A Nova Potter escrita por Why Taw


Capítulo 2
Capitulo I


Notas iniciais do capítulo

Hey, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/696810/chapter/2

❄ Acontecimentos Estranhos ❄

 

† Londres, 31 de Julho †

 

Dez Anos Depois

 

Alice Potter sabia bem o que queria e o fazia. Queria transformar a professora de calculo num rato, fato, mas não tinha molhado o caderno dela, fato.

E agora, por conta da grande mentira de Kim, ela estava sentada em frente a mal encarada diretora. Sra. Lange, a diretora, passava um grande sermão sobre como o mal comportamento poderia causar-lhe uma suspensão ou, até mesmo, expulsão.

Mas a menina tinha parado de prestar atenção a alguns minutos, como sempre fazia quando ia parar na diretoria.

— Tá, eu já entendi. — resmungou pegando a mochila e levantando — Mas não fiz nada, Sra. Lange. Quando eu fizer, deixo minha assinatura.

E saiu da sala, deixando a mulher vermelha de raiva.

Era um colégio antigo, com arquitetura rústica. Alguns até ousavam arriscar que a escola era mal assombrada, mas para a jovem menina aquilo era uma grande besteirada. Os únicos monstros que habitavam aquele colégio eram as próprias alunas, que podiam ser bastante cruéis quando queriam.

Ela subiu lentamente para o segundo andar, esperando perder o máximo possível ta aula de história. Alice até que gostava da matéria, mas a explicação do professor era monótona e deixava a menina entediada.

— … E o maior bombardeio foi entre 7 de setembro de 1940 e o dia 10 de maio de 1941. Está atrasada, Srta. Potter, vá para sua carreira agora e recomendo que fique calada até a aula acabar.

Alice rolou os olhos e andou até uma cadeira vaga perto da janela, pegando um caderno e uma caneta na mochila, rabiscando-o. A aula se passou lentamente, mas a menina não prestava atenção naquilo e sim numa coruja marrom de olhos dourados, que voava próxima a janela e, vez ou outra, dava pequenas bicadinhas na janela próxima a Potter.

E o mais estranho: ela trazia uma carta no bico.

— Uma coruja com uma carta! — gritou Catrina, uma garota que estava ao lado de Alice, fazendo toda a turma se virar para trás e encarar a coruja.

A Potter rolou os olhos quando viu Megan abrir uma das janelas, fazendo a coruja voar para dentro enquanto Cléo, amiga da primeira, pegou a carta.

— Senhorita A. Potter. — leu em voz alta, conseguindo a atenção de Alice novamente — Algum parente estranho como você, Potter?

— Me entregue agora. — mandou levantando da cadeira, olhando ameaçadoramente para Cléo.

— Acho que eu vou ler… — sorriu maligna, tirando o selo do envelope.

— É meu! — rosnou e, do nada, ouviram um sonoro “BUM!” e as meninas estavam todas gritando e com os braços arranhados, por conta dos coquinhos de vidro que tinham voado das janelas que haviam explodido.

Ainda enraivecida, Alice arrancou a carta da mão de Cléo e pegou a mochila, jogando o caderno e a caneta dentro dela, e marchando pra fora da sala, seguindo para o banheiro.

Quando parou em frente ao espelho, no banheiro dos funcionários, respirou profundamente. Juntou os cabelos ruivos num rabo de cavalo alto, prendendo com um elástico que estava na mochila, e avaliou o quão grande teria sido o estrago feito no seu rosto.

A pele levemente pálida do seu rosto e braços estavam com alguns arranhões levemente rosados, alguns ate vinha vestígios escarlates. Ela sabia que se alguém a visse naquele momento saberia que ela estava irritada somente olhando para seus olhos, já que as iris verdes estavam mais escuras que o normal e as pupilas dilatadas.

Pegou a carta dentro da mochila ao mesmo tempo que ouvia o ultimo sinal tocar, bufando ela voltou a guardar o envelope e se limpou rapidamente, para finalmente sair da escola.

O orfanato em que a menina vivia não era um dos melhores, mas também não era o pior. Era muito bom, se compara-se a alguns que Alice havia ouvido falar.

Era somente para meninas, uma coisa que a Potter não gostava muito. Ela sempre se deu melhor com meninos do que com meninas, por sempre ter achado que garotas são mais cruéis, somente se escondem atrás que atitudes fofas.

Srta. Karen era quem cuidava das meninas, e era ela quem estava esperando por elas quando a van da escola chegou ao orfanato. Alice sabia que estava muito encrencada somente pelo olhar que Karen lhe mandou. Na maioria das vezes a jovem costumava ser bastante legal com as meninas, mas sabia ser incrivelmente rígida quando queria.

—Sra. Gilbert está lhe esperando no escritório dela – avisou – e tem visitas, então arrume seu uniforme e tire esse suéter da cintura agora.

Alice bufou rolando os olhos e desamarrou o suéter e o vestiu, desamassando a saia e a blusa social que usava para depois arrumar a gravata. Bateu na porta da diretora do orfanato levemente, antes de abrir a porta e entrar, encontrando-a conversando com um homem serio, de olhos e cabelos pretos, esses últimos grandes, lisos e de aparência oleosos, pele pálida e nariz pontudo. Usava preto da cabeça aos pés.

—Mandou me chamar, senhora? – perguntou educadamente, ficando em pé em frente à mesa da diretora.

—Sim, menina. — respondeu indicando para a cadeira ao lado do homem, levantando-se da própria. — O senhor Snape deseja falar com a senhorita. Vou deixar vocês a sós por um instante.

O homem esperou a mulher sair para poder falar com a ruivinha, tirando um pedaço de madeira do bolso e sussurrando algo em direção a porta.

—Suponho que a senhorita tenha recebido uma coruja hoje. – falou baixo, olhando de uma maneira seria para a menina.

— Coruja nenhuma, senhor. – respondeu também seria, tirando a carta da mochila — Só essa carta.

O homem a fuzilou e resmungou algo incompreensível, da frase ela só entendeu um “insolente” e “velho”. Sorriu daquilo.

— Leu-a?

— Eu estava na escola, senhor. Acabei de receber. – contou, lendo o remetente silenciosamente.

Srta. A. Potter

Female Catholic School St. George

Class H9

East End, London

— E o que está esperando para ler? – perguntou aproximando-se dela, fazendo recuar um pouco e ele dar um sorriso sínico.

A menina rolou os olhos, arrastando a cadeira para mais longe dele e abriu o envelope.

— Papel estranho – comentou, tirando um papel lá de dentro.

— É pergaminho – informou —, é melhor acostuma-se com ele; Usara muito em Hogwarts.

— Quem é Hogwarts? – perguntou curiosa.

— Leia a carta!

Alice rolou os olhos pela impaciência do homem.

 

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA HOGWARTS

Diretor: Alvo Dumbledore

(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos).

Prezada Srta. Potter,

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall.

Diretora Substituta.

 

—Bruxaria? Magia? – riu – Eu até cai nessa tua pose de homem serio.

— É verdade, senhorita. – rolou os olhos, impaciente. — Você é uma bruxa. E vai estudar numa escola de bruxaria, junto de crianças como você.

— Serio, tio, eu não sou uma bruxa. Não posso ser uma bruxa. Apesar de ser meio doida, eu sou perfeitamente normal.

—E os vidros explodiram sozinhos, não foi? – perguntou sarcástico — Da mesma maneira que, anos atrás, você cortou seu cabelo bem curto num dia e no outro ele já tocava a cintura?

Ela olhou para ele com os olhos estreitos.

— Você ta insinuando que fui eu que fiz aqueles vidros explodirem?

— Igualzinha a sua mãe. – o homem sorriu sarcástico — Eu não insinuei, eu afirmei. Foi magia acidental. Daqui a alguns dias a senhora Gilbert lhe levara ao Beco Diagonal para comprar seus materiais, se você quiser ir para Hogwarts junto de seu irmão para...

— Que irmão?! – interrompeu, alterando o tom de voz.

— Harry Potter, é claro. – rolou os olhos, não gostando de ter sido interrompido — Até primeiro de setembro, senhorita.

E girou o pedaço de madeira, desaparecendo na frente da menina.

— What the fuck?! – perguntou para si mesmo, mas teve uma resposta.

— Tudo que você ouviu é verdade – Senhora Gilbert confirmou —, Hogwarts é um tipo de internato onde se estuda magia, quando se completa onze anos.

— Se eu sou mesmo uma bruxa, não que eu acredite nisso, só pra constar, como eu vim para aqui com pessoas normais?

— Dumbledore e Remus lhe trouxeram aqui poucos dias depois da morte dos seus pais, e seu irmão gêmeo foi deixado junto com seus tios, em Surrey.

— Então eu tenho mesmo um irmão? – perguntou atônica

— Harry Potter. Ele é bem famoso no mundo mágico.

— Famoso? – ela assentiu – Por quê?

— Longa historia, criança. Longa historia. Você quer ir para Hogwarts?

Alice nem precisou pensar muito para assentir. Conhecer o tal de Harry era a única coisa que ela queria no momento. Seria muito legal ter alguém para conversar e, principalmente, aprontar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço comentários?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Nova Potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.