Angry escrita por Eponine


Capítulo 1
Oh, son, what do you know about angry


Notas iniciais do capítulo

LEIA LEIAAAAAA
ALOOOO ALOOOOOOOO
LEIAAAA


POSSIVEIS SPOILERS DE CURSED CHILD, TEJE AVISADO


LEIAAAAAAA
ALOOOOO ALOOOOOOO
LEIA LEIAAAAAAAAAA



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Mini Harry.

Ele morre um pouco a cada vez que escuta aquele maldito apelido. Às vezes, ele odeia até mesmo sua aparência. Odeia sua semelhança a ele. Não é um individuo, é quase uma extensão, uma sombra. Ao contrário de James, ele não usa seu sobrenome para se favorecer, seu irmão mais velho gosta da fama que carrega. Não muito diferente de Lily.

Mas nenhum deles tem que carregar a carga de ser tão parecido.

Ninguém no parquinho quer brincar com ele, e sim receber relatos de como é o menino de que sobreviveu: Será que ele vai ao banheiro como os outros seres humanos? Qual a pasta de dente preferida dele? Será que pode me dar um autografo do seu pai? Será que pode me arranjar nem que seja o lenço que ele usou para assoar no nariz?

Albus sente uma raiva constante, e não consegue explicar.

“Sonserina!”, anunciou o chapéu. Hogwarts pareceu parar por um segundo. Rose arregalou seus olhos, assim como todos os integrantes da Grifinória, de pé, apenas aguardando o Potter para a Casa que realmente pertencia.

Tem que ser um engano, vão me chamar de volta, pensou Albus, descendo as escadas lentamente, mal sentindo seus membros. Sentou-se na beirinha da mesa da Sonserina, sentindo todos os olhares da mesa sob ele. Sua pressão parecia estar caindo enquanto ele apertava as próprias mãos, querendo chorar. Sentiu alguém apertar seu ombro.

Scorpius Malfoy deu-lhe um sorriso de consolo.

Como Rose decidiu ignorá-lo por ser Sonserino, e toda sua família pertencia a Grifinória, Albus conseguiu ser o cúmulo do estranho excluído, já que nem os próprios colegas de Casa simpatizavam com ele. Estava em um beco sem saída: Para as outras Casas, era um traidor, para a sua própria casa, um intruso.

Entretanto, lá estava Scorpius.

“O que?”, indagou o garoto ao sentar-se ao lado dele na aula de Poções. “Você também não quer sentar comigo? Olhe, você não tem muitas opções, sinto dizer”.

Ninguém queria sentar com o aparente filho de Lord Voldemort, e nem com o Estranho Potter. Não demorou muito para que Scorpius e Albus simplesmente se isolassem do mundo, como se Hogwarts fosse apenas a protagonista de suas noites de jogos e o silêncio compartilhado nas tardes em que faziam suas tarefas.

O rosto de Harry Potter parecia gelo esculpido quando Albus voltou para casa pela primeira vez. Ele conseguia sentir a decepção, mas Harry parecia estar mais furioso por outra coisa:

“Não quero que ande com o Malfoy!”, ordenou pela primeira vez de muitas. Não conseguia acreditar na hipocrisia de seu pai, ele fora excluído por todos, não foi o que ele disse? Que quando era O Eleito, ninguém queria ficar perto dele? E agora ele fazia o que outros fizeram com ele, mas com Scorpius.

Não conseguia entender como o pai queria separá-lo de seu único amigo, como se ele tivesse uma longa lista para substituí-lo. Além disso, Scorpius também não tinha ninguém. As pessoas tinham medo dele. Ninguém, além dele, sabia que o garoto era falante e divertido, diferente da imagem silenciosa e hesitante que parecia passar na presença dos outros.

Albus sentia vontade de socar algo ou alguém quando ouvia as pessoas falarem e apontarem para Scorpius, e demorou para que o Malfoy conseguisse fazê-lo entender:

“Sempre foi assim”, explicou ele. “Meu pai também se estressava no começo. Aprendemos a ignorar, é bem melhor... É tipo um zoológico, não alimente os animais”.

Ele sentiu a dor de Scorpius quando a mãe dele faleceu em seu terceiro ano. E a incompreensão de seu pai apenas favoreceu o crescimento de seu monstro interno, pronto para atacar qualquer pessoa que se aproximasse dele. Não conseguia controlar, e os gritos que dava nas pessoas, os feitiços que saiam como se tivesse a pressão de uma mangueira, quebrando e explodindo coisas, eram apenas uma amostra do que ele sentia o tempo inteiro.

No seu quarto ano, na noite do 1 de Setembro, seu pai o pegou na cozinha mal iluminada, esperando seu chá esfriar um pouco. Entrou no local, receoso, os dois tiveram uma briga terrível naquelas férias, algo sério, diferente das broncas que era obrigado a dar em James e nas broncas em que se forçava, com muito pesar, em dar em sua doce Lily.

Albus ainda estava irritado com o pai, mas estava começando a achar que ele morreria de tanto ódio acumulado.

“Eu sinto tanta raiva... O tempo inteiro”, confessou Albus.

“Oh, Albus...”, o sorriso de Harry era triste. O filho assustou-se em como seu pai parecia velho quando tocou seu ombro.

 “O que você sabe sobre raiva?”, sua voz falhou como a de um sábio, e Albus entendeu que era uma pergunta retórica.


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Notas finais do capítulo

Eu to bem confusa mas sobrevivendo e amando cada spoiler???

Espero que sofram comigo!

;)