These broken hearts escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 9
It Feels like home


Notas iniciais do capítulo

gente, só uma pessoa comentou no capítulo passado, por favor comentem mais! Faço com todo carinho com o tempo que eu nem tenho kkk, então pfvr comentem.
Tive que postar pelo celular entao nao sei se a configuração vai ficar alterada, qualquer coisa desculpem.
Como prometido, muitoo romanogers nesse capítulo!



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Minha cabeça latejava, os raios solares que penetravam pela janela pareciam carbonizar minhas pupilas. Espreguicei-me e fui preparar o café. Bucky já estava acordado, sentado na área externa, morbidamente quieto. Paralisado, quase. Me perguntei se estaria pensando em Natasha. Então me recordei da noite anterior, do quanto havia sido cruel e gritado palavras sem escrúpulos.
— Podemos conversar? — a voz de Bucky me assustou. Assenti, e sentei-me ao seu lado, o sol tornando-se reconfortante. — Sobre ontem...
— Não precisa dizer nada. Eu entendo. Vocês dois têm história, agora que recuperou as memórias imagino o quanto queira reconquistá-la. Não deve ser nada fácil perder uma daquela.
— Você não mudou nada. — Bucky riu-se. — Continua o mesmo garoto altruísta que fica com fome para dar o lanche pros outros. O tipo que se oferece como rato de laboratório pra salvar a pátria.
Abafei um riso, mais triste e melancólico que realmente feliz.
— Conheci Natasha logo depois que fui capturado. Eram os anos finais da guerra... Ela era uma adolescente. Ela fazia parte do Programa Viúva Negra. Eram mais umas vinte mulheres, mas ela se destacava. Era a mais forte, mais bem treinada, e de fato mais bonita. Eles me diziam que ela tinha se voluntariado. Pelos soviéticos. A verdade é que a tinham capturado, e fizeram uma lavagem cerebral, assim como comigo. Eu treinava ela todos os dias e... Acabou acontecendo. Éramos grandes amantes e parceiros no crime. Saíamos em missões juntos, matávamos juntos, torturávamos e espionávamos, e no final do dia, dormíamos juntos. — engoli em seco, o pensamento não me agradando. — Algumas vezes, quando ela errava... Me faziam bater nela, como forma de punição, até ela perder a consciência. Tiravam minha humanidade e me faziam bater em quem eu mais tarde pediria conforto. Um dia, ela escapou. E não nos vimos desde então.
Ele faz uma pausa, analisando minha expressão surpresa e fascinada.
— Ela foi minha âncora por muito tempo, Steve, mas não era um relacionamento real. Nossos sentimentos não eram... O que quero dizer, Steve, é que vejo Natasha como minha amiga. Alguém pelo qual cultivo profundo apreço, mas não como minha namorada.
— Entendo...
— Não, não está entendendo. — ele sorriu. — Vejo o jeito como olha para ela, e só vi você olhar para alguém assim uma vez na vida... Não espere demais dessa vez, Stevie. — Bucky deu um tapinha nas minhas costas e se retirou com essas palavras.
Fiquei um tempo ali, paralisado, observando o sol refletir na piscina e martelando as palavras de Bucky na mina cabeça. Quando enfim decidi pegar o telefone e ligar para Natasha, um som inconfundível de pneus cantando e uma brusca freada me chamaram atenção.
— Steve! Vem aqui! — Sam gritou do portão.
Lá fora, estava Tony Stark, em frente a uma range rover preta, um semblante apreensivo.
— Entra no carro, desapareça. — ele me entregou as chaves, o tom de voz alarmante.
— Como é que é?
— Romanoff está no banco de trás. Vocês têm que sumir do mapa, Rogers. É sério.
— Mas...
— Tem algo de errado com ela. Uns médicos apareceram hoje e descobriram que ela tem uma espécie de chip na cabeça, ele estava inativo todo esse tempo mas... Há riscos. Não quiseram saber de suborno, o governo já foi informado e ela está sendo procurada. Na verdade, todos vocês estão. O caso do Tratado de Sokovia foi reaberto. Nem meus melhores advogados conseguiram melhorar a situação de vocês. Sugiro que peguem o carro e sumam.
— Vamos, vamos logo. — Sam decidiu por nós quando ouvimos sirenes ao longe. — Buck, vamos!
Sem conseguir juntar uma peça de roupa, entrei no carro, no banco de trás, com Sam dirigindo e Bucky na frente. Ele era um melhor piloto de fuga que eu. Natasha estava amordaçada, e com os pés e mãos muito bem amarrados.
— Por que fizeram isso com você...? — comecei a retirar a mordaça, mas Sam me interrompeu:
— Não! Não sabe se ela é... Ela mesma.
Os olhos dela fuzilaram-no.
— Confio nela. — disse, removendo os nós.
— Que porra vocês estão fazendo?! Estamos sendo procurados! Não acha que vão fechar as saídas da cidade? Desce daí, eu dirijo. — ela gritou.
— Sem chance, Tasha. Aguenta firme aí.
— Desce daí agora, Sammuel. — sua voz não estava para brincadeiras, então Sam eventualmente concordou.
Quando Natasha pegou o volante, disparou com uma velocidade absurda por um caminho que eu desconhecia. Sam olhou para mim, como se dissesse “se ela estiver sendo controlada acabamos de cavar nossa cova”.
— Merda! — ela exclamou quando um carro de polícia acionou as sirenes atrás de nós. — Segurem-se, rapazes.
Com uma curva mais que acentuada e pneus cantando alto, Natasha entrou em uma rua na contra mão, e em uma alta velocidade. Puxei o cinto de segurança.
— A gente vai morrer! — Sam berrou quando um caminhão passou a centímetros de nós.
Havia mais viaturas agora, e Natasha desviava delas com manobras arriscadas. Quando enfim despistamos todas, com alguns arranhões e amassos no carro, deixei a respiração que prendia sair.
— Isso foi... Uau.
— Pode tirar o cinto agora. — Bucky caiu na gargalhada, e logo os outros dois o seguiram.
— Eu não acredito que você realmente pôs o cinto.
— Eu não brinco com segurança. — rebati, e eles riram ainda mais.
— Chegamos.
Estávamos em frente a um prédio antigo, cheio de pichações e rachaduras, em um bairro que me lembrava o Brooklyn. Natasha bateu à porta, olhando por cima dos ombros para checar se estávamos sendo seguidos.
— Quem é? — uma voz misteriosa respondeu.
— Choveu ontem à noite. — Viúva respondeu. Eu já ia perguntar do que ela estava falando, mas então, como num passe de mágica, as portas do prédio não se abriram, mas afastaram-se, levando uma parte da construção para cada lado e abrindo uma passagem secreta.
Era um corredor escuro, fétido e úmido. Eu podia ouvir várias goteiras pingando, e mais à frente havia um homem gordo e baixo, mas só era possível ver sua silhueta.
— Sinistro. — Sam assobiou.
— Vou esconder o carro. — Bucky disse.
— Seja bem vinda de volta, Agente Romanoff. — o velhinho rechonchudo pronunciou. — Vou escoltá-los até seus aposentos.
Lá dentro, era uma casa de barro, antiga, com um toque acolhedor e exótico. A lareira estava acesa, e algumas pessoas tomavam chocolates quentes nos sofás coloridos.
— O mesmo de sempre? — o velho perguntou de trás de um balcão. Natasha assentiu.
— Mais um para os rapazes.
Aparentemente, estávamos em um hotel. Natasha pegou as chaves e nos conduziu até o andar de cima, por escadas de madeira. O corredor era apertado, mas longo.
— Qual de vocês fica comigo? Os quartos têm duas camas. — ela indagou, nos encarando.
— O Steve fica. — Sam e Bucky responderam em coro. Censurei-os com o olhar.
Mas não podia dizer que não tinha me agradado. Quando entramos, um cheiro característico de canela e chuva invadiu minhas narinas. A cama era, na verdade, de casal. Havia uma lareira e uma estante com livros empoeirados.
— Estou exausta! — Natasha disse, esparramando-se na cama.
— Onde estamos, exatamente? — perguntei, sentando-me ao seu lado.
— É um esconderijo para espiões. Na verdade, é mais um lugar para agentes aposentados. Eles são divertidos, jogam bingo à noite e fazem o melhor leite quente com canela. — a nostalgia em sua voz me fez sorrir. — Às vezes eu vinha aqui só pela cama quente. É como se fosse casa.
Nossos olhares ficaram travados por um momento, então decidi criar coragem.
— Te devo um pedido de desculpas.
— É, deve. — havia tristeza e profunda mágoa em seu tom.
— Eu não quis dizer aquilo. Você não é mentirosa, nem egoísta ou manipuladora. É só que, às vezes eu queria que fosse mais aberta comigo. Queria que tivesse me contado sobre Bucky porque... Porque me chateou, só isso. Mas sei que não devia ter falado daquele jeito. — confessei.
— Te chateou? — ela, que antes estivera deitada, sentou-se de frente para mim, nossos rostos muito próximos. — Como?
— Você sabe... — as palavras ficaram novamente entaladas. Ela aproximou-se ainda mais, fazendo com que eu pudesse sentir sua respiração quente.
— Não, não sei. Esclareça. — sua voz rouca estava me enlouquecendo.
— Eu... Eu... — então, decidi que uma ação valeria por mil palavras que eu nem conseguria pronunciar.
Selei o espaço entre nós, beijando-a com ternura, saboreando cada segundo. Sua boca tinha gosto de hortelã. Era arrebatador e ao mesmo tempo reconfortante. Segurei-a suavemente no pescoço, por baixo de sua cabeleira ruiva. Ela fez o mesmo, e as coisas começaram a esquentar. Quando ela pediu passagem com a língua, não hesitei em confirmar. De repente, ela ajeitava-se por cima de mim, uma perna de cada lado do meu tronco, ainda com nossas bocas coladas.
Seu toque era quente, me levava à locura. Suas mãos traçavam meu corpo inteiro, e as minhas automaticamente faziam o mesmo com o dela. Suas curvas eram perfeitamente niveladas, quase como uma obra de arte milimetricamente esculpidas.
Nos separamos por um breve momento, e naqueles segundos, admirei cada centímetro de sua beleza. O sorriso fulgurante, a pele lívida mas tão perfeitamente corada nas bochechas, como o sol iluminava seus cabelos de forma que ficassem tão vívidos. Os olhos magnéticos, abrasadores, que me consumiam. Levei os dedos a contornarem o relevo de seus lábios rosados e volumosos, e ela os entreabriu e deixou escapar um gemido, enquanto seus quadris se moviam por cima de mim.
Beijei-a novamente, dessa vez com mais pressa, e arrancei a blusa que cobria seu busto. Ela usava um sutiã vinho de renda. Percorri sua barriga com a ponta dos dedos e beijei delicadamente seus seios, fazendo-a deixar escapar mais gemidos.
Então, quando pensei que tudo estava perfeito, uma batida na porta fez com que ela levantasse abrupdamente e cobrisse os seios com os braços.
— Gente, estão chamando pra jogar bingo, vocês vêm?! — Sam gritou.
Naquele momento, parte de mim queria abrir a porta e esmurrá-lo, mas a outra me dominou e cai na gargalhada. Natasha fez o mesmo, e rimos até a barriga doer.
— Vocês vêm ou não?
— Já vamos! — respondi entre os risos.
Natasha deitou-se novamente, com a cabeça em meu peito, ainda rindo.
— Somos os mais azarados ou o quê?


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Notas finais do capítulo

comentem!