Carpe Diem (Antiga) escrita por Mymi


Capítulo 39
Momentos normais


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, mas ai está mais um capítulo ;)



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Por Violetta

Violetta: Que tipo de consequências?

León: Das que deixam cicatrizes – ele se apoiou na mesa – Passei todos os anos em um treinamento sem fim, pra ser forte e ser capaz de superar qualquer coisa. E acima de tudo pra ser frio.

Eu fui até ele e olhei nos seus olhos.

León: Tudo o que eu passei, cada tortura psicológica, cada cicatriz, tudo com um único objetivo... Te proteger. Quando descobri que eu era quem iria assumir o posto de guardião, eu achei que a minha vida não poderia ficar pior, mas até que ser um guardião não é tão ruim assim... Ser o SEU guardião não é tão ruim...

Ele se afastou e foi até o outro lado da mesa olhar alguns livros.

Violetta: Eu não queria que as coisas fossem assim.

León: Nem você pode interferir no destino.

Violetta: Destino... Odeio essa palavra.

León: Não devia – ele puxou mais um livro da estante.

Violetta: Por que não devia?

León: O destino de cada um desse apartamento está ligado ao seu, e se depender de mim você não vai morrer – ele continuou olhando para o livro e passando as páginas.

Continuei olhando para ele, e ele pareceu percebeu pois ergueu o olhar até o meu.

León: Você devia ir descansar.

Violetta: Não, a Cami está no quarto de hospedes e o sofá já está ocupado pela Fran e o Diego.

León: Pode ficar no meu quarto.

Violetta: Não.

León: Eu vou ficar a noite toda aqui, e você vai descansar. É a última porta, tem toalhas no armário. Se precisar de alguma coisa pode pegar.

Violetta: Tudo bem, eu não vou conseguir te ajudar mesmo com esses livros...

Por Camila

Meu corpo estava dolorido, deixei a água quente relaxar os músculos. Molhei o cabelo e senti a dor em alguns pontos da minha cabeça, algumas machucados ainda não cicatrizaram.

Desliguei o chuveiro e me enxuguei. Me olhei no espelho do banheiro e minha aparência estava deplorável. Peguei a sacola que Broduey me entregou e peguei as peças de roupas e a lingerie vestindo logo em seguida com certa dificuldade. Procurei pelas gavetas até achar um pente para pentear o cabelo, mas desisti quando passei ele pelo cabelo e a dor me atingiu me fazendo enxergar pontos vermelhos. No final optei por um coque mal feito.

Quando sai do banheiro encontrei Broduey sentado na cama, ele parecia cansado, as olheiras já estavam visíveis embaixo dos seus olhos.

Broduey: Está tudo bem? – concordei com a cabeça – Vem cá.

Ele deitou na cama e me envolveu em seus braços, apoiei a minha cabeça no seu peito me aconchegando.

Broduey: Não me assusta mais assim – senti o embargo na sua voz. Levantei um pouco a cabeça para encara-lo.

Camila: Acha que vai se livrar de mim tão fácil? – ele deu um sorriso de lado – Nossa vida é assim, sempre passamos por momentos complicados.

Broduey: Eu não me importo com os momentos complicados, posso passar por trilhões deles, contando que você esteja bem – me inclinei para nos aproximar mais e juntar os nossos lábios.

Camila: Nós vamos sair dessa – apoiei a minha cabeça no seu peito de novo.

Senti ele beijar a minha testa, e logo o sono me alcançou...

Por Francesca

Tudo bem, dormir no sofá não é a melhor coisa do mundo. Acordei com o meu pescoço doendo.

León: Vocês sabem que isso é um sofá cama, certo? – ele disse enquanto eu massageava o meu pescoço e o Dih procurava um canal na televisão.

Francesca: Obrigada pelo aviso - falei levantando – Eu preciso de um banho.

Diego: O Broduey trouxe algumas roupas – ele me entregou uma sacola com roupas – Enquanto você toma banho eu vou fazer algumas coisa para a gente comer.

León: Fiquem a vontade na cozinha – ele disse pegando um copo de água – Eu tenho mais algumas coisas para resolver, fiquem a vontade.

Peguei a sacola com as roupas e fui para o banheiro...

.....

O cheiro da comida me atingiu assim que sai do banheiro, e então a minha barriga começou a roncar desesperadamente.

Francesca: Que cheiro bom – entrei na cozinha tendo a visão do Diego no fogão.

Diego: Macarrão com molho branco – apoiei o meu queixo no seu ombro olhando para a panela.

Francesca: Falta muito pra ficar pronto?

Diego: Não – ele disse rindo.

Francesca: Não ri – dei um tapa no braço dele – Fome é um assunto sério.

Diego: Principalmente quando quem tá com fome é uma lobinha que tem um tapa forte – ele massageou o braço.

Francesca: Desculpa – ri da cara dele.

Diego: Beijinho de desculpa? – ele fez bico.

Francesca: Manhoso – encostei a minha testa na dele e suspirei – Quando vamos ter um momento normal como esse de novo? Que dizer, não completamente normal, mas por alguns minutos pude esquecer de tudo e viver o agora.

Diego: As coisas vão mudar, nossa vida nunca vai ser normal... Somos pessoas que se transformam em lobos, mas eu prometo que depois que tudo isso acabar, nós dois vamos ter vários momentos normais, eu prometo.

Francesca: Nesse momento só preciso que me prometa duas coisas, a primeira que nunca vai me deixar, e a segunda que vai terminar logo esse molho – ele riu e me deu um selinho – Eu to como fome!...


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Notas finais do capítulo

Paro ou continuo?