A Nova Potter escrita por Why Taw


Capítulo 5
Capitulo IV




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Capitulo IV

❄ Expresso Hogwarts ❄

Apesar de Remus Lupin não acreditar naquilo, Alice amava o apartamento do padrinho. Era em um prédio de quatro andares, próximo ao Beco Diagonal. Era pequeno e simples, mas encantador.

O único problema eram os vizinhos da frente, que tinham um cachorro maldito que vivia assustado o gato de Alice.

— Eu odeio seus vizinhos! – Alice disse entrando no apartamento do padrinho com Snow, seu gatinho, nos braços.

— Você odeia quase todo mundo que conhece desde quando nasceu – Remus respondeu divertido, aparecendo na sala com o malão da menina –, e eu te conheço desde quando nasceu.

— Mas seus vizinhos são terríveis! – reclamou, colocando o gatinho dentro da caixinha de transporte dele. – Aquele pestinha soltou o pulguento maldito em cima do Snow, se eu não tivesse visto meu gato estaria morto agora! Acho que ele é uma pessoa maravilhosa para eu testar aquelas azarações do livro Pragas e Contrapragas.

— Você está proibida de testar isso nele, Alice, ele só tem três anos.

Mas o irmão igualmente satânico dele tem cinco. Pensou sorrindo.

— Vou me arrumar. – disse piscando para o padrinho e correndo para o quarto.

— Se você já colocou duas bolsas com feitiços de extensão no malão – Lupin perguntou quando Alice apareceu na sala, dez minutos depois –, qual necessidade dessa terceira?

— Ela é bonitinha – resmungou sentando no sofá para amarrar o cadarço dos tênis –, eu gosto de sereias.

— Sereias não é desse jeito – ele riu –, tem sereianos no Lago Negro. Você vai parar de gostar desses bichos rapidinho.

— Você é um chato, Remus. – disse rolando os olhos – Já estou pronta, vamos?

Gente demais.

Alice achava que tinha gente demais naquela estação. Pessoas andavam apressadas para todos os lados, falando alto para outra pessoa que estavam longe ou pelos celulares.

— Se poderíamos aparatar no canto de embarcar, porque caralhos viemos por aqui? – perguntou impaciente a Lupin, desviando do aglomerado de pessoas.

— Olhe a língua mocinha. Porque você precisa aprender essa maneira, para caso algum dia eu não possa lhe trazer. – disse guiando ela perto das plataformas nove e dez. – Você sabe como fazer?

— Não. – rolou os olhos. – Mas você, como o ótimo padrinho que é, vai me ensinar.

Lupin riu.

— Você só precisa passar por entre as plataformas nove e dez, e não me olha com essa cara. É serio.

— Você tem problemas, Lupin, serio.

— Anda logo, Alice. – disse divertido – O máximo que pode acontecer é você cair.

— Muito reconfortante.

Ela estreitou os olhos para o homem, mas respirou profundamente apertando o carrinho entre os dedos e correu esperando por uma bela pancada na parede. Que não aconteceu.

Ela simplesmente passou pela plataforma. Estava começando a adorar aquilo de ser bruxa.

Na plataforma nove e meia, como dizia uma grande placa, estava cheia de gente. Pais se despedindo dos filhos, amigos se reencontrando e muito barulho. Um barulho animado.

— Ano que vem você vai estar fazendo isso. – Remus disse parando ao lado dela, com a mão no ombro da menina.

— Vá assustar outra – reclamou –, e agora, o que fazemos?

— Você entra no trem, encontra uma cabine e faz amigos.

— Você é chato. – murmurou, empurrando o carrinho para perto da locomotiva vermelha. Quando, finalmente, encontrou uma cabine fazia perguntou: – Me ajuda a colocar isso no trem?

Ele assentiu, colocando o malão dentro da cabine.

— Você vai voltar no natal? – Lupin perguntou enquanto colocava a caixa de Snow no trem.

— Ah, eu posso pensar nisso depois? – perguntou jogando a cabeça pro lado, apoiando-a no ombro – Sempre fui melhor tomando decisões quando posso pensar.

— Claro – assentiu –, mas me avise antes, tudo bem? Você pode usar uma coruja da escola, ou de alguma amiga.

— Amigo. Eu me dou melhor com garotos. – disse piscando – Vou ficar com saudades, você é um chato legal.

Lupin riu.

— Eu também vou sentir falta de você reclamando sobre tudo – falou bagunçando os cabelos dela –, você pode mandar quantas corujas quiser. Amanhã vou esperar uma contando para qual das casas você entrou, certo?

— Você já me disse que tem 99% de certeza que eu vou pra grifinoria.

— É, mas você é astuta e bastante ambiciosa também, e isso são características de um sonserino. – retrucou. – Mas eu não importo pra que casa você vá, desde que seja feliz ali.

— Por isso que eu gosto de você. – disse sorrindo – Tá, eu odeio despedidas. Até não sei quando, Lupin, eu vou ficar com saudades.

— Não vou ganhar nenhum abraço?

— Nããh, eu não gosto de abraço. – disse se recuando.

— Lice...

— Nãh.

Ele riu, puxando-a para um abraço, que foi retribuído.

— Tchau, Remmy. – disse se afastando e pulando para dentro da cabine.

Pouco depois do trem se afastar da plataforma, Alice tirou um caderno da bolsa. Rabiscar cadernos sempre fora um velho hobbie, e só ela entendia o que estava escrito nos cadernos.

— Amei a tonalidade do seu cabelo! – disse uma menina loura na porta da cabine, sorrindo para Alice. – Sempre achei ruivo uma cor bonita, apesar de nunca ter visto alguém com uma tonalidade parecida com essa sua. Seus pais também são ruivos?

— Não – respondeu fechando o caderno –, só minha mãe. Meu pai tinha cabelos pretos.

— Meus pais e grande parte da família deles são louros – falou sentando em frente a Alice –, mamãe tem o cabelo louro platinado mas papai tem louro dourado e eu puxei da parte da família dele, eu acho bem mais bonito. Ficaria super estranho alguém braquelo e com os cabelos platinados.

— Você fala demais – reclamou –, mas eu discordo loura. Alguns louros branquelos são bem bonitinhos.

— Está falando de Draco?

— Eu não conheço ninguém com esse nome. – deu de ombros – Na verdade, acho que não conheço ninguém assim. Só vi alguns meninos com essas características.

— Draco é bonitinho – palpitou –, ele está andando pelo trem com Crabbe e Goyle. Qual seu nome mesmo?

— Você que entrou aqui e começou a falar como doida, você que se apresente. – disse sorrindo sarcástica.

— Pansy, Pansy Parkinson.

— Eu sou Alice.

— E o sobrenome?

— Sem sobrenome. – disse piscando marotamente.

Havia combinado com Lupin nada de sobrenomes até chegar na escola e ela não via problemas naquilo, estava muito bem sem usar o sobrenome do casal que fingia só ter um filho.

— Eu gostei dessa calça – Pansy falou tocando no jeans –, qual tecido?

— Você não sabe o que jeans é? – questionou abismada.

— Você é nascida trouxa?

— Não, meus pais são bruxos. Porque todo mundo pergunta isso? – rolou os olhos

— Curiosidade. Então, esse tecido não é bruxo. Eu conheço todos. Você comprou no mundo trouxa, não foi?

— Aham – confirmou –, eu achei as vestes bruxas espalhafatosas demais.

— Espalhafatoso às vezes é legal. – deu de ombros. – Mas eu também gosto mais de vestes trouxas, mas meus pais não. Eu tenho bem poucas, só consigo algumas quando saio com uma das irmãs da minha mãe que tem uma tara por trouxas. Eu comprei essa roupa que estou usando quando sai com ela nesse verão.

— Meu guarda roupa é 100% composto por coisas trouxas, se ficarmos na mesma casa eu posso lhe emprestar algumas coisas. – disse sorrindo e a porta da cabine foi reaberta, dessa vez por uma garota de cabelos castanhos e pele parda.

— Hey, Parkinson. – cumprimentou – Você viu Daniel por aí?

— Não, e mesmo se tivesse visto eu não lhe diria. Vaza daqui. – ordenou e a garota revirou os olhos, mas saiu da cabine delas.

— Quem é essa?

— Davis, Tracey Davis. Ela é uma vaca, extremamente vaca. Namora com Daniel Nott desde o inicio do verão, um desperdício se quer minha opinião. Nott é o maio gato.

— Se eles estão namorando – deu de ombros –, provavelmente gostam um do outro.

— Ele pode gostar, mas ela? – balançou a cabeça negativamente  – Ela trai ele com qualquer garoto que aparecer na frente, eu tenho pena do menino.

— Uma hora ou outra ele percebe isso. – disse olhando pela janela – Eu quero descobrir quem é esse garoto, vai ser um ótimo amigo.

— Por quê? Ele tem namorada, Alice!

— Eu não quero namorar com ele – rolou os olhos –, larga de idiotice. Eu só não gosto de traições, vou fazer esse Daniel perceber isso rapidinho.

— Ele é louco pela Davis, não vai dar certo.

— Nada é impossível pra mim, baby.


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Notas finais do capítulo

Eu não vou dizer aquilo do "sem comentários, sem capítulos" porque eu acho bem chato quando dizem nas historias que eu leio. Mas eu não mordo, sabia? Comentem para eu saber o que vocês estão achando, pleeeease ;--;

Beijos purpurinados ♥



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