falando que queria alguém como ele no exercito contra os malditos lycans. Enquanto treinava como ser uma assassina tentava desvendar minhas tatuagens, Algumas não tinham sentido algum, mas até que eram legais! Nas minhas costas eu tinha uma espada com uma  rosa entrelaçada, um dragão vermelho que tomava todo o lado esquerdo de minhas costas, na parte interna do braço esquerdo o símbolo de Ankh o brasão de nosso clã, na parte interna do braço direito era a minha favorita: um tipo de brasão com um leão e uma mão envoltos num circulo e embaixo escrito “CULLEN”. Eu não sabia o que significava ou o porquê dela estar estampada no meu braço.

 

-Hoje é sua primeira noite. Esta pronta?- Perguntou-me Octavius entrando em meu quarto.

 

-Sim- eu estava pronta, minhas roupas de couro sintético coladas ao corpo e botas de salto pareciam se misturar a adrenalina e a ansiedade correndo por minha pele.

 

Entramos em um Porsche Carrera gt que Octavius tinha comprado para mim e seguimos de uma parte isolada de um lado de Seattle onde residia nosso clã, para uma entrada subterrânea do outro lado de Seattle.

 A velocidade que eu dirigia me dava mais adrenalina! Tudo fazia minha ansiedade por matar aumentar.

 

-Quero Khan e Isabella na dianteira, todos em duplas!-Octavius berrava as ordens para mim e os seus soldados.

 

Segui na frente junto com o líder, tirando imediatamente o revolver do coldre preso em minha perna.

 

-Tome cuidado! Eles podem estar em qualquer lugar... Escondidos!-disse Khan em tom baixo.

 

-Não preciso de babá!-respondi sem humor.

 

Eu não era criança e sabia cada passo que eu tinha que dar. Eu só existia pra matar, só pra isso. Foi quando vi o primeiro lycan, ele tinha um pouco mais de dois metros de altura de pé em duas patas, era marrom com alguns pelos sobre as costas. Eu não senti medo, automaticamente atirei umas cinco vezes nele enquanto Khan atirava em outro. Eu estava no covil do inimigo!

 

-Recuar!-Octavius deu a ordem- Lucian está vindo! 

 

Lucian... O líder do clã de lycans! Para matá-lo precisávamos de uma estratégia melhor que chegar e matar. Ele era esperto! E quando o vi cheguei a conclusão de que além de esperto era muito bonito! Aagh, primeira regra que Octavius me ensinou foi: nunca ache o inimigo bonito, muito menos se apaixone por ele!

 

-Legal primeira vez e matei só 3 deles!-Resmunguei baixo apenas para Khan.

 

-Se acalme garota! Você ainda terá muito tempo para tentar matar todos- ele falou rindo.

 

-Meu Senhor!-chamei Octavius fazendo-o virar para me ver- Quando será a próxima vez?

 

-Ainda não sei menina! Essa noite não foi bem sucedida!

 

-Eu quero ir daqui algumas semanas, quero ter uma estratégia melhor! É preciso matar mais deles- Falou a maquina de matar!

 

-Está em suas mãos, querida!

 

Três semanas de treinamento com todo o exército de nosso clã, estratégias que não sei como consegui inventar. Eu descobri ser boa em outra coisa alem de matar, pensar!

Dessa vez Octavius não foi, eu e Khan estávamos na dianteira como na vez anterior, dividi todos os vampiros pelo covil, eles seriam pegos de surpresa e não teriam como fugir. Quando eles nos viram foram se transformando, eu fui descarregando a minha pistola Browning pro-9/40 prata e preta, minha preferida. Eu matava enquanto eles tentavam se aproximar. Khan também estava matando! Tinha uns seis lycans na nossa frente e minha munição acabou.

Puxei de minhas botas minhas espadas curtas Sai, rodando-a em minhas mãos. Eu sabia que a espada fazia a luta ficar um pouco perigosa, mas eu não tinha medo. Segurei o pescoço de um dos monstros e empurrei a espada em seu crânio, girei arrancando a cabeça de outro, quando eu senti dor. Eu estava sangrando, minhas costas e logo depois meu rosto. O ódio e a dor queimaram em meus olhos, mudando a cor e meus dentes se alongando! Apertei pescoço daquele que havia me machucada com tanta força que senti tudo o que tinha em seu pescoço se transformar em migalhas!

Quando eu e Khan matamos os que restavam ao nosso lado eu o vi de novo, mas dessa vez tinha um anjo ao seu lado... seu olhos eram verdes, seu cabelo era castanho...lindo! Nos encarávamos até Lucian ri alto.

 

-Olá! Isabella não é?

 

-Sim!-Respondi e ouvi Khan me repreender por conversar com o inimigo...eu estava pouco me importando para o que ele achava!

 

-Você é muito boa no que faz! Pena que está do lado errado!

 

-Estou do lado que tenho que estar!

 

-Oh, que falta de ética minha! Este é Victor, meu maior aliado e brevemente mais forte que você ou eu! Seu clã vai ter uma dor de cabeça maior do que eu!- falou com um sorriso cínico no rosto... Ar de vencedor!

 

-Duvido que ele seja tão forte assim!- falei arrumando minhas espadas o desafiando.

 

-Agora não... mas brevemente sim!

 

-Muito confiante Lucian!

 

-Porque sei o que estou fazendo! Não sou como você que faz o que mandam sem saber por que ou para que!

 

-Acho que já é o suficiente Lucian!-Victor disse. A voz dele era muito bonita. Calma e baixa.

 

-Acho que acabei por aqui!- Agora era minha vez de ter ar de vencedora, enquanto via os que eu tinha matado estirados ao chão!-Recuar!

 

Ao chamar meu exército, percebi que só tínhamos perdido um homem. Eu realmente tinha vencido! E era só a primeira vitória!

Vencendo ou não, eu não conseguia tira-lo da cabeça! Victor...

 250 anos passaram... Nós atacávamos constantemente. Eu o via constantemente.

Com o passar do tempo eu ia para uma casa abandonada encontrar aquele que me fazia sonhar acordada! Nós tínhamos uma relação proibida, e depois de um tempo um amor proibido! Se Octavius descobrisse nós dois seriamos mortos.

Certa noite eu fui em direção ao nosso lugar, cheguei e o encontrei esperando por mim. Nos beijamos com fervor, sentindo fogo não queimar só a garganta mas todo o corpo. Nosso amor era visível, muitas vezes tínhamos que ter cuidado para que os nossos olhos não traíssem o nosso segredo! Eu o amava, e eu sentia o amor dele quando olhava pra mim ou me tocava.

Mas essa noite não foi como as outras... Enquanto estávamos aos beijos ouvimos a porta velha ranger seguido do baque dela fechando. Eu não precisei virar para saber quem estava ali.

 

- Você me decepcionou Isabella- disse Octavius com ódio visível na voz- Eu te fiz o que você é hoje e você me agradece assim?

 

Ele gritava com muita raiva.

 

-Eu não consegui evitar. Eu o amo!-automaticamente quando terminei de pronunciar estas palavras, senti sua pesada mão cair em meu rosto em um baque surdo.

 

-você vem comigo!- ele puxou meu braço e apontou para Victor - me aguarde. Você é uma peça fora do tabuleiro. Meu próximo alvo!

 

Eu era arrastada pelos cômodos da enorme mansão, passando por todo o clã. No meu quarto ele me jogou brutalmente no chão.

 

-Você não sai daqui até ele estar morto!

 

As lágrimas saiam desesperadas de meus olhos. Eu sentia uma guerra dentro de mim. Dor contra raiva, Victor contra Octavius, gratidão contra amor, eu contra eu mesma!

Peguei as armas e as espadas, quebrei a janela peguei meu carro e arranquei para o covil dos lycans.

 

-Victor!- eu gritei, o desespero tomava conta de mim.-Victor!

 

O vi chegando correndo com Lucian logo atrás o seguindo.

 

-Precisamos ir embora! Fugir pra qualquer lugar longe daqui! – eu falei atropelando as palavras e as lagrimas não ajudavam.

 

-Nós vamos! Mas não agora, eles já estão aqui. É ficar e ver se sobrevivemos!- eu ouvi o desespero na voz dele.

 

Foi tudo rápido, Octavius desceu ao covil com todo o exercito treinado por mim. Automaticamente peguei minha arma e apontei pra eles. Eu estava do lado dos meus inimigos agora. A vantagem era que eu sabia todas as táticas de luta dos vampiros.

Octavius me olhava com nojo. Mas eu sentia o medo nos olhos dele, e do mesmo jeito os meus olhos mostravam medo.

 

-Você está do lado errado Isabella! Lado errado. - ele disse pegando em mãos a espada presa as costas.

 

Eu nunca estava do lado certo. Eu via em visão periférica os lycans se transformando. Menos Lucian e Victor.

 

-Vocês já transformados vão para os soldados que estão de armadura, eu dou cobertura e depois vou também!- eu jamais imaginaria q eles iam me obedecer, mas aconteceu.

 

Lucian se transformou e foi junto aos outros transformados, Victor pegou o outro revolver no coldre em minha perna para me ajudar. Nós atirávamos contra eles, os vendo tombar um por um...

A munição acabou e foi hora de usar a espada. No primeiro que matei, vi Octavius avançar a espada nas costas de Victor, ele gritou de dor e então foi minha vez com o soldado fazendo o mesmo em mim. Nós dois caímos, só eu levantei de volta! 

 

-Quero cinco em Octavius! Cinco!- gritei para os lycans, os vendo obedecer.

 

Lucian voltava à forma humana enquanto eu corria para o corpo de Victor estirado no chão!

 

-Você pensa que fomos nós não é?- Lucian me perguntou.

 

- Vocês o que?

 

- Nós não matamos sua família Isabella, Octavius matou! Ele não podia deixar que um humano soubesse onde ele se escondia, nós podíamos descobrir... Você só esta viva por parecer tanto a filha que ele mesmo condenou a morte. Condenou-a a morte só por me amar!- seus olhos estavam úmidos, e eu não conseguia acreditar naquelas palavras.

 

-Mentiras... – eu sussurrei.

 

- Não importa o que você pensa sobre ele! Agora o que importa é Victor. Morda-o!-ele me pediu.

 

-Você é louco? Ele vai morrer se eu o morder! Ele não vai suportar e vai ser pior ainda!

 

- Você acha que eu mataria alguém do meu próprio clã?

 

Então eu o mordi, minhas presas cravaram na pele de seu pescoço. A mão de Octavius agarrou meu pescoço e me lançou contra uma parede, quebrando-a nas minhas costas. Agora alem das minhas costas meu pescoço também sangrava com o aperto de sua mão.

 

-É verdade? Você os matou?-uma lagrima solitária correu pelo meu rosto.

 

-Foi necessário, minha criança! – falou como um pai amável. O que ele não era.

 

-Você não tinha o direito de julgar o necessário, porque você não sabe o que é necessário!-eu falava baixo eu não tinha mais força. Minhas palavras já não tinham mais sentido.

 

- Eu julgo quem tem que ser julgado! Você sabia que se apaixonar por um lycan vai contra todos os nossos princípios!

 

-É contra todos os princípios mesmo. Não foi a toa que ele matou a filha e desencadeou essa guerra que já vem durando 3 décadas. – Lucian se meteu na conversa com tom sarcástico.

 

-Eu devia ter amassado a cabeça de vocês, e não salvá-los como fiz!

 

-É você devia! – eu e Lucian respondemos juntos.

 

Em meio a essa conversa vimos um vulto empurrando Octavius contra a parede terminando de quebrá-la. Lucian ria e eu estava desesperada.

Como assim? Victor podia ser um híbrido, mas não era mais forte que Octavius. Daqui algum tempo talvez pudesse ate ser mais forte, mas lutar com ele agora era loucura!

Eu só ouvia rosnados e baques contra o cimento das paredes, eu não tinha coragem pra ver! Até ouvir barulho de tiro. Pulei pelo buraco q eles fizeram na parede, pegando os vampiros armados pelo pescoço e fazendo migalhas de suas traquéias.

 

-Chega Octavius!- falei auto o suficiente para chamar a atenção dos dois.

 

-Eu vou matar ele e depois talvez te perdoar! Fique fora disso!

 

-Não o mate! Quero que meu filho tenha pai!- eu disse pegando os dois de surpresa.

 

-Maldito seja o dia que sua mãe te deu a luz! Essa coisa que cresce em seu ventre tem que ser morta, é um monstro assim como o pai!- o nojo era visível em sua voz e face.

 

-Todos nós somos monstros.

 

-Eu te amei como minha filha, e você fez a mesma coisa que minha filha! Irônico, não é?

-Você não tem sorte com filhas não é?- disse imitando o seu jeito de falar.

 

Ele mostrou os dentes pra mim e eu pulei passando minha espada por sua cabeça! Estava morto, eu sei que não por muito tempo, um vampiro dedicado com certeza iria dar sangue suficiente para ele estar de volta. Eu seria caçada...

[...]

 


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