A Seleção de Apolo escrita por CarolFonseca


Capítulo 32
• 2° - Aquele em que Apolo excede sua cota de beijos


Notas iniciais do capítulo

Já que já definimos q nem eu nem a Janis temos medo da morte, podemos ir pro próximo capítulo certo?
P.S.: sim, bloqueio criativo é uma merda. Mas passar na facul só pra descobrir que a própria não vai ter mais cursos da sua área também é, assim como não ter nenhum tempo livre, fazer as tarefas domésticas pra ajudar seus pais que ralam todo dia pra dar o melhor pra ti e claro, essa quarentena infernal que nunca acaba. Portanto, se estiverem com ódio da gente, tudo bem, mas caramba, FIQUEM EM CASA!!! Desde já, obrigada. E se precisar sair, use máscara e leve seu álcool em gel! Infelizmente, sabemos que não é todo mundo que tem esse privilégio de se isolar em um momento como esse. Esperamos que nossos capítulos de ASDA possam confortar vocês neste período de isolamento. Estamos com vocês! Vamos ficar juntinhos, só que online!



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***

Emmy

—  Eu vou sair da seleção. - Contei a Cammy.

Sinceramente, descer até o jardim não foi fácil. Embora estejamos eu um palácio (posso chamar o Olimpo de palácio?) logo percebi que os guardas não estavam pra brincadeira, ficando ainda mais rígidos após o ataque de algumas noites atrás. Se o sistema ficou mais rígido para impedir inimigos de entrar ou selecionadas de sair eu não sei, só sei que fugir do meu quarto pela sacada descendo três andares não foi nada fácil.

O que me fez perceber duas coisas: eu estava ficando atrasada nos meus treinos, o que, para uma semideusa, poderia ser mortal. E provavelmente, eu estava sendo observada enquanto entrava de fininho no meio das árvores que compunham aquele jardim.

Não que isso importasse pra mim no momento, preocupada demais com a expulsão da minha melhor amiga logo após uma quase morta desastrosa.

— O que?

— Você me ouviu. Eu vou sair da seleção. Fazer alguma coisa pra ser expulsa, ou só me agarrar aos pés de Apolo até que ele concorde com a minha saída. Realmente, não importa.

Camille comprimiu os lábios.

— Embora eu tenha visualizado essa cena na minha cabeça e gostado muito, não tem o porque você sair sendo arrastada pelo Apolo, Emmy. Eu não fui expulsa.

Demorei um pouco mais pra processar aquela frase, confesso.

— ...Você não foi expulsa? Mas, como? Por favor, não me diga que você ameaçou alguém e agora vai ter que passar o resto da sua existência servindo a algum deus menor ou algo assim... Só Quíron sabe a propensão que você tem pra se manter em problemas.

Como resposta obtive um revirar de olhos.

— Adoro a confiança que você deposita em mim, amiga, realmente, é reconfortante. Mas, não, eu não ameacei ninguém. Quer dizer, eu com certeza agarrei a camisa do Apolo e meio que sugeri que ele desse um jeito na situação, mas tirando isso, sou completamente inocente.

— Eu poderia tentar colocar algum juízo na sua cabeça pra tentar entender porque diabos você ameaçou um DEUS, mas se nem dezessete anos de palestras COM Quiron adiantaram, duvido que as minhas funcionem pra alguma coisa. Mas enfim - mordi meus lábios, subitamente nervosa. - não foi pra isso que te chamei aqui. Quer dizer, não só pra isso.

Arrumei o menor que pude minha postura, é provavelmente percebendo a gravidade da situação, Cammy imitou meus movimentos.

— Aconteceu alguma coisa, Em? Alguém tentou fazer algo com você?

— Não, não é isso... é só que... eunãomeinscrevinaseleção.

— O que? Mais devagar Emmy, por favor.

Mordi o lábio mais forte, sentindo um gosto de sangue na boca. A sensação de estar sendo vigiada ainda queimava em mim, mesmo eu não vendo mais ninguém naquele jardim. De qualquer jeito, eu odiava guardar segredos da Cammy, e aquele já estava me corroendo há muito, muito tempo.

— Eu disse, que eu não me inscrevi na seleção. Hades me obrigou

***

Apolo

Ela me beijou. Ela realmente me beijou. E eu toquei nela. Deuses, e as pernas dela estavam em volta de mim! Aquilo havia realmente acontecido? Camille, a filha de Afrodite mais irritante, problemática e atraente que eu já havia conhecido em todos os meus (muitos) anos de vida, e olha que conheci bastante semideuses… Quer dizer, ela havia realmente acabado de se agarrar comigo na sacada? Tipo, isso realmente aconteceu? Lembro se seu rosto levemente avermelhado, os olhos arregalados ao dizer que precisava sair. Logo quando eu estava… então ela foi. É, ela simplesmente demorou todo esse tempo pra ceder, e quando eu estava todo envolvido, me largou e foi embora. Assim, do nada. Saiu pela porta, depois voltou correndo e saiu pela janela. Franzi o cenho. Que porra foi essa, afinal?

— Apolo?

Quase pulei de susto. Se ainda estivesse no meu melhor estado, ou seja, se ainda fosse um deus completo, não teria este tipo de reação. Meus reflexos já foram melhores. Saberia, no instante em que ela entrasse no quarto… mas não soube.

— O que você ainda tá fazendo aqui?

Levantei de sua cama, na qual estava sentado. - Você já está me expulsando?

— Não, é que… eu saí faz uma hora, e você ainda está aqui.

Varri seu quarto com os olhos até encontrar um relógio de parede. Como é que eu não percebi o tempo passar? Essa coisa de ser meio humano estava me deixando lerdo.

— Apolo… - Camille se aproximou de mim, e naquele momento, banhada pela luz do luar, ela até parecia uma deusa grega. - Você ficou me esperando esse tempo todo?

Havia um sorriso em seu rosto, não como se me achasse fofo, mas como se achasse graça de mim. Qual era a graça, não sei.

— Parece que foram só uns minutos… - comecei, e então me interrompi, porque a desgraçada estava rindo. - Qual o seu problema?

— O meu problema? - repetiu ela, entre risos. - Eu não tenho nenhum problema.

— É mesmo? - ergui o queixo.

Cammy cruzou os braços. - É.

— Então por que me beijou e depois fugiu que nem uma doida? Primeiro saiu pela porta, depois voltou, e achei que fosse me agarrar, mas aí você foi lá e pulou da janela, como se fosse ainda mais doida.

Seu rosto, até então levemente bronzeado, mas pálido à luz do luar, ficou vermelho feito um tomate. - Eu não sou doida!

— Tudo bem… - revirei os olhos. - Então por que age feito uma?

Ela abriu a boca, como se estivesse prestes a contar algo, mas então sua expressão mudou, como se ela tivesse repensado. Lentamente, seus lábios rosados se fecharam novamente, só para se abrirem em seguida e  dizer:

— Eu tinha que encontrar a Emmy…

Semicerrei os olhos, inclinando minha cabeça para frente, mais próxima da dela. Então, todo cético, falei:

— No meio da madrugada? E logo depois de finalmente me agarrar? Você não podia esperar pra contar pra ela amanhã?

— Eu não te agarrei! E, pra sua informação - seu dedo indicador tocou meu peito, enquanto ela me olhava irritada. - Emmy só estava preocupada comigo. Não fui lá pra fofocar sobre você, seu egocêntrico!

Ela estava tão perto e tão sexy daquele jeito. Aproveitei a oportunidade: descruzei meus braços, desfiz minha pôse de que porra foi essa?, tomei seu rosto nas mãos e o puxei para um beijo longo e caloroso. Para minha surpresa, Camille não se afastou ou me empurrou, como achei que provavelmente faria. Achei, como qualquer outra pessoa que conhece sua inconstância acharia, que ela tivera apenas um momento de fraqueza, e que não ia voltar a tipo assim…. fazer esse tipo de coisa. Me beijar. Você sabe. Por que, não posso deixar de mencionar: ela literalmente me agarrou ali na varanda. A complicada filha de Afrodide, que vivia me esnobando, tinha realmente me agarrado. E se não fosse por ter saído correndo pra encontrar a melhor amiga… bom, me pergunto o que não teríamos feito. Agora, eu contornava sua cintura e seu corpo parecia mole em meus braços.

— Cammy… — murmurei.

Ela não respondeu, mas meio que soltou uma espécie de suspiro baixinho, como se estivesse arfando. Então, como se despertasse, abriu os olhos e se afastou, sobressaltada.

— Você precisa ir embora!

Tentei retomar os beijos e os abraços, mas suas mãos pousaram meus ombros, e firmemente ela foi me empurrando em direção a porta de seu quarto.

— Mas você estava gostando! - me queixei. - Qual é!

— Você já viu que horas são?! Tá tarde, e você precisa ir pro seu devido quarto.

Bufei, mas permiti que ela continuasse me empurrando e abrisse a porta.

— Espera… - hesitei, enfiando minha cabeça pela porta prestes a se fechar. - Só mais um beijinho!

— Não– ela revirou os olhos. - Vai dormir, Apolo.

— Só mais um! Juro, e aí eu vou!

Observei suas sobrancelhas castanhas se franzirem. Ela me olhava como se eu fosse um mosquito irritante que tivesse entrado pela janela do seu quarto que ela esquecera de fechar e que apesar das diversas tentativa, não conseguia matar.

— Vou ficar aqui a noite toda - insisti. - Você não pode me expulsar.

Ela hesitou. Então, lentamente, aproximou e me deu um rápido beijo na bochecha. Antes que eu tivesse tempo de reclamar, empurrou meu rosto com a mão e a porta foi fechada. Não era preciso ser um deus pra saber que ela continuava do outro lado da porta.

— Tudo bem - brinquei. - Acho que já excedi a minha taxa diária de beijos mesmo.

Ouvi um palavrão nada bonito, confirmando que sim, ela realmente continuava do outro lado da porta. Então, com um sorriso mais do que satisfeito, caminhei pelo corredor em direção ao meu quarto.

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Conta pra gente nos comentários? Acho que a quantidade de beijos que teve neste capítulo deve ser suficiente pra que vocês nos perdoem. E se não foi, não se preocupem: teremos muitos outros pela frente! Estamos loucas pra saber o que vocês acharam, então nos conte!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Beijinhos no coração,
Carol e Janis.
P.S.: Estamos com uma frente boa de capítulos, e pelos meus cálculos, já passamos da metade da fic. Foco babys, pq eu tô sentindo que Apomille vem!
Até semana que vem ;)



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