Love and Hate escrita por Liv Winchester


Capítulo 13
A verdade


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, gente!
Eu terminei o capítulo agora e fiquei louca para postar logo, eu estou muito ansiosa com esse capítulo.
Quero agradecer a todas as lindas que comentaram no capítulo anterior, vocês me deram um empurrãozinho para que eu postasse logo esse capítulo.
Dedico esse capítulo para:

*Agente 99;
*Love Glitter;
*Jaque Dominguez;
*Gabrielly Marinho.

Espero que gostem!



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   VIOLETTA

 

 Algo nisso tudo me assustava, eu queria saber a verdade, mas eu estava com medo. Todos nós estávamos na minha cabana, eles disseram que o que dissessem aqui, não sairia daqui, só faltava o León aparecer.  Se passou meia hora para que ele aparecesse, ele me encarou por um tempo e se sentou no chão encostado na parede.

 

 -Já podem começar.-falou León sem dar a mínima.

 

 -León...-ele interrompeu qualquer reclamação do Federico.

 

 -O quê? Eu não concordei com isso, só estou aqui porque a Ludmila me obrigou. Por mim, eu não contava, preferia ver ela magoada do que morta.-falou sem encarar ninguém.

 

 -Morta? Um simples segredo pode me matar?-perguntei e ele me encarou sem nenhuma expressão.

 

 -Se fosse algo simples, não precisariamos de tanto show.-rebateu ele sem deixar de me encarar.

 

 -Então, o que é?

 

 -Você nasceu com um alvo pintado nas suas costas, como uma marca, tem gente seguindo seu rastro...-eu o interrompi.

 

 -Mas, para quê?

 

 -Para tentar te matar.-respondeu e eu fiquei estática.

 

 -Me matar? Por que?

 

 -Tudo começou com sua mãe.-falou Ludmila e eu a encarei confusa.

 

 -O que tem minha mãe?

 

 -Ela não trabalhava com a música, Violetta.-respondeu Camila.-Ela é chefe de uma máfia.

 

 -Não, isso é mentira, meu pai me mostrou as fotos dela, os cartazes dos shows que ela fazia...-León me interrompeu.

 

 -Aquela não era a sua mãe, Violetta, aquela era uma cantora que morreu um ano antes de você nascer.

 

 -Não, não é verdade.

 

 -Liga os pontos, Violetta, não existe uma foto sequer do seu pai com sua mãe, não existe nehuma foto de vocês três juntos, que tipo de família é essa que não tem nenhuma foto em um momento feliz ou até mesmo constrangedor?-perguntou León e eu balancei a cabeça, meus olhos estavam marejados, eu não queria chorar, eu não ia chorar.-É só fazer as contas, você nasceu em 1997, essa mulher morreu em 1996, você tem 17 anos e você me disse que sua mãe "morreu" quando você tinha 3 anos. Se não acredita que ela morreu em 96 é só pesquisar.

 

 -Então... aquela não era a minha mãe? Minha mãe morreu e eu não lembro do rosto dela.-murmurei e eu senti minhas pernas vacilarem, León se levantou preocupado e me segurou.

 

 -Aí é que tá, Violetta, sua mãe não morreu.-murmurou e eu o encarei com o cenho franzido.

 

 -Como assim?-perguntei sem deixar de encará-lo.

 

 -Sua mãe não morreu, Violetta.-repetiu e eu respirei fundo.-Sua mãe comanda uma máfia inteira, uma máfia poderosa, ela era muito visada, muitos queriam matá-la, mas como era difícil chegar perto dela, eles passaram a visar você e o seu pai. No seu aniversário de 3 anos houve um ataque de inimigos, muitos morreram, foi quando sua mãe viu que estava botando a vida dos dois em perigo, ela discutiu, brigou e forçou o seu pai à se afastar dela, só que ela sabia que vocês continuariam no campo de visão dos caras que queriam matar vocês, então pôs alguns de seus homens para vigiar vocês.-falou e eu suspirei exausta.

 

 -E como vocês entram nisso?-perguntei me afastando do León.

 

 -Nossos pais se conheciam desde sempre, eu fui criado na base dos treinos pesados, aos 15  fui designado à proteger você, assim como todos nós, sua mãe precisava de alguém que ficasse perto o suficiente de você sem que você desconfiasse.-aquilo doeu, eu só era parte de um trabalho, senti um enorme vazio dentro de mim, minha história toda é uma grande farça, ficamos em silêncio por um longo tempo.

 

 -Eu só fui uma missão para você?-perguntei para León sem me importar que os outros estavam ouvindo.

 

 -Não, você nunca foi só uma missão para mim, você não é só uma missão para mim.-respondeu e uma lágrima teimosa escapou pelo meu rosto.-Eu te amo, Violetta, e eu moveria o céu e a terra só para te ver segura.-falou se aproximando, as lágrimas já escapavam com facilidade, ele pôs o meu rosto entre suas mãos.-Te amo, pequeña. Te quiero, princesa. Mi, la mía y sólo mía.-sussurrou colando nossas testas, não pude deixar sorrir com aquilo.

 -Yo también te amo mi príncipe azul.-sussurrei e seus lábios foram de encontro aos meus, tudo que estava acontecendo era muito confuso, mas eu sabia que eu teria o León comigo, que ele sempre estaria ao meu lado. Eu sabia da minha verdadeira história, só que eu não vou mudar, eu quero continuar fazendo o que eu amo, a música, pensei que tinha herdado o talento da minha mãe, mas parece que tudo veio de mim.

 

 

  [...]

 

 


   2 semanas depois

 

 Acho que eu nunca me senti tão bem na minha vida, descobrir a verdade foi assustador e, ao mesmo tempo. gratificante, a única coisa que o León não me disse é o motivo dele odiar tanto o irmão, mas eu resolvi esquecer, se ele quisesse me contar, contaria. Agora que eu soube um pouco mais sobre a minha vida eu posso me apresentar de forma adequada. Meu nome é Violetta Shade Castillo, tenho 17 anos e sou herdeira de uma máfia, minha mãe se chama Lia Shade e meu pai Germán Castillo, e tenho um irmão mais novo que se chama Victor Shade. Eu ainda não consegui entrar em contato com o meu pai e nem minha mãe, León disse que podia ser perigoso, que ela poderia estar sendo vidada neste exato momento.

 Dentre essas duas semanas que passaram eu não me encontrei uma vez sequer com o Tomás, muito menos com o Leonardo, eu não os vejo em lugar nenhum e isso é muito estranho.

 Observo atentamente o pessoal correndo pelo acampamento, hoje, por incrível que pareça, tivemos um tempo livre das atividades do acampamento e eles resolveram brincar de pique-pega, como se fossem um grupo de crianças de 6 anos, só eu e o León que não quisemos brincar. Eu estava encostada na cerca de madeira vendo eles correrem feito um bando de baratas tontas, foi quando León apareceu com dois sorvetes na mão, um de baunilha e outro de morango, ele me deu o de morango e começou a comer o seu.

 

 -Então, pequeña, acertei na escolha do sorvete?-perguntou me encarando com um sorriso lindo no rosto, eu encarei o sorvete e olhei para ele.

 

 -Não.-menti tentando parecer séria, mas falhei ao sorrir.-Sim, eu amo sorvete de morango, e você?-perguntei pondo um pouco de sorvete na boca.

 

 -Eu tenho alergia à morango...-respondeu simples.-... e não gosto de chocolate.-ao escutar aquilo eu o encarei incrédula.

 

 -De que planeta você veio?-perguntei e ele riu.-Não, espera aí, que tipo de ser humano não gosta de chocolate, chocolate é a melhor coisa do mundo, depois de dormir, é claro!-exclamei e ele deu de ombros.-É sério que você é meu namorado? Retira-te daqui, não namoro caras que não gostam de chocolate.-brinquei e ele riu, mas logo ficou calado, ele me encarou e põs sua mão livre na minha cintura.-O que foi?

 

 -Você é linda, tenho sorte de te ter só para mim, eu te amo.-sussurrou e eu sorri.

 

 -Quem tem sorte sou eu, apesar de você não gostar de chocolate...-ele sorriu-... eu também te amo.-murmurei e ele depositou um beijo na minha testa.

 

 

  [...]


 
  

   CAMILA


 
    Eu corria e ria ao mesmo tempo, Broduay corria atrás de mim para tentar me alcançar, ele gritava o tempo todo coisas sem nexo algum, eu achava aquilo engraçado, ele já devia estar cansado de me seguir para onde eu ia, mas não desista.

 

 -Mais depressa se quiser me alcançar!-gritei, olhei para trás e vi que ele estava perto, gritei ao sentir seus braços envolverem minha cintura.

 

 -Peguei.-falou ofegante e eu ri cansada de tanto correr.-Agora você é minha prisioneira!-exclamou me pegando no colo.

 

 -Não!-gritei ainda rindo.-Não estamos brincando de polícia e ladrão.-resmunguei e foi a vez dele de rir.

 

 -Agora estamos!-cantarolou me levando até a Vilu, que estava tomando sorvete com o León.

 

 -Broduay, eu quero um sorvete.-pedi fanzendo bico, ele me pôs no chão e fez uma breve reverência.

 

 -Como quiser, Alteza.

 

 -Pensei que eu fosse uma prisioneira.-repliquei e ele sorriu se aproximando, ele pegou minhas mãos e depositou um beijo em cada uma delas.

 

 -Eres uma princesa que foi condenada por traição.-sussurrou me encarando com intensidade.-Quem rouba do rei é considerado traidor.

 

 -E o que eu roubei do rei? Jóias, coroas, cetros...?-ele me interrompeu.

 

 -Seu coração.-respondeu aproximando mais nossos rostos.

 

 -Diga-me, quem seria esse rei?-perguntei com a voz falha, nossos lábios estavam há centímetros de distância.

 

 -Ele está na sua frente, implorando mentalmente para que o beije.-respondeu roçando nossos lábios, fechei os olhos e senti seus lábios selarem os meus em um beijo calmo e doce, senti meu corpo se arrepiar diante do toque dos seus lábios nos meus, eu estava implorando para que não acabasse.

 

 

   [...]

 

 


   FRANCESCA

 

 Depois que todos nós paramos de correr pelo acampamento, eu resolvi ir tomar um banho, estava cansada e a água gelada me acalmava. Eu queria passar o maior tempo possível longe dessa cabana, graças ao Marco, está tudo lotado de ursos e flores, é quase impossível respirar, tem alguns ursos que ocupam a cama da Cami e da Vilu, que vive reclamando. "Olha só, Francesca Cauviglia Reys, é melhor você falar para aquele idiota parar de mandar flores e ursos."- É o que ela sempre diz ao ver que a cama dela está lotada de ursos de pelúcia.

 

 -FRANCESCA!-escutei Violetta gritar irritada, revirei os olhos, desliguei o registro, pus meu roupão e fui ver o que ela queria.

 

 -O que foi agora?-perguntei e ela apontou para uma grande caixa em cima da cama dela, em cima da caixa havia uma palheta preta.

 

 -É para você.-falou pegando a palheta e pondo na minha mão, tinha o meu nome escrito de branco nela.-É melhor que não seja um urso.-ameaçou e eu abri a caixa, franzi ocenho ao ver que havia uma outra caixa dentro dela, outra, mais, outro e mais outra, até ficar no tamanho de uma caixa de sapato, abri essa última caixa e vi uma simples rosa vermelha em cima de um papel, peguei a rosa e comecei a ler o papel em voz alta.

 

 -"Não sei por onde começar, na verdade, eu nem sei o que escrever, mas eu vou tentar... amo seu sorriso, amo seu jeito de agir, amo a sua simplicidade, sua voz doce e histérica, amo seu olhar brilhante e, mesmo que nunca tenhamos conversado por mais de um minuto, eu tenho a certeza de te amar mais toda vez que a vejo. Uma pessoa me contou que você gosta de coisas simples, mas de coração, quero que aceite essa simples rosa como prova de meu amor e devoção, mas que fique claro, que nem mesmo a mais bela rosa se comparará à sua beleza, a beleza de uma margarida tão cheia de vida."-parei de ler e pressionei a carta contra o meu peito com um sorriso bobo no rosto.

 

 -Nossa! O Marco se superou!-exclamou Camila e Violetta cruzou os braços pensativa.

 

 -Não foi o Marco.-falou convicta daquilo.-Foi o Diego, não foi?-perguntou e eu apenas assenti.

 

 

 

 


   [...]

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Traduções:

"Te amo, pequeña. Te quiero, princesa. Mi, la mía y sólo mía"
(Te amo, pequena. Te adoro, princesa. Minha, minha e só minha.)

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"Yo también te amo mi príncipe azul."
(Eu também te amo, meu príncipe azul)

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E então? Gostaram ou não?
Eu quero deixar vocês imaginarem o por que do sumiço repentino do Tomás e do Leonardo. Alguém aí dúvida que o León é capaz de tudo para proteger a Vilu?
Alguém aí gostou do que o Diego fez para a Fran?
E a Cami e o Broduay?
Mais uma vez obrigada pelos comentários e até o próximo capítulo