Dia de Neve escrita por Bidiinha


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ai ai ai ai... Primeira fanfic que eu escrevo dês de... sempre OO

Espero que gostem... criticas são bem vindas pois sei que me ajudam a melhorar... apenas não sejam malvados TT

Ai vai um pequeno prólogo sem nenhum tipo de ação (¬¬)



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Cercada por grades altas e negras de aspecto intimidador, havia uma grande construção imponente, com sua arquitetura renascentista tão singela pontilhada de torres e vitrais tinha sua severidade quebrada pelos risos de crianças. Os sons de passos leves e velozes, risos e ocasionalmente um choro infantil davam uma leveza ao ambiente envolto por campos onde as crianças brincavam sob o sol ameno e o céu pálido que marcavam inverno no Lar Wammy.

Todos os órfãos que não se encontravam brincando com os colegas naquele momento, estavam aproveitando o dia para estudar sob a grama amarelada dos jardins ou encostados nas grandes janelas para sentirem o sol agradável e a leve brisa matutina. Apenas um único aluno se encontrava em um quarto escuro e fechado, montando uma enorme cidade com blocos coloridos de várias formas e tamanhos. A luz vacilante que escapava por entra as cortinas o dava um ar fantasmagórico ao envolver suas vestes brancas e folgadas. Ele se encontrava totalmente concentrado no trabalho de colocar um bloco sobre o outro de maneira fria e mecânica enquanto ocasionalmente parava para observar a construção e enrolar uma mecha de cabelo alvo por entre os dedos para logo retornar à atividade. Horas se passaram de trabalho ininterrupto até que o tempo começou a esfriar, com isso as outras crianças retornaram para dentro da casa. Logo o local fora tomado pelo ruído de vozes, risos e passos, porem o menino continuava a construir sua pequena cidade indiferente do barulho ou das crianças que ocasionalmente paravam em frente à porta do quarto para espiá-lo e admirar seu trabalho. Assim se seguiu por mais longas horas ate que um garoto loiro entra pela porta e sem pensar duas vezes destrói todo o resultado de todo o trabalho. O menino alvo apenas olhou para os muitos blocos espalhados pelo chão e depois direcionou seu olhar frio e sem emoção para o loiro que permanecia na porta e o encarava com uma expressão mista de ódio e desprezo. Por um momento, os dois permaneceram apenas trocando olhares, ate que o loiro foi em direção do outro em paços largos ate ficar a menos de um metro de distancia dele, que o observava enquanto brincava com uma mecha de cabelo.

Mais uma vez brincando com seus joguinhos ridículos não é Near? Disse o loiro com um tom que deixava transparecer seu ódio. Como alguém consegue jogar tanto tempo fora com algo tão idiota?

Near não respondeu, apenas continuou a fita-lo friamente e brincando com o cabelo. O outro não esperava resposta diferente, mas serrou os punhos se sentindo tentado a causar qualquer tipo de dor física a ele, porem apenas se virou e saiu do quarto raivosamente enquanto Near o seguia com os olhos ate a porta e permaneceu no mesmo lugar ate depois dele sair.

Aquele que havia acabado de sair se chamava Mello, e era seu objeto de estudo preferido. Ele era, ao contrário de Near, extremamente emotivo, às vezes ate se deixando controlar por elas. Near costumava observá-lo das janelas enquanto ele brincava com os amigos entre risos ou quando esbravejava com um deles uma vez ou outra sem perceber que de uma das varias janelas do orfanato um garoto dissecava-o com o olhar, examinando minuciosamente cada ação sua com a intenção de prevê-las. Porem, diferente de todos os outros, ele nem sempre conseguia prever as ações de Mello. Sua genialidade era evidente e quase alcançava a dele, porem, ele deixava ofuscar-se pelos sentimentos e costumava ser muito impulsivo, com isso, não conseguia igualar a lógica impecável de Near, mas era justamente isso que o tornava tão interessante, tão difícil de prever. O jeito como ele sempre se enfurecia ao descobrir-se mais uma vez em segundo lugar e como usava a força desse ódio para estudar arduamente a ponto de certas vezes chegar muitíssimo perto de Near, mas nunca vencê-lo. Era incrível como nunca se abatia com isso, pelo contrario, parecia que isso o dava ainda mais força... Tudo, simplesmente tudo em Mello fascinava Near. Ele sentia-se desafiado a desvendar aquele quebra cabeça que era o mais difícil que já conhecera e cismava em continuar um mistério.

Após um tempo refletindo sobre seu quebra cabeça preferido, Near pôs-se a arrumar os blocos, não se incomodava com o fato de ter sempre suas construções mais trabalhosas e jogos mais difíceis destruídos por Mello. Na verdade, aquilo quase o agradava, já que era uma das poucas coisas que ele tinha certeza em Mello, sempre que tivesse uma oportunidade, este iria destruir seus trabalhos. "Provavelmente um meio de dispersar a raiva que tinha sobre alguma coisa" pensava Near enquanto organizava os vários blocos em cores e tamanhos. "Ou então... ele também se sente desafiado" pensou com um sorriso no rosto. Sim, deveria ser aquilo, havia muitos outros meios de Mello liberar sua frustração, estes muito mais efetivos já que ao discutir com Near sempre acabava mais irritado do que quando começava. Aquilo era na verdade uma tentativa de vê-lo reagindo, sentindo alguma emoção, não importa qual fosse, ele apenas queria tirá-lo daquele seu mundinho. Assim surgia mais uma incógnita, porque Mello queria tanto vê-lo assim


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